"[...] o maior entre vós seja como o mais novo, e o que comanda como o que serve." (Lucas, 22:26)
O Evangelho apresenta, igualmente, a mais elevada fórmula de vida político-administrativa aos povos da Terra.
Quem afirma que semelhantes serviços não se compadecem com os labores do Mestre não penetrou ainda toda a verdade de suas Lições Divinas.
A magna questão é encontrar o elemento humano disposto à execução do sublime princípio.
Os ideais democráticos do mundo não derivaram senão do próprio ensinamento do Salvador.
Poderá encontrar algum sociólogo do planeta, plataforma superior além da gloriosa síntese que reclama do governante as legítimas qualidades do servidor fiel?
As revoluções, que custaram tanto sangue, não foram senão uma ânsia de obtenção da fórmula sagrada na realidade política das nações.
Nem, por isso, entretanto, deixaram de ser movimentos criminosos e desleais, como infiéis e perversos têm sido os falsos políticos na atuação do governo comum.
O ensinamento de Jesus, nesse particular, ainda está acima da compreensão vulgar das criaturas.
Quase todos os homens se atiram à conquista dos postos de autoridade e evidência, mas geralmente se encontram excessivamente interessados com as suas próprias vantagens no imediatismo do mundo.
Ignoram que o Cristo aí conta com eles, não como quem governa tirânica ou arbitrariamente, mas como quem serve com alegria, não como quem administra a golpes de força, mas como quem obedece ao Esquema Divino, junto dos seres e cousas da vida.
Jesus é o Supremo Governador da Terra e, ao mesmo tempo, o Supremo Servidor das criaturas humanas.
Emmanuel
(Alma e luz. Ed. IDE, Cap. 12)
Mensagens de Emmanuel: https://play.google.com/store/apps/details?id=peloespiritoemmanuel.com
SEGUIDORES
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Política
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Ao Meu Companheiro Dr. Helder
Por: Claudionor Lima
Oh, meu companheiro, Dr. Helder, o que tenho para te dizer neste momento...
-
Ainda tenho vivo em minha mente aquele memorável dia 25 de agosto de 1994, uma quinta-feira, quando fui recebido por você (Que honra! Que luxo! Que presente!) no Grupo Espírita Ave Luz, dia dos estudos de “O Livro dos Espíritos”.
-
Você, como sempre, se curvava em gesto de acolhimento, apertou firme a mão e me indicou onde sentar para ouvir os estudos, dizendo: “seja bem-vindo...”. Isso impactou minha vida. Muito do que me tornei como ser humano devo à minha permanência no Ave Luz por mais de 20 anos, graças à sua inspiração e aconselhamento.
-
Você é o professor dos professores. Você nos formou. Formou gerações no meio espírita. Talvez a única coisa que você nunca negou às pessoas foi a habilidade de ensinar. Formou dezenas, talvez até centenas, nestes mais de 32 anos dedicados à Doutrina Espírita, entre passistas, coordenadores de grupo, monitores de evangelho, de ESDE. Foi, é e sempre será sua marca: ensinar, libertar almas através do conhecimento – neste caso, o conhecimento do mundo espírita.
-
Suas histórias de ensino vão além do tradicional. Ele, certa vez, me contou uma história que revela seu tamanho como cristão. Quem, por exemplo, iria a pé da Aerolândia, onde morava em 1994, até o Jangurussu (um trecho de mais de 12 km) porque, naquele momento, faltavam-lhe recursos? E ainda assim ele mantinha o compromisso de levar o espiritismo a almas sedentas de conhecimento, sabendo que este conhecimento poderia magnetizar, curar, aliviar dores e sofrimentos. Fora outras histórias, como as vezes em que, mesmo com febre, sem voz, doente, a pé, de qualquer forma, ele estava disposto a ajudar sempre.
-
Ele é convicto sobre ser espírita e sobre sua missão na Terra, coisa (convicção) que nos falta em muitas áreas. Essa sua postura firme impactou e ajudou muitas vidas, tenha certeza disso. A arte de cuidar e zelar pelas pessoas foi além de sua vida profissional como enfermeiro. Ele cuidava de todos. Preocupava-se com todos. Esse é o Helder. Não media esforços físicos, materiais, financeiros e até biológicos para se dedicar à instituição que ajudou a fundar, a qual, como ele gostava de dizer: “um ponto de luz em meio à escuridão”. Esse foi seu grande legado e jamais será esquecido.
-
Fui forjado por suas palavras e gestos. Você me inspirou profundamente. Sou grato por tudo. Meu amigo, eu gosto muito de escrever, mas a emoção que me toma agora me impede de dizer tudo sem esquecer detalhes importantes da nossa história. Apesar do distanciamento dos últimos anos, consegui te visitar nestes momentos finais da sua existência. E, na última vez que te vi, disse-lhe, abraçando-o, que o amava. Não esqueça disso.
-
Aqui não é um adeus para você. É um até logo. É um “vamos fazer uma reunião ou estudo”, em breve ou, talvez, não tão breve, em algum lugar deste espaço infinito.
-
Foi um privilégio conviver com você, compartilhar um tempo e uma época ao seu lado. Ter trabalhado e estudado com você. Vivemos experiências incríveis, e isso jamais será esquecido.
Vá, caro amigo, e se junte a companheiros e companheiras que foram antes, como Carvalho, Anchieta, Pedrinho e tantos outros, e cuidem de nós por aí.
-
Como está nos postulados espíritas: “àqueles que foram já devem ter cumprido sua missão. Os que estão talvez sequer tenham começado”.
-
Siga com Deus e os bons Anjos!
À família Loureiro, todos, força. Estamos aqui!
-
Além do túmulo o espírito ainda canta seus ideais de paz, amor e luz.
Até breve, amigo Helder
Por: Fco Jadas da Silva
Meu amigo Helder, bom dia!
Somente hoje encontro palavras para expressar essa nossa breve "separação". Bem sei que já estava se despedindo, devagarinho. Via em teus olhos o olhar de quem já deslumbrava o alvorecer de um novo mundo. Já estava preparando tua bagagem para a grande partida. Senti isso quando te vi pela última vez em tua casa. Fiz algumas perguntas. As respostas vieram fracionadas, por vezes incompreensíveis, pois o teu corpo já não mais permitia expressar o sorriso largo com o qual sempre nos cativava. Mas teus olhos, essas janelas da alma, expressavam todo o teu sentimento.
Pois bem! Agora um pouco mais recomposto, vêm-me à lembrança os nossos ideais de juventude. Procuro retirar a poeira deixada pelo tempo e vejo-te nos arquivos de minha memória o nosso encontro com a Doutrina Espírita. Abraçaste-a com desvelo, com um amor incontido e um ardor que contagiava a todos que te ouviam, tornando-a teu ideal nesta breve existência.
Foste um verdadeiro espírita, pois como assevera Kardec em o Evangelho Segundo o Espiritismo, "o espiritismo bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, caracteriza o verdadeiro espírita como o verdadeiro cristão, que são a mesma coisa".
Ontem, retornaste ao Grande Além. Já estava de malas prontas à espera da condução. Aguardava, no Porto da Esperança, um navio chamado Caridade que te conduziria à outra margem da Vida.
Embarcas! À medida que o navio se aproxima da linha do horizonte, percebe que teu olhar já não alcança os que aqui ficam! "... Quem parte leva saudade de alguém..."! Guarda contigo a saudade dos que te amam, não o lamento da dor, da separação, pois que esta não existe. A Vida continua profícua e bela.
"Que maravilha, meu Deus!", exclama. Agora teu olhar percebe a outra margem que se avizinha. Passa a enxergar com maior nitidez, mais clareza. Escuta hozanas, percebe amigos que precederam e estão a te recepcionar na outra margem da Vida.
Filho pródigo, retornaste ao regaço do Pai, à nossa pátria de origem. Multiplicaste os talentos concedidos. Combateste o bom combate!
Até breve, amigo Helder!