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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

VIVA LA VIDA -> Comentários serão Bem-vindos!


Gostei dessa música e fui pesquisar na net para ver a tradução e deparei-me com vários comentários (positivos e negativos) sobre a letra.

A maior curiosidade que tenho é quanto ao título da música: VIVA LA VIDA (VIVER A VIDA em espanhol), mas em sua totalidade ela é intepretada em inglês. Porque será que o título está em espanhol?

Considero a melhor interpretação sobre a música, feita pelo postador do vídeo (diiormontsolli).

Comentem também sobre a polêmica da letra.

Fraterno abraçço,

Geraldo Valintim



Por diiormontsolli

A letra dessa música é uma verdadeira "Obra de Arte". Fala acerca das contradições da vida humana perante o destino. Porém, "esse jogo de palavras" dá um sentido todo especial à mensagem.

Sacada genial dos produtores do clipe. O Tema se encaixa perfeitamente com a letra.
Alusões ao Quadro de Delacroix aparecem por meio das cores e figuras, em especial o branco, vermelho e azul.Essas cores, aliás, são as cores da bandeira da revolução francesa, como foi dito anteriormente.


Interpretação de Viva La Vida - Coldplay
15:11 |
Viva La Vida, de Coldplay, está na lista das músicas mais ouvidas na rádio do Brasil. A música é de fato muito boa, mas muitas pessoas não pararam para pensar exatamente o que a letra quer dizer. Aqui vai a tradução, e em seguida a minha interpretação:
Coldplay – Vida La Vida (Tradução)
Eu dominava o mundo
Os oceanos se abriam quando eu ordenava
Agora pela manhã durmo sozinho
Varro as ruas que já foram minhas

Eu jogava os dados
Sentia o medo nos olhos dos meus inimigos
Ouvia enquanto o povo exclamava:
"Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"
Em um minuto eu segurava a chave
No outro as paredes se fechavam em mim
E eu então descobri, que meus castelos se apóiam
Sobre pilares de sal e pilares de areia

Eu escuto os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo desconhecido
Por algum motivo eu não sei explicar
Desde que você se foi, nunca mais houve
Nunca houve uma palavra honesta
E foi quando eu dominava o mundo

Foi um vento estranho e forte (que)
Derrubou as portas para me deixar entrar
Janelas estilhaçadas e o som de tambores
As pessoas não acreditavam
no que eu havia me tornado
Os revolucionários esperam
Pela minha cabeça numa bandeja de prata
Apenas um fantoche numa corda solitária
Oh, quem desejaria tornar-se um rei?

Eu escuto os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo desconhecido
Por algum motivo eu não sei explicar
Eu sei que São Pedro não chamará meu nome
Nunca houve uma palavra honesta
E isso foi quando eu dominava o mundo

Escute os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo desconhecido
Por algum motivo que não sei explicar
Eu sei que São Pedro não chamará meu nome
Nunca houve uma palavra honesta
Foi quando eu dominava o mundo

Bom... Dá a impressão de que após longos anos de Deus dominando o mundo, ele perdeu o poder e passa a ser “nada”.
Eu dominava o mundo. Os oceanos se abriam quando eu ordenava. – Isso parece se referir ao Êxodo 14, quando Deus abriu o mar para que os hebreus fugissem do Egito.
Seja meu espelho, minha espada e escudo, meus missionários em um campo desconhecido. – Bem, segundo a bíblia, nós temos de seguir as ordens de Deus, ser bom como ele... Daí vem: “seja meu espelho”.
Esses são alguns dos motivos que me levam a tal interpretação. Cada pessoa tem sua forma de interpretar. Os cristãos radicais que me perdoem, mas eu não vou aceitar críticas. Se alguém interpreta de forma diferente, poste no comentário.
Postado por Janine Sombra
34 comentários:
Milo disse...
Boa interpretação...escutarei essa musik ;)

bjoo ;*
17 de maio de 2009 15:30

Vanessa Vilas disse...
Tá mais pra ser o Demo com sua velha mania de querer ser Deus, afinal que arromba para entrar em algum lugar é Lúcifer e não Deus, que diz em sua palavra: eis que estou a porta e bato. Se alguem ouvir a minha voz entrarei em sua casa, ceiarei com ele e ele comigo Apocalipse 3,19.
É isso ai. Vanessa
3 de junho de 2009 16:44

Janine disse...
Talvez, quem sabe? (: Mas a minha interpretação é esta. Ninguém sabe ao certo o que o autor da música quis dizer com isso, não é?
24 de junho de 2009 01:55

A Princesa - Maquiavel para mulheres - Por Ellen Lira disse...
Sei lá... mas tb achei essa letra estranha. Gosto de ouvir essa música, mas hoje resolvi prestar atenção na letra e fiquei confusa, por isso resolvi buscar alguma interpretação. Continuo sem saber se ele fala da Revolução Francesa e da queda do Absolutismo, como leva a crer no princípio, ou se é mesmo algo de cunho religioso. Fiquei bolada pois gosto dessa banda.
Ellen
30 de julho de 2009 15:24

cibele disse...
"Em um minuto eu segurava a chave", claramente referencia a satanás.. foi ele quem segurou a chave da vida e da morte por um tempo e a perdeu logo após a ressureição de Cristo.. "Eu sei que São Pedro não chamará meu nome".. quem será?
6 de agosto de 2009 10:29

Elcio Petroski disse...
Concordo com a Cibele, e acrescento, quando Satanas no deserto oferece reinos no mundo para tentar Jesus, ele nao poderia estar oferecendo algo que nao estivesse sob o seu controle,
creio que essa cancao seja mesmo apocaliptica, ainda mais quando se refere ao NAO chamado de Pedro, se fosse Deus nessa situacao, logo nao precisaria de nenhum convite.
enfim essa e a minha interpretacao.
22 de setembro de 2009 00:57

Mariana disse...
A música dá a entender que o cantor usa o eu-lírico representando Jesus falando e tb Satanás falando.

As 3 primeiras estrofes é como se fosse Jesus falando como tudo era antes de ele ser morto(cruscificado), como ele dominava o mundo, e como passou a ser depois que ele morreu.

Logo após, o rítmo da música muda na 4ª estrofe, que passa a representar Satanás falando que já começa a escutar os sinos do fim dos tempos tocando, e sobre como o mundo se tornou depois que ele passou dominar (depois da morte de Cristo).

A 7ª estrofe, volta a representar Jesus falando já com referências ao Iluminismo, Humanismo, onde queriam derrubar o Teocentrismo[Os revolucionários esperam pela minha cabeça numa bandeja de prata].

A 8ª esfrofe a diante, volta a representar Satanás falando novamente sobre o fim dos tempos, os romanos cantado louvores a Deus e dizendo que sabe que ele não será chamado, no caso por São Pedro, a ir para o céu, e novamente dizendo que enquando ele governou o mundo,nunca houve honestidade.

Devemos levar em conta, que a letra toda não passa de um ponto de vista do autor sobre esse assunto, o que ele imagina ser verdade, sei lá.
A histéria na realidade, é bem diferente do que retrata a letra da música.

Espero que tenha ajudado.
Abraços!
26 de outubro de 2009 20:15

Ânoar disse...
Bem, acredito que de maneira geral, a letra se refere a algo mais amplo do que simplesmente a fatos históricos. Parece-me mostrar claramente um descontentamento de nosso Criador, através de Seu Mentor Jesus, com tantas coisas más que vêm ocorrendo em nosso mundo desde a época dos romanos. Se prestarmos a atenção veremos que se Jesus retornasse à Terra hoje, provavelmente, seria tratado da mesma forma que foi na antiguidade, ou seja, com descrença e desdém, devido ao materialismo exacerbado pelo qual passamos através do consumismo. Por isso devemos "viver a vida" a fim de que aprendamos com nossos erros e possamos refletir sobre os mesmos para não os cometamos novamente. Opinião particular.

Abraço.

Ânoar.
28 de novembro de 2009 17:59

gabriel disse...
A mariana está certa em algumas partes,mas para mim a interpretação correta seria :

[i]"Eu dominava o mundo
Os oceanos se abriam quando eu ordenava
Agora pela manhã durmo sozinho
Varro as ruas que já foram minhas"[/i]

Se refere a Jesus quando veio a terra e se transformou em homem,antes Poderoso(2 primeiros versos) agora homem, varre as ruas que ele mesmo criou(2 ultimos)..

[i].. enquanto o povo exclamava:
"Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"
Em um minuto eu segurava a chave
No outro as paredes se fechavam em mim... pilares de sal e pilares de areia...[/i]

Essa estrofe é o Diabo dizendo,sobre a crucifixação de Cristo,quando o povo dizia que o Rei dos Judeus(Jesus) estava morto...neste momento o Diabo acha que venceu e segura a chave da vida e da morte(versos 1 -5),mas em outros instantes como retrata a biblia Jesus rescucita e toma a chave do Diabo,e o Diabo descobre que perdeu(3 ultimos versos).

[i]"Eu escuto os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da cavalaria romana ...Desde que você se foi, nunca mais houve
Nunca houve uma palavra honesta
E foi quando eu dominava o mundo...[/i]
O diabo agora diz sobre a volta de Cristo(os sinos de jerusalém),e diz que depois que Jesus se foi(embora da terra em forma de homem) nunca mais ouve uma palava honesta,demonstrando um sinal de arrependimento,e quando ele diz que dominava o mundo é porque a biblia que retrata que esse Mundo é do maligno.

[i]Foi um vento estranho e forte (que)
Derrubou as portas para me deixar entrar
Janelas estilhaçadas e o som de tambores
As pessoas não acreditavam
no que eu havia me tornado
Os revolucionários esperam
Pela minha cabeça numa bandeja de prata
Apenas um fantoche numa corda solitária
Oh, quem desejaria tornar-se um rei?[/i]
Se percebermos a musica faz uma linha do tempo,desde que Jesus veio a terra como homem até o futuro(sua volta),nesta estrofe pelo que entendi com muita dificuldade retrata um futuro pós Volta de cristo,ou seja faz alusão a Besta que reinaria esse mundo,mas depois da metade do eu governo seria odiada pelos homens(versos 7).

[i] Por algum motivo que não sei explicar
Eu sei que São Pedro não chamará meu nome [/i]

Neste verso,ele volta a estrofe que diz sobre a volta de Cristo,e sinicamente diz que por algum motivo eu sei que são pedro(Deus) não chamará meu nome,pois a biblia retrata que Deus chamaria os seus escolhidos para morar com ele na vida eterna.
18 de fevereiro de 2010 08:35

Anônimo disse...
A música toda parece a visão de Robespierre, na Revoluçao Francesa. E tem elementos religiosos por um motivo muito simples: houve um grande movimento durante a Revolução Francesa para suplantar a crença a Deus e estabelecer uma nova religião, cultuando a outro deus. Este deus é o deus da luz, da razão (a deusa da sabedoria), o que muitos consideram como uma versão reciclada de Lúcifer, ou seja, "o anjo que quis elevar os humanos à condição de deuses e não servos de Deus". Assim, Robespierre, temido pelos inimigos, é levado ao poder durante a República Jacobina e pouco antes do Grande Terror, por uma força maliciosa (wild wind), mas logo vê que a cavalaria romana (forças de Deus) se sobressaem no final. O movimento para suplantar o cristianismo fracassa.
22 de fevereiro de 2010 11:12

Thiago disse...
Na minha visão, o cd inteiro é uma mensagem cristã de transformação em Deus.
Não sou religioso fervoroso nem nada. Mas dá pra sacar isso tranquilamente: você nao pode analisar somente essa música em separado, tem que ver o album todo.
Aí vai perceber a seguinte evolução:
- Em Cemeteries of London, as pessoas vagam "à noite" buscando "Deus em seu próprio caminho", e não buscam Deus no caminho que Deus quer. "Vejo Deus em meu jardim [alma] mas não sei o que ele diz". E quando Deus fala "para meu coração, ele não estava aberto".
- Em Lost!, apesar das pessoas estarem no pecado, nao significam que estão perdidas pra sempre.
- Em 42, há abertura das mentes à crença, começando pela esperança de que exista vida depois da morte. "Tem de haver algo a mais". Mas depois, há certeza de que existe o céu, mas como você não foi um bom filho, não entrará.
- Em Lovers in Japan, há um chamado à mudança pra evitar isso. Apesar "deles me baixarem a cabeça, não tenho dúvida que iremos sair dessa". Eles aqui parece se referir aos que propagam o mal. Osaka é uma cidade no Japão, onde o sol "nasce primeiro". Além disso, Sun (sol) e Son (Filho, tipo Filho de Deus) são palavras parecidas.
- Em Reign of Love, linda música, no fim da faixa da música anterior, há uma previsão do que será no paraíso depois que o Son chegar: "ofertarei ao mar meu fardo". E a espera está em: "Reino do amor, através da igreja, esperamos".
- Em Yes, há um convite a dizer Sim para Deus, "evitando a tentação" e o pecado. Mas há uma noção de cansaço, já que o caminho é árduo e "solitário".
- Em Sleep Chant, no final da mesma faixa, há uma breve recompensa para aqueles que seguiram o caminho de Deus: "durmam satisfeitos".
- Chegamos a Viva la Vida, que conta a história da transformação. No começo, o personagem se achava o máximo, mas agora viu que seus castelos eram de areia. E agora, o personagem escuta "os sinos de Jerusalém", isto é, a boa-nova que vem de lá. Quando ele diz que "São Pedro não irá chamar meu nome", isto é, não entrará no céu, ele diz "mas isso era quando eu governava o mundo", ou seja, agora que ele é humilde e reconhece Deus, poderá ser absolvido. A alusão à Revolução Francesa é interessante, pois eu penso que esse personagem poderia justamente ser o rei Luis XVI, que foi deposto e decapitado, junto com sua esposa, em praça pública.
- Em Violet Hill, há uma prece e uma profecia. O mundo se tornou corrupto. "Os bancos viraram catedrais, e a raposa [demônio] virou deus". O caminho daquele que quer seguir Deus é muito árduo a ponto da pessoa querer desesperadamente saber quando será que chegará a paz. "Se você me ama, por que não me deixa saber"?
- A resposta chega em Strawberry Swing, que, em tom de retorno à infância, diz que mesmo com as coisas ruins da vida, mesmo com a "água gelada", nada importa pois é "um dia perfeito". Depois, não importa se o céu está azul ou cinza, "sem Você não importa". Acho que aqui ele fala com Deus, ou com seu Filho.
- Em Death and All His Friends, num primeiro momento há um melancólico convite à aceitação da morte como algo normal e inevitável. Mas esse drama é de repente interrompido: "não quero batalhar do começo ao fim", isto é, não quero uma vida sem sentido, "não quero seguir a morte e seus amigos"!.
- Em The Escapist, a ultima música, no final da mesma faixa, há a noção de que sim, iremos morrer, mas iremos escapar da morte. Talvez pra renascer no paraíso.
Bem, é isso que acho.
24 de fevereiro de 2010 18:19

Anônimo disse...
Uau! O melhor comentário foi o do Thiago, dia 24/02. Melhor explicação impossível!
2 de março de 2010 10:18

Leandro disse...
Muito bom Thiago e Mariana meus parabéns!
21 de março de 2010 20:33

Anônimo disse...
Viva la vida acredito que não seja essa interpretação da maioria que comentou. Algumas coisas podem até parecer com fatos da bíblia,mas não são. A música fala sobre a revolução francesa;observem no clipe que o pessoal da banda está com roupas parecidas da época e a letra mostra que o absolutismo caiu,e a própria capa do cd mostra o quadro representante da revolução francesa.(Viva la vida é o nome de um quadro da frida kahlo que representa esta revolução)
23 de março de 2010 14:18

Anônimo disse...
Não conhecia essa banda até ouvir uma melodia que me chamou atenção numa chamada de um documentário do discovery channel através de uma música que hoje sei que se chama viva la vida. Outro dia casualmente assisti um clipe com essa música e apesar da lindíssima melodia passei a observar a indumentária dos integrantes e especialmente a interpretação facial do vocalista e senti algo sinistro. Afinal quem são os componentes dessa banda? como se chamam? onde vivem?
Sandra
16 de maio de 2010 17:16

Anônimo disse...
ACHO TUDO MUITO SEM SAL
ESSA MAINA ANTIGA DOS SERES HUMANOS QUEREM SER DEUS DO AML OU DO BEM
GALERA TA NA HORA DE CAIR NA REAL EXISTE ALGO POR AI MAS QUE IRA DECIDIR O QUE É CERTO E E ERRADO NAO SEI
ACHO QUE NA REAL E APENAS TÉDIO
SABE QUANDO TU TA SEM NADA PRA FAZER E DA VONTADADE DE MNANDAR UM PUTA QUE O PARIU PROS ARES ... ENTÃO PRA MIM ´[E SO ISSO
SOU UMA CARA BUNITINHO DE OLHOS VERDES ACHO QUE SOU ANJO MAS SEREI DO BEM OU DO MAL BOM SEI LA ACHO QUE DO BEM NAO VAI VENDER O VIDEO CLIPE DO POP STAR PREFERIDO ENTAO A MINHA OPINIAO É ESSA FALTA DE CRIATIVIDADE E NECESSIDADE DE APARECER CAUSA ESSAS LETRAS BIZARRAS E SEM INSPIRAÇÃO A MUSICA NÃO É ISSO A MUSICA E PRA SER LÍRICA LINDA E LIBERTADORA NO SENTIDO DO PRAZER
ISSO SIM É DIFICIL DE FAZER MAS QUANDO SE FAZ VIRA UMA MUSICA ETERNA NUNCA SAI DAS PARADAS.
18 de julho de 2010 09:10

Anônimo disse...
Acho que a galera está viajando um pouco achando que a música deve ser interpretada apenas religiosamente. Para quem tem conhecimento da Revolução Francesa, percebe que a música toda faz referência a ela. Percebemos na música o poder que o eu lírico tinha e que perdeu. "Now the old king is dead long live the king" Este trecho parece ter um pouco de sátira... um pouco de ironia... O antigo REI está morto(na revolução francesa ele foi morto pelos revolucionários) e agora desejam vida longa ao novo REI (que também será morto com apoio dos populares depois de um tempo). Outro trecho: "It was a wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in". O vento que ele se refere é a revolução que retirou o poder do REI para que Robespierre fosse o novo detentor do poder. Mais um trecho: "People couldn't believe what I'd become" As pessoas não poderiam acreditar que ele se tornou exatamente igual ao rei que ele matou para tomar o lugar.

Espero que todos tenham compreendido
13 de agosto de 2010 20:16

Janine :) disse...
Eu tenho um certo conhecimento sobre Revolução Francesa, entretanto não havia pensado assim. De qualquer modo, acho que é um jeito bem interessante de se pensar. Faz completo sentido. Tendo em vista, que a capa do CD em si, trata-se da famosíssima obra de Eugène Delacroix, "La Liberté Guidant Le Peuple", que por sinal foi o símbolo da Revolução Francesa. Agradeço o comentário. :)
4 de novembro de 2010 14:26

Lucas Ferreira disse...
Sugiro apenas que leia essa outra interpetação..

http://filipeflexa.wordpress.com/2009/09/08/coldplay-e-o-viva-la-vida/
29 de dezembro de 2010 14:52

Anônimo disse...
definitivamente é um deboche ao Cristianismo e ao império Romano,
não é só a letra o clipe demosntram várias mensagens subliminares e simbolos maçons, análisem esse vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=Eau3WuL9xp4
14 de janeiro de 2011 20:11

Anônimo disse...
Deus escutando sinos de jerusalém,ouvindo a cavalaria romana não tem nada a ver,esta música fala da arrogância do homem que tenta dominar a natureza e destrói tudo e agora ele está sozinho,perdido com sua ignorância pois amou mais o dinheiro que tudo,Agora remeto a Thomaz Hobbies que escreve com muita propriedade que o homem é lobo do próprio homem.Estudo a torah não tem a ver com teosofia nem teologia Hebráica e nem Cristã.Me chamo marcelo e sou BH,Minas.
16 de julho de 2011 16:25

riksaniel disse...
Gabriel e Thiago! Parabéns Deus está nas vossas explicações, pois a música é isso aí mesmo!
Pessoal o mais importante é vocês saberem que Jesus os Ama! E que realmente está bem perto da Sua volta, e nós precisamos convida-Lo para reinar em nós e nos guiar nesse mundo tão corrompido, e assim subir para reinar com Ele.Como Ele nos promete nos evangelhos!
Forte abraço á todos!
6 de agosto de 2011 20:38

Anônimo disse...
riksaniel, tó com você, Jesus está disposto a salva á todos que quiserem, basta convidá-lo.Disse: Eu sou o caminho, a verdade e a Vida e ninguem vêm ao Pai senão por mim.
6 de agosto de 2011 20:43

Anônimo disse...
Acho que sobre os corais da cavalaria romana dá pra entender assim

"Os corais da cavalaria romana estão cantando:
-Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo desconhecido". Ou seja, essas palavras sendo proferidas pela cavalaria romana. Essa música pode ser entendida do jeito que as as pessoas quiserem e acho que a intenção era essa mesmo, causar polêmica. Eu mesma, antes de dar uma olhada direito achei que tinha a ver com satanás, ou algo assim. Agora percebo que tem mais a ver com as chamadas " guerras santas", ou as revoluções do século XVIII, ou podem ser até as palavras de um rei mouro tendo seu reino atacado pelos exércitos católicos durante as Cruzadas. Trata-se de um rei humano sendo deposto, perdendo o poder. Nada de religiosos ou sobrenatural.
23 de agosto de 2011 05:35

; aurinha menezes disse...
eu entendo dessa forma : ''essa musica é satanica e isso esta na cara, quando no começo o cara fala do oceanos e tals do dados varros as ruas etc... e depois dizendo ''desde q voc se foi nunca ouve uma palavra honesta'' eu digo q no comesso ta falando de Jesus(Deus) e depois do anticristo dizendo q o anti cristo ''falo tipo ''uma'' palavra ''honesta'' e vi ''REI'' OU SEJA O Q CRISTO É MAS na musica fala q JEsus ja foi . ''dizendo q sao pedro nao xamara o nome pq ele é o anti-cristo e é obvil q o anti cristo vai queimar no eterno FOGO do inferno entao todos os q blasfemam contra Deus e nao se arrependem vao keimar no kintos dos infernos'' --'
21 de setembro de 2011 17:03

Anônimo disse...
Fico surpreso em ver que as pessoas ditas religiosas, de modo geral, cristãs sempre associam palavras de duplo sentido com diabo. Por quê vcs nao tiram o diabo da cabeca? Pq sempre tem q atribuir alguns signifacados a ele? Nao perceberam q vcs sabem mais sobre suas palavras, atos e pensamentos do que dos apostolos ou ate de Cristo?
Deveriam procurar outras fontes antes de escreverem algo afirmativo como se fosse "A" verdade.
Aqui por exemplo http://pt.wikipedia.org/wiki/Viva_la_Vida . Obviamente é traduzido mas da outras interpretacoes e ninguem citou diabo nessas interpretacoes. Falaram da revolucao francesa, de Cristo e seus apostolos e em outro site vi interpretacao de q poderia ser Napoleão.
Ninguem percebeu uma coisa mas se vc ouvir denovo http://letras.terra.com.br/coldplay/1253930/ aos 2:32 claramente ele fala "WON'T call my name" e aos 3:26 ele diz "WILL call my name" apesar da legenda estar dizendo WON'T. Pra quem nao entedeu, WONT seria NAO chamaria e na frase WILL call seria CHAMARIA.
Fico assutado em pessoas q atribuem tudo que nao entendem ou nao sabem ao diabo e se dizem Cristãs.
Se Deus nos deu a razão, entam pensem.
Desculpem se alguem se incomodou com o q falei mas eh o q eu acho. Reflita.
29 de setembro de 2011 14:46

Anônimo disse...
Ah e sujar o nome de uma banda, marca ou pessoa é muito facil dizendo q faz apologia ao diabo. Se ela realmente nao fizer pelo que parece é vc quem faz apologia por sempre pensar nele. E depois q o nome/marca/pessoa esta suja dificilmente fica limpa denovo. Ex: Fido dido.
29 de setembro de 2011 14:51

Anônimo disse...
Eu conheço a coldplay como uma banda bem contemporânea, e fiquei bem pensativa com essa letra, mas coldplay é bem conhecida pela religiosidade em certas letras, se eu não me engano eles são católicos. E meu veredicto sobre a letra foi que, se trata de alguém que se achava deus, que estava no auge em algum tempo e depois percebeu toda a enganação que aquilo foi. Assim também como no Revolução Francesa e na Idade Média, onde as pessoas se achavam donas de tudo, poder fazer tudo, ser deus. É só ligar o que os dois tempos de lá pra cá sofreu com o pensamento das pessoas de saberem que elas não são e nunca serão um deus, e se tentarem ser, será tudo uma enganação. Essa é a minha interpretação, mas vc não é obrigado a tê-la. bjs!!!
4 de outubro de 2011 15:52

Anônimo disse...
è gritante como fala de Jesus!
Segue a interpretação, que achei bem interessante...(de anônimo)

[… Antes de renegar, o apóstolo Pedro Tinha jurado Lealdade a Cristo sem falar de judas, por isso a música fala de que não havia uma palavra honesta e isso foi quando “eu”, nesse caso Cristo, regia o mundo, e aí Chris Martin levanta suas mãos para o céu indicando que Jesus está lá, ou seja, grande sacada do vocalista em interpretar os dois para nos mostrar como há tanto desamor entre nós, a ponto de crucificarmos alguém como Cristo.


Foi um vento estranho e forte que me deixaram entrar, nessa caso o vocalista já está interpretando Jesus dizendo que os revolucionários queriam sua cabeça numa bandeja de prata, apenas um fantoche numa corda solitária é quando Cristo se sente sozinho e acha q Deus o abandonou, por isso quem desejaria ser um rei? Para carregar uma coroa de espinhos! Por algum motivo eu não sei explicar eu sei que São Pedro não chamará meu nome, pois Pedro apóstolo d Cristo renega seu nome por 3 vezes…

Num minuto eu segurava a chave no outro os muros estavam se fechando então descobri que meus catelos se apoivam em pilares de areia seria Jesus falando. Agora entra o Diabo falando Eu escuto os sinos de Jerusalém tocando, os corais da cavalaria romana estão cantando, tudo isso faz parte da crucificação de Jesus. Por algum motivo que não sei explicar desde que VOCÊ se foi no caso JESUS, nunca mais houve uma palavra Honesta. Foi quando eu controlei o mundo, nesse caso o Diabo.

.. Mares se agitavam ao comando de quem? Jesus que hoje em dia é praticamente esquecido. Quem jogou os dados? O Diabo, pois enquanto Jesus era sacrificado algumas pessoas Jogavam dados sobre suas roupas e percebam que o vocalista olha para o céu quando diz que sentia o medo nos olhos de seus inimigos. O povo exclamava o velho rei está morto que no caso seria Jesus.

... O álbum tem um nome espanhol, inpirado numa pintura da artista mexicana Frida Kahlo. A arte do álbum é um quadro da revolução francesa ‘Liberty Leading The People’ do pintor francês Eugène Delacroix, com os dizeres Viva la Vida, em tinta branca e a música fala Claramente sobre Jesus e o Diabo, basta prestar atenção nas estrofes, e de como o vocalista Chris Martin interpreta os dois."]
9 de outubro de 2011 15:37

RAfael disse...
Como podemos ver ,a foto de um famoso quadro francês relacionado a revolução francesa mostra no que se baseia a musica .Na minha opinião o eu-lirico da musica é um antigo Rei absolutista desabafando ,dizendo o que aconteceu com a vida dele após e no decorrer da revolução .O lado divino entra pelo fato de o rei ser considerado a representação divina na terra o que enrijecia o poder deles e dava a caraterista do poder absolutista . Essa idéia exaltava o poder do rei de tal forma que o propria agia como um deus diante da sociedade . Então a musica retrata um rei contando o que aconteceu com a vida dele durante a revolução .
10 de outubro de 2011 22:06

Rafael disse...
É um rei absolutista narrando a derrota e a grande transformação que seu mundo estava passando . admitindo No refrão é como se ele tivesse tendo uma miragem a onde clama tudo aquilo que lhe concedia o poder que tinha .Jerusalém e roma que é da onde seu poder divino provinha gráças a imposição do papa pela igreja católica . A musica pra mim é uma aula de história .
10 de outubro de 2011 22:14

Rafael disse...
''Por um motivo que eu não sei ,sei que são pedro não chamara mais meu nome ''- o poder divino concedido pela igreja ao rei não existia mais,a revolução anulou isso .São pedroacredito que é uma refer~encia aigreja católica .
10 de outubro de 2011 22:24

Wagner disse...
Musica muito dificil de interpretar...já li diversos comentários e não cheguei em nenhuma conclusão...
1 de janeiro de 2012 08:10

Wagner disse...
É uma musica difícil de se interpretar...já li diversos comentários até mesmo em outros sites, e acho que ainda não entendi...
1 de janeiro de 2012 08:1

FONTE: http://hno2.blogspot.com/2009/05/interpretacao-de-viva-la-vida-coldplay.html

TRANSCRIÇÃO DA MÚSICA EM INGLÊS
E TRADUÇÃO POR: http://letras.terra.com.br/coldplay/1253930/traducao.html
Viva La Vida
I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning I sleep alone
Sweep the streets I used to own

I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes
Listened as the crowd would sing
"Now the old king is dead! Long live the king!"

One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand

I hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs is singing
Be my mirror, my sword and shield
My missionaries in a foreign field

For some reason I can't explain
Once you'd gone there was never
Never an honest word
That was when I ruled the world

It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in
Shattered windows and the sound of drums
People couldn't believe what I'd become

Revolutionaries wait
For my head on a silver plate
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?

I hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror, my sword and shield
My missionaries in a foreign field

For some reason I can't explain
I know Saint Peter won't call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world

Oh, oh, oooh, oh, oh, oh(5x)

Hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror, my sword and shield
My missionaries in a foreign field

For some reason I can't explain
I know Saint Peter won't call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world

Viva a Vida
Eu costumava dominar o mundo
Oceanos se abriam quando eu ordenava
Agora pela manhã durmo sozinho
Varro as ruas que já foram minhas

Eu costumava jogar os dados
Sentir o medo nos olhos dos meus inimigos
Ouvir enquanto a multidão cantava:
"Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"

Em um minuto eu segurava a chave
No outro as paredes estavam fechadas contra mim
E eu descobri, que meus castelos se apoiavam
Sobre pilares de sal e pilares de areia

Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando
Corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo estrangeiro

Por algum motivo eu não posso explicar
Desde que você se foi, nunca mais houve
Nunca houve uma palavra honesta
Isso foi quando eu dominava o mundo

Era o vento malévolo e selvagem
Derrubou as portas para me deixar entrar
Janelas estilhaçadas e o som de tambores
O povo não podia acreditar no que eu havia me tornado

Revolucionários esperam
Pela minha cabeça numa bandeja de prata
Apenas um fantoche numa corda solitária
Oh, quem jamais desejaria ser rei?

Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando
Corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo estrangeiro

Por algum motivo eu não posso explicar
Eu sei que São Pedro não chamará o meu nome
Nunca houve uma palavra honesta
Mas isso foi quando eu dominava o mundo

Oh, oh, oh, oh, oh

Ouço os sinos de Jerusalém tocando
Corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo estrangeiro

Por algum motivo que não sei explicar
Eu sei que São Pedro não chamará o meu nome
Nunca houve uma palavra honesta
Mas isso foi quando eu dominava o mundo

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Retorno do Apóstolo Chico Xavier


Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.

Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade,

Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.

Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.

Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.

Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.

Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.

Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.

Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.

Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.

Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.

Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.

Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.

As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.

A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.

Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.

Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.

Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando- -se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de re-núncia na mediunidade luminosa.

Por isso mesmo, o seu foi mediumato incomparável.

...E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:

– Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.

JOANNA DE ÂNGELIS

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 2 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

(Copiado do site: http://portalespirito.com/Reformador/2002/reformador-2002-08ex.pdf)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CIÊNCIA CONFIRMA A IGREJA, ''SANTO SUDÁRIO''‏


Os estudos mais exigentes sobre o Santo Sudário de Turim não têm respiro. Técnicas das mais avançadas aplicam-se continuadamente sobre ele ou sobre suas amostras.

E quanto mais sofisticadas, tanto mais surpreendentes são os resultados.

É o caso dos estudos concluídos pelo ENEA italiano, Agência Nacional para as Novas Tecnologias, a Energia e o Desenvolvimento Econômico sustentável, noticiados pelo blog “The Vatican Insider” do jornal “La Stampa” de Turim

O ENEA publicou um relatório com os resultados de cinco anos de experimentos. Estes aconteceram no centro do instituto em Frascati.

O objetivo foi analisar os “tingimentos semelhantes aos do Sudário em tecidos de linho por meio de radiação no extremo ultrarroxo”.

Equipe da ENEA: Daniele Murra, Paolo Di Lazzaro e Giuseppe Baldacchini
Em termos mais simples, procurou-se entender como é que ficou impressa a imagem de Cristo no pano de linho do Sudário de Turim.

Quer dizer, “identificar os processos físicos e químicos que podem gerar uma coloração semelhante à da imagem do Sudário”. O resumo de relatório técnico em PDF pode ser baixado AQUI.

Os responsáveis do trabalho foram os cientistas Paolo Di Lazzaro, Daniele Murra, Antonino Santoni, Enrico Nichelatti e Giuseppe Baldacchini. Eles tomaram como ponto de partida o único exame interdisciplinar completo realizado pela equipe de 31 cientistas americanos do STURP (Shroud of Turin Reasearch Project) em 1978, um dos mais importantes e respeitados jamais feitos.

ENEA: equipamentos da unidade de Frascati
O relatório do ENEA desmente com muita superioridade e clareza a hipótese desprestigiada de que o Sudário seja produto de um falsário medieval.

E chega a taxativa conclusão: “A dupla imagem (frontal e dorsal) de um homem flagelado e crucificado, visível com dificuldade no lençol de linho do Sudário, apresenta numerosas caraterísticas físicas e químicas de tal maneira peculiares que tornam impossível no dia de hoje obter em laboratório uma coloração idêntica em todos os seus matizes, como foi mostrado em numerosos artigos citados na bibliografia. Esta incapacidade de reproduzir (e portanto de falsificar) a imagem do Sudário impede formular uma hipótese digna de crédito a respeito do mecanismo de formação da imagem”.

Resumindo com nossas palavras:

1) É impossível, mesmo em laboratório, produzir uma imagem como a do Santo Sudário.

2) Não somente é impossível copiá-lo, mas não dá para saber como é que foi feito.

Dr. Paolo di Lazzaro explica inexplicabilidade do Sudário
Os 31 cientistas do STURP não tinham achado em 1978 quantidades significativas de pigmentos (corantes, tintas), e nem mesmo marcas de algum desenho.


Por isso concluíram que não foi pintada, nem impressa, nem obtida por aquecimento. Além do mais, a coloração da parte mais externa e superficial das fibras que constituem os fios do tecido é irreproduzível.

As medidas mais recentes apontam que a parte colorida mede um quinto de milésimo de milímetro.

O STURP também verificou que o sangue é humano, mas que debaixo das marcas de sangue não há imagem;

– que a difusão da cor contém informações tridimensionais do corpo;

– que as fibras coloridas são mais frágeis que aquelas não coloridas;

– que o tingimento superficial das fibras da imagem deriva de um processo desconhecido que provocou a oxidação, desidratação e conjugação da estrutura da celulose do linho.

Ninguém jamais conseguiu reproduzir simultaneamente todas as características microscópicas e macroscópicas da relíquia.

“Neste sentido, diz o relatório do ENEA, a origem da imagem ainda é desconhecida. A ‘pregunta das perguntas’ continua de pé: como é que foi gerada a imagem corpórea do Sudário?”.

Um dos aspectos que intrigou os cientistas italianos é que há “uma relação exata entre a difusão dos matizes da imagem e a distância que vai do corpo ao pano”.

Para ciência de ponta é impossível reproduzir o Santo Sudário
"O homem do Sudário", curitiba 2011. Clique para ampliar.
Acresce que a imagem foi gerada até em partes em que o corpo não esteve em contato com o pano. Por exemplo, na parte de cima e de baixo das mãos ou em volta da ponta do nariz.

“Em consequência, podemos deduzir que a imagem não se formou pelo contato do linho com o corpo”.

Outra consequência dessas sábias minucias é que as manchas de sangue passaram ao pano antes mesmo que se formasse a imagem.

Portanto, a imagem se formou em algum momento posterior à deposição do cadáver no túmulo.

Mais ainda, todas as manchas de sangue têm contornos bem definidos, pelo que se pode supor que o cadáver não foi carregado com o lençol.

“Faltam sinais de putrefação que correspondam aos orifícios das feridas, sinais esses que se manifestam por volta de 40 horas após a morte. Por conseguinte, a imagem não depende dos gases da putrefação e o cadáver não ficou dentro do Sudário durante mais de dois dias”.

Uma das hipóteses mais aceitas para tentar explicar a imagem era a de uma forma de energia eletromagnética que pudesse produzir as características do Sudário: a superficialidade da coloração, a difusão das cores, a imagem das partes do corpo que não estiveram em contato com o pano e a ausência de pigmentos.

"O homem do Sudário", curitiba 2011. Clique para ampliar.
Por isso, foram feitos testes que tentaram reproduzir o rosto do Homem do Sudário por meio de radiação. Utilizaram um laser CO2 e obtiveram uma imagem num tecido de linho passável em nível macroscópico.

Porém, o teste fracassou quando analisado no microscópio. A coloração era profunda demais e muitos fios estavam carbonizados. Todas essas características são incompatíveis com a imagem de Turim.

Os cientistas do ENEA aplicaram ainda uma radiação brevíssima e intensa de VUV direcional e puderam reproduzir muitas das características do Sudário.

Porém eles constataram que “a potencia total da radiação VUV requerida para corar instantaneamente a superfície de um lençol de linho correspondente a um corpo humano de estatura média [deveria ser] de 34 bilhões de Watt, fato que torna até hoje impraticável a reprodução de toda imagem do Sudário”, uma vez que até agora não foi construído um equipamento de tal maneira potente.


E concluem: “Estamos compondo as peças de um puzzle científico fascinante e complexo”.

O enigma da origem do Santo Sudário continua ainda para a ciência como “uma provocação à inteligência”.

E, para as almas de Fé, um poderoso estímulo à adoração entusiasmada e racional, bem como uma confiança sem limites em Deus Nosso Senhor.

FONTE:http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com/2012/01/para-ciencia-de-ponta-e-impossivel.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+CinciaConfirmaAIgreja+%28Ci%C3%AAncia+confirma+a+Igreja%29

sábado, 21 de janeiro de 2012

CASAMENTO ESPIRITA



COMO É O CASAMENTO ESPÍRITA?

Em um casamento espírita só há cerimônia civil; não há cerimônia religiosa.
E nenhum centro espírita ou sociedade verdadeiramente espírita deveria realizar casamentos, pois o Espiritismo não instituiu sacramentos, rituais ou dogmas.

No local escolhido para realizar a cerimônia civil, uma prece poderá ser feita por um familiar dos noivos (não é preciso convidar um presidente de centro, um orador espírita, um médium, nem é preciso que um espírito se comunique para “DAR A BÊNÇÃO”).

De preferência, que seja tudo simples, sem exageros, excessos e desperdícios.
Deve haver intensa participação espiritual dos noivos, dos familiares e convidados, assim como há dos amigos desencarnados.

Os noivos que forem verdadeiramente espíritas devem saber como se casar perante a sociedade e a espiritualidade, respeitando as convicções dos familiares “não espíritas”, mas tentando fazer prevalecer as suas.
Porque o espírita precisa ajudar a renovação das idéias religiosas e não conseguirá isso, se ocultar sempre o que já conhece e se ceder sempre aos costumes religiosos tradicionais.
Além do que, o espírita tem o direito de não ficar preso às fórmulas religiosas que nada mais lhe significam.

O QUE UMA PESSOA ESPÍRITA DEVE FAZER QUANDO O PAR ESCOLHIDO FOR DE OUTRA RELIGIÃO?

Parece-nos que deverá logo na fase de namoro, buscar o entendimento religioso com o futuro cônjuge; se houver possibilidade, traze-lo ao entendimento espírita; não havendo essa possibilidade, analisar se apesar da divergência religiosa, levará ao casamento.

Se a resposta for positiva, então o(a) espírita se defrontará com a questão da forma ou maneira de realizar esse casamento.
Quando o(a) parceiro(a) não-espírita tiver sincero fervor na religião que professa, a ponto de sentir-se “EM PECADO” e com traumas morais sem a cerimônia que o seu credo estabelece, parece-nos que o(a) espírita (que está mais livre de injunções dogmáticas) poderá aceitar a forma externa do casamento segundo o costume da religião do seu cônjuge.

Que “pecado” poderá haver, do ponto de vista espiritual, em comparecermos a uma igreja qualquer e partilharmos de uma prece, feita ela deste ou daquele modo?
Esta tolerância, porém, tem seus limites.
Só se justifica diante de uma verdadeira necessidade espiritual do(a) parceiro(a) e não quando ele(a) for apenas um(a) religioso(a) de rótulo (religioso não-praticante), por convenção social ou quando a exigência é feita pela família dos noivos, sem qualquer necessidade espiritual destes.

Também não irá a tolerância chegar ao ponto de o(a) espírita aceitar os sacramentos individuais (batismo, confissão, comunhão) para a realização da cerimônia. Somos livres para acompanhar o(a) cônjuge à cerimônia indispensável para ele(a), mas, também, somos livres para não aceitar imposições pessoais, a que só com hipocrisia poderíamos atender.
Caberá a outra parte conseguir a dispensa dos sacramentos individuais para o(a) espírita.

O QUE SIGNIFICA O CASAMENTO PARA O ESPÍRITA?

Para os espíritas, casamento é mais que uma simples cerimônia, ele é visto como:
UM PROGRESSO NA MARCHA DA HUMANIDADE, representando um estado superior ao da natureza em que vivem os animais.
Um exemplo é a eliminação do egoísmo.
O que antes dizíamos “meu quarto”, “minhas coisas”, depois de casados dizemos “nosso quarto”, “nossas coisas”;
UMA UNIÃO NÃO DEVE SER APENAS FÍSICA OU MATERIAL (por beleza, atração sexual ou interesse financeiro, já que estes podem diminuir ou acabar), mas de caráter e implicações espirituais, pois:
ATENDE À AFINIDADE (que unem os semelhantes pelos gostos, pelo modo de pensar, etc.);
A EXPIAÇÕES, uniões para resgatar ou corrigir erros cometidos, a maioria ocorrem por afinidade ou sob a orientação dos mentores mais elevados (caso os Espíritos reencarnantes não estejam habilitados para esta escolha) ou A MISSÕES (uniões que regeneram e santificam).
RESULTA DE RESOLUÇÕES TOMADAS NO PLANO ESPIRITUAL (antes da encarnação), livremente escolhidas e assumidas (caso os Espíritos reencarnantes já saibam e possam fazê-lo).

ALLAN KARDEC propôs aos Espíritos a seguinte questão: - "Será contrário à lei da Natureza o casamento?" Eles responderam: "É um progresso na marcha da Humanidade". Sua abolição seria regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes.

Em outro item do mesmo livro Kardec anotou: "A poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso social.
O casamento, segundo as vistas de Deus, tem que se fundar na afeição dos seres que se unem.
Na poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade" (O Livro dos Espíritos, 695, 696 e 701).
Segundo os Espíritos, há no homem alguma coisa mais, além das necessidades físicas: há a necessidade de progredir.

"Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os primeiros.
Eis por que os segundos constituem uma lei da Natureza.
Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-se como irmãos."
O relaxamento dos laços de família traria como resultado a recrudescência do egoísmo (cf. O Livro dos Espíritos, 774 e 775).

Allan Kardec, examinando o tema em outra obra, assim escreveu: "Na união dos sexos, de par com a lei material e divina, comum a todos os seres viventes, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral - a Lei do amor.

Quis Deus que os seres se unissem, não só pelos laços carnais, como pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se transmitisse aos filhos, e que fossem dois, em vez de um, a amá-los, cuidar deles e auxiliá-los no progresso" (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 22, item 3).Portanto, o espírita, que estuda e busca entender a doutrina dos espíritos, sabe que a orientação é começarmos a nos desvencilhar da materialidade.

O empenho maior não deve ser com a cerimônia, mas sim com os compromissos conjugais do dia-a-dia, que envolve a responsabilidade de ambos com a educação dos filhos que Deus os confiar.

Quando entendermos que Deus abençoa toda união, com ou sem cerimônia religiosa, nossa preocupação será convidar Jesus para viver em nosso lar.

Não em quadros, crucifixos ou imagens, mas aplicando SEUS ensinamentos todos os dias, como: "FAZER AO OUTRO O QUE GOSTARÍAMOS QUE ESTE OUTRO NOS FIZÉSSE." Exemplo: Se não gostamos de ser traídos, não trairemos; se queremos tolerância com nossas falhas, seremos tolerantes com a falha do outro, etc.

Só assim, a união será duradoura e passará pela riqueza e pobreza, saúde e doença, alegria e tristeza até que a morte (do corpo) nos separe "TEMPORARIAMENTE".

FONTE: http://programamuitasvidas.blogspot.com

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O JUÍZO FINAL NA VISÃO ESPÍRITA



Muitos de nós têm uma visão catastrófica, para a mudança de categoria do planeta.
Imaginam vulcões implacáveis, tremores de terra, etc.
Não sou adepto destas visões catastróficas, pois o planeta pela sua evolução já passou essa fase pior, estando neste momento mais calmo.
As catástrofes somos nós que as fazemos todos os dias, acidentes de viação, assassinios, etc.



O mundo está numa convulsão neste momento com a fomosa crise financeira. Aqui está o começo da mudança de mentalidades que vai ter de existir, e vai levar a mais uma revolução na nossa forma de agir como seres humanos. Estas transmformações são graduais e sucessivas, basta olhar-mos para a história. É verdade que estamos no auge de um ciclo, mas não aconteceu o mesmo com a civilização Romana?

Temos de ter fé e confiança naqueles que nos governam e nos encaminham da melhor maneira. Só aprendemos pela dor, dor essa que nós humanidade semeamos com o nosso egoismo, com a nossa ganância desenfreada.


Bem hajam

Muita Paz

O JUÍZO FINAL NA VISÃO ESPÍRITA

Segundo o Espiritismo, o planeta Terra não terá um fim, como descreve o mito cristão do Juízo Final, mas uma transformação, na época de sua regeneração, em que o nosso planeta atingirá mais uma etapa evolutiva, subindo um degrau a mais na sua evolução material e moral, semelhante à que ocorreu no planeta Capela, há milhares de anos atrás (descrito na matéria de anteontem), e semelhante às etapas de regeneração que ocorrem constantemente nos milhares de outros planetas habitados do Universo.

Na fase de regeneração do planeta Terra, os seus habitantes que ainda não tiverem atingido o nível de adiantamento moral adequado à sua nova etapa evolutiva, não mais reencarnarão aqui, mas em outros planetas de níveis semelhantes ou inferiores ao do planeta Terra. Isto, porém, não é o fim do mundo, mas o início de uma nova era para o planeta Terra, uma era de mais união, amor, paz e fraternidade entre os seus habitantes. Na nova fase evolutiva da Terra, repito, só reencarnarão nela espíritos mais evoluídos do que a grande maioria dos atuais habitantes dela, os quais serão exilados para outros planetas de nível semelhante ou inferior ao de nosso atual planeta Terra. Nesse sentido, reflitamos agora sobre o Juízo Final, na visão espírita, conforme os lúcidos esclarecimentos fornecidos por Allan Kardec, o codificador da Doutrina dos Espíritos:

Chegado o momento em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o globo terráqueo tem de ascender na hierarquia dos mundos, interdito será ele, como morada, a encarnados e desencarnados que não hajam aproveitado os ensinamentos que uns e outros se achavam em condições de aí receber. Serão exilados para mundos inferiores, como o foram outrora para a Terra os da raça adâmica, vindo substituí-los Espíritos melhores. Essa separação é que se acha figurada por estas palavras sobre o juízo final: “Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda.”

A doutrina de um juízo final, único e universal, pondo fim para sempre à Humanidade, repugna à razão, por implicar a inatividade de Deus, durante a eternidade que precedeu à eternidade da Terra e durante a eternidade que se seguirá à sua destruição. Que utilidade teriam então o Sol, a Lua e as estrelas que, segundo a Gênese, foram feitos para iluminar o mundo? Causa espanto que tão imensa obra se haja produzido para tão pouco tempo e a benefício de seres votados de antemão, em sua maioria, aos suplícios eternos.

Materialmente, a idéia de um julgamento único seria, até certo ponto, admissível para os que não procuram a razão das coisas, quando se cria que a Humanidade toda se achava concentrada na Terra e que para seus habitantes fora feito tudo o que o Universo contém. É, porém, inadmissível, desde que se sabe que há milhares de milhares de mundos semelhantes, que perpetuam as Humanidades pela eternidade em fora e entre as quais a Terra é dos menos consideráveis, simples ponto imperceptível.

O juízo, pelo processo da emigração, conforme ficou explicado acima, é racional; funda-se na mais rigorosa justiça, visto que conserva para o Espírito, eternamente, o seu livre-arbítrio; não constitui privilégio para ninguém; a todas as suas criaturas, sem exceção alguma, concede Deus igual liberdade de ação para progredirem; o próprio aniquilamento de um mundo, acarretando a destruição do corpo, nenhuma interrupção ocasionará à marcha progressiva do Espírito. Tais as conseqüências da pluralidade dos mundos e da pluralidade das existências.

Segundo essa interpretação, não é exata a qualificação de juízo final, pois que os Espíritos passam por análogas fieiras a cada renovação dos mundos por eles habitados, até que atinjam certo grau de perfeição. Não há, portanto, juízo final propriamente dito, mas juízos gerais em todas as épocas de renovação parcial ou total da população dos mundos, por efeito das quais se operam as grandes emigrações e imigrações de Espíritos. (KARDEC, A Gênese, cap. 17, n. 63- 67)


SOMENTE O PROGRESSO MORAL PODE REGENERAR A HUMANIDADE


O progresso intelectual realizado até ao presente, nas mais largas proporções, constitui um grande passo e marca uma primeira fase no avanço geral da Humanidade; impotente, porém, ele é para regenerá-la. Enquanto o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência e dos seus conhecimentos para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais, razão por que os aplica em aperfeiçoar os meios de prejudicar os seus semelhantes e de os destruir.

Somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a concórdia, a paz, a fraternidade.

Será ele que deitará por terra as barreiras que separam os povos, que fará caiam os preconceitos de casta e se calem os antagonismos de seitas, ensinando os homens a se considerarem irmãos que têm por dever auxiliarem-se mutuamente e não destinados a viver à custa uns dos outros.

Será ainda o progresso moral que, secundado então pelo da inteligência, confundirá os homens numa mesma crença fundada nas verdades eternas, não sujeitas a controvérsias e, em conseqüência, aceitáveis por todos.

A unidade de crença será o laço mais forte, o fundamento mais sólido da fraternidade universal, obstada, desde todos os tempos pelos antagonismos religiosos que dividem os povos e as famílias, que fazem sejam uns, os dissidentes, vistos, pelos outros, como inimigos a serem evitados, combatidos, exterminados, em vez de irmãos a serem amados.

A geração que desaparece levará consigo seus erros e prejuízos; a geração que surge, retemperada em fonte mais pura, imbuída de idéias mais sãs, imprimirá ao mundo ascensional movimento, no sentido do progresso moral que assinalará a nova fase da evolução humana. (A Gênese, cap. 18, n. 18-20)

Concluindo, só na visão espírita o Juízo Final tem uma explicação racional

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/revista-espirita/o-juizo-final-na-visao-espirita/#ixzz1k1UclSHk

33. - A regeneração da Humanidade, portanto, não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo. Assim, nem sempre os que voltam são outros Espíritos; são com freqüência os mesmos Espíritos, mas pensando e sentindo de outra maneira.

Quando insulado e individual, esse melhoramento passa despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança sobre o mundo. Muito outro é o efeito, quando a melhora se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque, então, conforme as proporções que assuma, numa geração, pode modificar profundamente as idéias de um povo ou de uma raça.

É o que quase sempre se nota depois dos grandes choques que dizimam as populações. Os flagelos destruidores apenas destroem corpos, não atingem o Espírito; ativam o movimento de vaivém entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, por conseguinte, o movimento progressivo dos Espíritos encarnados e desencarnados. É de notar-se que em todas as épocas da História, às grandes crises sociais se seguiu uma era de progresso.

34. - Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, visto que elas apressarão a eclosão dos novos germens. São as folhas que caem no outono e às quais sucedem outras folhas cheias de vida, porquanto a Humanidade tem suas estações, como os indivíduos têm suas várias idades. As folhas mortas da Humanidade caem batidas pelas rajadas e pelos golpes de vento, porém, para renascerem mais vivazes sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica.

35. - Para o materialista, os flagelos destruidores são calamidades carentes de compensação, sem resultados aproveitáveis, pois que, na opinião deles, os aludidos flagelos aniquilam os seres para sempre. Para aquele, porém, que sabe que a morte unicamente destrói o envoltório, tais flagelos não acarretam as mesmas conseqüências e não lhe causam o mínimo pavor; ele lhes compreende o objetivo e não ignora que os homens não perdem mais por morrerem juntos, do que por morrerem isolados, dado que, duma forma ou doutra, a isso hão de todos sempre chegar.

Os incrédulos rirão destas coisas e as qualificarão de quiméricas; mas, digam o que disserem, não fugirão à lei comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, que lhes acontecerá? Eles dizem: Nada! Viverão, no entanto, a despeito de si próprios e se verão, um dia, forçados a abrir os olhos.

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/revista-espirita/o-juizo-final-na-visao-espirita/#ixzz1k1VVwIdV

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Seja Voluntário do CVV e Ajude a Salvar Vidas!



Olá Amigo(a) Paz e Bem !!!

O CVV, realiza gratuitamente, há 50 anos, serviço de Apoio
Emocional e Valorização da Vida (prevenindo o suicídio), utilizando o
telefone como ferramenta.

No posto CVV Abolição, no dia 28 e 29/01/2012 haverá novo curso para seleção
e capacitação para novos voluntários. Solicitamos, a sua colaboração em divulgar
o evento em seus contatos conforme release abaixo, ou a sua participação no curso.

Aproveitamos a oportunidade para informar que o CVV comemorará 50 anos no
dia 01/03/2012.Venha comemorar conosco.
Visite o nosso Site. ( www.cvv.org.br)

Aguardamos seu contato. Obrigado

RELEASE DO EVENTO

O Posto CVV Abolição, Apoio Emocional e Prevenção ao Suicidio, realizara
curso para capacitação de novos voluntários da entidade.
Dias 28 e 29 de Janeiro de 2012, Horario sera das13:30hs às 18:30hs.Serão
apresentadas: a filosofia da entidade e forma de conduta a ser seguida
pelo voluntário com treinamentos específicos.

INSCRIÇÕES:

As inscrições ou informações podem ser obtidas no telefone (11) 3242-4111
após as 15:oo hs às 23:00hs, todo os dias, ou por e-mail
abolicao@cvv.org.br ou no dia chegando 15 minutos antes do curso.

DURANTE A ATIVIDADE:

A atividade é gratuita - haverá seleção dos interessados em colaborar com
a entidade.
Para ser voluntário vinculado ao Programa CVV Prevenção ao suicídio, Apoio
Emocional e valorização da vida, o interessado precisará ter mais de 18
anos, disponibilidade de tempo (média de 4 horas e meia por semana),
disposição para ajudar o próximo e abertura para o autoconhecimento e ser
treinado e aberto ao dialogo.

INSTITUIÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS:

Os Postos CVV são instituições sem fins lucrativos, mantidos pelos
proprios voluntários.Desenvolvem trabalhos de apoio emocional por meio de
contatos telefônicos que recebe, atendimento pessoal, via correio, e-mail
e mais recentemente, via chat, no próprio site da entidade ( www.cvv.org.br).

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ESPIRITISMO, ASTROLOGIA E RAMATIS


Antes do surgimento dos livros do espírito Ramatis, através do médium Hercílio Maes, poucos eram aqueles que se aventuravam em traçar algum paralelo entre Espiritismo e Astrologia. Não por acaso. Na Codificação Espírita, mais especialmente em “O Livro dos Espíritos” e “A Gênese”, os Espíritos Superiores deixaram bem claro que os astros em nada influenciam nossa personalidade ou comportamento, que decorrem sempre do livro-arbítrio e do grau evolutivo alcançado por cada um.

Mas como a “tarefa” dos espíritos pseudo-sábios em nosso meio é o de provocar a confusão e a cizânia nas fileiras doutrinárias, logo estaria certo número de desavisados tomados pela dúvida: o Espiritismo tem algo a ver com a Astrologia e vice-versa?

A resposta para tal questionamento não é difícil de encontrar. Vejamos.

O confrade Richard Simonetti foi recentemente indagado sobre a questão e de maneira muito sucinta e apropriada respondeu:

01 – Os astros governam nossa vida?

Resposta: Apenas no imaginário popular, sempre propenso a aceitar fantasias sobre os mistérios do destino humano. Há pessoas especializadas em ler o nosso futuro na borra do café. Ninguém perde dinheiro apostando na ingenuidade humana.

02 – Mas a Astrologia é milenarmente cultivada, situada como uma complexa ciência…

R. Para os sonhadores… Astronomia, esta sim, uma ciência, demonstra que os movimentos dos astros não guardam a mínima relação com o destino das pessoas.

03 – O fato de nascermos sob determinado signo, uma conjunção de astros no céu, no dia de nosso nascimento, não influi, de certa forma, em nossa personalidade, em nossa maneira de ser?

R. Nossa personalidade é fruto de experiências pretéritas, em vidas anteriores. Admitir que o indivíduo possa ser manso ou um troglodita, ter ouvido afinado ou não saber distinguir um fá de um dó, ter vocação para o estudo ou odiar livros, por influência astrológica é algo tão extravagante quanto a doutrina das graças, segundo a qual Deus teria seus escolhidos para a salvação. E a justiça, onde fica?

04 – Como explicar o fato de que os horóscopos definem o perfil psicológico da pessoa, de conformidade com seu signo?

R. O perfil psicológico no horóscopo é feito de generalidades. As pessoas sempre se encaixam em algumas características apresentadas. Se consultarmos os doze signos do zodíaco verificaremos que em todos há algo de nossa personalidade.

05 – E quanto ao dia-a-dia? Há pessoas que lêem diariamente seu horóscopo com boa margem de acertos.

R. Também é feito de generalidades. Algo como dar tiros no escuro. Alguns atingirão o alvo. Considere, ainda, que sob influência do horóscopo as pessoas criam condicionamentos. Digamos que eu leia que o dia não me será favorável; terei dissabores e contrariedades. Admitindo essa idéia assumirei uma postura negativa que me levará a ver dissabores e contrariedades nas rotinas diárias e até contribuir para que aconteçam.

06 – E poderia ser o contrário?

R. Exatamente. Se eu me convenço, porque li no horóscopo, de que meu dia será maravilhoso, assim tenderá, porquanto estarei estimulado a cultivar o bom humor, convicto de que tudo correrá bem.

07 – Seria tudo condicionado ao poder de nossa mente?

R. Isso é elementar. Por isso a recomendação basilar do oráculo de delfos, não é: “homem, conhece a astrologia”. Recomenda “homem, conhece-te a ti mesmo”. Na medida em que nos aprofundarmos nesse imenso universo que é a nossa alma, decifraremos com muito mais propriedade o nosso destino.

08 – E a opinião do Espiritismo?

R. No livro A Gênese, capítulo 7, Allan Kardec destaca a impropriedade da Astrologia, abordando fatos científicos. A pá de cal sobre o assunto está na questão 867, de O Livro dos Espíritos. Pergunta o codificador: Donde vem a expressão: Nascer sob uma boa estrela? Respondem os espíritos mentores, incisivamente: Antiga superstição, que prendia às estrelas os destinos dos homens. Alegoria que algumas pessoas fazem a tolice de tomar ao pé da letra.

Procurarei ser tão sucinto e objetivo quanto o confrade Simonetti. Diria, com base no Espiritismo e na Ciência Oficial, que a astrologia não é uma ciência e que, assim como a astronomia, ela floresceu na Antiguidade, muito antes da formulação da teoria gravitacional e da teoria eletromagnética e do conhecimento de que todos os astros são compostos da mesma matéria existente aqui na Terra. Não existe matéria “celeste”, como acreditava Aristóteles (384-322 a.C.). Mas ao contrário da Astronomia, ela não incorpora as teorias científicas e assume que a Terra está no centro do Universo, rodeada pelo Zodíaco, e a definição dos signos ignora a precessão do eixo de rotação da Terra, ou “dos equinócios”, movimento muito bem lembrado por Kardec em “A Gênese”.

Do ponto-de-vista moral, acreditar que nossa personalidade é moldada e nosso destino traçado conforme a posição dos astros no momento do nosso nascimento é retirar do homem o livre-arbítrio e reduzi-lo à máquina. Se essa crença supersticiosa fosse levada à sério por todos, logo muitos criminosos justificariam sua más ações usando o argumento de que são maus porque os astros assim o quiseram. Uma maldição, causada por uma desagradável coincidência: a de nascer sob influências negativas, causadas por conjunções astrais desfavoráveis.

Ramatis, contrariamente à Ciência Oficial e ao Espiritismo, tenta “ensinar” diferente: chega a afirmar que Jesus teve que esperar uma conjunção astrológica favorável sob o signo de Peixes para vir à Terra. Para tal, teria esperado 1.000 anos… Necessito dizer (ou escrever) mais alguma coisa, prezado leitor?
Análise crítica dos livros assinados pelo espírito Ramatis.
Breve Resumo de Algumas Diferenças outubro 21, 2008
Posted by arturf in amuletos, ano 2000, Astrologia, defumadores, essênios, Fim dos Tempos, incensos, Júpiter, Jesus Cristo, Marcianos, Marte, Métodos Contraceptivos, planeta chupão, talismãs, Vegetarianismo.



Espíritos Superiores da Codificação x Ramatis

1- Astrologia:

Doutrina Espírita – Kardec deixa bem claro a posição do Espiritismo em “A Gênese” e há respostas dos espíritos indicando claramente que essa é uma crença supersticiosa e sem fundamento. O Espiritismo se baseia no livre-arbítrio;

Ramatis – Aceita a astrologia plenamente, e diz ainda que Jesus teve que esperar uma conjunção astrológica em Peixes para vir à Terra.

2- Jesus

DE – O modelo e guia da humanidade. Espírito perfeito. O Cristo, o Ungido;

Ramatis – Um espírito que, embora superior, foi um aprendiz dos essênios, tendo inclusive encarnado outras vezes na Terra. Numa dessas encarnações, segundo Ramatis, Jesus fora Antúlio de Maha-Ettel, líder da mitológica Atlântida. Para Ramatis, Jesus não é o Cristo, mas um médium do mesmo;

3- Métodos Contraceptivos

DE – Só é prejudicial se utilizado para satisfação da sensualidade, o que seria sinal de egoísmo. Apóia o planejamento familiar;

Ramatis- Condenados todos. Para o casal não ter filhos, tem que praticar a abstinência. Sexo só foi feito para procriação. Todo casal tem que ter, no mínimo, quatro filhos para estar quite com a lei;

4- Fim dos tempos

DE – Não acredita. Fala de uma renovação gradual através do avanço moral da humanidade. Fala em convulsões sociais, embates de idéias como sinais da renovação futura;

Ramatis – Aposta em um cataclisma de proporções globais, com elevação abrupta do eixo da Terra, que ceifará a vida de 2/3 da população. Após essa hecatombe, a Terra se tornará um planeta mais adiantado. Um suposto astro intruso, vulgarmente apelidado de “planeta chupão”, causaria tal destruição;

5 – Vegetarianismo

DE – Deixa-nos à vontade para escolher, embora alerte em relação a crueldade com os animais. Deixa a entender que essa será uma opção predominante no futuro, mas que não representa uma transgressão “uma vez que a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece”.

Ramatis – O consumo de carne é um grave erro do ponto de vista espiritual, além de causar prejuízos à saúde.

6- Incensos, defumadores, amuletos, talismãs, ação de objetos materiais sobre os espíritos e sobre os fluidos

DE – Não admite qualquer ação da matéria sobre os espíritos ou sobre os fluidos ambiente;

Ramatis – Os defumadores e incensos são “detonadores de miasmas astralinos”, i.é, teriam efeito sobre os fluidos ambiente. A palavra AUM, quando pronunciada, nos ligaria ao Cristo Planetário;

7 – Médiuns Receitistas e médiuns curadores

DE – O médium receitista é psicógrafo;

Ramatis – O médium receitista é curador;

8 – Planeta Marte e vida extraterrestre

DE – Não se imiscui em questões que dizem respeito aos esforços da ciência humana. Espíritos podem trazer contribuições esporádicas, que no entanto deverão aguardar confirmação para serem plenamente aceitas;

Ramatis – Descreve vida material em Marte, com existência de vegetação abundante, oceanos, mares e florestas. Vai além e arrisca “revelar” a existência de 12 planetas no Sistema Solar, que comporiam a côrte dos “dozes apóstolos planetários do Cristo Solar”.

Mais alguns conceitos e idéias de Ramatis:

1- As plantas carnívoras possuem o eterismo (?) impregado de desejos e de paixão, porque elas participam do sexto mundo astral, que é a dos desejos e que precede o mundo etérico. (in “Mensagens do Astral”, p.269)

2- A órbita do planeta que teria destruído a Terra até 1999 é de 6.666 anos. (Ele previu a data da destruição, mas nada aconteceu) (idem)

3- Marcianos teriam atirado contra um caça americano F-15 e o reencarnado em Marte para compensar. (“O Planeta Marte e os Discos Voadores”)

4- Os essênios já conheciam o Espiritismo. (“O Sublime Peregrino”)

5- Aqueles que não alcançam uma evolução razoável na Terra no período exato de 2160 anos são exilados para outro orbe. (Mensagens do astral, p.255)

6- Ramatis prevê uma guerra com emprego de armas atômicas no último terço do séc. XX entre os dois continentes mais poderosos (quais?) (“Mensagens…”, p. 230)

7- Até o ano 2000, os pólos estariam livres do gelo. (idem, p.228)

8- Gigantes (pessoas altas?) são provenientes dos satélites jupiterianos, enquanto os anões são antigos emigrados do satélite de Marte. (idem, p.212)

9 – O espírito do homem é um fragmento do espírito de Deus. (idem, p.207)

10- Rituais, mantras, etc. são meios de se alcançar o “Cristo Planetário”. (idem, p. 302)

11- Júpiter é descrito por Ramatis como um planeta de substância rígida, contundente, enquanto, na verdade, é um planeta eminentemente gasoso. (“A Vida no Planeta Marte”, cap. V)

12- A calvície masculina e feminina seria causada pelo não acompanhamento das fases da Lua para o corte. (“Magia de Redenção”)

E você, amado leitor, fica com quem? Com a Codificação Espírita, que tem como base o consenso universal e participação direta de espíritos do quilate de Erasto, Fenelón, S. Agostinho, S. Luis, Vicente de Paulo, Sócrates, Platão, entre outros, sob a égide do Espírito da Verdade, ou com a opinião unilateral de Ramatis?

O “metro que melhor mediu Kardec”, J. Herculano Pires, nos auxilia nesta decisão:

“A obra de Kardec é a bússola em que podemos confiar. Ela é a pedra de toque que podemos usar para aferir a legitimidade ou não das pedras aparentemente preciosas que os garimpeiros de novidades nos querem vender. Essa obra repousa na experiência de Kardec e na sabedoria do Espírito da Verdade. Se não confiamos nela é melhor abandonarmos o Espiritismo. Não há mestres espirituais na Terra nesta hora de provas, que é semelhante à hora de exames numa escola do mundo. Jesus poderia nos responder, diante da nossa busca comodista de novos mestres, como Abraão respondeu ao rico da parábola: Porque eu deveria mandar-vos novos mestres, se tendes convosco a Codificação e os Evangelhos?” (“Mediunidade” – Herculano Pires – Edicel – 4ª edição – pg. 28)
Análise crítica dos livros assinados pelo espírito Ramatis.

FONTE:http://purezadoutrinaria.wordpress.com/category/astrologia/

Bebida Alcoólica em Evento Beneficente promovido opor Centro Espírita. Pode isso?


Era um alcoolista em recuperação e trazia consigo a vontade de superar a dependência química e psicológica que caracteriza aqueles que se embrenharam pelo vício da bebida alcoólica. Alguns amigos espíritas apresentaram-lhe as lições da doutrina codificada por Kardec, e esta caiu como uma luva em seu desanimado coração. E desde então se dedicou de corpo e alma ao estudo do Espiritismo, freqüentando o Centro, assistindo as palestras e também servindo na área de assistencial social.
Todavia, com o organismo ainda intoxicado pelos anos de consumo do álcool, era com freqüência que se via tentando a dar o último gole, que em realidade não seria o último, mas o primeiro de sua recaída.
E no dia 10/10/2006, encontrou-se novamente com o vício, tomando aquele malfadado gole da recaída. Curioso notar que não fez uso da bebida alcoólica em algum bar ou lanchonete, mas sim na festa beneficente promovida pelo Centro Espírita que freqüentava, onde os dirigentes levaram cervejas e vinhos com a desculpa de que se não houvesse bebida alcoólica o evento ficaria às moscas. Sucumbiu justamente no lugar que deveria servir de apoio para sua recuperação.
O Espiritismo tem função sociológica das mais relevantes na sociedade contemporânea. Ao difundir a necessidade de aperfeiçoamento moral e intelectual constante do indivíduo, presta importante colaboração para que se extirpem males sociais que são responsáveis pela infelicidade e desdita de muitos povos e pessoas. E o álcool é um desses males sociais que desagregam famílias, promovendo crimes e facilitando a derrocada moral de muita gente.
A história acima, caro leitor, foi inspirada em um relato feito por um amigo, chateado com a iniciativa de alguns dirigentes espíritas de uma cidade de nosso Brasil, que andam promovendo festas beneficentes regadas a bebida alcoólica, com a desculpa de que se não houver bebida o evento ficará vazio.
Lamentável que isso ocorra. Mas a realidade é que os Centros Espíritas irão sempre refletir as tendências de suas lideranças. Se lideranças saudáveis, baseadas na legítima vontade de difundir os postulados de Kardec, teremos Centros coerentes, atuando com o bom senso ensinado pelo codificador. Contudo, se lideranças com idéias equivocadas, desvirtuando propósitos, teremos Centros Espíritas inabilitados a ensinar o Espiritismo.
Ao proclamar que o verdadeiro espírita é aquele que se esforça por superar suas mazelas morais, Kardec deixou claro que o Espiritismo não pede indivíduos perfeitos, mesmo porque sabe que estes não existem neste planeta, mas sim indivíduos comprometidos com o trabalho de sua melhoria íntima, que redunda em melhoria coletiva. Ou seja, não obstante as nossas limitações inerentes à condição humana, podemos superar nossas más inclinações e tornar o Centro Espírita um local de bênçãos a refletir nosso real compromisso com a renovação.
Em relação a justificativa dos dirigentes de que se não houver bebida alcoólica o evento beneficente ficará às moscas, afirmamos que é desprovida de lógica e bom senso. O Espiritismo não tem compromisso de agradar a gregos e troianos, portanto, não há qualquer vinculo da Doutrina Espírita com bebidas alcoólicas e quantidade de pessoas que haverá em um evento beneficente. O compromisso do Espiritismo é oferecer recursos de esclarecimento para que o ser humano desperte às realidades além da matéria, educando-se a fim de compreender os mecanismos que regem as leis da vida.
O compromisso do Espiritismo é com a sociedade e sua melhoria, tudo que foge ao bom senso e propaga o vício não reflete os ideais da doutrina codificada por Kardec.

(Texto recebido em email de Wellington Balbo)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro?!?


Paulo da Silva Neto Sobrinho

“Continuarei, pois, a fazer todo o bem que puder, mesmo aos meus inimigos, porque o ódio não me cega; e eu lhes estenderia sempre a mão para tirá-los de um precipício, se a ocasião disso se apresentasse”. (KARDEC).

“É um fato constatado, que os adversários do Espiritismo dispensaram mil vezes mais força para abatê-lo, sem a isto chegar, do que seus partidários não o empregaram para propagá-lo”. (KARDEC).

“O Espiritismo não teme a luz; ele a chama sobre suas doutrinas, porque quer ser aceito livremente pela razão. Longe de temer, pela fé dos Espíritas, a leitura das obras que o combatem, diz: Lede tudo; o pró e o contra, e fazei a escolha com o conhecimento de causa” (KARDEC).
Introdução

É interessante notar que nossos críticos, na tentativa de desmerecerem o Espiritismo, não medem conseqüências ao construir seus disparates. O que se percebe é que o Espiritismo incomoda muito certas pessoas e determinados grupos religiosos. Por que será que isso acontece? Quando uma coisa não tem nenhum valor, ninguém se preocupa com ela, mas quando se gastam muito tempo, tinta e papel, para tentar derrubar a Doutrina Espírita, é porque os contrários a vêem como algo de valor. Se bem que não é propriamente valor, pois é certo que mais vêem nela um perigo. Daí se explicar esse combate sistemático, muito embora explicar não seja justificar. Mas que tipo de perigo é esse? É o perigo de desestruturar toda a nefanda teologia dogmática, que vem sendo passada de geração a geração, teologia essa usada para manter o “status” de poder para uns e de dinheiro para outros.

E assim se cumpre um famoso ditado: “Só se atiram pedras em árvore que dá frutos”.

Henri Sausse, biografo de Kardec, diz:

“Todos sabeis que a nossa cidade se pode honrar, a justo título, de ter visto nascer entre seus muros esse pensador tão arrojado quão metódico, esse filósofo sábio, clarividente e profundo, esse trabalhador obstinado cujo labor sacudiu o edifício religioso do Velho Mundo e preparou os novos fundamentos que deveriam servir de base à evolução e à renovação da nossa sociedade caduca, impelindo-a para um ideal mais são, mais elevado, para um adiantamento intelectual e moral seguros”. (O que é o Espiritismo, pág. 10).

Palavras que serão suficientes para retirar da lama, em que quase todos os detratores do Espiritismo querem manter o nome de Kardec, já que, por lhes faltarem argumentos suficientes para contestarem o pensamento, buscam atingir a pessoa, como se isso fosse resolver a questão. Conseguir-se-á enganar apenas aos néscios.

Mas antes de entrar na análise dos textos, disponíveis na Internet através dos links: www.montfort.org.br/veritas/kardec.html, www.montfort.org.br/veritas/kardec2.html e www.montfort.org.br/veritas/kardec3.html, devemos colocar algo que pode provar ao atento leitor qual é realmente o pensamento de Kardec, para que, daí, cada um possa tirar suas próprias conclusões sobre o que coloca o presente contraditor do Espiritismo, o qual, diga-se de passagem, se envergonhou em colocar em sua assinatura o título de Professor, já que pressente que o que faz não cai bem a um educador, pois caluniar é próprio de gente sem qualquer tipo de educação moral.
Dados sobre Kardec e o seu pensamento

Talvez seja interessante apresentar algo sobre sua formação.

“Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdum (Suíça), tornou-se um dos discípulos mais eminentes desse célebre professor, e um dos zelosos propagadores do seu sistema de educação, que exerceu uma grande influência sobre a reforma dos estudos da Alemanha e na França”.

“Dotado de uma inteligência notável e atraído para o ensino pelo seu caráter e as suas aptidões especiais, desde a idade de quatorze anos, ensinava o que sabia àqueles de seus condiscípulos que tinham adquirido menos do que ele. Foi nessa escola que se desenvolveram as idéias que deveriam, mais tarde, colocá-lo na classe dos homens de progresso e dos livres pensadores”.

(...).

“De 1835 a 1840, fundou, em seu domicílio, à rua Sèrvres, cursos gratuitos, onde ensinava química, física, anatomia comparada, astronomia, etc.: empreendimento digno de elogios em todos os tempos, mas sobretudo numa época em que um bem pequeno número de inteligências se aventurava a entrar nesse caminho” (Obras Póstumas, pág. 11-12).

Será que alguém com a formação que recebeu e com a preocupação de ensinar gratuitamente aos outros o seu saber, teria uma personalidade racista?
A Escola de Pestalozzi

Yverdun é um ponto de reunião para as crianças do mundo inteiro. É a escola do universalismo, da fraternidade das crianças que se tornarão, por sua vez, homens cheios de responsabilidade. Pestalozzi é o tipo de Educador atento, o Mestre severo e suave ao mesmo tempo, justo e caridoso. Em sua doutrina e seu exemplo, Rivail encontrou o modelo do homem íntegro que ele mesmo foi e que se tornou, também, o ideal da moral espírita.

(...).

Com efeito, foi em Yverdun e graças a Pestalozzi que Kardec aprendeu o justo sentido da educação, que deve ser ao mesmo tempo paternal e liberal. Já se disse, muito justamente, que a doutrina espírita é de suave severidade. É também esse o caráter do método de ensino ideado por Pestalozzi. As crianças formam ali uma grande família. Essa família torna-se assim o modelo dos espíritas, pois é universal.

De fato, a escola de Pestalozzi abre as portas aos alunos do mundo inteiro, por cima das diferenças de língua, de civilização, de raça ou de crença. Recebe crianças vindas da França, como Rivail, dos cantões suíços, mas também da Alemanha, do Hânover, de Saxe, da Prússia, da Rússia, do reino de Nápoles, da Espanha e da América. Percebe-se assim a vantagem dessa educação, que inculca à criança o sentimento da igualdade humana, da fraternidade e da tolerância. É aí que Allan Kardec, nessa família do coração, aprende os principais princípios morais do espiritismo... (Vida e Obra de Allan Kardec, pág. 23).

Observar que no meio em que foi educado não existia qualquer tipo de racismo, por que então um discípulo aplicado de Pestalozzi seria um racista?

A jornalista Dora Incontri, com mestrado, doutorado e, em fase de conclusão, pós-doutorado em Educação, na USP, em seu livro Para entender Kardec, nos trás um fato interessante que muito bem nos dará uma idéia de quem era Kardec. Vejamos:

“... É bom lembrar que, na Sociedade de Estudos Espíritas de Paris, havia um Camille Flammarion, astrônomo, e um calceteiro (operário braçal que fazia as calçadas de Paris, de quem Kardec noticia a morte) e ambos eram membros da Sociedade”. (pág. 121).

Isso é característica de uma pessoa racista?

Para clarear mais ainda essa questão de Kardec ser racista, iremos colocar alguns trechos de suas obras que, por certo, evidenciará qual é verdadeiramente o seu pensamento.

“... Possam nossos irmãos futuros se lembrarem deste dia memorável em que os Espíritas lioneses, dando o exemplo de união e de concórdia, colocaram, nesses novos banquetes o primeiro passos da aliança que existir entre os Espíritas de todos os países do mundo; porque o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, apaga naturalmente todas as distinções estabelecidas entre os homens segundo as vantagens corpóreas e mundanas, sobre as quais ó o orgulho fundou castas e os estúpidos preconceitos de cor. O Espiritismo, alargando o círculo da família pela pluralidade das existências, estabelece entre os homens uma fraternidade mais racional do que aquela que não tem por base senão os frágeis laços da matéria, porque esses laços são perecíveis, ao passo que os do Espírito são eterno. Esses laços, uma vez bem compreendidos, influirão pela força das coisas, sobre as relações sociais, e mais tarde sobre a Legislação social, que tomará por base as leis imutáveis do amor e da caridade; então ver-se-á desaparecerem essa anomalias que chocam os homens de bom senso, como as leis da Idade Média chocam os homens de hoje...”. (Revista Espírita 1861, pág. 297-298). (grifo nosso).

“O homem de bem”

“O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem”.

“Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas”.

“Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais”.

“Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar”.

“Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça”.

“Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa”.

“O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus”.

“Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam”.

“Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor”.

“Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado”.

“É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: ‘Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado’”.

“Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal”.

“Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera”.

“Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros”.

“Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado”.

“Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões”.

“Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram”.

“O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9.)”.

“Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus”.

“Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz”. (Evangelho Segundo o Espiritismo, págs. 272-274)”. (grifo nosso).

“Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, nenhum há que prime, em lógica, ao fato material da reencarnação. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade”. (A Gênese, pág. 31). (grifo nosso).

“Somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a concórdia, a paz, a fraternidade”.

“Será ele que deitará por terra as barreiras que separam os povos, que fará caiam os preconceitos de casta e se calem os antagonismos de seitas, ensinando os homens a se considerarem irmãos que têm por dever auxiliarem-se mutuamente e não destinados a viver à custa uns dos outros”.

“Será ainda o progresso moral que, secundado então pelo da inteligência, confundirá os homens numa mesma crença fundada nas verdades eternas, não sujeitas a controvérsias e, em conseqüência, aceitáveis por todos”.

“A unidade de crença será o laço mais forte, o fundamento mais sólido da fraternidade universal, obstada, desde todos os tempos pelos antagonismos religiosos que dividem os povos e as famílias, que fazem sejam uns, os dissidentes, vistos, pelos outros, como inimigos a serem evitados, combatidos, exterminados, em vez de irmãos a serem amados”. (A Gênese, págs. 414-415).

“Essa fase já se revela por sinais inequívocos, por tentativas de reformas úteis e que começam a encontrar eco. Assim é que vemos fundar-se uma imensidade de instituições protetoras, civilizadoras e emancipadoras, sob o influxo e por iniciativa de homens evidentemente predestinados à obra da regeneração; que as leis penais se vão apresentando dia a dia impregnadas de sentimentos mais humanos. Enfraquecem-se os preconceitos de raça, os povos entram a considerar-se membros de uma grande família; pela uniformidade e facilidade dos meios de realizarem suas transações, eles suprimem as barreiras que os separavam e de todos os pontos do mundo reúnem-se em comícios universais, para as justas pacificas da inteligência”. (A Gênese, págs. 415-416). (grifo nosso).

“Com efeito, suponhamos uma sociedade de homens bastante desinteressados, bons e benevolentes para viverem, entre si, fraternalmente, não haveria entre eles nem privilégios nem direitos excepcionais, sem o que não haveria ali fraternidade. Tratar alguém como irmão, é tratá-lo de igual para igual; é querer-lhe o que desejaria para si mesmo; num povo de irmãos, a igualdade será a conseqüência de seus sentimentos, de sua maneira de agir, e se estabelecerá pela forças das coisas. Mas qual o inimigo da igualdade: É o orgulho. O orgulho, que, por toda a parte, quer primar e dominar, que vive de privilégios e de exceções, pode suportar a igualdade social, mas não a fundará jamais e a destruirá na primeira ocasião. Ora, sendo o orgulho, ele também, uma das pragas da sociedade, enquanto não for destruído, oporá uma barreira à verdadeira igualdade”. (Obras Póstumas, pág. 230). (grifo nosso).

“Fora da caridade não há salvação”

“Estes princípios, para mim, não são apenas uma teoria, eu os coloco em prática; faço o bem tanto quanto o permite a minha posição; presto serviço quanto posso; os pobres jamais foram rejeitados em minha casa, ou tratados com dureza; a todo momento não foram sempre recebidos com a mesma benevolência? Jamais lamentei meus passos e minhas diligências para prestar serviço; pais de família não saíram da prisão pelos meus cuidados? Certamente não me cabe fazer o inventário do bem que pude fazer; mas, num momento em que parece tudo esquecer-se, é-me muito permitido, creio, chamar à minha lembrança que a minha consciência me diz que não fiz mal a ninguém, que fiz todo o bem que pude, e isso o repito sem pedir conta de opinião; sob esse aspecto, a minha consciência está tranqüila e de alguma ingratidão com a qual pude se pago, em mais de uma ocasião, isso não poderia ser para mim um motivo para deixar de fazê-lo; a ingratidão é uma das imperfeições da Humanidade, e como nenhum de nós está isento de censuras, é preciso saber passar aos outros pelo que se nos passa a nós mesmos, a fim de que se possa dizer, como J. C.: ‘que aquele que está sem pecado, lhe atire a primeira pedra’. Continuarei, pois, a fazer todo o bem que puder, mesmo aos meus inimigos, porque o ódio não me cega; e eu lhes estenderia sempre a mão para tirá-los de um precipício, se a ocasião disso se apresentasse”.

“Eis como entendo a caridade cristã; compreendo uma religião que nos ordena retribuir o mal com o bem, com mais forte razão restituir o bem pelo bem. Mas não compreenderia jamais a que nos prescrevesse retribuir o mal com o mal. (Pensamentos íntimos de Allan Kardec; documento encontrado em seus papéis)”. (Obras Póstumas, pág. 327).

Não obstante todos estes elevados predicados morais, vejamos o que nos coloca um desses críticos, em seu texto:
O texto objeto de análise

Toda a fala do crítico, que será objeto de análise, nós a colocaremos em destaque, com afastamento em ambas as margens em relação ao nosso texto.

ALLAN KARDEC, UM RACISTA BRUTAL E GROSSEIRO.

Orlando Fedeli

É bem sabido que o darwinismo suscitou uma grande onda racista. Pois se a luta pela sobrevivência causava a seleção das espécies, a luta entre as raças causaria o aperfeiçoamento da espécie. Assim, o nazismo foi um dos efeitos do darwinismo.

O que, porém se deixa à sombra, é a influência do darwinismo no racismo de Allan Kardec, o fundador do espiritismo "moderno".

Interessante a tentativa do crítico em relacionar o darwinismo com onda racista, para ao final relacioná-lo a Kardec. Será que essa grande onda racista também não ocorreu como resultado das cruzadas ou da inquisição? A religião pura ao mundo, nem que seja a custa de ferro e fogo, não seria um “nazismo religioso”?

Se Kardec realmente fosse um racista, como pretende o opositor, ele o seria quem sabe pela sua orientação religiosa, pois somente após meio século de existência é que veio a estudar as manifestações dos espíritos, origem dos princípios da Doutrina Espírita. Adivinhe qual era a religião de Kardec? Aguarde um pouco que iremos dizer-lhe.

Kardec, cujo verdadeiro nome era Hypolite Léon Dénizard Rivail, foi um homem que aprendeu bem mal a Gnose típica das sociedades secretas a que pertenceu. Nessas sociedades do século XIX, se ensinava uma doutrina mais ou menos influenciada pelo romantismo, doutrina em geral originada do cabalista Jacob Boehme. Se Kardec aprendeu mal essa doutrina teosófica e romântica, ensinou-a pior ainda. Daí nasceu o sistema gnóstico grosseiro e cheio de contradições do espiritismo moderno.

Gostaríamos que nos apresentasse a relação das sociedades secretas de que Kardec fez parte, indicando, obviamente a fonte de consulta.

Quanto da refutação de outro texto de Orlando Fedeli, intitulado “Reencarnação, argumentos católicos contra os fundamentos do Espiritismo”, nós em resposta fizemos um intitulado “Reencarnação, argumentos católicos contrários”, onde respondemos essa questão de relacionar Espiritismo com a gnose. Para economia, não voltaremos ao assunto, entretanto, sugerimos aos interessados que visitem o link abaixo:

www.espirito.org.br/portal/artigos/paulosns/reencarnacao-argumentos.html

Ainda poderemos acrescentar que até o ano de 1854, aos seus cinqüenta anos, Kardec era católico, daí podemos dizer que o seu caráter foi formado no meio católico. Assim se algo de ruim existiu em sua personalidade, como quer a má-fé desse nosso crítico, a culpa não é do Espiritismo, não é mesmo?

Lendo os livros de Kardec, tem-se a impressão de ler textos de um aluno de ginásio que, não tendo compreendido bem a lição que recebeu, e com presunção própria aos ignorantes, escreve obras sem nexo, contraditórias e mal feitas. O resultado é uma Gnose de “basse cour”, isto é, uma “gnose de galinheiro”.

Por ela se passa pisando como em “lama” pseudo intelectual.

As circunstâncias de agora nos obriga a colocar um pouco da biografia de Kardec. Diz-nos Henri Sausse:

“... fez em Lião os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. Aplicou-se, de todo o coração, à propaganda do sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma dos estudos na França e na Alemanha. Muitas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, um pouco de todos os lados, para fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizard Rivail o encargo de o substituir na direção da sua escola. ... Era bacharel em letras e em ciências e doutor em medicina, tendo feito todos os estudos médicos e defendido brilhantemente sua tese. Lingüista insigne, conhecia a fundo e falava corretamente o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol; conhecia também o holandês, e podia facilmente exprimir-se nesta língua”.

“... Organizou também em sua casa, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de química, física, astronomia e anatomia comparada, de 1835 a 1840, e que eram muitos freqüentados”.

“Membro de várias sociedades sábias, notadamente da Academia real d’Arras, foi premiado, por concurso, em 1831, pela apresentação da sua notável memória: Qual o sistema de estudo mais em harmonia com as necessidades da época?”.

“Dentre as suas numerosas obras convém citar, por ordem cronológica: Plano apresentado para o melhoramento da instrução pública, em 1828; em 1829, segundo o método de Pestalozzi, ele publicou, para uso das mães de família e dos professores, o Curso prático e teórico de aritmética; em 1831 fez aparecer a Gramática francesa clássica; em 1846 o Manual dos exames para obtenção dos diplomas de capacidade, soluções racionais das questões e problemas de aritmética e geometria; em 1848 foi publicado o Catecismo gramatical da língua francesa; finalmente, em 1849, encontramos o Sr. Rivail professor no Liceu Polimático, regendo as cadeiras de Fisiologia, Astronomia, Química e Física. Em uma obra apreciada resume seus cursos, e depois publica: Ditados normais dos exames na Municipalidade e na Sorbona; Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas”.

“Tendo sido essas diversas obras adotadas pela Universidade de França,... Seu nome era conhecido e respeitado, seus trabalhos justamente apreciados, muito antes que ele imortalizasse o nome de Allan Kardec”. (grifos nossos).

Se Kardec “fez textos para alunos de ginásio” e “é pseudo-intelectual” que dirá do nosso critico, pois até onde sabemos não contribuiu em nada para educação brasileira, se o fez é tão irrelevante que nunca ouvimos falar dele. Os dados que apresentamos acima são suficientes para ver que o nosso crítico é quem quer jogar lama em cima do autor, cuja obra não tem competência para contra-argumentar.

Ficamos a pensar: por que será que o Espiritismo tem atraído tanta gente? No censo 2002, o IBGE constatou que onde existe relativamente a maior quantidade de pessoas com maior tempo de estudo é justamente no Espiritismo. Do que se conclui que é entre os Espíritas que há o maior contingente de pessoas portadoras de curso superior. São eles os “alunos do ginásio” que estudam Kardec, ironia do destino?

Pois lendo -- com repugnância -- o livro A Gênese de Allan Kardec (Ed. Lake, São Paulo, 1a edição, comemorativa do 300º aniversário dessa obra) pode-se encontrar o seguinte texto, escandalosamente racista, do fundador do espiritismo moderno:

"O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso (sic!). Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados". (Allan Kardec, A Gênese, ed. cit. p. 187, o sublinhado e o negrito são meus).

Kardec afirma aí o mais grosseiro e brutal racismo.

Por ter lido com “repugnância” não conseguiu entender as colocações de Kardec. Um crítico sério leria com mais atenção para não falar inverdades, mas não estamos tratando com um desse naipe, pois esse faz da calúnia sua arma de combate.

Quanto à questão de mal se distinguir dos macacos, devemos informar que na Academia Nacional de Ciências dos EUA, Goodman e sua equipe compararam 97 genes de humanos, chimpanzés, gorilas, orangotangos e outros macacos e descobriram que o grau de semelhança, nas regiões do DNA analisadas, é de 99,4% entre seres humanos e chimpanzés. Daí poder se afirmar que realmente a raça humana pouco se difere da dos “macacos”. Por mais que isso venha a ferir o orgulho de alguns, essa é a realidade insofismável.

E sobre a origem do homem corporal, diz Kardec:

“Do ponto de vista corporal, e puramente anatômico, o homem pertence à classe dos mamíferos, dos quais não difere senão por nuanças na forma exterior; de resto, a mesma composição química que todos os animais, os mesmos órgãos, as mesmas funções e os mesmos modos de nutrição, de respiração, de secreção, de reprodução; ela nasce, vive e morre nas mesmas condições, e, em sua morte, seu corpo se decompõe como o de tudo o que vive. Não há em seu sangue, em sua carne, em seus ossos, um átomo diferente daqueles que se encontram no corpo dos animais; como estes, em morrendo, retorna à terra o oxigênio, o hidrogênio, o azoto e o carbono que estavam combinados para formá-lo, e vão, por novas combinações, formar novos corpos minerais, vegetais e animais. A analogia é tão grande que se estudam as funções orgânicas sobre certos animais, quando as experiências não podem ser feitas nele mesmo”.

“Na classe dos mamíferos, o homem pertence à ordem dos bímanos. Imediatamente abaixo dele vêm os quadrúmanos (animais de quatro mãos) ou macaco, dos quais uns, como o orangotango, o chimpanzé, o mono têm certos comportamentos do homem, a tal ponto que, há muito tempo, são designados sobre o nome de homens da floresta; como ele, caminham eretos, servem-se de bastões, constroem suas cabanas, e levam os alimentos à boca com a mão, sinais característicos”.

“Por pouco que se observe a escala dos seres vivos do ponto de vista do organismo, reconhece-se que, desde o líquen até a árvore, e depois do zoófito até o homem, há uma corrente se elevando gradualmente sem solução de continuidade, e da qual todos os anéis têm um ponto de contato com o anel precedente; seguindo-se passo a passo a série de seres, dir-se-ia que cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente inferior. Uma vez que o corpo do homem está em condições idênticas aos outros corpos, química e constitucionalmente, que ele nasce, vive e morre do mesmo modo, deve ter sido formado nas mesmas condições”.

“Quanto isso possa custar ao seu orgulho, o homem deve se resignar a não ver, em seu corpo material, senão o último anel da animalidade sobre a Terra. O inexorável argumento dos fatos aí está, contra o qual protestaria em vão”.

“Mas, quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, mais o princípio espiritual cresce em importância; se o primeiro o coloca ao nível do animal, o segundo o eleva a uma altura incomensurável. Vemos o círculo em que se detém o animal: não vemos o limite onde pode chegar o Espírito do homem”. (A Gênese, pág. 177-178).

Ainda em A Gênese, quando fala da Encarnação dos Espíritos, Kardec diz exatamente o oposto do que o crítico apresenta acima, entretanto, por absoluta má-fé, deixa de abordar todo o pensamento de Kardec, que, em complemento ao citado acima, diz:

Esses Espíritos dos selvagens, entretanto, pertencem também à Humanidade; esperarão um dia o nível de seus primogênitos, mas não será isso certamente nos corpos da mesma raça física, impróprios a um certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não mais estiver em relação com o seu desenvolvimento, emigrarão desse meio para se encarnarem num grau superior, e assim por diante até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra, para passar a outros mundos, mais e mais avançados. (Revista Espírita, abril de 1862, página 97: Perfectibilidade da raça negra). (A Gênese, pág. 192).

Não sabemos de onde o brilhante professor tirou que Kardec estaria aí sendo racista. O fato de dizer que existe raças mais inteligentes é racismo? Realmente tinha mesmo que ter vergonha de assinar como professor. Quer goste ou não, existem pessoas mais inteligentes que outras, povos mais inteligentes que outros e raças mais inteligentes que outras, mas isso não quer dizer, como bem coloca Kardec, que isso será por toda a eternidade, pois o espírito ao reencarnar irá renascer nas mais evoluídas, num progresso sem fim, até a perfeição possível a um ser humano. Veja bem, se disséssemos que existe raça negra, não estaremos diante de uma afirmativa racista, é uma constatação do que a natureza produziu, em última instância Deus. Racismo, caro professor, é desprezar os outros por qualquer motivo, mesmo que, estranhamente, esse motivo seja o religioso. Ao final o nosso crítico colocará esse trecho, deixaremos para lá o complemento de nossos argumentos.

Espalhou a lama da calunia: “Kardec afirma aí o mais grosseiro e brutal racismo”.

ALLAN KARDEC, UM RACISTA BRUTAL E GROSSEIRO - 2

Vimos já várias citações escandalosamente racistas de Allan Kardec, frutos de sua doutrina caudatária do evolucionismo darwinista.

Sem querer ser racista, mas esse professor está no mínimo é doido. Apresenta até agora apenas uma passagem, que por sinal já demonstramos não haver racismo por parte de Kardec, e diz que “vimos várias citações escandalosamente racistas”. Veja bem, caro leitor, é uma pessoa assim que quer derrubar Kardec, quanta presunção.

Hoje, queremos apresentar mais um texto desse autor, que, embora tendo baixíssimo nível intelectual, vem causando muito mal, particularmente no Brasil.

Já falamos sobre isso, desnecessário, portanto, voltarmos ao assunto, já que o leitor tem elementos de sobra para ver de que lado sopra o vento da razão.

Na obra intitulada O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta:

"6 --Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 126).

Já a pergunta denota um certo racismo, pois supõe que uma criança hotentote, ainda que educada nas melhores escolas, não teria possibilidade natural de alcançar o nível de um cientista branco.

Novamente a má-fé é a arma desse crítico, pois pelo seu saber intelectual não podemos admitir que não tenha entendido o pensamento de Kardec. Mas propositalmente deixa de citar tudo o que Kardec diz nesse item. Assim, vejamos o que deixou de colocar:

Se não há reencarnação, só há, evidentemente, uma existência corporal. Se a nossa atual existência corpórea é única, a alma de cada homem foi criada por ocasião do seu nascimento, a menos que se admita a anterioridade da alma, caso em que se caberia perguntar o que era ela antes do nascimento e se o estado em que se achava não constituía uma existência sob forma qualquer. Não há meio termo: ou a alma existia, ou não existia antes do corpo. Se existia, qual a sua situação? Tinha, ou não, consciência de si mesma? Se não tinha, é quase como se não existisse. Se tinha individualidade, era progressiva, ou estacionária? Num e noutro caso, a que grau chegara ao tomar o corpo? Admitindo, de acordo com a crença vulgar, que a alma nasce com o corpo, ou, o que vem a ser o mesmo, que, antes de encarnar, só dispõe de faculdades negativas, perguntamos:

1º Por que mostra a alma aptidões tão diversas e independentes das idéias que a educação lhe fez adquirir?

2º Donde vem a aptidão extranormal que muitas crianças em tenra idade revelam, para esta ou aquela arte, para esta ou aquela ciência, enquanto outras se conservam inferiores ou medíocres durante a vida toda?

3º Donde, em uns, as idéias inatas ou intuitivas, que noutros não existem?

4º Donde, em certas crianças, o instituto precoce que revelam para os vícios ou para as virtudes, os sentimentos inatos de dignidade ou de baixeza, contrastando com o meio em que elas nasceram?

5º Por que, abstraindo-se da educação, uns homens são mais adiantados do que outros?

6º Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomardes de um menino hotentote recém-nascido e o educardes nos nossos melhores liceus, fareis dele algum dia um Laplace ou um Newton?

Qual a filosofia ou a teosofia capaz de resolver estes problemas? É fora de dúvida que, ou as almas são iguais ao nascerem, ou são desiguais. Se são iguais, por que, entre elas, tão grande diversidade de aptidões? Dir-se-á que isso depende do organismo. Mas, então, achamo-nos em presença da mais monstruosa e imoral das doutrinas. O homem seria simples máquina, joguete da matéria; deixaria de ter a responsabilidade de seus atos, pois que poderia atribuir tudo às suas imperfeições físicas. Se almas são desiguais, é que Deus as criou assim. Nesse caso, porém, por que a inata superioridade concedida a algumas? Corresponderá essa parcialidade à justiça de Deus e ao amor que Ele consagra igualmente a todas suas criaturas?

Admitamos, ao contrário, uma série de progressivas existências anteriores para cada alma e tudo se explica. Ao nascerem, trazem os homens a intuição do que aprenderam antes: São mais ou menos adiantados, conforme o número de existências que contem, conforme já estejam mais ou menos afastados do ponto de partida. Dá-se aí exatamente o que se observa numa reunião de indivíduos de todas as idades, onde cada um terá desenvolvimento proporcionado ao número de anos que tenha vivido. As existências sucessivas serão, para a vida da alma, o que os anos são para a do corpo. Reuni, em certo dia, um milheiro de indivíduos de um a oitenta anos; suponde que um véu encubra todos os dias precedentes ao em que os reunistes e que, em conseqüência, acreditais que todos nasceram na mesma ocasião. Perguntareis naturalmente como é que uns são grandes e outros pequenos, uns velhos e jovens outros, instruídos uns, outros ainda ignorantes. Se, porém, dissipando-se a nuvem que lhes oculta o passado, vierdes a saber que todos hão vivido mais ou menos tempo, tudo se vos tornará explicado. Deus, em Sua justiça, não pode ter criado almas desigualmente perfeitas. Com a pluralidade das existências, a desigualdade que notamos nada mais apresenta em oposição à mais rigorosa eqüidade: é que apenas vemos o presente e não o passado. A este raciocínio serve de base algum sistema, alguma suposição gratuita? Não. Partimos de um fato patente, incontestável: a desigualdade das aptidões e do desenvolvimento intelectual e moral e verificamos que nenhuma das teorias correntes o explica, ao passo que uma outra teoria lhe dá explicação simples, natural e lógica. Será racional preferir-se as que não explicam àquela que explica? (Livro dos Espíritos, 147-149).

O que Kardec diz é exatamente o contrário do que quer o nosso crítico que os outros pensem dele. Kardec demonstra claramente em seus esclarecimentos que certas diferenças existentes entre os seres humanos não podem ser explicadas senão através da reencarnação. Único sistema em que todos os seres são iguais e recebem o mesmo tratamento por parte de Deus.

Allan Kardec explicita seu racismo brutal e grosseiro na resposta que dá a essa pergunta, por ele mesmo feita:

"Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão ?" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127).

Como é possível se imprimir e difundir, ainda hoje, uma doutrina racista tão brutal e tão grosseira?

É patente, nas frases citadas, que Allan Kardec considerava a raça branca -- a caucásica -- superior à raça hotentote.

E Kardec chega ao absurdo de levantar a hipótese de que um hotentote não seria um homem!

Hitler aprovaria a doutrina racista de Kardec.

O que o crítico não faz nenhuma questão de ressaltar é que essa não é a opinião de Kardec, pois se fosse ele não colocaria “dir-se-á”, ou seja, parte de uma hipótese que poderia ser sustentada por qualquer pessoa. Em todo esse trecho é sempre empregada a condicional, por isso Kardec usa a conjunção “se”. Portanto, não se trata de Kardec estar dando sua opinião. Até mesmo no desenrolar do texto isso fica claro, só não o vê o nosso crítico “porque o ódio o cega”, quem sabe. Quanto à questão da superioridade entre as raças já abordamos isso anteriormente.

E os espíritas tupiniquins, repudiam eles esse racismo grosseiro e brutal, ou o aceitam?

Se o repudiam, como poderão continuar aceitando a doutrina espírita de Kardec como revelada por “espíritos superiores”?

E será que esses “espíritos superiores” eram “caucásicos”, isto é, arianos?

Não há dúvida, pois:

Allan Kardec era um racista grosseiro e brutal.

E a doutrina espírita é racista.

Daí, o orgulho que ela suscita em seus seguidores, que -- se são caucásicos -- se julgam superiores aos demais mortais, quer porque os consideram de raças inferiores, quer - quando se comparam a outros brancos -- os julgam pouco evoluídos espiritualmente.

Como católico, repudio totalmente essa doutrina herética e racista.

Orlando Fedeli

Nós os espíritas tupiniquins não repudiamos “esse racismo grosseiro e brutal”, pois ele não existe, já que se trata de puro delírio do nosso crítico, cegado pelo odium theologicum, pelo ódio ao Espiritismo, e por isso não consegue enxergar o óbvio.

Não aceitamos nenhum tipo de racismo, nem mesmo o religioso, onde algumas igrejas querem ser exclusivas na questão da salvação dos crentes, isso é que é orgulho o resto é conversa fiada. Mas racismo podemos provar: quando determinada igreja se alia aos senhores de engenho para manter como escravos os negros trazidos da África, que nem eram considerados seres humanos; quando por muito tempo considerou que a mulher não tinha alma, coisa que só tinha os homens; quando não enxergava os pobres, que só descobriu recentemente que eles existem, porque sempre esteve aliada aos ricos daí nunca os tinham visto; quando não admitiu que existissem pessoas que não rezasse pela sua Bíblia, por isso a necessidade de se eliminá-los, está aí registrado na História da Humanidade a vergonha da inquisição e das cruzadas, que apesar do líder católico ter pedido perdão, não há como deletar isso dos livros de história.

Quem sempre demonstrou racismo? Fica aí essa pergunta ecoando nos ares.

Se “como católico repudio totalmente essa doutrina herética e racista”, diremos: ainda bem que não somos católicos, pois um cristão verdadeiro seguiria o exemplo de Jesus que nunca repudiou ninguém.

ALLAN KARDEC, UM RACISTA BRUTAL E GROSSEIRO - 3

Allan Kardec foi de fato um racista grosseiro e bruto, acrescentando ao evolucionismo darwiniano a sua doutrina gnóstica, muito mal aprendida e pior explicada. Seus textos indicam um homem cheio de contradições e de baixo nível intelectual.

Novamente vem bater na mesma tecla, já que argumentos não os têm mesmo.

Quero citar dele novos textos, comprovantes desse evolucionismo bruto e grosseiro do espiritismo kardecista.

No mesmo livro A Gênese, que já mencionei, se pode ler o seguinte:

"Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados (Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra, in Allan Kardec, A Gênese, Lake - Livraria Allan Kardec editora, São Paulo, p. 187. O negrito é do original e o sublinhado é meu).

Nesse texto do fundador do espiritismo moderno, está explicita a tese de que Kardec considerava os selvagens e a raça negra como inferiores.

O que é racismo bruto e grosseiro.

Kardec está ressaltando a questão da evolução do espírito que, em sua trajetória rumo à perfeição, passa a habitar corpos físicos apropriados a seu nível evolutivo. Afirma que isso é uma regra para todos e que também todos irão atingir a perfeição, como ainda todos conseguirão um dia estar junto a Deus. A doutrina do céu e do inferno é que demonstra racismo, não a da reencarnação progressiva do espírito.

Transcreveremos parte do texto “Frenologia Espiritualista e Espírita”, onde se fala da “Perfectibilidade da Raça do Negro”, citada ao final desse último texto de Kardec. Mas é bom ressaltar que àquela época ainda existia a escravidão. A guerra de sucessão, nos EUA, em 1865, tinha como pano de fundo a questão da libertação dos escravos. No Brasil, a escravatura durou até 13 de maio de 1888, quando da promulgação da Lei Áurea. Não lembramos de nenhuma participação da igreja contra esse estado de coisas. Assim, é dentro deste contexto que Kardec faz as seguintes considerações:

“A raça negra é perfectível? Segundo algumas pessoas, esse questão está julgada e resolvida negativamente. Se assim é, e se essa raça está votada por Deus a uma eterna inferioridade, a conseqüência é que é inútil se preocupara com ela, e que é preciso se limitar a fazer do negro uma espécie de animal doméstico adestrado para a cultura do açúcar e do algodão. No entanto, a Humanidade, tanto quanto o interesse social, requer um exame mais atento: é o que iremos tentar fazer; mas como uma conclusão dessa gravidade, num ou noutro sentido, não pode ser tomada levianamente e deve se apoiar sobre um raciocínio sério, pedimos a permissão para desenvolver algumas considerações preliminares, que nos servirão para mostra, uma vez mais, que o Espiritismo é a única chave possível de uma multidão de problemas insolúveis com a ajuda dos dados atuais da ciência...”.

“Com efeito, se a alma é criada ao mesmo tempo que o corpo, a do sábio do Instituto é tão nova quanto a do selvagem; desde então, por que, pois, há sobre a Terra selvagens e membros do Instituto? O meio no qual vivem, direis. Seja; direi, então, por que homens nascidos no meio mais ingrato, e mais refratário, se tornam gênios, ao passo que crianças que bebem a ciência com o leite materno são imbecis. Os fatos não provam, até à evidência, que há homens instintivamente bons ou maus, inteligentes ou estúpidos? É preciso, pois, que haja na alma um germe; de onde vem? Pode-se racionalmente dizer que Deus os fez todas as espécies, uns que chegam sem dificuldade, e outros que não chegam mesmo com um trabalho perseverante? Estaria aí sua justiça e sua bondade? Evidentemente não. Uma única solução é possível: a preexistência da alma, sua anterioridade ao nascimento do corpo, o desenvolvimento adquirido segundo o tempo que ela viveu e as diferentes migrações que percorreu. A alma traz, pois, unindo-se ao corpo, o que adquiriu, suas qualidades boas ou más; daí as predisposições instintivas; de onde se pode dizer, com certeza, que aquele que nasceu poeta já cultivou a poesia; que aquele que nasceu músico cultivou a música; que aquele que nasceu celerado foi mais celerado ainda. Tal é a fonte das faculdades inatas que produzem, nos órgãos destinados à sua manifestação, um trabalho interior, molecular, que os leva ao desenvolvimento”.

“Isto nos conduz ao exame da importante questão da anterioridade de certas raças e de sua perfectibilidade”.

“Colocamos, de início, em princípio, que todas as faculdades, todas as paixões, todos os sentimentos, todas as aptidões estão na Natureza; que elas são necessárias à harmonia geral, porque Deus nada faz de inútil; que o mal resulta do abuso, assim como da falta de contrapeso e de equilíbrio entre as diversas faculdades. As faculdades não se desenvolvendo todas simultaneamente, disso resulta que o equilíbrio não pode se estabelecer senão com o tempo; que essa falta de equilíbrio produz homens imperfeitos, nos quais o mal domina momentaneamente. Tomemos por exemplo o instinto da destruição; esse instinto é necessário, porque, na Natureza, é preciso que tudo se destrua para se renovar; é por isso que todas as espécies vivas são, ao mesmo tempo, agentes destruidores e reprodutores. Mas o instinto de destruição isolado é um instinto cego e brutal; ele domina entre os povos primitivos, entre os selvagens, cuja alma não adquiriu ainda as qualidades reflexivas próprias para regularem a destruição numa justa medida. O selvagem feroz pode, numa só existência, adquirir as qualidades que lhe faltam? Que educação dar-lhe-íeis, desde o beco, para fazerdes deles um São Vicente de Paulo, um sábio, um orador, um artista? Não; é materialmente impossível. E, no entanto, esse selvagem tem uma alma; qual é a sorte dessa alma depois da morte? É punida por seus atos bárbaros que nada reprimiu? Está colocada em posição igual à do homem de bem? Um não é mais racional que o outro? Está, então, condenada a permanecer eternamente num estado misto, que não é nem a felicidade e nem a infelicidade? Isso não seria justo; porque, se não é mais perfeita, isso não dependeu dela. Não podeis sair desse dilema senão admitindo a possibilidade de um progresso; ora, como pode progredir, se não for tomando novas existências? Poderá, direis, progredir como Espírito, sem retornar a Terra. Mas, então, porque nós, civilizados, esclarecidos, nascemos na Europa antes que na Oceania? Em corpos brancos antes que em corpos negros? Por que um ponto de partida tão diferente, se não se progride senão como Espírito? Por que Deus nos isentou do longo caminho que o selvagem deve percorrer? Nossas almas seriam de uma outra natureza que a sua? Por que, então, procurar fazê-lo cristão? Se o fazeis cristão, é que o olhais como vosso igual diante de Deus; se é vosso igual diante de Deus, porque Deus vos concede privilégios? Agiríeis inutilmente, não chegaríeis a nenhuma solução senão admitindo, para nós um progresso anterior, para o selvagem um progresso ulterior; se a alma do selvagem deve progredir ulteriormente, é que ela nos alcançará; se progredimos anteriormente, é que fomos selvagens, porque, se o ponto de partida for diferente, não há mais justiça, e se Deus não é justo, não é Deus. Eis, pois, forçosamente, duas existências extremas: a do selvagem e a do homem mais civilizado; mas, entre esses dois extremos, não encontrais nenhum intermediário? Segui a escala dos povos e vereis que é uma cadeia não interrompida, sem solução de continuidade. Ainda uma vez, todos esses problemas são insolúveis sem a pluralidade das existências. Dizei que os Zelandeses renascerão entre um povo um pouco menos bárbaro, e assim por diante até à civilização, e tudo se explica; que se, em lugar de seguir os degraus da escala, vencer todos de repente e sem transição entre nós, e nos dará o odioso espetáculo de um Dumollard, que é um monstro para nós, e que nada apresentou de anormal entre as populações da África central, de onde talvez saiu. Assim é que, fechando-se numa só existência, tudo é obscuridade, tudo é problema sem resultado; ao passo que, com a reencarnação, tudo é claro, tudo é solução”. (...).

“O exame frenológico dos povos pouco inteligentes constata a predominância das faculdades instintivas, e a atrofia dos órgãos da inteligência. O que é excepcional nos povos avançados, é a regra em certas raças. Por que isto? É um injusta preferência? Não, é a sabedoria. A natureza é sempre previdente; nada faz de inútil; ora, seria uma coisa inútil dar um instrumento completo a quem não tem meios de se servir dele. Os Espíritos selvagens são Espíritos de crianças, podendo assim se exprimir; entre eles, muitas faculdades ainda estão latentes. Que faria, pois, o Espírito de um Hotentote no corpo de um Arago? Seria como aquele que não sabe a música diante de um excelente piano. Por um razão inversa, que faria o Espírito de Arago no corpo de um Hotentote? Seria como Liszt diante de um piano que não teria senão algumas más cordas falsas, às quais seu talento jamais chegaria a dar sons harmoniosos. Arago entre os selvagens, com todo o seu gênio, seria tão inteligente, talvez, quanto pode sê-lo um selvagem, mas nada de mais; jamais seria, sob uma pele negra, membro do Instituto. Seu Espírito levá-lo-ia ao desenvolvimento dos órgãos? De órgãos fracos, sim; de órgãos rudimentares, não (1)”.

“A Natureza, portanto, apropriou os corpos ao grau de adiantamento dos Espíritos que devem neles se encarnar; eis porque os corpos das raças primitivas possuem menos cordas vibrantes que os das raças avançadas. Há, pois, no homem, dois seres bem distintos: o Espírito, ser pensante; o corpo, instrumento das manifestações do pensamento, mais ou menos completo, mais ou menos rico em cordas, segundo as necessidades”.

“Chegamos agora à perfectibilidade das raças; esta questão, por assim dizer, está resolvida pelo que precede: não temos senão que deduzir-lhe algumas conseqüências. Elas são perfectíveis pelo Espírito que se desenvolve através das suas diferentes migrações, em cada uma das quais adquire, pouco a pouco, as qualidades que lhes faltam; mas, à medida que as suas faculdades se estendem, falta-lhe um instrumento apropriado, como a uma criança que cresce são necessárias roupas maiores; ora, sendo insuficientes os corpos constituídos para seu estado primitivo, lhes é necessário encarnar em melhores condições, e assim por diante, à medida que progride”.

“As raças são também perfectíveis pelo corpo, mas isso não é senão pelo cruzamento com as raças mais aperfeiçoadas, que lhes trazem novos elementos que as enxertam, por assim dizer, os germes de novos órgãos. Esse cruzamento se faz pelas emigrações, pelas guerras, e pelas conquistas. Sob esse aspecto, há raças, como famílias, que se abastardam se não se misturam com sangues diversos. Então, não se pode dizer que isso seja a raça primitiva pura, porque sem cruzamento essa raça será sempre a mesma, seu estado de inferioridade relacionando à sua natureza; ela degenerará em lugar de progredir, e é o que a conduz ao desaparecimento num tampo dado”.

“A respeito dos negros escravos, diz-se: ‘São seres tão brutos, tão pouco inteligentes, que seria trabalho perdido procurar instruí-los; é uma raça inferior, incorrigível e profundamente incapaz’. A teoria que acabamos de dar permite encará-los sob uma outra luz; na questão do aperfeiçoamento das raças, é preciso ter em conta dois elementos constitutivos do homem; o elemento espiritual e o elemento corpóreo. É preciso conhecê-los, um e o outro, e só o Espiritismo pode nos esclarecer sobre a natureza do elemento espiritual, o mais importante, uma vez que é este que pensa e que sobrevive, ao passo que o elemento corpóreo se destrói”.

“Os negros, pois, como organização física, serão sempre os mesmos; como Espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muita coisa; mas, por cuidados inteligentes, pode-se sempre modificar certos hábitos, certas tendências, e já é um progresso que levarão numa outra existência, e que lhes permitirá, mais tarde, tomar um envoltório em melhores condições. Trabalhando para o seu adiantamento, trabalha-se menos para o presente do que para o futuro, e, por pouco que se ganhe, é sempre para eles um tanto de aquisições; cad progresso é um passo adiante, que facilita novos progressos”.

“Sob o mesmo envoltório, quer dizer, com os mesmos instrumentos de manifestação do pensamento, as raças não são perfectíveis senão em limites estreitos, pelas razões que desenvolvemos. Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas; mas, enquanto Espíritos, é outra coisa; ela pode se tornar, e se tornará, o que somos; somente ser-lhe-á preciso tempo e melhores instrumentos. Eis porque as raças selvagens, mesmo em contato com a civilização, permanecem sempre selvagens; mas, à medida que as raças civilizadas se ampliam, as raças selvagens diminuem, até que desapareçam completamente, como desapareceram as raças dos Caraíbas, dos Guanches, e outras. Os corpos desapareceram, mas em se tornaram os Espíritos? Mais de um, talvez, esteja entre nós”. (Revista Espírita 1862, págs. 97-105).

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(1) Vede a Revista Espírita de outubro de 1861: Os Cretinos.

O leitor atento verá que ocorre justamente o contrário do que o critico fala, pois Kardec diz exatamente da igualdade dos seres. Quando ele evoca a desigualdade está apenas falando do corpo físico, habitação temporária do Espírito. E especificamente no caso do negro defende a dignidade dos dessa raça, quando em sua época ainda existia a escravidão.

Se algum espírita ousar defender esse racismo kardecista, hoje, estará cometendo uma violação das leis anti-racistas vigentes no Brasil.

Mas quem está violando as leis vigentes no Brasil, principalmente a Constituição Brasileira, magna carta de nosso país, é o nosso crítico, pois ela garante tanto a ele quanto a nós o direito professarmos a religião que julgarmos de melhor conveniência para nós, já que não é o que faz. Quanto a defender Kardec, é com prazer que o fazemos, pois até o momento não encontramos ninguém à altura de contrapor algo que possa arranhar qualquer princípio do Espiritismo ou que tenha colocado algo verdadeiro que venha a manchar sua reputação.

E Allan Kardec considerava raças inferiores não só os indígenas e negros, mas também os indivíduos de raça amarela.

Raça superior seria só a branca.

Para o racista grosseiro e bruto que foi Allan Kardec também os chineses seriam de uma raça inferior.

Eis a prova do que estou afirmando, retirada de outro livro de Allan Kardec:

"Um chinês, por exemplo, que progredisse suficientemente e não encontrasse na sua raça um meio correspondente ao grau que atingiu, encarnará entre um povo mais adiantado" (Allan Kardec, O que é o Espiritismo, Edição da Federação Espírita Brasileira, Brasília, 32a edição, sem data, pp. 206-207. A edição original de Qu'est ce que le Spiritisme é de 1859).

Portanto, para Kardec e para os espíritas, também os amarelos (japoneses, chineses, etc.), teriam que se reencarnar em raças superiores ou mais adiantadas. Hitler não diria muito diferente.

Aqui, caro leitor, temos certeza que já poderá até adivinhar o que iremos fazer. Realmente, não poderá ser diferente, pois, conforme já demonstramos deste o início, o nosso crítico quer distorcer o pensamento de Kardec colocando parte dos textos, aquilo o que aparentemente achou que iria justificar sua deliberada intenção de denegrir Kardec para atingir, por tabela, a Doutrina Espírita. Vejamos todo o pensamento de Kardec, que extraímos do livro O que é o Espiritismo:

139 - Por que há, sobre a Terra, selvagens e homens civilizados?

Sem a preexistência da alma, esta questão é insolúvel, a menos que se admita que Deus criou almas selvagens e almas civilizadas, o que seria a negação da sua justiça. Por outro lado, a razão recusa admitir que, depois da morte, a alma do selvagem permaneça perpetuamente num estado de inferioridade, nem que ela esteja na mesma posição da do homem esclarecido.

Admitindo-se, para as almas, um mesmo ponto de partida, única doutrina compatível com a justiça de Deus, a presença simultânea da selvageria e da civilização sobre a Terra é um fato material, que prova o progresso que uns cumpriram e os outros podem realizar.

A alma do selvagem alcançará, pois, com o tempo, o grau de alma civilizada; mas, como todos os dias morrem selvagens, sua alma não pode alcançar esse grau senão nas encarnações sucessivas, cada vez mais aperfeiçoadas e apropriadas ao seu adiantamento, passando por todos os graus intermediários entre os dois pontos extremos.

140 - Não se poderia admitir, segundo a idéia de algumas pessoas, que a alma não se encarna senão uma vez, e que ela cumpre seu progresso no estado de Espírito, ou em outras esferas?

Essa proposição seria admissível se não houvesse sobre a Terra senão homens do mesmo grau moral e intelectual, caso em que se poderia dizer que a Terra está afetada a um grau determinado; ora, tem-se, diante de si, a prova contrária.

Não se compreenderia, com efeito, que o selvagem não possa alcançar a civilização neste mundo, uma vez que há almas mais avançadas encarnadas sobre o mesmo globo, de onde é preciso concluir que a possibilidade da pluralidade das existências terrestres resulta dos próprios exemplos que se tem sob os olhos.

Se fora de outro modo, seria preciso explicar: primeiro, por que só a Terra teria o monopólio das encarnações? segundo, por que, tendo esse monopólio, aí se encontram almas encarnadas em todos os graus?

141 - Por que se encontram, no meio de sociedades civilizadas, seres de uma ferocidade semelhante à dos selvagens mais bárbaros?

São Espíritos muito inferiores, saídos de raças bárbaras, e que ensaiaram se reencarnar num meio que não é o seu, e onde se encontram deslocados, como se um camponês se encontrasse de repente transportado para as altas rodas sociais.

Nota: Não se poderia admitir sem denegar a Deus toda justiça e toda bondade, que a alma do criminoso endurecido tenha, na vida atual, o mesmo ponto de partida que a de um homem cheio de todas as virtudes. Se a alma não é anterior ao corpo, a do criminoso e a do homem de bem são tão novas uma como a outra; por que uma seria boa e a outra má?

142 - De onde vem o caráter distintivo dos povos?

São Espíritos que têm, mais ou menos, os mesmos gostos e as mesmas inclinações que se encarnam num meio simpático, e freqüentemente no mesmo meio, onde podem satisfazer suas inclinações.

143 - Como progridem e como degeneram os povos?

Se a alma é criada ao mesmo tempo que o corpo, a dos homens de hoje são tão novas, tão primitivas quanto as dos homens da Idade Média. E, desde então, pergunta-se por que elas têm costumes mais dóceis e uma inteligência mais desenvolvida?

Se, na morte do corpo, a alma deixa definitivamente a Terra, pergunta-se, ainda, qual seria o fruto do trabalho que se faz para melhorar um povo, se está a recomeçar com todas as almas novas que chegam diariamente?

Os Espíritos se encarnam em um meio simpático e em relação com o grau de seu adiantamento.

Um chinês, por exemplo, que progrediu suficientemente, e não encontra na sua raça um meio correspondente ao grau que alcançou, se encarnará entre um povo mais avançado. À medida que uma geração dá um passo à frente, ela atrai por simpatia novos Espíritos mais avançados, e que talvez sejam os que viveram em um mesmo país, se progrediram, e é assim que, passo a passo, uma nação avança. Se a maioria dos novos fosse de uma natureza inferior, os velhos partindo cada dia e não retornando a um meio mais inferior, o povo degeneraria e acabaria por se extinguir.

Nota: Estas questões levantam outras que encontram sua solução no mesmo princípio; por exemplo, de onde vem a diversidade de raças sobre a Terra? Há raças rebeldes ao progresso? A raça negra é suscetível de alcançar o nível das raças européias? A escravidão é útil ao progresso das raças inferiores? Como pode se operar a transformação da Humanidade? - (O Livro dos Espíritos: Lei do progresso, nº 776 e seg. - Revista Espírita, 1862, pág. 1: Doutrina dos anjos decaídos - Idem, 1862, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra).

Nesse ponto, mais uma vez (E qual deles não foi até agora?), o nosso crítico tenta imputar a Kardec pensamento justamente contrário ao que disse o codificador, demonstrando claramente que o ódio lhe cega. O texto é tão claro que não necessitamos dizer mais nada.

E Allan Kardec, esse racista bruto e grosseiro, pretendia que sua palavra fosse superior à palavra de Deus, na Sagrada Escritura, pois ele escreveu:

"A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição; só os Saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não acreditavam nela. As idéias dos Judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não estavam claramente definidas, porque não tinham senão noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles acreditavam que um homem que viveu podia reviver, sem se inteirarem com precisão da maneira pela qual o fato podia ocorrer; designavam pela palavra ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação". (Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, Instituto de Difusão Espírita, Araras 1978, p. 59. O negrito e o sublinhado são meus. O itálico é do autor).

Portanto Allan Kardec se considerava mais "judicioso" do que a Bíblia, porque, naquilo que os autores inspirados por Deus erraram, ele Kardec elucidou.

Além de ser, então, um racista brutal e grosseiro, Allan Kardec era um presunçoso soberbo, que se colocava até mesmo acima da Bíblia.

Orlando Fedeli

Se o crítico quiser mesmo saber se os autores bíblicos erraram ou não é só ter a coragem de ler o nosso livro “A Bíblia à Moda da Casa”.

Será que Kardec tem razão? Vejamos o que resultou de nossas pesquisas a respeito dessa afirmativa. Transcreveremos uma parte do nosso texto “Reencarnação no contexto histórico”, onde abordamos essa questão, que será muito útil aqui.

Sempre lemos, de outros autores, que a idéia da reencarnação existia no cristianismo primitivo e existe no judaísmo, como por exemplo, Dr. Severino Celestino da Silva, em Analisando as Traduções Bíblicas, H. Spencer Lewis, F.R.C, Ph.D., no livro A Vida Mística de Jesus e o teólogo alemão Holger Kersten, autor de Jesus Viveu na Índia, do qual transcrevemos:

“Até agora, quase todos os historiadores da Igreja acreditaram que a doutrina da reencarnação foi declarada herética durante o Concílio de Constantinopla em 553. No entanto, a condenação da doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do imperador Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo Procópio, a ambiciosa esposa de Justiniano, que, na realidade, era quem manejava o poder, era filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio. Ela iniciou sua rápida ascensão ao poder como cortesã. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais tarde, a morte de quinhentas antigas ‘colegas’ e, para não sofrer as conseqüências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconizava a lei do Carma, empenhou-se em abolir toda a magnífica doutrina da reencarnação. Estava confiante no sucesso dessa anulação, decretada por ‘ordem divina’”.

“Em 543 d.C. o imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista papal, declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes, condenando-os através de um sínodo especial. Em suas Obras De Principiis e Contra Celsum, Orígenes (185-235 d.C), o grande Padre da Igreja, tinha reconhecido, abertamente, a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas. Ele pensava que certas passagens do Novo Testamento poderiam ser explicadas somente à luz da reencarnação”.

“Do Concílio convocado pelo imperador Justiniano só participaram bispos do Oriente (ortodoxos). Nenhum de Roma. E o próprio Papa, que estava em Constantinopla naquela ocasião, deixou isso bem claro”.

“O Concílio de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou de um encontro, mais ou menos em caráter privado, organizado por Justiniano, que, mancomunado com alguns vassalos, excomungou e maldisse a doutrina da pré-existência da alma, apesar dos protestos do Papa Virgílio, com a publicação de seus Anathemata”.

“A conclusão oficial a que o Concílio chegou após uma discussão de quatro semanas teve que ser submetida ao Papa para ratificação. Na verdade, os documentos que lhe foram apresentados (os assim-chamados ‘Três Capítulos’) versavam apenas sobre a disputa a respeito dos três eruditos que Justiniano, há quatro anos, havia por um edito declarado heréticos. Nada continham sobre Orígenes. Os Papas seguintes, Pelágio I (556-561), Pelágio II (579-590) e Gregório (590-604), quando se referiram ao quinto Concílio, nunca tocaram no nome de Orígenes”.

“A Igreja aceitou o edito de Justiniano – ‘Todo aquele que ensinar esta fantástica pré-existência da alma e sua monstruosa renovação será condenado’ – como parte das conclusões do Concílio. Portanto, a proibição da doutrina da reencarnação não passa de um erro histórico, sem qualquer validade eclesiástica”. (pág. 240-241).

E especificamente quanto ao judaísmo podemos comprovar pelo historiador judeu Flavius Josephus, citado por Dr. Hernani de Guimarães Andrade, no livro Você e a Reencarnação, à página 28. Dr. Hernani em referência a WHISTON (The Works of Flavius Josephus, trad. Willian Whiston, M.A., London: War, Loc & Co. Limited.), diz-nos:

Flavius Josephus (37 a 95 a.D.), intelectual e historiador judeu, em sua famosa obra De Bello Judaico, faz a seguinte advertência aos soldados judeus que preferiam desertar, suicidando-se:

"Não vos recordais de que todos os espíritos puros que se encontram em conformidade com a vontade divina vivem no mais humildes dos lugares celestiais, e que no decorrer do tempo eles serão novamente enviados de volta para habitar corpos inocentes? Mas que as almas daqueles que cometeram suicídio serão atiradas às regiões trevosas do mundo inferior?" (Josephus, 1910).

Entretanto, até nessa clássica obra desse autor da antiguidade modificaram o texto para, obviamente, fugir da idéia da reencarnação, conforme podemos comprovar pela tradução de Vicente Pedroso, publicada no livro História dos Hebreus, (CPAD, 7ª ed., 2003), que diz o seguinte (pág. 600):

Não sabeis que Ele difunde suas bênçãos sobre a posteridade daqueles, que depois de ter chamado para junto de si, entregam em suas mãos, a vida, que, segundo as leis da natureza, Ele lhes deu e que suas almas voam puras para o céu, para lá viverem felizes e voltar, no correr dos séculos, animar corpos que sejam puros como elas (*) e que ao invés, as almas dos ímpios, que por uma loucura criminosa dão a morte a si mesmos são precipitados nas trevas do inferno.

(*) Parece, segundo estas palavras, que Josefo acreditava na metempsicose.

Observar que apesar dos textos serem bem semelhantes, mudaram todo o sentido do original para fugir da idéia da reencarnação. Dúvida que envolveu até o próprio editor: “Parece, segundo estas palavras, que Josefo acreditava na metempsicose”, querendo dissimular o pensamento sobre a reencarnação.

Mas se esqueceram de modificar o que disse Josephus, quando fala no que acreditavam os fariseus:

“Eles julgam que as almas são imortais, que são julgadas em um outro mundo e recompensadas ou castigadas segundo foram neste, viciosas ou virtuosas; que umas são eternamente retidas prisioneiras nessa outra vida e que outras voltam a esta”. (op. cit., pág. 416).

Entretanto, o mesmo não aconteceu com a tradução do livro Atos dos Apóstolos 23, 8, onde se diz que os fariseus sustentam “a ressurreição”, quando, na verdade, deveria ser “a reencarnação”, conforme nos informa o historiador judeu.

Podemos ainda acrescentar as informações contidas no livro As Rodas da Alma, onde o Rabino Philip S. Berg desenvolvendo o tema dentro da ótica cabalista, diz a certa altura (pág. 29):

“Entre todos os que aceitam a doutrina da reencarnação, talvez os cabalistas sejam os únicos que acreditam que uma alma pode retornar num nível inferior daquele que deixou em uma vida anterior. Efetivamente, se o peso do tikun (correção) for suficientemente pesado, uma alma humana poderá se encontrar reencarnada no corpo de um animal, de uma planta ou até mesmo de uma pedra”.

“A Cabala é o significado mais profundo e oculto da Torá, ou Bíblia”, diz Berg, o que confirma que é um conhecimento do judaísmo místico, segundo suas próprias palavras.

Trazemos também a opinião de Sérgio F. Aleixo, escritor e estudioso da Bíblia, que em seu livro Reencarnação – Lei da Bíblia, Lei do Evangelho, Lei de Deus, diz o seguinte (pág. 21):

“Neste trabalho, queremos demonstrar que a cultura judaico-cristã tem precedentes reencarnacionistas incontestáveis, a despeito de as políticas igrejeiras, sustentadas pelos mais absurdos teologismos, se obstinarem ainda em negá-los”.

É comum a certas pessoas advogarem que devemos, para interpretar a Bíblia, levar em conta o contexto histórico, mas quando o fato é reencarnação não seguem a sua própria recomendação. Os fatos históricos estão aí relatados, e não há como mudá-los. Resta então aos fanáticos a humildade de mudarem de posicionamento em relação ao assunto. Embora sinceramente achamos isso muito difícil, pois são completamente cegos, a única verdade que aceitam é a que lhes ensinaram num momento suscetível, pouco importa se corresponde à realidade ou não. Todos os que pensam diferente deles são “heréticos” que precisam ser combatidos.

Com essa transcrição demos as provas de que realmente a reencarnação era aceita antigamente, só que a Igreja querendo ser mais realista que o rei muda essa questão já que ela não é conveniente se quer manter sob seu jugo os fiéis.
Conclusão

Os tempos passam, mas para certos tipos de comportamento não aconteceu nenhuma evolução, ainda usam dos mesmos ultrapassados argumentos. Em A Reencarnação, o Elo Perdido do Cristianismo, Elizabeth Clare Prophet, dizendo a respeito do Gnosticismo, faz a seguinte colocação:

“Acusar alguém de perversão sexual é geralmente uma boa forma de desacreditar suas idéias. Foi justamente isto que os Patriarcas da Igreja fizeram aos gnósticos. Ao caracterizá-los como insanos, depravados, seres anormais que odiavam a vida e praticavam orgias, o amor livre e o homossexualismo, que alimentavam-se de fetos e recusavam-se a ter filhos, os teólogos primitivos conseguiram convencer as pessoas de que os ensinamentos dos gnósticos eram absurdos e insensatos”.

É o que parece querer fazer o nosso atual crítico. Sua tática nada condiz com a profissão que exerce, se é que a exerce mesmo. Talvez quem sabe queira transferir a Kardec o que lhe vai no íntimo do coração, só Deus o sabe. No entanto, pelo uso repetitivo e intercalado dos termos “brutal e grosseiro”, o que podemos desconfiar da parte do autor é que tudo isso não passe mesmo de mais um exercício, consciente ou não, de auto-sugestão. Quem sabe queira convencer a si próprio de suas idéias?

Para encerrar, citaremos uma mensagem interessante que poderá muito bem servir a outros que, como esse nosso crítico, porventura possam quer denegrir o Espiritismo.
A Infância e o Riacho; parábola.

“Um dia, uma criança chegou junto de um riacho bastante rápido que tinha quase a impetuosidade de uma torrente; a água lançava-se de uma colina vizinha, e engrossava à medida que avançava na província. A criança se pôs a examinara a torrente, depois amontoou toda espécie de pedras que pegava em seus pequenos braços; resolveu construir um dique; cega presunção! Apesar de todos os seus esforços e sua pequena cólera, não pode a isso chegar. Refletindo, então, mais seriamente, se fosse preciso empregar essa palavra a uma criança, ela subiu mais alto, abandonou sua primeira tentativa, e quis fazer seu dique mais perto da própria fonte do riacho; mas ai! Seus esforços foram ainda impotentes; desencorajou-se e daí se foi chorando. Ainda estava na bela estação, e o riacho não estava mais rápido em comparação com que estivera no inverno; ele cresceu, e a criança viu seus progressos; a água, engrossando-se lançava-se com mais fúria, derrubando tudo em sua passagem, e a infeliz criança, ela mesma, teria sido arrastada se tivesse ousado aproximar-se dele como da primeira vez”.

“Ó homem fraco! Criança! Tu queres elevar uma muralha, um obstáculo intransponível à marcha da verdade, não és mais forte que essa criança, e tua pequena vontade não é mais forte que seus pequenos braços; quando mesmo quiseres esperá-la em sua fonte, a verdade, estejas disso seguro, te arrastará infalivelmente. (Basile, 11.11.1859)”. (RE 1859, pág. 340-341).

Paulo da Silva Neto Sobrinho

Junho/2004.
Referência Bibliográfica:

Reencarnação – O Elo Perdido do Cristianismo, Elizabeth Clare Prophet, Rio de Janeiro: Ed. Nova Era, 1999.
A Gênese, Allan Kardec, Araras – SP: IDE, 1993.
A Gênese, Allan Kardec, Rio-RJ: FEB, 1995.
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Rio-RJ, 1995.
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Araras – SP: IDE 1987.
O que é o Espiritismo, Allan Kardec, Rio-RJ: FEB, 2001.
Obras Póstumas, Allan Kardec, Araras – SP: 1993.
Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência, José Reis Chaves, São Paulo: Martin Claret, 5ª edição.
Vida e Obra de Allan Kardec, André Moreil, São Paulo: Edicel, 1986.
Revista Espírita, Allan Kardec, Araras – SP: IDE, div.

FONTE: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/paulosns/allan-kardec-um-racista.html

Nome completo Hippolyte Léon Denizard Rivail
Conhecido(a) por codificar e sistematizar a Doutrina Espírita
Nascimento 3 de Outubro de 1804
Lyon, Ródano-Alpes
França
Morte 31 de março de 1869 (64 anos)
Paris, Ile-de-France
França
Ocupação Pedagogo, professor
Assinatura AllanKardec Assin.png

Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869) foi educador, escritor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec,[1] notabilizou-se como o codificador[nb 1] do espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita.

Índice
1 Resumo
2 Biografia
2.1 A juventude e a atividade pedagógica
2.2 Das mesas girantes à Codificação
2.3 Os últimos anos
3 Obras
3.1 Obras didáticas
3.2 Diplomas obtidos
3.3 Obras espíritas
4 Citações
5 Notas
6 Referências
7 Bibliografia
8 Ver também
9 Ligações externas
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Resumo

O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".[2]

No 4º Congresso Mundial em Paris (2004), o médium brasileiro Divaldo Pereira Franco psicografou uma mensagem atribuída ao espírito de León Denis em francês (invertida) declarando que Allan Kardec fora a reencarnação de Jan Hus, um reformador religioso do século XV. Esta informação já foi dada em diversas fontes diferentes,[3][4][5][6] o que está de acordo com o Controle Universal do Ensino dos Espíritos, que Kardec definiu da seguinte forma: "uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos - a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares."[7]
[editar] Biografia
[editar] A juventude e a atividade pedagógica
Allan Kardec e sua esposa Amélie Gabrielle Boudet.

Nascido numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia.

Fez os seus estudos na Escola de Pestalozzi, no Castelo de Zahringenem, em Yverdon-les-Bains, na Suíça (país protestante), tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino na França e na Alemanha. Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos para os mesmos. Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras.

Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu país natal. Profundo conhecedor da língua alemã, traduzia para este idioma diferentes obras de educação e de moral, com destaque para as obras de François Fénelon, pelas quais manifestava particular atração. Conhecia a fundo os idiomas francês, alemão, inglês e holandês, além de dominar perfeitamente os idiomas italiano e espanhol.

Era membro de diversas sociedades, entre as quais da Academia Real de Arras, que, em concurso promovido em 1831, premiou-lhe uma memória com o tema "Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?".[8]

A 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet. Em 1824, retornou a Paris e publicou um plano para aperfeiçoamento do ensino público. Após o ano de 1834, passou a lecionar, publicando diversas obras sobre educação, e tornou-se membro da Real Academia de Ciências Naturais.[9]

Como pedagogo, o jovem Rivail dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino público. Entre 1835 e 1840, manteve em sua residência, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia[10] comparada, Astronomia e outros. Nesse período, preocupado com a didática, criou um engenhoso método de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de França, visando facilitar ao estudante memorizar as datas dos acontecimentos de maior expressão e as descobertas de cada reinado do país.

As materias que lecionou como pedagogo são: Química, Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês.[11]
[editar] Das mesas girantes à Codificação

Conforme o seu próprio depoimento, publicado em Obras Póstumas, foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das "mesas girantes", bastante difundido à época, através do seu amigo Fortier, um magnetizador de longa data. Sem dar muita atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, só em maio de 1855 sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a frequentar reuniões em que tais fenômenos se produziam.

Durante este período, também tomou conhecimento do fenômeno da escrita mediúnica - ou psicografia, e assim passou a se comunicar com os espíritos. Um desses espíritos, conhecido como um "espírito familiar", passa a orientar os seus trabalhos. Mais tarde, este espírito iria lhe informar que já o conhecia no tempo das Gálias, com o nome de Allan Kardec. Assim, Rivail passa a adotar este pseudônimo, sob o qual publicou as obras que sintetizam as leis da Doutrina Espírita.[9]

Convencendo-se de que o movimento e as respostas complexas das mesas deviam-se à intervenção de espíritos, Kardec dedicou-se à estruturação de uma proposta de compreensão da realidade baseada na necessidade de integração entre os conhecimentos científico, filosófico e moral, com o objetivo de lançar sobre o real um olhar que não negligenciasse nem o imperativo da investigação empírica na construção do conhecimento, nem a dimensão espiritual e interior do Homem.

Tendo iniciado a publicação das obras da Codificação em 18 de abril de 1857, quando veio à luz O Livro dos Espíritos, considerado como o marco de fundação do Espiritismo, após o lançamento da Revista Espírita (1 de janeiro de 1858), fundou, nesse mesmo ano, a primeira sociedade espírita regularmente constituída, com o nome de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
[editar] Os últimos anos
Túmulo de Allan Kardec em Paris.

Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores atraves da Revista Espirita Ou Jornal de Estudos Psicologicos. Faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos (65 anos incompletos) de idade,[12] em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de trabalho. Está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Junto ao túmulo, erguido como os dólmens druídicos, Acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei", em francês.

Em seu sepultamento, o astrônomo francês e amigo pessoal de Kardec, Camille Flammarion, proferiu o seguinte discurso, ressaltando a sua admiração por aquele que ali baixava ao túmulo:[13]


Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos terrestres. Aos nossos pés dorme o teu envoltório, extinguiu-se o teu cérebro, fecharam-se-te os olhos para não mais se abrirem, não mais ouvida será a tua palavra… Sabemos que todos havemos de mergulhar nesse mesmo último sono, de volver a essa mesma inércia, a esse mesmo pó. Mas, não é nesse envoltório que pomos a nossa glória e a nossa esperança. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espaço. Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra é teatro por demais acanhado. (…) Até à vista, meu caro Allan Kardec, até à vista!


—Camille Flammarion

Sobre Kardec, Gabriel Delanne escreveu:[14]


Substituindo a fé cega numa vida futura, pela inquebrantável certeza, resultante de constatações científicas, tal é o inestimável serviço prestado por Allan Kardec à humanidade.

FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Allan_Kardec

Túmulo de Allan Kardec em Paris.