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quarta-feira, 29 de julho de 2009

--> ACOMPANHE: CHICO XAVIER - O FILME





Acompanhe diariamente os bastidores das filmagens de " CHICO XAVIER - O FILME " no Blog: http://www.chicoxavierofilme.com.br/blog/













Segundo dia no Grupo Espírita da Prece. E os figurantes estão de volta. Quem começa o dia é Cris D`Amato, com a marcação da cena. Nelson Xavier já está no cenário. E antes do primeiro ensaio, ele se dirige aos figurantes. “Eu quero agradecer muito a vocês pelas cenas de ontem”, diz Nelson. “Hoje vai ser um dia mais intenso e quero que a gente estabeleça uma atmosfera bonita e verdadeira.” Os figurantes ouvem como se fosse o próprio Chico Xavier falando.

Mais uma vez, a equipe participa do filme. Hoje estão em cena a estagiária de direção Natália Soutto e assistente de cabeleireiro Luana Jacob. Natália tem até personagem e tem de interpretar. “Vou pensar em meu tio, que já morreu”, diz. E dá certo. Toda concentrada, ela encarna Ludmila. “Este filme tem mais uma curiosidade: quase toda a equipe participou de alguma forma”, diverte-se Daniel.

A cena é vista por Cris do Video Assist – que continua dirigindo a cena, tendo ao seu lado Daniel. Quando ela finaliza, o “corta!” sai meio embargado. “Você tava chorando?“, pergunta o diretor de fotografia Nonato Estrela. “ Ô, gente, só fiquei emocionada”, diz a diretora-assistente. Há meia hora, era ela quem pedia aos figurantes para soltar a emoção…



O ator Nelson Xavier agradece o empenho e a concentração dos figurantes nos dois dias de filmagem (fotos de Ique Esteves)

Os imprevistos estão sempre acontecendo. Mas alguns chegam a ser quase falta de sorte… Para uma das cenas, centenas de cartas deveriam estar em cima de uma mesa. O departamento de Arte contratou uma artista gráfica para escrever os envelopes e algumas cartas. Tudo tinha de estar pronto hoje. Pois na segunda-feira, a produtora de arte Joana Heliodoro telefona para a moça e ela dá a notícia: quebrou o dedo. “O jeito foi todo mundo partir pra escrever os envelopes correndo”, conta Joana.

O departamento de Arte, aliás, hoje está em polvorosa: “Meus três filhinhos nasceram!”, avisa a coordenadora de arte Marina Lage. Os “bebês” são três câmeras RCA TK60, réplicas fiéis das originais, confeccionadas pela Cinefeitos, empresa de São Paulo. “Foram cinco pessoas trabalhando dois meses e meio para aprontar as câmeras”, conta Sérgio Flores, sócio da empresa, que usou 70 moldes diferentes para confeccionar cada uma das peças.

Ao anunciar que as câmeras estavam no Estúdio A da Herbert Richers, uma comitiva foi recepcioná-las: Daniel, Olivia Byington (que visitou o set hoje), Paulo Barcellos, Nonato Estrela, Luiz Henrique Fonseca, Júlio Uchôa, ciceroneados pelo diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto, que exibia, orgulhoso, as máquinas. “Ficou um belo trabalho, parabéns”, diz Daniel a Sérgio Flores. O melhor: as câmeras funcionam. E vão – junto com as três REDs – filmar a cena. O contraste desta câmera moderníssima e a antiga RCA…



Daniel e o diretor de produção Luiz Henrique Fonseca encantados com a réplica da antiga câmera

Para quem não sabe o que é RED: são as câmeras digitais com as quais Chico Xavier está sendo rodado – e que têm uma resolução muito maior do que as digitais normalmente utilizadas no cinema brasileiro. Com uma excelente qualidade de imagem, as REDs ainda oferecem praticidade: poucos minutos depois de uma cena ser rodada, a imagem já pode ser manipulada e vista em um monitor. E o melhor: elas permitem muito mais recursos de manipulação da imagem na finalização.

O responsável pelos HDs com todas as cenas do dia é o gerente de imagem digital Miguel Lindenberg – que também acumula a função de logger. “Nos filmes digitais já existe o logger, que é quem descarrega o HD. Mas o meu trabalho no filme vai além disso”, explica Miguel. Além de descarregar o HD com o backup do dia, ele é o responsável por gerenciar toda imagem que é filmada e fazer o primeiro tratamento nesta imagem (ainda no set), além de organizar todo o material do dia e entregá-lo à montadora Diana Vasconcelos, na produtora Lereby. “No Brasil ainda se está descobrindo o potencial dessa câmera e as formas de trabalhar com ela. Por isso acho que a escolha de Daniel por fazer um filme da proporção de Chico Xavier em digital é, antes de tudo, um ato de coragem e a prova de que ele está sempre antenado com o que está acontecendo”, diz Miguel. O filme anterior de Daniel, Tempos de paz, já havia sido rodado com a RED, e foi o segundo filme brasileiro a utilizar esta câmera.



Miguel Lindenberg, diante do monitor, fazendo o primeiro tratamento na imagem do filme

Depois do almoço, continuam as “preces” no estúdio. E mais participações especiais. Para provar que ninguém passa impune pelo set de Chico Xavier, a visita de Carla Britto, do departamento jurídico da Globo Filmes, e de Marceli Moreira, advogada da Downtown e da Lereby, também resultaram em participação na cena. Devidamente vestidas, maquiadas e penteadas, elas se juntam aos seguidores de Chico.



Carla Britto, da Globo Filmes, e Marceli Moreira, da Downtonw e Lereby, foram visitar o estúdio e convidadas a fazer a cena. Atrás delas, à esquerda, a assistente de cabeleireira Luana Jacob, mais uma integrante da equipe a participar

Para o próximo plano, a parede lateral de 9 metros de comprimento teve de ser retirada para a entrada da grua. Foram 11 homens fortes de um lado para amparar a estrutura e cinco do outro da parede para a função. E o diretor de Arte não se poupa de pôr a mão na massa: lá estava ele encarapitado em cima do paredão.

Enquanto no set as cenas do dia eram finalizadas, na sala da produção todos estavam ao telefone ou no computador. Uma parte deles já está com a cabeça em Uberaba, para onde a equipe parte na semana que vem, para encerrar o filme.

A outra parte da produção finaliza os preparativos para sexta-feira – amanhã é folga para a equipe –, quando se começa a rodar uma seqüência de cenas que exige uma sincronia perfeita entre todos os departamentos. O melhor – e uma das logísticas mais difíceis de Chico Xavier – ficou para o final…

2009
08.11 Dia de preceCategory: Uncategorized / Tags: no tag / 2 comments
Chico Xavier entra em sua sétima semana de filmagem. E penúltima. As filmagens se encerram no Rio no próximo dia 17 de agosto. Mas ainda há as cenas finais em Uberaba, para onde uma equipe reduzida de 25 pessoas se dirige no dia 21.

Mas a história ainda não acabou! Ao contrário: em uma semana, ainda há muita coisa para contar e muitas cenas a serem filmadas. Hoje, por exemplo, é dia de oração no Grupo Espírita da Prece, o centro espírita de Chico Xavier em Uberaba na década de 1970. A equipe está de volta ao estúdio Herbert Richers e a movimentação é quase a de um templo religioso: muita gente (90 figurantes) que ficam em absoluto silêncio quando é hora de concentrar para rodar.

Noventa figurantes no ensaio no ‘Grupo Espírita da Prece’, com Nelson Xavier e Rosi Campos em primeiro plano e Cris D’Amato, de costas (fotos de Ique Esteves)

Quem entende de multidão é Nilse Lopes de Oliveira que, junto com a filha Sílvia, dirige a agência No Mundo do Cinema – que recrutou todos os figurantes para Chico Xavier no Rio, em Tiradentes e em Paulínia. Para o filme, elas tiveram que buscar tipos muito específicos, pessoas comuns, do povo. “E pra buscar gente do povo a gente foi pro meio do povo. Visitamos comunidades em busca do que o filme pedia, para as diversas épocas e situações a serem filmadas”, conta Nilse, que é dona da agência há 15 anos mas trabalho no meio há 30.

Hoje, por exemplo, estavam previstos 60 figurantes. Mas de manhã o número cresceu para 90 – e Nilse e Sílvia começaram os contatos por telefone para trazer o pessoal. Quando eles chegam ao set entra em cena o segundo assistente de direção Bruno Garotti. Da equipe de direção, ele é o responsável por cuidar de toda a figuração. Isso significa um trabalho prévio minucioso, realizado junto ao cadastro da agência.



Nilse e Sílvia são as donas da agência que recrutou todos os figurantes para o filme

A função de Bruno consiste em escolher a figuração (“Vi fotos atuais de 800 pessoas antes de começar o filme, para escolher quem se adequava a qual situação”, conta); corresponder às diretrizes de Daniel ao formar os grupos de figurantes para cada set; testar participações mais específicas (como um menino que saiba jogar pião, por exemplo). Isso tudo antes de rodar. Quando chega o momento de o “batalhão” entrar no set, Bruno está lá. “Eu situo as pessoas na cena, explico ações e reações que porventura a direção venha a pedir de cada um, fico organizando o pessoal”, conta. Bruno tem apenas 24 anos, mas Chico Xavier é o seu sétimo longa-metragem, e o terceiro com Daniel.



O segundo assistente de direção Bruno Garotti em ação: com apenas 24 anos, ele já fez sete filmes, sendo três com Daniel

O aumento em 50% do número de figurantes também chegou ao departamento de figurino: são mais 50% de roupas, sapatos e acessórios, que devem ser escolhidos e preparados em poucas horas. “É complicado, mas no cinema temos que saber lidar com imprevistos. Foram mais 30 pessoas que não tinham feito prova de roupa para vestir em uma manhã”, explica a figurinista Bia Salgado.

Tudo solucionado, figurantes em cena, Bruno à postos diante da “tropa”, é hora de ação. Hoje há mais uma “participação amorosa” no filme: a da diretora Cininha de Paula. Ela chega ao estúdio para uma única cena, mas tem uma boa expectativa quanto à sua personagem. “A Cris (D`Amato) me ligou dizendo: ‘olha, o Daniel está aqui ao lado e quer que você faça esta personagem’. Me senti feliz, pois a gente só chama para coisas contundentes quem a gente confia”, diz Cininha, que assim que chegou ao set fez cabelo, maquiagem, pôs o figurino e foi papear com Daniel. “Ele me conhece desde garota, antes mesmo de eu ser atriz e muito antes de virar diretora. A minha carreira se confunde com Daniel. Ele me orientou, me ajudou e me deu oportunidade”, diz.



Cininha de Paula e Cris: “Eu vejo um triunvirato em nós três”, diz Cininha. “Um D e dois Cs…”

No Video Assist, Daniel e Cris vêem o posicionamento dos figurantes em cena. “Figuração fantástica, hein? “, aprova o diretor. E logo depois começa a brincar de “assistente de direção”. Inverte os papéis e, enquanto Cris dá a diretriz da cena pelo microfone, ele vai até o cenário arrumar um vaso em cima da mesa. De lá, pergunta: “Tá bom, dona Cris?”, e volta para o Video Assist, continuando a brincadeira.

A cena é longa, com muitos planos, e entra noite adentro. São várias trocas de roupa para Nelson Xavier, Rosi Campos e para muitos figurantes. Além de Cininha, as atrizes Prazeres Barbosa e Rejane Zilles e o ator Edmilson Santini, caracterizado como um mendigo, contracenam com Chico Xavier e Cleide. O silêncio costumeiro quando a cena começa a rodar hoje tem um significado especial. Citando Chico Xavier, hoje, mais do que nunca, “o silêncio é prece”…

2009
08.10 Voando alto…Category: Uncategorized / Tags: no tag / 3 comments
Chico Xavier levantou vôo hoje – sem sair do chão. A equipe acordou cedo e partiu em direção ao Museu Aeroespacial, no Campo dos Afonsos, onde um aposentado Electra II aguardava no hangar para servir de cenário para a cena.

O turbo-hélice da Varig, que fez a ponte aérea Rio-São Paulo até 1991, simula um vôo onde estão Nelson Xavier (Chico), Rosi Campos (Cleide) e Ailton Graça – que veio de São Paulo para participar desta seqüência – e reuniu mais de 40 figurantes e muitos efeitos.



No hangar do Museu Aeroespacial, o set de hoje: um Electra II que voou até 1991 (Fotos de Ique Esteves)

Reuniu também um time bem animado: entre os passageiros estavam Paulo Barcellos, responsável pelos efeitos visuais do filme, o fotógrafo Ique Esteves; Gil Baroni, do making of; a assistente de figurino Rita Vianna; a maquiadora Rose Verçosa; e esta que vos escreve – todos da equipe do filme.

Rita – que interpretou a aeromoça – serviu um suco de laranja ao passageiro Ique. Ela também tem de manejar o carrinho de bebidas cheio de garrafas, copos e gelo – o que faz como uma verdadeira comissária de bordo… Rose interage com o ator Fábio Porchat, também chamado para a cena; Paulo, de terno e gravata, está na poltrona à frente de Chico Xavier, e a autora do blog senta-se ao lado de um “padre”- o que significa problemas no vôo…





Paulo, Patricia, Rita, Rose, Ique e Gil: os membros da equipe que formaram uma animada figuração

Todos, devidamente coreografados, trocaram por um dia suas funções no filme. Mas se divertiram muito – e divertiram os figurantes. Principalmente quando Ique, um executivo na cena, sacava sua câmera e fazia fotos para o still, ou Gil – vestido como um hippie típico dos anos 70 – pulava por cima das poltronas para pegar uma boa cena para o making of do filme (quando não estava rodando, naturalmente…).



No Video Assist, Daniel e Nonato acompanham o `vôo` do Electra…

O simpático Aílton Graça conquistou os figurantes com piadas e frases de efeito. Brincou com o eletricista Marcão, que desfilava pelo corredor do avião com a camisa do Flamengo. “Olha lá, tá se achando o Adriano”, implicava. Dor de cotovelo – já que seu time, o Corinthians, perdeu do Flamengo no domingo.



… e do lado de dentro, Daniel dirige Ailton Graça, Nelson Xavier e Rosi Campos

Depois da Aeronáutica, todos rumam para a Marinha. No fim da tarde, toda a equipe se desloca para o Hospital do Arsenal da Marinha, na Ilha das Cobras (onde já foram rodadas algumas cenas), na Praça Mauá, para refazer uma das primeiras seqüências do filme – rodada em um hospital de Cascadura na primeira semana de filmagem, antes mesmo da viagem para Tiradentes e Paulínia. A cena – que marcou a despedida do set dos atores Fernando Eiras e Cláudio Torres Gonzaga – foi refeita a pedido de Nelson. E um pedido de Chico Xavier não se recusa…

Foi um dia cheio, que terminou pouco antes das 21h – quando boa parte da equipe seguiu direto para o teatro Oi Casagrande, para a pré-estréia de Tempos de paz, o filme anterior de Daniel, que estréia nesta sexta-feira.

2009
08.09 O dia é dos paisCategory: Uncategorized / Tags: no tag / 3 comments
Dia dos Pais no set de filmagem. Dentro e fora de cena. Christiane Torloni e Tony Ramos formam o casal Glória e Orlando e todas as cenas de hoje envolvem os dois e dores entre pais e filhos. Na “vida real”, o set deste domingo teve visitas especiais. O clima era bem familiar, e o cenário facilitou: as cenas foram rodadas na casa que serve de base de produção, no alto da Gávea. Foi ali que o filme começou a tomar forma: os cômodos – que há dois meses abrigaram as salas onde os figurinos foram confeccionados, as costureiras tingiram e envelheceram as roupas, os testes de maquiagem e cabelo foram realizados, os atores ensaiaram e inúmeras reuniões aconteceram – sumiram por um dia.

Em seu lugar, surgiu um típico apartamento de classe média do início dos anos 70. Com direito a muito jacarandá, poltrona mole de Sérgio Rodrigues (um hit da época), parede de tijolinhos aparentes pintada de branco e lustre de acrílico.



Daniel dirige Christiane e Tony no set que reproduz um típico apartamento dos anos 70 (fotos de Ique Esteves)

Do Video Assist, Júlia, de 14 anos, e Victor, de 12, vêem a primeira cena do dia, com Christiane Torloni e Cássia Kiss (a atriz também voltou ao set para esta cena). Júlia e Victor são filhos do produtor-executivo Julio Uchôa. Ao lado deles, Pedro, de 12 anos, também está focado no monitor. Pudera: seu pai é o foquista Jorginho, um mestre com 32 longas e 22 anos de carreira. Fora minisséries e comerciais para publicidade.



No ensaio de hoje com Cássia Kiss, que voltou ao set especialmente para gravar esta cena

Os três fizeram jus ao ditado: se Maomé não vai à montanha… eles vêm ao set passar o Dia dos Pais com os seus. Júlia, Victor e Pedro têm outra coisa em comum: cresceram no meio cinematográfico mas não querem seguir a carreira dos pais. “Só se for pra ser ator”, diz Victor. “É melhor que produtor, que trabalha muito…”. A irmã faz coro: “A gente fica muito tempo sem ver meu pai…”, lastima a menina, que quer ser diplomata. Já Victor quer ser jornalista do SporTV. E Pedro ainda não decidiu. Mas já acompanhou o pai nas filmagens de Mandrake, Tempos de paz e Se eu fosse você 2…

Para quem nunca pisou em um set, a especialidade do pai de Pedro pode parecer estranha: Jorginho é o responsável pelo foco – fundamental para o filme. “Em televisão essa profissão não existe, é feita pelo próprio operador de câmera. Mas no cinema há o operador, o foquista, o assistente do foquista (que é o 2º assistente de câmera) e o loader (no caso de filme em película) ou o logger (no cinema digital)”, explica Jorginho.



Pedro na trilha do pai, o foquista Jorginho (à esquerda): fazendo foco para o operador de câmera Gil Otero

No caso de Chico Xavier, são duas equipes completas de câmeras: na primeira, o operador Gil Otero, o foquista Jorginho e o assistente Daniel Xavier. Na segunda, o operador Daniel Duran, a foquista Silvia Gangemi e o assistente Tiago Rivaldo. Dois trios afinados que captam com sensibilidade as imagens que se vê na telona. E ainda há o loader Miguel Lindenberg, gerente de imagem digital – ou seja: é ele quem descarrega os HDs do filme. Que responsabilidade…

Enquanto o time das câmeras filma Tony, Christiane e Cássia no primeiro andar da casa na Gávea, no segundo piso o clima era outro: a sala da produção foi deslocada de seu espaço original, mas a movimentação continua a mesma. O diretor de produção Luiz Henrique Fonseca e os assistentes Clara Machado e Renato Pimentel pendurados ao telefone fazendo a pré-produção para o encerramento do filme, daqui a 10 dias, em Uberaba.



Renato Pimentel (em primeiro plano), Luiz Henrique Fonseca e Clara Machado (de branco) no segundo andar da casa na Gávea: muito trabalho enquanto as cenas eram gravadas no andar de baixo

“Já estamos preparando a logística da cena final, em que queremos reunir a população de Uberaba em torno de Chico”, explica Luiz Henrique, enquanto acessa as fotos do local das filmagens. Em sua equipe fixa trabalham 15 pessoas – contando o pessoal do escritório, os produtores de locação e o platô. Fora os periódicos – produtores locais que são contratados (no caso de Chico, em Tiradentes e em Paulínia) por conhecerem o lugar como a palma da mão.

A produção ainda conta com a modernidade. Um dos mais recentes aliados é o Google Earth. “É por aqui que a gente faz logística à distância”, brinca Luiz Henrique, enquanto “viaja” até a rua onde será realizada a filmagem e vê exatamente o local de que irá dispor para a cena.

Mesmo no Dia dos Pais o trabalho é intenso. A produção trabalha no andar de cima, os técnicos, atores e Daniel, no de baixo. E de repente, uma surpresa: João, filho de Daniel, chega ao set com os três filhos, os gêmeos Valentina e João Paulo, de seis anos, e Antônio, de quatro. Mesmo morando em São Paulo, vieram ao Rio dar um beijo no vô. E aproveitaram para visitar o set. Enquanto a criançada brinca de equilibrista no trilho do carrinho de câmera, Daniel dá um longo abraço em João. E avisa: “Bom, agora vovô vai trabalhar… Vai fazer um filminho…”.



Vovô Daniel com a prole: o filho João e os netos Antônio, Valentina e João Paulo

Após as despedidas, a volta para o set. E para a última cena do dia – uma das mais fortes de Chico Xavier. Que no próximo Dia dos Pais todo mundo já vai saber qual é…

2009
08.08 Chegadas e partidasCategory: Uncategorized / Tags: no tag / 3 comments
O set hoje tem chegadas e partidas… Voltam ao estúdio Tony Ramos e Christiane Torloni – que rodaram uma única cena, no primeiro dia de filmagem, em 29 de junho. A atriz Laura Cardoso faz uma passagem-relâmpago – e iluminada – pelo set, em participação especialíssima. E se despede de Chico Xavier a professora de prosódia Babaya – que, com Cynthia Falabella, preparou o elenco para que o mineirês soe natural e espontâneo.

Mas Babaya fez mais do que isso. Amiga pessoal do ator Luís Mello – que a indicou para a prosódia de Chico –, a mineira de Cássia é cantora, professora de técnica vocal, tem uma escola de canto em Belo Horizonte e trabalha muito com teatro (há mais de 20 anos com o Grupo Galpão, por exemplo). Em Chico Xavier, se Cynthia preparou Matheus Costa para viver Chiquinho, Babaya, além de aprimorar o sotaque dos atores, foi a responsável pela unidade de timbre e tom entre Ângelo Antônio e Nelson Xavier. “Costumo dizer que o sotaque é o produto final de todo o meu trabalho. O que queríamos fazer, e conseguimos, foi trabalhar a intenção do texto, o que há por trás do que eles vão dizer. Tudo isso resulta em um sotaque natural, intuitivo”, explica. Por isso, Babaya prefere chamar seu trabalho de direção de texto.

Além do profissionalismo, Babaya cativou a equipe com seu jeito suave, discreto e gentil. Quando não estava trabalhando com seus atores, ficava quietinha em um canto do set fazendo palavras cruzadas. Sempre sorrindo. Hoje, apesar de ser seu último dia, preferiu não se despedir. “Quem sabe ainda precisam de mim em ‘edição extraordinária’…”, diz.



A professora de prosódia Babaya passa o texto com Nelson, em sua despedida de ‘Chico Xavier’ (fotos de Ique Esteves)

Christiane e Tony voltam ao filme para a fase “anos 70”. Antes de entrar no cenário da Herbert Richers, Christiane e parte da equipe rumaram para o hospital Ordem Terceira do Carmo, pertinho dali, para uma cena rápida, mas muito emocional. E quando se reuniu com Tony, na sala maquiagem do estúdio, o “casal” no filme aproveitou para passar o texto da primeira cena. Que é só a primeira: daqui pra frente, serão muitas cenas com os dois.

Pouco mais tarde, chega Laura Cardoso, para uma participação especialíssima: sua personagem, Vera Alves, é uma junção de duas atrizes, Vida Alves e Vera Nunes. “E Laura Cardoso também”, acrescenta a atriz, que foi contemporânea das homenageadas, tendo trabalhado juntas na antiga TV Tupi de São Paulo.



Laura Cardoso posa diante de sua foto na parede do cenário onde gravou

As seis cenas de hoje se passam, justamente, nos corredores de uma estação de TV. Nos corredores, fotografias antigas de grande nomes da televisão brasileira, como Eva Wilma, Carlos Zara, Gianfrancesco Guarnieri, John Herbet, Luís Gustavo e… Laura Cardoso. “A-mei!!”, grita Laura, ao ver suas duas fotos no set. “Eu era linda, uma graça!”, vibra a atriz que, ao andar pelo corredor cenográfico, mostrou-se saudosa. “O cenário está perfeito, era assim mesmo”, lembra.

Mas para ficar perfeito, os cenotécnicos tiveram trabalho. E o início da filmagem atrasou. A demora aconteceu por conta de uma junção de fatores, que devem ser estrategicamente conjugados para se encaixarem no tempo certo. Mas por uma mudança no plano de filmagem, alguns destes fatores tiveram que ser antecipados – o que gerou o atraso.



Daniel dirige Tony Ramos nos corredores da `Tv Tupi`, observado pelo diretor de fotografia Nonato Estrela, o chefe da maquinaria Vô Du e o operador câmera Gil Otero

O tempo de espera para Daniel, Christiane Torloni e Tony Ramos (Laura só chegou à tarde) foi recompensado por um bom papo. Os temas: as gravações da novela, leituras espritualistas, fé, sofrimento e religiosidade. E Chico Xavier, claro. “A gente conhece o sofrimento dos mais próximos, mas imagina o sofrimento dele com a dor de todos”, indaga Christiane.



Antes do início do set, Daniel e Christiane conversam sobre religiosidade no camarim do elenco

Enfim, com tudo pronto no set, o dia começa com a filmagem de uma cena antes do almoço. Na volta, serão cinco a serem rodadas – e todas com o “elevador” cheio de figurantes. Mas então Laura entra no estúdio e, bem-humorada e falante, levanta o astral no set. Ao vê-la, Tony faz uma reverência: “Mamadi!”, diz o ator, imitando seu personagem, filho de Laura na novela Caminho das Índias.

Enquanto esperam pelo próximo plano, dentro do cenário, o papo volta a ser animado, com todos contando histórias da televisão – afinal, estavam na roda Nelson Xavier, Laura Cardoso, Tony Ramos e Daniel Filho. Uma parte essencial da história da TV brasileira. “Para um ator, não existe a `participação especial`. Especial é você ser convidado a fazer parte de um projeto como este, nem que seja uma passadinha só”, diz Laura, após a animada conversa. “É uma honra trabalhar com Daniel de novo. Já fiz três ou quatro trabalhos com ele, que sabe o que pedir para o ator porque é um ator maravilhoso”, diz. E parte para sua cena: uma passagem rápida, em take único, mas com uma sensibilidade que emocionou até a diretora-assistente Cris D`Amato.

Outra pequena cena entre Tony e Nelson também sensibilizou muita gente. Inclusive Tony e Nelson. “Quem conheceu Chico sabe como está lindo o seu trabalho”, diz o primeiro para o segundo. E um longo abraço sela o momento…

Laura Cardoso passou como um furacão por Chico Xavier. Chegou, trouxe alegria e emoção ao set e despediu-se ao fim do dia, com um lindo buquê de rosas vermelhas… “Dona Laura! Que faz de um plano um filme!”, agradeceu Daniel.

Na outra despedida, Babaya passou com Nelson as falas de Chico para hoje. Mas, como o ator só entrou para filmar as últimas cenas do dia, lá estava a professora de prosódia com suas palavras cruzadas na mão. E então a surpresa: na primeira página da revistinha, veio a pergunta das cruzadas: “Ator, diretor, cineasta e produtor de TV, este brasileiro contribuiu notavelmente para o crescimento do cinema nacional (…).” Alguém sabe responder? Uma dica: é o diretor de Tempos de paz, Se eu fosse você 1 e 2, A partilha, Primo Basílio… e de Chico Xavier.



2009
08.06 Rosas para Ângelo e MatheusCategory: Uncategorized / Tags: no tag / 1 comment
E a casa de Chico veio abaixo… No estúdio A da Herbert Richers, o cenário reproduzindo a casa de Chico Xavier em Uberaba já cumpriu sua função. Em seu lugar será montado o Centro Espírita, e bem ao lado dele estarão os corredores de uma TV e o switcher – que já estão em fase de pintura e quase pronto para ser “dressado” (quando serão colocados os móveis, equipamentos e acessórios de cena).

Por enquanto, este espaço é apenas dos cenotécnicos, porque as cenas de hoje serão feitas na estrutura do prédio da Herbert Richers: o set é um camarim e na sala ao lado estão montados o Video Assist e o som.

Será usada uma lente chamada Macro, usada para filmar coisas microscópicas. A lente encantou Daniel, que resolveu filmar seu olho: “Verdão, hein?”, disse, a respeito de seus olhos pelo monitor. “Mas tá enrugadinho, enrugadinho…”, analisava. “De perto ninguém é normal, Daniel”, brinca o gerente de imagem digital Miguel Lindenberg.



Gil Otero e os assistentes de câmera Silvia Gangemi e Tiago Rivaldo preparam a cena com a macro, com Gabriel Santucci, responsável pelo Video Assist, de modelo para a marcação (fotos de Ique Esteves)

Na cena, há um assistente de produção (vivido por Pablo Sanábio). Neste personagem, Daniel faz uma homenagem a um grande amigo, que foi seu assistente na primeira versão da novela Roque Santeiro – a que foi vetada pela censura. No crachá do rapaz está escrito: José Carlos Pieri.

O set apertado de hoje – apenas o camarim e o corredor – deu a Daniel mais espaço no “elevador”. Explica-se: uma das coisas que mais irrita o diretor é o excesso de gente no set. Sempre que isso acontece, ele pede: “O elevador está cheio! Vamos esvaziar o elevador!”. Hoje, só fica quem é essencial para fazer o elevador subir.

Uma curiosidade sobre o dia: hoje serão filmadas a primeira e a última cenas do filme. Exatamente a abertura e o encerramento. Duas cenas de forte impacto.

Pouco antes do almoço, Ângelo Antônio chega ao set – para seu último dia como Chico Xavier. Encontra-se com Matheus Rocha – que também diz adeus a seu Chiquinho hoje – e assiste a uma das cenas de Nelson.



Antes de filmar sua última cena, que reúne as três gerações de Chicos, o ator dá entrevista para o making of do filme, dirigido por Gil Baroni. Alguns trechos:

“Pra compor o meu Chico, a primeira coisa foi ler o livro As vidas de Chico Xavier. Depois fui a Pedro Leopoldo e a Uberaba, conheci as pessoas que Chico conheceu, percorri os caminhos que ele percorreu. Isso me trouxe mais referências, mais detalhes, me fez pensar ainda mais na questão espiritual. Mexer com isso me fez revirar sentimentos, medos, sonhos… Pra buscar chegar à alma, à energia e à freqüência de Chico”, diz Ângelo.

Sobre trabalhar com Daniel Filho: “Foi um aprendizado. Já tínhamos trabalhado juntos na TV, e em A justiceira ele me disse: você é do cinema. O olhar dele pra tudo é impressionante. E ele foi muito generoso: plantou uma semente e me deixou livre pra colher. Foi bom jogar com Daniel. Dentro e fora de campo.”

Outra pergunta se refere à semelhança entre o ator e um médium. Existe? “Todos nós somos antenas, alguns mais, outros menos preparados para receber sinais. A forma como traduzimos isso é que talvez faça a diferença da linguagem simbólica entre o ator e o médium. A gente vai atrás dessas conexões com o inconsciente coletivo, com o sentimento e a emoção.” Isso é um pouquinho de Ângelo Antônio – e um pouquinho do que ele emprestou ao seu Chico. O resto, só no making of…

Outra despedida sentida por todo mundo foi a de Matheus Costa, 11 anos, que além de encantar a equipe com seu profissionalismo e talento, cativou a todos pelo jeitinho educado e alegre, sempre receptivo a um bom papo ou a uma brincadeira. Matheus esteve no set para rodar a última cena do dia, em que os três Chicos – de alguma maneira

Antes de filmar sua última cena, que reúne as três gerações de Chicos, o ator dá entrevista para o making of do filme, dirigido por Gil Baroni. Alguns trechos:

“Pra compor o meu Chico, a primeira coisa foi ler o livro As vidas de Chico Xavier. Depois fui a Pedro Leopoldo e a Uberaba, conheci as pessoas que Chico conheceu, percorri os caminhos que ele percorreu. Isso me trouxe mais referências, mais detalhes, me fez pensar ainda mais na questão espiritual. Mexer com isso me fez revirar sentimentos, medos, sonhos… Pra buscar chegar à alma, à energia e à freqüência de Chico”, diz Ângelo.

Sobre trabalhar com Daniel Filho: “Foi um aprendizado. Já tínhamos trabalhado juntos na TV, e em A justiceira ele me disse: você é do cinema. O olhar dele pra tudo é impressionante. E ele foi muito generoso: plantou uma semente e me deixou livre pra colher. Foi bom jogar com Daniel. Dentro e fora de campo.”

Outra pergunta se refere à semelhança entre o ator e um médium. Existe? “Todos nós somos antenas, alguns mais, outros menos preparados para receber sinais. A forma como traduzimos isso é que talvez faça a diferença da linguagem simbólica entre o ator e o médium. A gente vai atrás dessas conexões com o inconsciente coletivo, com o sentimento e a emoção.” Isso é um pouquinho de Ângelo Antônio – e um pouquinho do que ele emprestou ao seu Chico. O resto, só no making of…

Outra despedida sentida por todo mundo foi a de Matheus Costa, 11 anos, que além de encantar a equipe com seu profissionalismo e talento, cativou a todos pelo jeitinho educado e alegre, sempre receptivo a um bom papo ou a uma brincadeira. Matheus esteve no set para rodar a última cena do dia, em que os três Chicos – de alguma maneira – se encontram (é claro que como isso acontece é um segredo de estado…)

De lá pra cá, o tempo passou. Na vida real – estamos na sexta, e penúltima, semana de filmagens – e no filme. A história começa em 1918 e chega até 1975. São quase 60 anos da vida de Chico. Daqui para a frente, as filmagens se fixam nas décadas de 60 e 70. Novos personagens entram em cena , trazendo novas participações especiais de atores e atrizes de primeiro time.

A passagem de tempo poderá ser percebida também na fotografia de Chico Xavier. “Sob a batuta de Daniel, dividimos o filme em três fases, que vão mudando ao longo das décadas que o filme percorre”, explica o diretor de fotografia Nonato Estrela. “De 1918 a 1931 é a que chamamos de a `fase do fogo`. Ainda não havia luz elétrica, portanto os tons da fotografia são barrocos, terrosos, muito claro-escuro”, diz Nonato. Na pré-produção, conta, uma reunião entre Daniel Filho, o diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto, a figurinista Bia Salgado e ele, definiu esses tons do filme – e que também serão percebidos no cenário e nos trajes do elenco e das centenas de figurantes que participam de todas as fases.

A segunda etapa da história é um meio termo entre a “fase do fogo” e a época mais atual. Em 1944, já existe luz elétrica, mas é uma luz amarelada – e fotografia, cenário e figurinos seguem essa textura. Já a época do Pinga-Fogo – que está sendo rodada agora e se extende até o fim das filmagens – tem um tom mais frio, puxando para o azul e o cinza da cidade de São Paulo. A época da luz fluorescente.

Às vezes, um imprevisto tem de ser resolvido e encaixado nesta paleta de cores e texturas. Hoje pela manhã foi a vez da figurinista Bia Salgado solucionar um problema. A primeira cena terá continuidade dentro de um avião – que só será rodada no último dia de filmagem no Rio. Mas o problema é para hoje: inicialmente previsto em azul, cinza e pêssego – as cores mais frias da década de 70 –, o terno de Chico teve de ser substituído às pressas, por conta do interior do avião, que inicialmente teria suas cores originais mudadas – e combinariam com esta roupa . Mas, por falta de autorização para que isso acontecesse, teve de haver a mudança do figurino. Uma cena que só acontecerá daqui a 12 dias tem de ser perfeitamente decupada com toda esta antecedência…

Esse passeio pelas épocas através da luz, das cores e das texturas poderá ser visto quando Chico Xavier for para os cinemas. O que não será visto é o enorme cuidado com os detalhes que isso engloba – e que, muitas vezes, por pequenas coisas, atrasa um dia de filmagem. Hoje, por exemplo, antes do ensaio para a cena mais longa do dia – uma conversa entre Chico (Nelson Xavier) e Cleide (Rosi Campos) – uma simples mesa de lanche paralisou o set por uma hora. Daniel não gostou do que estava sobre ela e, enquanto a arte providenciava a mudança, ele se retirou para o camarim, deixando um clima tenso no estúdio. Na volta, a cena teve sete takes – ao contrário do que prefere Daniel: ensaiar muito e filmar em um único take, aproveitando a emoção do ator na primeira vez que roda.

Nelson Xavier – e seu Chico na casa dos 60 anos – emociona quem está no set a cada cena. Não apenas por sua semelhança com o personagem real, mas pela forma como vibra quando percebe que a cena foi boa. No fim deste longo diálogo, o ator deu um soquinho na mesa e gritou “yes!!!”. Daniel, do Video Assist, respondeu: “yes, Nelson, yes!”.

Esta cena foi presenciada pelo “contador” da história. O roteirista Marcos Berstein visitou o set pela primeira vez desde o início das filmagens, para acompanhar como a história que escreveu no papel tomou vida através de Nelson, Rosi e Fernando Eiras. “Maravilhoso, Nelson”, cumprimenta Marcos. “Adorei a peruca, está perfeita”, diz, referindo-se à famosa peruca que o médium, nesta época, teimou em usar. Sentado ao lado de Daniel no Video Assist, ele pergunta: “E aí, está funcionando?”, e Daniel faz um pequeno retrospecto de cenas marcantes, episódios da viagem e histórias que aconteceram em paralelo. E antecipa que está absolutamente confirmado o encerramento do filme em Uberaba.

Quem trouxe a boa notícia foi o produtor executivo Julio Uchôa, que chegou esta manhã da cidade mineira com tudo acertado para uma grande seqüência, que deve reunir 2.500 uberabenses como figuração na rua. Ele esteve reunido com o secretário de Desenvolvimento Econômico, João Franco, e acompanhado pelo filho adotivo de Chico, Eurípedes Higino. “Salve! Uberaba está conosco”, vibrou Julio, após o encontro

Marcos Berstein também gostou da notícia. O roteirista, que usou como principal fonte para o roteiro o livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior, adaptou a biografia à linguagem cinematográfica. E inseriu outras informações trazidas pela diretora-assistente Cris D`Amato. “Cris foi importantíssima porque provocava, estimulava e dava idéias”, conta Marcos, que confessa não ter sido fácil escrever este roteiro. “É uma vida inteira que percorremos, muitas épocas, muitas histórias. E tendo como personagem principal um homem que seguiu uma trajetória de vida suave, mas que impactava quem o conhecia, causava grandes emoções às pessoas com quem cruzou pelo caminho. Cada espectador vai encontrar a sua emoção em uma cena diferente”, diz o roteirista.“Quando você olha para uma pessoa e só vê paz, bondade, compaixão e tolerância, essa é uma pessoa especial.”
É esta pessoa – que começa menino com Matheus, entra na juventude e na fase adulta com Ângelo, e percorre a maturidade com Nelson – que a equipe está, há mais de 40 dias, aprendendo a conhecer.

Este novo período abrange o fim da década de 1960 e a de 70, quando Chico já é uma personalidade conhecida nacionalmente e sua relação com o guia Emmanuel já atingiu um nível de trabalho incessante. E também muda a cenografia: detalhes como uma antiga televisão a válvula Philco, em preto-e-branco; um calendário original de 1971 do “Pôsto e Garage Luzitânia”; uma velha geladeira General Electric; uma antiga revista inTerValo, com a personagem Mônica, de Maurício de Souza, na capa… objetos de cena bem diferentes dos que foram mostrados nas duas primeiras fases do filme. Uma curiosidade: durante a pesquisa para encontrar a revista inTevValo, o diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto deu com uma reportagem de 1969 sobre Véu de noiva, com uma foto do “galã” Daniel Filho…

na sala de “sua casa” que Nelson Xavier está sentado, já caracterizado, concentrando-se para entrar em cena. Alheio ao movimento da marcação das câmeras, ele fecha os olhos e abaixa a cabeça – lembrando “um certo” Ângelo Antônio que, há uma semana, fazia o mesmo gesto no estúdio em Paulínia. Se os dois ensaiaram juntos para unificar o tom de voz e os trejeitos para viver o mesmo personagem, também parecem ser o mesmo ator – um alguns anos mais velho do que o outro –, na maneira como se afastam do “mundo” para entrar no mundo de Chico Xavier.

Enquanto isso, no Video Assist, Daniel tenta “convencer” Cris D’ Amato a participar com ele de uma das cenas do filme. “Ah, não, de jeito nenhum”, refuta Cris. “Só vamos ficar lá, sentadinhos, e eles filmam a gente”, rebate Daniel. “De jeito nenhum!”, enfatiza ela. Vamos ver se na tela vão aparecer, lá no canto, o diretor e a diretora-assistente fazendo figuração…

O dia foi de Chico Xavier e Emmanuel, com a participação, na primeira cena, dos atores Guilherme Bernard e Matheus Guedes, como Eurípedes e Vivaldo, os dois filhos adotivos de Chico. Depois desta, só deu Nelson e André. Entre uma e outra das cinco cenas que filmaram, o intérprete de Emmanuel recita uma frase à professora de prosódia Babaya, que voltou ao Rio para acompanhar esta primeira semana da nova fase do filme: “Deus é pai, Daniel é filho e eu sou o Espírito Santo”, brinca André, referindo-se a seu personagem.

Uma das últimas cenas do dia teve direito até a uma democrática votação: a questão era se um ator deveria estar de pé ou sentado à mesa. Pode parecer pouco, mas esta postura definia um clima de cena. Daniel colocou em votação. As mulheres da equipe, em sua maioria, votaram a favor do ator permancer de pé. Voto vencido para os homens. Mulheres 6 x homens 2. Daniel diz que as mulheres ganham, pois são elas que escolhem o filme a ser visto.

Bem no finzinho do set, Andre Dias – que já participou de vários musicais, como Rádio Nacional, Gota d’água e Ópera do malandro – solta a voz com Cole Porter. Pelo monitor – e pelo fone – Daniel, Babaya e o diretor de produção Luiz Henrique Fonseca vêem a cena e acompanham. O dia de Chico Xavier termina ao som de So in love…









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OS TRÊS CHICOS



Nelson Xavier, o Chico na maturidade, volta ao set e se encontra com Matheus Costa, o Chico criança


Ângelo Antônio em exercício corporal antes de atuar

O elenco de Chico Xavier reúne um time de estrelas: além de Matheus Costa (Chico Criança), Ângelo Antônio (Chico Rapaz), Nelson Xavier (Chico na maturidade), Christiane Torloni, Tony Ramos, Luís Mello e André Dias (que conduzem a história), outros personagens têm apenas algumas cenas. Mas são interpretados por atores e atrizes de primeira, como Letícia Sabatella, Giulia Gam, Paulo Vespúcio e mais Cássio Gabus Mendes, Pedro Paulo Rangel, Paulo Goulart, Giovanna Antonelli, Cássia Kiss, Ana Rosa… a lista é enorme. E forma um time que engrandece ainda mais o projeto.











DETALHES CENOGRÁFICOS DA CASA E QUARTO DE CHICO XAVIER



CHICO CRIANÇA INTERPRETADO PELO ATOR MIRIM MATHEUS COSTA











CURIOSIDADES E COINCIDÊNCIAS





AS FLORES DE CHICO ... E DANIEL FILHO




CENÁRIOS E FIGURINOS




EFE









Rosi Campos, que vive Cleide, a parceira de Chico, e André Dias, que interpreta Emmanuel, na sala de maquiagem
Trinta e nove figurantes compõem o corpo de jurados e parte da platéia da cena de hoje
Célia Diniz fala sobre Chico Xavier para a equipe, ouvida atentamente pelos atores Cássia Kiss e Nildo Parente e, à direita do ator, pelo diretor de fotografia Nonato Estrela, pelo produtor executivo Julio Uchôa, pelo diretor de produção Luiz Henrique Fonseca e pela diretora assistente Cris D’Amato
A primeiríssima cena filmada de ‘Chico Xavier’… (TRIBUNAL - JUIZ
Na base da produção, um dos painéis com fotos de Chico Xavier. Este mostra Chico de 1931 a 1959, período em que será vivido pelo ator Ângelo Antônio
Uma pequena parte do figurino feminino, como as roupas das irmãs de Chico, Carmosina e Lúcia…… e as perucas das prostitutas do bordel
cemitério construído pela direção de arte de Chico Xavier: tão real que assustou até um segurança. O contra-regra Farinha e seu assistente Rui Junior com uma das lápides cenográficas
A grua de 15 metros, que realiza 10 movimentos diferentes e simultâneos
Letícia Sabatella fez sucesso com as crianças da cidade e foi atenciosa e sorridente com todos
Mais uma traquitana do chefe da maquinária entra em cena: o carrinho da câmera adaptado para o Hollywood Out, um movimento que faz mágica no cinema… (fotos de Ique Esteves)
Os pequenos figurantes, alunos da escola de Pedro Leopoldo
Paulo Barcellos, da O2 Pós Produção, responsável pelos efeitos visuais do filme
A Cachoeira da Fumaça, em Carrancas, cidadezinha próxima a Tiradentes, tendo à frente a grua com a câmera posicionada em seu ponto de partida para a cena
O ator Jean Pierre Noher aprende a mexer na Rolleiflex com o still Ique Esteves
Ângelo Antônio e Luís Mello no set, concentrando-se antes de iniciar a primeira e forte cena do dia (fotos de Ique Esteves)
Anselmo Vasconcelos, que vive o médium Perácio, marido de Carmem (Ana Rosa), também está mais sério por conta da cena

A figurinista Bia Salgado confere a roupa do pequeno figurante
Daniel e Matheus se divertem jogando bate-mão no intervalo entre as cenas (fotos de Ique Esteves)
O secretário de Cultura, Emerson Alves, e a secretária de Recursos da prefeitura de Paulínia, Carol Bordignon, visitaram o set e acompanharam a filmagem do dia
Tio’ Farinha serve o mingau de aveia preparado especialmente para a cena. E a garotada entrou mesmo no personagem: antes do take dois, muitos pratinhos já estavam vazios…
Daniel Filho dirige a roda de oração que entoa o cântico “Chega, chega, pecador” (Fotos de Ique Esteves
Julio Uchôa, com o terço na mão, e Ancelmo Saffi (de terno, ao lado do ator Cassio Gabus Mendes)
Sandro Galvão (o câmera que chegou para substituir Daniel Duran até sua volta) “vestiu” o easy rig
Ângelo Antônio faz tai-chi-chuan na rua, diante do set (Fotos de Ique Esteves)
A mesa de trabalho de Chico Xavier
Matheus na procissão, em que carrega um tijolo de verdade (mas não muito pesado…) para dar veracidade à cena (fotos de Ique Esteves)
O diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto e a produtora Ula Schliemann dão os últimos retoques no andor com a imagem de São Sebastião
Seu’ José Vicente Carlos, jardineiro e parte da figuração de ‘Chico Xavier’ em Tiradentes
“Quando um mineiro diz “bom dia”, ele realmente está desejando isto a você. Não está em cima do muro, como diz a lenda…
O carinho e respeito com que fomos recebidos em Tiradentes são inesquecíveis.
Todos os dias éramos abraçados e nos agradeciam por estarmos filmando a cidade deles.

Giulia Gam faz exercícios de alongamento antes de viver Rita, a tia de Chico (fotos de Ique Esteves)
Rose Verçosa e Ancelmo Saffi preparam a `ferida purulenta`do ator Victor Navega Motta, que interpreta Moacir, filho de Rita
Na linha férrea por onde a locomotiva 338 irá passar, Matheus Costa ensaia para a cena
Daniel ensaia o elenco para a cena na casa de Rita, que foi totalmente transformada: as paredes internas foram demolidas para aumentar o set e os elementos de cena reproduzem a casa humilde do início do século passado

A equipe a postos para gravar a complicada cena de ação do dia (fotos de Ique Esteves)
Vô Du, chefe da maquinária e um inventor de soluções, orgulhoso de sua traquitana
Para conter as brincadeiras dos meninos e ‘chamá-los’ para a cena, Daniel encarnou o professor severo. Deu certo…
Os meninos Gabriel, Felipe (à frente) e Guillermo (atrás) com Matheus Costa…… e o storyboard da cena, em que ela é detalhada em todos os seus planos
O aparato montado pelas equipes de maquinária, elétrica e platô, para garantir a segurança da cena
O encontro de Matheus Costa e de seu pai Alex
Detalhe de um dos quartos da casa de Chico montada no estúdio do Pólo Cinematográfico de Paulínia

AS FLORES DE CHICO e DANIEL
Giulia Gam recebe as flores e o cartão de Daniel, em que ele brinca com a atriz
Carla Daniel no camarim: como os outros atores que aguardavam para filmar, ela despetala as rosas que serão usadas. A atriz ainda tem cenas como Carmosina e não se despede de Chico Xavier hoje
Ao fim do dia, Daniel distribui buquês de flores aos atores que encerram sua participação hoje. É ou não é uma foto de família?
A despedida de Carla Daniel e Larissa Vereza da ‘família’ de Chico Xavier: as atrizes receberam flores e os agradecimentos do diretor

GIOVANNA ANTONELLI
Giovanna Antonelli, nas mãos da assistente da cabelo e maquiagem Glória Maria, filma suas primeiras cenas como Cidália, a boa madastra de Chico
Giovanna Antonelli, a Cidália, brinca com o sorridente Cauã antes de gravar (fotos de Ique Esteves)

CIDADES
AMERICANA/SP
Cris D`Amato em plena ação, dirigindo Matheus Costa na fábrica de tecidos, com o diretor de fotografia Nonato Estrela ao fundo
CAMPINAS/SP
O contra-regra Farinha troca a placa da antiga estação de trem de Campinas: agora é Uberaba, em 1969 (fotos de Ique Esteves)

FIGURINO E MAQUIAGEM
A costureira Ilma Santos já tem 70 filmes no currículo. Quando ‘Chico Xavier’ voltar ao Rio ela assume o cargo de camareira de Cristiane Torloni

PEQUENOS SUSTOS:
20/07/2009
No fim do dia, um susto. Luís Mello conduzia a charrete quando o barrigueira que prendia o arreio ao burro arrebentou – por ser antiga (da década de 1920), não suportou a condução. Matheus, ágil, pulou rapidamente – enquanto o dono do animal e o pessoal do platô imediatamente seguraram a charrete, para não virar com Mello.
22/07/2009
Enquanto isso, dentro do set, Daniel tem um problema sério nas mãos: quatro lentes das câmeras estão apresentando problemas. “Em 40 anos de filmagem nunca vi isso”, diz Daniel, quando chega ao set e é informado do que está acontecendo. “É como filmar sem Ângelo, como jogar sem Michael Jordan”, continua.
Uma reunião em um canto do set reuniu, além de Daniel, o diretor de produção Luiz Henrique Fonseca, o diretor de fotografia Nonato Estrela, o operador de câmera Gilberto Otero e os assistentes de câmera e foquistas (responsáveis pelo foco da câmera) Jorginho e Silvia Gamgemi. “Eu não tenho capacidade técnica para resolver isso”, diz Daniel. “Mas é um problema que todos nós estamos enfrentando. Temos que resolver rápido, e o que vocês decidirem é o que vai ser”, decreta o diretor. Um novo jogo de lentes precisa estar no set o mais rápido possível, para passar pela aprovação da equipe. Mas, para hoje, uma das lentes mais usadas no filme, a 50 mm, esteve fora de cena.
25/07/2009
Mas alguém no set chora de verdade: o menino Nicolas, escalado como figurante-mirim para viver um dos meio-irmãos de Chico, começa a chorar em sua cama (onde gravaria). Ele queria porque queria ir ao Rodoshopping, localizado dentro do complexo do Pólo Cinematográfico. A produção e Daniel, cuidadosos com o menino, chamam sua mãe e começam a distraí-lo. Com a mãe ao lado, Daniel brinca com ele, a diretora-assistente Cris D`Amato mostra fotos de seu celular, até ele esquecer do shopping e fazer a cena direitinho…
A diretora-assistente Cris D`Amato distrai o pequeno Nicolas, que chorava porque queria passear no Rodoshopping, localizado no complexo do Pólo Cinematográfico

CURIOSIDADES E COINCIDÊNCIAS

Ângelo Antônio segura o lenço de Chico Xavier, que ganhou de presente de Eurípedes, filho adotivo do médium (Fotos Ique Esteves)

21/07/2009
A estrela do dia é Chico. E não é o Xavier.
Do lado de fora do estúdio, um cãozinho vira-lata desce de um dos carros da produção com sua dona, Sueli, e Belamir Freire, da produção em Paulínia. E já chega abafando: pula, abana o rabinho para todos, deita e rola na grama. Uma simpatia. Ele “interpretará” Lorde, o cachorro de Chico Xavier, e hoje faz uma cena densa com Ângelo Antônio.
A história de como o produtor o encontrou parece coisa de cinema. Ou de Chico Xavier… “Eu estava procurando um menino que jogasse pião, e percorri vários bairros mais humildes de Paulínia”, conta Belamir. “Perguntei a um rapaz se ele conhecia algum e de repente o cachorro dele pulou em cima de mim. Como também estava procurando o `Lorde`, e esse cachorro era ideal, comecei a fotografá-lo. Ele fez pose, pulou, brincou, não saía de perto. Mesmo quando fotografei outros cachorros da rua, ele se metia da frente da câmera. Parecia que estava pedindo para fazer o filme…”
Quando Belamir perguntou o nome do simpático a seu dono, ele ouviu: “Chico”. “Então eu tive certeza de que seria ele!”, diz. O resultado é o show de simpatia que conquistou todos – atores e equipe – no set hoje. O astro tem até dublê: Rambo, seu irmão, que poderá substitui-lo em caso de necessidade…
O astro do dia: Chico, um vira-lata simpático que será Lorde, e que conquistou todos no set. Ele é tão paparicado que tem até dublê, seu irmão Rambo
26/07/2009
Mas o dia das crianças de Chico Xavier ainda não acabou. E a última história é uma tremenda coincidência: Giovanna Antonelli vive Cidália, madrasta de Chico. Pois a filha caçula, Lúcia, na cena com dois anos, será vivida por uma pequenina chamada… Sidália (só que com s). Acompanhada pela mãe e pelo onipresente Bruno Garotti, a menina não quer entrar em cena de jeito nenhum. Bruno dá a ela uma boneca, diz que ela vai só “tirar uma foto pra mostrar como está bonita”, mas não adianta. O jeito é chamar a menina que está de stand-by (sempre há uma dupla em caso de crianças pequenas, que podem ter reações variadas na hora de gravar). A menina entra no estúdio e chama-se… Giovanna. Sai Sidália, entra Giovanna – para contracenar com Giovanna, a Cidália da história.

O segundo assistente de direção Bruno Garotti paparica Giovanna, que substituiu Sidália, a menina que ‘desistiu’ do papel da irmã caçula de Chico
27/07/2009
Ângelo Antônio, com os sapatos desamarrados. Explica-se: desde que começou a pesquisar a vida do médium, Ângelo vem colecionando talismãs (o lenço, o perfume…) e hábitos de Chico. Ao visitar Uberaba pela primeira vez, antigos amigos do médium contaram que ele nunca amarrava os sapatos. Desde Tiradentes, Ângelo é visto andando no set com o cadarço desamarrado…
Os sapatos desamarrados de Ângelo, um hábito de Chico Xavier adquirido pelo ator
28/07/2009
Juraci de Souza dividiu a cena com Olívia. Aos 78 anos, ela foi chamada por acaso para viver a “senhora com a perna inchada” quando visitava o neto no Pólo Cinematográfico. “Minhas pernas tremiam feito vara verde”, conta ela, que não é atriz. “Mas aquele senhor (Daniel Filho) deixou a gente mais calmo”, conta dona Juraci, que sempre foi espírita, mas há pouco tempo tornou-se evangélica. “Mas Chico Xavier era um homem muito bom…”, diz.
Dona Juraci, 78 anos, foi escolhida para viver a ’senhora com a perna inchada’ por acaso. Mas ganhou até fala, e fez a cena com desenvoltura…