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terça-feira, 31 de agosto de 2010

NOSSO LAR - Depoimento de quem já viu!



FONTE:http://dalhemongo.com/nosso-lar-o-filme-%E2%80%93-fast-review-escrita-as-00h45

O Gabriel nos enviou este email pelo sac.dalhemongo@gmail.com. E você? Tem algo a nos contar? Envie!!

Olá pessoa do Dalhemongo! ]


Meu primeiro texto aqui, então, solicito a compreensão de vocês pela minha pouca habilidade.

Este fim de semana foi bem corrido pra mim. Sábado à noite fui a uma festa de casamento, fui dormir bem tarde. Lá por volta das 8h30min da manhã do domingo, eu recebo uma ligação de um número desconhecido. A pessoa se identificou como Edson. Foi mais ou menos assim: “Gabriel? Aqui é o Edson. Você me mandou um e-mail pedindo para eu avisar se acaso abrisse vaga para a sessão de pré-estréia do Nosso Lar no shopping de Guarulhos. Então, abriu mais vaga sim, só que você tem que voar pra cá, pois o filme começa às 10h30”.

Saltei da cama com uma dor de cabeça terrível. Chamei minha mãe, e lá fomos nós.

Para vocês pode parecer bobagem, mas eu estava ansioso por esse filme desde que vi o trailer em maio. Acompanho notícias, converso com a produção pelo twitter, divulgo pra todo mundo. Então o fato de estar indo para o cinema assisti-lo foi como realizar um sonho antes do esperado.

Chegamos cedo ao shopping, tivemos que esperar abrir, e desde aquele momento, sentíamos um clima mágico no ar. A caminhada até a sala 5 do Cinemark do shopping Internacional de Guarulhos, me remeteu à “futura famosa” cena das dezenas de espíritos chegando à grande muralha de Nosso Lar. Comprei uma pipoca e um refri que me ajudou bastante com a dor de cabeça.

Alguém apertou o play, e sem trailer, sem nada, começam a surgir os créditos iniciais do tão esperado roteiro. O que aconteceu desse momento em diante foi e será uma experiência individual, que depende de cada coração e da sensibilidade de cada um.

Serei redundante ao elogiar a parte técnica, a maquiagem, os efeitos especiais que foram utilizados na medida certa e sem exageros, os atores, a luz. Tudo perfeito.

Mas o filme Nosso Lar vai além disso, vai além das intrigas filosóficas que rondam o tema “colônias espirituais”, vai além até da filosofia espírita. O que se vê, são lições e lições de cidadania, de perdão e auto-perdão, responsabilidade social e política, caridade, amor, organização e disciplina.

A visita do André ao seu lar terreno foi contada com uma suavidade, com uma leveza que, ao meu ver, conseguiu até superar a história original, contada pelos idos da década de 40.

A inserção do Emmanuel (que originalmente não aparece na história, porém foi autor do prefácio do livro) foi acertada, e a compactação necessária do conteúdo, não gerou grandes perdas na estrutura (por favor, não entendam que o conteúdo não citado não seja de extrema importância).

Quem não conhece o livro, vai se surpreender. Quem já leu vai se emocionar ao ver a história tão querida contada no cinema. (Eu confesso que só com o filme eu consegui imaginar os habitantes de nosso lar como seres humanos “normais”. Sempre eu os imaginava com um “q” de fantasma quando lia o livro, rs).

Ao final da sessão, as pessoas permaneceram sentadas, olhando os créditos. Algo como que se recuperando da grande emoção apresentada. Até que um irmão abençoado fez algo que todos estavam querendo fazer. Começou a bater palmas. Logo toda a sala estava batendo palmas. Palmas para a equipe do filme, para o Chico, para o André Luiz e também para os cidadãos de Nosso Lar. Não tenho dúvida alguma de que a sala estava repleta de espíritos de luz acompanhando essa sessão, nos encorajando a divulgar essa obra.

Divulguem, espalhem, assistam, estudem. Nosso Lar é um patrimônio da humanidade e se tudo der certo, o mundo inteiro vai conhecer essa história maravilhosa.

Muita paz e alegria. Fiquem com Deus.
Gabriel Bergamini

Porque a Colônia Espiritual "NOSSO LAR" se parece com as Novelas "A VIAGEM' e "ESCRITO NAS ESTRELAS" ?


Muita gente vai achar semelhanças visuais e narrativas com as novela "A viagem" e "Escrito nas estrelas", mas a inspiração pra essas novelas foi que veio do livro. "Nosso Lar" foi pioneiro em nos apresentar uma cidade espiritual, algo que não fazíamos idéia de que existia (e Chico Xavier foi muito criticado por isso pelos próprios espíritas, que o consideraram na época obsediado ou embusteiro), com um sistema de organização praticamente igual ao da Terra, com governantes, ministérios, "bairros" e ruas.

É interessante notar que o formato da cidade, tanto no livro como no filme, é o de uma estrela de seis pontas (Escudo de David), que é um símbolo de proteção contra o mal. Interessante porque a cidade fica localizada no umbral, em "terreno inimigo", e por isso mesmo sofre ataques dos espíritos trevosos (daí as muralhas e outras proteções magnéticas).

O livro trouxe também luz sobre como os espíritos se alimentam, os vários planos de existência, e um conceito radicalmente novo: a projeção astral de um espírito pra um plano superior, após ele dormir no seu plano de origem. Com o tempo o próprio personagem principal, André Luiz, foi nos trazendo nos livros subsequentes, psicografados por Chico Xavier, mais informações sobre a "fisiologia espiritual" - por assim dizer - e sua relação com o corpo terrestre.
CENÁRIO OU REALIDADE?
No filme retratam o hospital de "Nosso Lar" como uma sala onde as pessoas trazidas do lado ruim do umbral são tratadas com LUZ verde. É interessante constatar que na cromoterapia a cor verde é usada como desinfetante e cicatrizante, justo o que eles necessitam. Esse cenário foi palco de uma história de bastidores interessante, que é contada nas notas de produção do Facebook oficial do filme:

Um caso interessante que envolveu a produção do filme diz respeito ao cenário do Hospital do Ministério da Regeneração. Escolhido para ser produzido no foyer de um prédio que, entre outras coisas, permitia livre movimentação de pessoas, penetração de luz natural necessária, além de apresentar o aspecto fluídico em sua arquitetura (em sintonia com a parte exterior), o cenário foi um dos primeiros a ser montado e usado. Terminadas as cenas, desmontadas as macas, os painéis e todos os adereços, descobrimos que, por problemas técnicos, precisaríamos refilmar todas as cenas. "Sem problemas", disse prontamente a diretora de arte Lia Renha. Rapidamente, ela e o cenógrafo Marcus Ranzani produziram o mesmo cenário nos estúdios aonde o filme estava sendo rodado – zona oeste do Rio de Janeiro.

Logo, pilastras, paredes e macas estavam prontas. Porém, com o ritmo das filmagens indo bem, a produção não conseguia voltar àquela locação. Os dias foram passando, as semanas. Para a direção, aquele já estava virando um "assunto de ordem imediata", porque a cena ia sendo postergada a cada semana de filmagens cumpridas.

Até que finalmente rolou. Dois dias inteiros e as cenas protagonizadas por Renato Prieto, Clemente Viscaíno, Fernando Alves Pinto e a participação de Aramis Trindade ficaram prontas. Logo, o diretor Wagner de Assis comemorou. "Finalmente terminamos essa locação!"

Mas foi o único. Ao ver a reação fria da equipe, descobriu-se o mistério que estranhamente mantinha aquele cenário pronto ao longo de tantos dias.

Segundo os integrantes da produção, ali estava um "local para todo mundo se revigorar". Explicaram que durante todas as semanas em que o cenário ficou pronto, e não usado, os profissionais que estavam buscando algum tipo de "descanso", de "renovação de energias", começaram a deitar nas macas cenográficas buscando algum alívio. E, eis o mistério, começaram a perceber sinais positivos e melhorar!

Logo, um que passava mal deitou lá e melhorou. Outro que estava com dores nas costas, também fugiu para o "hospital" e... melhorou. Teve quem estivesse com problemas "em casa" e foi deitar lá para "espairecer". Dores de cabeça sumiram. Preguiça. Cisco no olho. Siesta. Descobriu-se, então, que o cenário estava servindo à produção muito além de suas funções artísticas, mas sim como um verdadeiro "repositório de forças" para todos os que lá estiveram. Para muitos, fato normal em função do tema do filme. Mas há quem diga que tudo não passava "de imaginação das pessoas".

FONTE:http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2010/08/nosso_lar_filme.html

CRÍTICA DE CINEMA : NOSSO LAR


POR: http://www.cronicascariocas.com.br/cinema_respirandocinema_0171.html

Nunca tive uma formação católica específica, mesmo tendo sido batizado quando bebê na igreja católica, como a maioria dos brasileiros. Mais tarde, já na pré-adolescência, parti para um arremedo de catequese que nunca consegui terminar. Logo, acabei entrando para outro contingente nacional, o dos que só entram em igrejas em episódios-chave, como casamentos e missas de sétimo dia. Nessa fase adulta onde me encontro, a religião até faz falta vez por outra, e num desses momentos onde a pergunta é feita em relação a minha, a resposta freqüente sempre é ligada ao segmento que sempre me encantou e que considerei o mais próximo das minhas “crenças” possível (se é que tenho crenças assim bem definidas): o espiritismo. Talvez por ser uma religião mais agregadora, menos arcaica, com um olhar mais compreensivo às mazelas humanas e ao ser humano em si, além de ter uma visão que me encanta sobre a tal ‘vida após a morte’. Partindo desse princípio é que fui até ‘Nosso Lar’, aliás o mesmo princípio que já tinha me levado até o trailer do filme quando o mesmo foi divulgado pela primeira vez.

Meu principal medo era de me envolver demais e não ter o discernimento necessário para julgar, já que o tema me interessa e fascina desde sempre. Aliado a isso vinha o fato de que todas as imagens me pareciam arrebatadoras e de que nem as poucas falhas que eram óbvias no trailer me incomodavam de fato (como quando um dos personagens grita “André, o mundo precisa de histórias felizes”). Mas assim que acabou a sessão, ainda impactado, um amigo acabou com meus medos inicias: “ok, você gostou de ‘Chico Xavier’, mas odiou ‘Bezerra de Menezes’, não?”. E sim, isso era verdade. Tudo que eu mais gostei no primeiro era equivalente ao que tinha detestado no segundo; tranqüilizei-me então.

A trama do filme é adaptada do livro mais vendido de Chico Xavier e já traduzido para tantos países onde a religião esteja bem difundida; é como se fosse o carro-chefe para conhecer a obra de Chico. Eu já tinha lido o livro e não imaginava que ele fosse ser adaptado em sua totalidade; isso é uma burrice com qualquer livro, já que sabemos que uma adaptação cinematográfica consiste exatamente nisso, adaptar uma história e torna-la compatível a essa nova mídia, tendo em vista todas as limitações que ela exige, principalmente no que diz respeito ao tempo. E foi isso que o diretor/roteirista Wagner de Assis fez, enxugando a obra original até manter praticamente todo o foco em André Luiz.

E quem é André Luiz? Bem, André seria um dos guiais espirituais de Chico Xavier e o autor de ‘Nosso Lar’, que Chico teria psicografado. André teria escrito exatamente a sua história e é ela também a que assistimos nessa que já é maior produção do nosso cinema, tendo custado cerca de 18 milhões de reais. Na tela vemos um homem de meia idade desencarnar e ir parar no Umbral, que seria o lugar equivalente ao purgatório, e as almas estariam ali numa espécie/misto de observação, purificação e pagamento de pecados (obs: perdoem o ‘quase leigo’ caso os termos não correspondam à totalidade do que são ou representam). De lá, em dado momento André é resgatado e levado enfim para o Nosso Lar, lugar onde ele terá suas perguntas respondidas e tantas outras lançadas, aprendendo sobre o real ciclo da vida e as regras que regem nossa existência, antes e depois de irmos para lá. É nesse lugar também que André terá a oportunidade de finalmente crescer como ser humano, já que estamos sempre sendo lembrados que ‘a vida não termina com a morte, e essa seria apenas uma das passagens da nossa existência particular, apenas um recomeço’.

O trailer já deixava claro que os números de ‘Nosso Lar’ seriam superlativos, mas somente vendo o filme é que percebemos como eles foram bem aplicados. Tudo no filme é espetacular em matéria de produção: da direção de arte aos figurinos precisos, da montagem muito bem encadeada e por vezes esperta, aos aspectos surpreendentemente internacionais da produção, a fotografia do alemão Ueli Steiger (muito boa) e a trilha sonora do mestre Philip Glass. Quando poderíamos imaginar que o autor das fabulosas trilhas de ‘A Horas’, ‘Kundun’, ‘Notas sobre um Escândalo’ e tantas outras estaria numa produção nacional, com os mesmos acertos característicos de sua obra? Realmente um luxo muito bem empregado, a trilha de ‘Nosso Lar’ é marcante e poderosa, daquelas que grudam no ouvido. Enfim, o filme é um gol de placa visual.

Ao elenco, todo o peso está nas costas de Renato Prieto, o nome de maior alcance do universo espírita aqui no Brasil quando relacionado às artes e espetáculos, já que Prieto vive há quase 30 anos montando espetáculos de teor espiritual, inclusive uma versão mesmo de ‘Nosso Lar’; quando seu nome foi divulgado como protagonista, eu nem me espantei. Sua pouca experiência com o veículo não impede sua experiência e seu carisma de agir por ele, e sua presença acaba por ser encantadora. Ao resto do elenco sobra pouco espaço, todos com pequenos momentos, mas brilham Rosane Mulholland como uma jovem atormentada que acaba de desencarnar; Fernando Alves Pinto e Inez Vianna, como ajudantes do mundo espiritual; e uma belíssima e muito curta cena onde Chica Xavier demonstra porque é uma rainha na arte da interpretação.

Mas o maior medo que eu tinha em relação a ‘Nosso Lar’ estava no principal, o piloto escolhido para comandar o filme. Wagner de Assis tem em seu currículo apenas um filme anterior, e não era um filme qualquer, mas sim um dos piores filmes nacionais que eu já tive o desprazer de assistir, ‘A Cartomante’. Ao vê-lo capitaneando o projeto, soube que provavelmente o filme deveria ser um ‘projeto de produtor’, com toda a certeza; ao término da sessão, ao vê-lo também creditado como roteirista, só me resta aplaudir a grande iluminação que se abateu sobre ele e o transformou literalmente. Sem nunca querer ousar além da conta, Assis faz o trabalho mais correto possível e se arrisca muito pouco, exatamente como deveria, deixando o peso da obra ser o regente da orquestra. Na verdade nada no filme é exagerado, e nem a produção parece nos esfregar na cara suas pretensões (a não ser as de caráter doutrinador, mas que nem essas me parecem ser muito gritantes).

De fato, vejo poucos, talvez nenhum defeito no filme (ok, a tal frase “André, o mundo precisa de histórias felizes” é mesmo de lascar...). O grande demérito de ‘Nosso Lar’ talvez seja de cunho pessoal mesmo, já que a maior vontade é ver mais, saber mais, ficar mais lá naquele universo. O que é bom nunca é demais, e ‘Nosso Lar’ (o livro) tem muito mais questões, indagações e situações que ‘Nosso Lar’ (o filme); simplesmente sentimos falta de mais. O resto é deleite, para olhos, ouvidos e alma.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

NOSSO LAR - COMENTÁRIOS DE QUEM JÁ VIU!


Clarisse ao Piano
No último sábado, dia 28 de agosto, o Blog da Mocidade fez uma sessão especial de pré-estreia do filme Nosso Lar.

Acompanhe aqui comentários sobre a sessão e a reflexão sobre o filme de dois membros do Blog:


Uma manhã tranquila e quente em Brasília e fui em direção a um dos maiores shopping de Taguatinga (DF). Lá ocorreria a nossa sessão especial. 100 pessoas ao todo compraram ingressos para ver o filme junto com a nossa equipe. Foram ao todo duas salas passando o filme no cinema e acredito que mais de 200 pessoas assistiram a pré-estreia.

Muitos bem animados, outros nem tanto pois ainda era de manhã, mas então as luzes se apagam e núvens aparecem junto com aquela música que emanou no ambiente da sala e então aparece aquele grande nome cristalizado na tela: Nosso Lar.

As cenas passavam mostrando todos os 54 capítulos do livro: Muitos que estavam lá me confessaram após a sessão que ficaram com medo do umbral. Tudo bem. O ínicio da vida de André Luiz no plano espiritual realmente foi marcada por este início. Brevemente o Ministro Clarencio aparece emanando luz naquele ambiente sombrio e então marca a nossa chegada a Nosso Lar de fato, cercada por aquela grande muralha.

Ali começa um filme de verdade que merecia ter sido gravado em 3D. Os efeitos eram fantásticos. Por poucos detalhes que eu consegui reconhecer alguns prédios do filme, a sua localização real. Brasília estava na tela de uma forma tão bonita e fiquei feliz pelo Museu Nacional de Brasília ter ganhado tamanha importância e tamanho design inovador e futurista.

André mostra durante a sua jornada pela cidade que estava destinado a um objetivo inicial: Visitar novamente a sua família no Rio de Janeiro. As surpresas aparecem e simplesmente uma das cenas mais emocionantes também, principalmente ao som tocado pela personagem Clarice. Era uma missão que nem todos que fossem distinados a ela conseguiriam realizar. Ví lágrimas nos rostos à minha volta. Eram lágrimas de emoção verdadeira que em nenhum outro filme que ví, consegui observar isso.

Nosso Lar estreia no proxímo dia 03 de setembro, nesta sexta-feira. É algo que eu recomendo a todos os que estão lendo e também recomendo levar aos cinemas de todo o Brasil aqueles que são e que não são espíritas e com certeza também vão se emocionar ao ver as cenas de um mundo melhor que nós espera e que “o mundo precisa de gente melhor” a cada dia.

Márcio Henrique – da equipe do Blog da Mocidade

——
Sempre que um filme se origina de um livro ouvimos os mesmos comentários, e sempre em desfavor do filme… São meios de comunicação totalmente diferentes. E o amante das letras, assim como o do cinema, consegue contextualizar bem e colocar cada um em seu brilhante lugar.
Com a proximidade da estreia do filme Nosso Lar, cada espírita colocou ali a esperança de ver na tela sua passagem preferida, aquela que marcou os seus anos de leitura da obra mediúnica. Assim foi comigo também.
E tive belíssima surpresa.
O filme é leve, sem deixar de ser profundo; é emocionante, sem ser piegas; registra profundo respeito à pessoa, independente de sua religião.
As adaptações que incluíram Emmanuel; a bela empregada, sintonizada com a realidade espiritual, como Ismália, e a menção maravilhosa ao nosso Chico Xavier foram perfeitas e enriqueceram a história e a mensagem.
Saí da sessão com a alma leve e a certeza de que esse barco tem timoneiro, ou, nas sábias palavras de Voltaire, “o mundo me intriga, e não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro…”.
Gisele Brandão – equipe do Blog da Mocidade
FONTE:http://blog.cefak.org.br/?p=1020

“Nosso Lar’ não é dogmático”, diz Wagner de Assis

Governador de NOSSO LAR

Wagner de Assis e o editor do blog
http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema/


O cineasta Wagner de Assis, realizador de Nosso Lar, em passagem por Fortaleza, nos concedeu entrevista exclusiva. O filme estréia na próxima sexta feira, com 400 cópias, recorde para uma produção nacional. Confira, na íntegra.

P – Como surgiu a idéia de filmar Nosso Lar, quanto tempo levou até a concretização do filme?

W – O Projeto começou em 2005 quando eu encontrei o Renato Prieto e ele me levou à Federação Espírita Brasileira e propomos a adaptação do livro para o cinema. Era uma vontade que eu tinha. Isso não foi um “estalo”, não foi um “insight”, nem um “grande momento”. Eu já conheço do livro desde os anos 80. Tinha-o lido, relido e estudado. Eu tinha acabado de lançar A Cartomante e tinha sido contratado para escrever e fazer dois filmes: um sobre a vida do Marechal Rondon e o outro sobre a Anita Garibaldi. Mas eu queria descobrir um projeto pessoal, pois você mergulha nele. Foi quando voltei a minha antiga idéia de filmar Nosso Lar, cuja idéia em tinha despertado na década de 90, mas que era inexeqüível à época. E então, levei o sonho, o projeto e durante dez meses conversamos com a Federação Espírita. E eu propus aos dirigentes duas coisas muito claras: fazer um filme à altura do livro e de sua história dando a ambos o devido tratamento de respeito. Conforme a resposta positiva, a gente passou trabalhar, imediatamente e por mim teria filmado logo, no ano seguinte. Mas a coisa foi indo, os financiamentos se acertando, as dificuldades sendo superadas. E agora, em 2010, nos deparamos com toda uma série de acontecimentos: o filme sobre Bezerra de Meneses, o centenário do Chico Xavier e um filme sobre a vida dele. Ou seja, não sabíamos de nada do que ocorria em paralelo.

P – Não é preciso ser religioso para fazer um filme sobre o espiritismo. Mas, você não é espírita?
P - Olha, eu digo a minha filosofia de vida passa pelo espiritismo sim. E sou cristão, fiz escola católica, batizado, mas me criei e desenvolvi intelectualmente através dos livros da filosofia espírita. Assim como fui procurar no budismo, no hinduísmo, no estudo da cabala, no estudo da antropologia na questão das religiões, gosto de ver como tudo se conecta quando se está descobrindo as verdades, tudo se faz a partir de uma mesma coisa e a minha percepção é que tudo vai se unir num mesmo princípio. Por isso, eu te digo que eu sou espírita, cristão, vírgula, ecumênico. É a forma que tenho de simplificar aquilo no qual acredito.

P - Como se deu o trabalho de adaptação, o tratamento do roteiro?

W – Para começar a escrever o roteiro, conversei com mais de cem leitores do livro. Anotei suas as sugestões e conselhos, fiz o primeiro tratamento, fui à Fox para garantir a distribuição, em 2006, ela topou e até me deu um pré contrato. Aí fomos aos investidores. As pessoas foram se juntando ao projeto, gente de várias religiões, o que foi muito interessante. Começamos a pré-produção em novembro de 2008, e, finalmente, mais dois anos depois, o finalizamos. O que era um barquinho virou um transatlântico…

P - Custou quanto esse transatlântico?

W – Pouco mais de 20milhões de reais, só a produção do filme. Não inclui essa correria da divulgação que estamos fazendo.

P – E os investidores, quem são eles: pessoas ou empresas?

W – Pessoas e empresas. São cinco investidores diferentes. Entre as pessoas, duas são espíritas e um nem tinha ouvido falar em Chico Xavier. Mas são pessoas que acreditaram no potencial cinematográfico de uma história consagrada, e isso é muito legal. O Banco BRJ acabou criando um fundo de cinema para a produção do gênero.

P – Este é o tipo de filme que depende dos efeitos especiais. Você o filmou em cima de um story board?

W – Sim. Fiz mais de 200 páginas de story board convencional e mais de meia hora de story board digital. Era um processo muito grande de visualização. O filme dependia disso, da exposição dos lugares onde se passava, para que as pessoas compreendessem o que era e onde se situava essa cidade. Porque na verdade, o filme não é só a história da cidade, mas a de um homem, sobre a condição humana, sobre a transformação de um homem, podia se passar em Marte, em Avatar ou numa periferia, mas é sobre a condição humana. Só que essa história apresenta um paradigma maravilhoso, que é a vida depois da vida. Como um homem se depara com esse paradigma. E quais os resultados disso, que são você descobrir quem é de verdade, enfrentar a si mesmo. Eu digo que o maior vilão de André Luiz é ele mesmo. Isso tudo num cenário diferente, espiritual, um lugar para onde se vai após a morte.

P – Uma das virtudes do filme é a diversidade de seus elementos dramáticos.

W – É. As escolhas dramáticas são muito difíceis, não são fáceis. Escolher como, quem, o que, porque, por isso foi bacana ter conversado com os leitores, porque livro é livro, filme é filme, são coisas diferentes.

P – Você quebra a linearidade do livro introduzindo um início em “flashback”, e o utiliza, digamos, ao longo da primeira parte do filme quando o personagem vai percebendo as coisas, mas lá, na segunda, você inverte, faz um “flashback” dele para relembrar-lhe do umbral.

W – Eu faço o contrário, exatamente. Eu tentei dar uma narrativa que clássica e, ao mesmo tempo, não tem nada de inovador, mas que fosse em detrimento de contar melhor a história. Então, para entender o que aquele cara está fazendo naquela zona umbralina, porque ele está sofrendo tanto, eu precisava montar um quebra-cabeça para contar quem é esse cara. E correndo sérios riscos de ser maniqueísta, ou simplista. E nem queria ser pragmático para falar de um cara que era suicida inconsciente, porque não queria nada disso no filme.

P – Nas pré-estréias, quais têm sido as reações do público?


W – Estou muito feliz com as reações. 99% das pessoas se emocionam, e entre delas, algumas muito abertas. Por exemplo, quem leu o livro desaba mesmo, se identifica, se empolga, gosta das licenças que foram feitas, como Emanuel, presente na história. Outra parte fica muito intrigada, questionadora. Tem outra que diz ter tomado um soco no estômago, que está saindo impactado com tudo aquilo. E outra parte, mínima, um por cento, reage virulentamente contra o filme. Assim, comecei a entender a força dessa história junto às pessoas. Porque elas não vêm o filme como um filme, como ele é, mas como um simbolismo da realidade, porque o filme traz uma carga espiritual que é presença de Chico Xavier e seu trabalho mediúnico. Eu sabia que isso existia, mas não como chegaria ao público. É sempre uma coisa nova que acontece com o filme na tela, nê? E é incrível ver a raiva certas pessoas que têm do filme enquanto tema.

P – E a reação da crítica?
W – Não vou me assustar se o filme tiver algumas críticas muito pesadas em relação a aquilo que ali é a representação de uma realidade. Você não gosta de uma realidade, num está nem aí, fica com raiva daquilo. Não é incomum e isso tem acontecido. Sei que a história é forte, não é um documentário, estamos apenas contando uma história, não tenho a intenção de doutrinar ninguém.

P – Então, como adaptar Nosso Lar e não fazer um filme doutrinário?

W – Era colocar a filosofia e a ética espirituais, que estão na história, à favor do personagem. A doutrina espírita fala da lei do trabalho – como em outras religiões. O personagem tinha que entender que, trabalho no mundo espiritual é igual ao trabalho no mundo material. Porém, as conseqüências são diferentes: você não acumula, mas você ganha méritos, crescimento interior, ganha bônus, bônus-horas. Isso é dito para André Luiz, o personagem central. Porque é aí que ele entende que, se não começar a trabalhar, com vontade, com coração aberto, o trabalho por si não render-lhe nada.

P – E, sem dúvida, esse entendimento chega ao espectador.

W – Sim. Era isso que eu queria que funcionasse: do filme para o personagem, do personagem para o público. Ao mesmo tempo, eu sei que isso pode reverberar para quem não gosta de ver e ouvir algumas questões filosóficas e éticas espirituais – e elas reagem. Mas elas não são mais importantes. Nessa hora é ver como história toca fundo às pessoas em suas emoções: saudade, reforma pessoal, vencer os seus próprios egoísmos, vaidades.

P – O André Luiz está bem definido como um homem da dúvida.
Wagner – O André Luiz era um cara que ia à igreja, mas não tinha fé, atendia de graça, mas não fazia caridade, era chefe de família e achava que era dono dela. Então, você repensar isso, num filme de época – e não podemos esquecer que o filme se passa nos anos 30 da década passada -, com todo um conceito visual e estético, é o simbolismo de uma época. As questões emocionais estão relacionadas àquele tempo.

P – A época está bem contextualizada com a ocorrência da 2ª Guerra Mundial. E gostei muito da forma breve que você a coloca: tai, pronto, não se fala mais nisso.

W – Que é uma das sequências mais legais do filme. Eu gosto muito de como a guerra ficou estabelecida.

P – O Umbral é assustador: você teve a intenção de fazê-lo realmente mexer com as pessoas?

W – Ele é assustador para algumas pessoas que reagem muito forte a ele. E é extremamente reflexivo para aquelas pessoas que perguntam: por que o André Luiz está sofrendo tanto? Isso era, inclusive, uma brincadeira nas filmagens. Nós começamos filmando o Umbral. Então tinha gente que falava assim: ‘ah meu querido, é prá cá que eu venho quando morrer… não vai ter jeito, porque eu me conheço’. Então, eu sei que essa é a área das conseqüências das ações que você faz contra si mesmo. Sem julgar essas ações, sem tentar ser indulgente, o André Luiz cometeu exageros existenciais e emocionais, e isso compõe uma personalidade. Era muito fácil: olha toma todas, coma tudo, igual a suicídio inconsciente. Não é verdade. O suicídio inconsciente, e o livro explica, é cometido por egoísmos, por doenças de si mesmo, vaidades, percepções erradas da vida. E essa história propõe a mudança, a quebra desse paradigma. Por isso ela é muito poderosa. Isso mexeu comigo, quando li o livro lá pro meus 14, 15 anos. E eu acredito claramente que isso também mexe com as pessoas.

P – Nosso Lar retrata bem conceitos como suicídio inconsciente, a lei da ação e da reação, o do despojamento para o alcance dos avanços espirituais. Esse é o diferencial dele em relação aos outros filmes do gênero feitos no Brasil ou apenas os complementa?
W – Complementa. Nosso Lar é feito para pessoas que acreditam e para aqueles que não acreditam em um mundo espiritual. Bezerra de Meneses e Chico Xavier são cinebiografias. Eles respeitam o gênero das cinebiografias.

P – Mas de certa forma, Nosso Lar é também uma cinebiografia…


W – Ah! É…

P – Te peguei…

W – É. Para quem quiser acreditar é uma cinebiografia… Taí, gostei.

P – O filme transmite emoção: como é trabalhar a emoção num filme desses sem cair no pieguismo?

W – Difícil viu, muito difícil. E espero que tenhamos acertado em não ser piegas. Ninguém, até agora, o rotulou de piegas. Pode ser que saia, mas pelo que sei, até agora não. O filme está num limite de emoção que foi muito bem construído, dentro do conflito do personagem: saudade e transformação, saudade e reforma íntima. Então quando André está ali, olhando a família, olhando que ele não mais vive naquele mundo, essa saudade reverbera tanta coisa, né?, tipo aprender a deixar para trás, aprender a aceitar a verdade da vida.

P – Eu diria, despojar-se…

W – Sim, despojar-se, desapegar-se. Já me falaram que é um filme de desapego – eu concordo também, mas não se é só um filme de desapego. Mas acredito que isso está presente na condição humana, então, no momento em que as pessoas se identificam, é o momento em que devemos parar de forçar emocionalmente porque tem muita gente que chora no filme, por exemplo, quando o cachorro vem reencontrar André, anos depois. E as pessoas são sensíveis aos animais, tem gente desaba de chorar quando a Chica Xavier vem se despedir dele, porque é o ponto de vista de quem está encarnado se despedindo de um desencarnado…

P – Você foi especialmente feliz quando, sutilmente, já na primeira cena em que ela cruza com o espírito dele, fazer o espectador entender que ela o viu. É emocionante, especialmente para quem é espírita e mediúnico.

W – É. Exatamente. Mas tem que ser sutil, porque se você força muito a barra, o espectador diz, ‘ih, esse cara está querendo me convencer…’ E tai um bom momento para te responder, que eu nenhum momento quero convencer o espectador de nada. Nem da filosofia, nem da ética, nem da história que está sendo contada.

P – O que me agradou muito no filme foi o desfecho. Você o diferenciou do livro e deu vida própria ao filme, fecha nele mesmo, fazendo referência a Chico e não deixa explícita uma passagem para Os Mensageiros, o livro sequência. Foi essa mesma a sua intenção?

W – É essa mesma. O filme conta um pouco da história do livro, como o livro começou. Achei legal descobrir isso no roteiro. Segundo os dados da Federação Espírita Brasileira, quando o André Luiz recém chega ao Nosso Lar, ali por volta de 1938, 39, pouco antes de começar a guerra, o Emanuel estava preparando tudo ao longo de dois mil anos. E ele passa a editar para o Chico ao longo da década de 30. André Luiz passa a editar para o Chico, na década seguinte. Eu coloquei isso no roteiro, mas não sabia disso. Então, o filme traz esse “entorno” do livro. Então, o filme se completa, se fecha, mas aí bota um pé na realidade, lá no finalzinho: esse cara trabalhou com Chico Xavier. Foi um fecho bacana.

P– E vem aí Os Mensageiros?

W – Eu já tenho os direitos de Os Mensageiros. E tudo dando certo, eu vou fazer.

P – Tudo vai dar certo.

W – É, espero. Mas vou fazer sim.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CINQUENTA PERGUNTAS SOBRE " NOSSO LAR "

Foto
Produção Filme Nosso Lar

BASTIDORES - ENREDO NOSSO LAR

Cinqüenta Perguntas sobre o Livro "Nosso Lar"
Por Sérgio Biagi Gregório

01 – Que tipo de sensação descreveu o Espírito André Luís, logo após o seu desencarne?

R. – Uma sensação de perda da noção de tempo e espaço. Sentia-se amargurado, coração aos saltos e um medo terrível do desconhecido.

02 – Por que pecha de suicida?

R. – André Luiz não conseguia compreender porque o chamavam de suicida. Em sua concepção,tinha cumprido condignamente os deveres de médico, marido e pai. Contudo, ficou sabendo depois, que perdera muita vitalidade com bebidas e alimentação inadequada.

03 – Qual a finalidade da oração coletiva?

R. – Manter o equilíbrio espiritual da colônia. "Para tanto, todas as residências e instituições do "Nosso Lar" estão orando com o Governador, através da audição e visão à distância".

04 – Quais as causas do suicídio, segundo Henrique Luna, do Serviço de Assistência Médica da colônia espiritual?

R. – Modo exasperado e sombrio, cólera, ausência de autodomínio, inadvertência no trato com os semelhantes...

05 – Como se processa a assistência aos desencarnados?

R. – Há um visitador de serviços que anota e assinala as necessidades de socorro, ou providências que se refiram a enfermos recém-chegados.

06 – Que tipo de aviso o instrutor Clarêncio dá para a lamentação?

R. – "Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios".

07 – Qual a explicação de Lísias a respeito de entrar em contato com entes queridos?

R. – "Convém não esquecer, contudo, que a realização nobre exige três requisitos fundamentais, a saber: primeiro, desejar; segundo, saber desejar; e, terceiro, merecer, ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho persistente e merecimento justo".

08 – De que maneira são organizados os serviços na Colônia "Nosso Lar"?

R. – A colônia, que é essencialmente de trabalho e realização, divide-se em seis Ministérios, orientados, cada qual, por doze Ministros. Os quatro primeiros, ou seja, os Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação e do Esclarecimento, aproximam-se das esferas terrestres; os dois últimos, isto é, o da Elevação e o da União Divina, ligam-se ao plano superior, visto que a cidade espiritual é zona de transição.

09 – Após a indignação do instrutor espiritual, como ficaram os serviços de alimentação em "Nosso Lar"?

R. – "Por mais de seis meses, os serviços de alimentação, em "Nosso Lar", foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração, e água misturada a elementos solares, elétricos e magnéticos".

10 – Qual o peso da água na alimentação dos Espíritos?

R. – De acordo com a descrição de Lísias, a água do Rio Azul tem uma densidade muito mais tênue, pura, quase fluídica. Ela, por seu poder magnético, é usada como alimento e remédio. Afirma, ainda, que na Terra quase ninguém cogita seriamente de conhecer a sua importância. A água, em cada lar, receberá as expressões das vibrações mentais dos seus moradores.

11 – Todas as colônias de socorro espiritual funcionam da mesma maneira? O que distingue o "Nosso Lar" das demais?

R. – Não. Cada uma atende a necessidades específicas. A Colônia "Nosso Lar", situa-se numa zona intermediária de evolução, pois todos os que ali estão, decorrido longo estágio de serviço e aprendizagem, voltam a reencarnar para atividades de aperfeiçoamento. Para tal finalidade, passam de Ministério em Ministério.

12 – O que é o Umbral? Todos os desencarnados passam por ele?

R. – "O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena". Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior.

Assim sendo, os que já se purificaram não têm necessidade de purgar nessa região.

13 – Qual o melhor método para obter bons ofícios a favor dos nossos parentes?

R. – Trabalho, humildade e obediência ao nosso superior. "Fira-se o coração, experimente-se a dificuldade, mas, que saiba cada qual que serviço útil pertence, acima de tudo, ao Doador Universal".

14 – O que o mundo espiritual leva em conta na solicitação de trabalho?


R. – Eles relacionam o que se fez de bem e de mal. No caso de André Luiz, os aspectos positivos referem-se ao receituário gratuito, que nos seus 15 anos de clínica, forneceu para mais de 6.000 necessitados. Desses beneficiados, quinze não o esqueceram e têm enviado, até aqui, veementes apelos a seu favor. No âmbito dos aspectos negativos, enumeramos: cuidou do corpo físico, sem se preocupar com a alma, muita imprevidência, numerosos abusos e muita irreflexão.


15 – Que orientações a mãe de André Luiz lhe passou?


R. – "A alegria, quando excessiva, costuma castigar o coração; às vezes, a Providência separa os corações, temporariamente, para que aprendamos o amor divino; se é possível aproveitar estes minutos rápidos, em expansões de amor, por que desviá-los para a sombra das lamentações?"

16 – O que sua mãe lhe confidencia acerca de seu pai, também desencarnado?


R. – Há doze anos que está numa zona de trevas compactas do umbral. Quando encarnado, fingia retidão, mas tinha seus casos extraconjugais. Conseqüência: tendo gasto muitos anos a fingir, viciara a visão espiritual, restringira o padrão vibratório, e o resultado foi achar-se tão-só nas relações que cultivara irrefletidamente, pela mente e pelo coração.

17 – Como você descreve a casa de Lísias?


R. – Ambiente simples e acolhedor. Móveis quase idênticos aos terrestres; objetos em geral, demonstrando pequeninas variantes. Quadros de sublime significação espiritual, um piano de notáveis proporções. Biblioteca só de escritores de boa-fé.

18 – Como explicar que, no mundo espiritual, o amor é o alimento das almas?

R. – "O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal – patrimônios que derivam naturalmente do amor profundo – constituem sólidos alimentos para a vida em si".

19 – Como mudar a impressão (sem ferir) da jovem desencarnada com relação ao seu noivo, ainda encarnado?

R. – O problema da neta: oito meses de luta contra a tuberculose, mágoa de haver transmitido a doença à sua mãe e o pesar do noivo. A colocação de Laura: "Observei o teu ex-noivo, diversas vezes, no curso da tua enfermidade... Não te recordas da Maria da Luz, a colega que te levava flores todos os domingos? Pois nota: quando o médico anunciou, em caráter confidencial, a impossibilidade de restabelecer-te o corpo físico, Arnaldo, embora muito magoado começou a envolvê-la em vibrações mentais diferentes".

20 – Qual a noção de lar? Como se apresentam os casamentos na atualidade?

R. – Laura, tomando as palavras de seu orientador, diz que "o lar é como se fora um ângulo reto nas linhas do plano de evolução divina. A reta vertical é o sentimento feminino, envolvido nas aspirações criadoras da vida. A reta horizontal é o sentimento masculino, em marcha de realizações no campo do progresso comum. O lar é o sagrado vértice onde o homem e a mulher se encontram para o entendimento indispensável".

"Na fase atual de evolução do planeta, existem na esfera carnal raríssimas uniões de almas gêmeas, reduzidos matrimônios de almas irmãs ou afins, e esmagadora porcentagem de ligações de resgate".

21 – Temos uma lembrança rápida do passado ou devemos esperar algum tempo?

R. – Tudo vai depender do equilíbrio do Espírito. A lembrança de fatos sombrios nem sempre são úteis ao nosso aprimoramento espiritual. De qualquer forma, podemos ter acesso à Seção do Arquivo, no Ministério do Esclarecimento, onde podemos ler as nossas anotações particulares.

22 – O que é o bônus-hora? Para que serve?

R. – "Bônus-hora é uma ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo". Quer os espíritos trabalhem ou não, todos têm direito a moradia e alimentação no mundo espiritual. Contudo, os que trabalham e ganham bônus-hora podem adquirir casa própria e melhores alimentos.

23 – Qual a explicação de Lísias para a restrição à comunicação com os parentes terrenos?

R. – As queixas dos que ficaram estavam atrapalhando o desenvolvimento espiritual dos que lá estavam. Eles, no plano espiritual, não sabiam ouvir; ficavam envolvidos com os parentes em estado de sofrimento. Devemos ouvir, ajudar e passar, o que é difícil.

24 – Até que ponto o apelo da colônia à paz terrena (Guerra de 1939) pode auxiliar o cessar fogo?

R. – "O Ministério da União Divina esclareceu que a humanidade carnal, como personalidade coletiva, está nas condições do homem insaciável que devorou excesso de substância no banquete comum. A crise orgânica é inevitável. Nutriram-se várias nações de orgulho criminoso, vaidade e egoísmo feroz. — Experimentam, agora, a necessidade de expelir os venenos letais".

25 – Por que a curiosidade, mesmo sadia, pode ser perigosa?


R. – Podemos caminhar para vários assuntos sem nos prendermos a nenhum deles. Laura orienta-nos que o espírito de serviço deve sobrepujar o espírito de investigação. Diz: "Todos querem observar, raros se dispõem a realizar".

26 – O reconhecimento da ocupação como encarnado é igual à do desencarnado?

R. – "Nos círculos carnais, costumamos felicitar um homem quando ele atinge prosperidade financeira ou excelente figuração externa; entretanto, aqui a situação é diferente. Estima-se a compreensão, o esforço próprio, a humildade sincera".

27 – Como é o trabalho nas câmaras de retificações?
R. – "As câmaras de retificações estão localizadas nas vizinhanças do Umbral. Os necessitados que aí se reúnem não toleram as luzes, nem a atmosfera de cima, nos primeiros tempos de moradia em "Nosso Lar"". No caso de um espírito em crise, o assistente Gonçalves esclareceu que "a carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes encarnados, era a causa fundamental desse agravo de perturbação".

28 – Como é feito o serviço nas Câmaras de Retificação?

R. – É como se estivesse na Terra. Sendo Espíritos recém-chegados precisam de toda a estrutura em que viviam no Planeta Terra. Foi o que explicou a instrutora Narcisa, fazendo alusão à andorinha e ao avestruz. Diz: "São aves e têm asas, tanto o avestruz como a andorinha; entretanto, o primeiro apenas subirá às alturas se transportado, enquanto a segunda corta, célere, as vastas regiões do céu".

29 – Que conseqüências acarretam, no mundo espiritual, o excessivo apego ao corpo físico?
R. – O apego excessivo ao corpo físico faz-nos conviver com ele, mesmo depois de enterrado. Enquanto está inteiro, há uma certa aquiescência. Mas, quando os vermes começam a comê-lo e nota-se o seu definhamento, vem a angústia e o desespero.

30 – Por que são complicados os casos de herança?

R. – A ambição pelo dinheiro cria desavenças familiares. No caso aqui relatado, o filho mata o pai, através da eutanásia. Ele, no mundo espiritual, não consegue perdoar e atrapalha toda a família, apesar do auxílio dos mentores espirituais.

31 – Devemos atender a todos os que nos procuram?

R. – Neste capítulo, fala-se de uma ginecologista que assassinara 58 crianças (abortos). Ela achava que era justa, boa e queria ganhar os céus. Estava sendo vampirizada, mas não percebia. Por isso, o instrutor não a recebeu nas Câmaras de Retificações, e disse: "É imprescindível tomar cuidado com as boas ou más aparências".

32 – Quem é Veneranda? O que faz?

R. – Idealizadora dos salões naturais para as escolas e conferências do Governador. É criatura das mais respeitáveis daquela colônia espiritual. Os onze Ministros, que com ela atuam na Regeneração, ouvem-na antes de tomar qualquer providência de vulto. Tem um milhão de horas de trabalho útil, sem interromper, sem reclamar e esmorecer.

33 – Por que, em muitos casos, não se pode prescindir da colaboração dos animais?

R. – Dependendo do lugar em que se dirigem não podem ir de aeróbus. Narcisa explica que "os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça necessário".

34 – Os recém-chegados ao Umbral suportam argumentos envoltos num raciocínio mais acurado?
R. – De acordo com a instrutora, "os dementes falam de maneira incessante, e quem os ouve, gastando interesse espiritual, pode não estar menos louco".

35 – Como interpretar o "há males que vem para o bem"?

R. – Às vezes somos enxotados de um lugar, recusados em outro e desprezados aqui e ali. Mas, para quem souber aproveitar, será de grande utilidade espiritual. É o que diz Silveira: "Sem aquela atitude enérgica que nos subtraiu as possibilidades materiais, que seria de nós no tocante ao progresso espiritual?"

36 – Como se explicam o sono e sonho no mundo espiritual?

R. – De acordo com André Luiz, "o sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia, perfeitamente, que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, em "Nosso Lar", e tinha absoluta consciência daquela movimentação em plano diverso". O sono era proveniente do cansaço. Que tipo de cansaço?

37 – O pensamento é a linguagem universal dos Espíritos? Explique.


R. – Para as mentes evolvidas, basta o intercâmbio mental sem necessidade de formas. Sobre essa questão, a Ministra Veneranda diz: "Dentro desse princípio, o espírito que haja vivido exclusivamente em França poderá comunicar-se no Brasil, pensamento a pensamento, prescindindo de forma verbalista especial, que, nesse caso, será sempre a do receptor; mas isso também exige a afinidade pura".

38 – Como interpretar, à luz dos ensinamentos do mundo espiritual, o casamento em 2.ª núpcias?

R. – O nosso raciocínio deve partir do pressuposto que existe o casamento de amor, de fraternidade, de provação e de dever. "O matrimônio espiritual realiza-se, alma com alma, representando os demais simples conciliações indispensáveis à solução de necessidades ou processos retificadores, embora todos sejam sagrados".

39 – No que o perdão, com Jesus, difere do perdão verbal?

R. – "O problema do perdão, com Jesus, meu caro André, é problema sério. Não se resolve em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas aquele que perdoa realmente precisa mover e remover pesados fardos de outras eras, dentro de si mesmo".

40 – Sempre colheremos o que semearmos?

R. – De acordo com a instrutora Narcisa, "Todos nós, meu irmão, encontramos no caminho os frutos do bem ou do mal que semeamos. Esta afirmativa não é frase doutrinária, é realidade universal. Tenho colhido muito proveito de situações iguais a esta. Bem-aventurados os devedores em condições de pagar".

41 – Os Espíritos se preocupam com guerra? O que eles fazem?

R. – A preocupação é tanta que, para isso, mantém grupos socorristas. Acreditam eles que as pessoas que começam uma guerra, principalmente uma nação, pagará preço terrível.

42 – Por que o Governador fez um discurso sobre a coragem?

R. – É que a guerra, na Terra, gera medo e desordem. Para manter o equilíbrio de "Nosso Lar" precisou arregimentar forças dos seus habitantes no sentido de emitir vibrações positivas ante o nefasto acontecimento.

43 – O Espiritismo, que já fez 50 anos, não poderia auxiliar a humanidade na questão da guerra?

R. – O Espiritismo tem muita dificuldade, porque a esmagadora porcentagem dos aprendizes que se aproxima dele, tem em mira a fenomenologia mediúnica e os proveitos particulares. Enquanto nos preocuparmos com o fenômeno, fazendo os médiuns de cobaias, muito distantes estaremos do homem espiritualizado, próprio para o tipo de ajuda requerida.

44 – Há diferença entre umbral e trevas?

R. – Umbral é zona de purgação e sofrimento. Trevas seriam regiões mais inferiores que conhecemos.

45 – Como descrever o ambiente no campo da música?

R. – O ambiente é de conversação elevada, em que se tecem comentários sobre temas de filosofia e os ensinamentos evangélicos de Jesus, com o objetivo de atingir o auxílio mútuo.

46 – Quando, para ajudar, é necessário reencarnar?


R. – A mãe de André Luiz se propõe a reencarnar. Seu objetivo: tirar o marido da zona de sofrimento, e, receber, como filhas, as duas mulheres que o vampirizam.

47 – O medo de reencarnar é comum aos Espíritos?

R. – Sim. Até os mais elevados têm muito medo. É justamente o receio da provação e do olvido temporário do passado, o que ocasiona tal receio.

48 – Os Espíritos também praticam o culto evangélico no lar?

R. – Sim. Inclusive, na presente lição, serviu de ocasião para a visita de um parente ainda encarnado.

49 – André Luiz se deu bem ao ver a sua esposa, com outro marido?
R. – No início sofreu um baque danado. Contudo, pouco a pouco, foi reorganizando seu arquivo mental, passando, depois, a auxiliar a esposa e o novo marido.

50 – Como retratar a transformação do Espírito André Luiz?

R. – Nesse passeio que fizemos com ele, acabamos anotando diversas sugestões e orientações dos mentores espirituais, os quais André Luiz pôs em prática. A sua obediência estimula a nossa adesão aos ensinamentos superiores do Espírito.

FONTE:http://www.ceismael.com.br/tema/cinquenta-perguntas-nosso-lar.htm

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NOSSO LAR - PASSEIO DE AERÓBUS


Crédito da Foto: Produção NOSSO LAR

August 25, 2010 · Filed under Chico Xavier, coluna, textos para reflexão

Este é o primeiro post do blog Textos para Reflexão (*) no DalheMongo. Fico muito feliz de poder divulgar meus textos num blog espírita jovem, pois eu que não sei qual é minha idade, ao menos sei que o espiritismo tem tudo a ver com a juventude… Com a proximidade da estréia do filme Nosso Lar, achei que esse artigo seria o ideal para começarmos:

No livro “Nosso Lar”, de autoria de André Luiz e psicografado por Chico Xavier, temos uma curiosa descrição de um veículo de transporte público na colônia espiritual que dá título ao livro:

Mal me refazia da surpresa, quando surgiu grande carro [aeróbus], suspenso do solo a uma altura de cinco metros mais ou menos e repleto de passageiros. Ao descer até nós, à maneira de um elevador terrestre, examinei-o com atenção. Não era máquina conhecida na Terra. Constituída de material muito flexível, tinha enorme comprimento, parecendo ligada a fios invisíveis, em virtude do grande número de antenas na tolda. Mais tarde, confirmei minhas suposições, visitando as grandes oficinas do Serviço de Trânsito e Transporte.
Lísias não me deu tempo a indagações. Aboletados convenientemente no recinto confortável, seguimos silenciosos. Experimentava a timidez natural do homem desambientado, entre desconhecidos. A velocidade era tanta que não permitia fixar os detalhes das construções escalonadas no extenso percurso. A distância não era pequena, porque só depois de quarenta minutos, incluindo ligeiras paradas de três em três quilômetros, me convidou Lísias a descer, sorridente e calmo (Trecho do início do Capítulo 10: “No Bosque das Águas”, onde André Luiz tem o primeiro contato com o aeróbus).

Uma pergunta muito comum dos céticos (espíritas ou não) em relação a algumas descrições detalhadas de veículos e construções nas colônias espirituais é bastante válida, a primeira vista: “Ora, se essas colônias dispõe de tamanho nível de tecnologia, porque os espíritos não nos entregam de mão beijada os planos e as plantas para que nossos engenheiros e arquitetos possam construir tais veículos e construções aqui na Terra?”.

Um espírita precavido irá citar outro trecho do próprio “Nosso Lar” para explicar porque um aeróbus não poderia viajar pela Terra:

Dirigi-me, incontinenti, a Narcisa, perguntando:
- Onde o aeróbus? Não seria possível utilizá-lo no Umbral?
Dizendo-me que não, indaguei das razões.
Sempre atenciosa, a enfermeira explicou:
- Questão de densidade da matéria. Pode você figurar um exemplo com a água e o ar. O avião que fende a atmosfera do planeta não pode fazer o mesmo na massa equórea. Poderíamos construir determinadas máquinas como o submarino; mas, por espírito de compaixão pelos que sofrem, os núcleos espirituais superiores preferem aplicar aparelhos de transição (Trecho do Capítulo 33: “Curiosas Observações”).

Mas será que isso resolve o problema? Não poderiam, por acaso, os espíritos ajudarem nossos engenheiros e homens de ciência a inovar nossa tecnologia atual? Mesmo que não fosse possível construir uma espécie de metrô que plana em alta velocidade muito acima do solo, certamente algum tipo de avanço descrito nos livros de André Luiz poderia ajudar, e muito, a Terra…

Arthur C. Clarke, célebre escritor de ficção científica, dizia que “qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinquível de magia”. Clarke foi, ele mesmo, um “antecipador” de algumas tecnologias que só viriam a ser viáveis muitos anos após a descrição – então fictícia – das mesmas em seus livros. Particularmente com o conceito dos satélites geoestacionários, Clarke não só antecipou o futuro, como contribuiu decisivamente para ele: nossas telecomunicações devem muito ao que antes era pura ficção.

Interessante que, num nível mais extraordinário (e incerto), é possível que algumas das tecnologias descritas em “Nosso Lar” – que diga-se de passagem, foi publicado em 1944 – possam ser igualmente antecipações de avanços futuros da tecnologia na Terra. Se a décadas atrás o aeróbus – uma espécie de metrô se movendo pelo ar, sem contato com o solo e a altas velocidades – parecia um veículo mágico, hoje talvez não chegue a tanto:

Um trem de levitação magnética ou maglev (Magnetic levitation transport) é um veículo semelhante a um metrô que transita numa linha elevada sobre o chão e é propulsionado pelas forças atrativas e repulsivas do magnetismo através do uso de supercondutores. Devido à falta de contato entre o veículo e a linha, a única fricção que existe, é entre o aparelho e o ar. Por conseqüência, os maglevs conseguem atingir velocidades enormes, com relativo baixo consumo de energia e pouco ruído. Embora a sua enorme velocidade os torne potenciais competidores das linhas aéreas, o seu elevado custo de produção limitou-o, até agora, à existência de uma única linha comercial, o transrapid de Xangai. Essa linha faz o percurso de 30 km até ao Aeroporto Internacional de Pudong em apenas 8 minutos. No Brasil, existem projetos para se implementar o maglev, por exemplo, na Ilha do Fundão.

Ainda assim, talvez não se pareça tanto com um aeróbus… André Luiz disse que “ele parecia ligado a fios invisíveis”, e que se movimentava muito acima do solo. Será que tudo não passou de ficção da cabeça de Chico Xavier? Obviamente que para um cético em relação à existência de comunicação com espíritos desencarnados, tudo já seria ficção a priori. Mas e quanto aos que crêem na possibilidade – será mesmo possível que a tecnologia humana seja apenas uma sombra da tecnologia espiritual, e que a inspiração para as grandes descobertas se deva ao fato de que quase tudo já foi descoberto no plano espiritual?

Quem se preocupa com isso certamente irá sorrir ao conhecer uma distinta empresa americana, chamada Aerobus International, que constrói trens suspensos por fios condutores que parecem voar pelos céus. Dificilmente os engenheiros americanos leram “Nosso Lar”… Mas e daí? E se for mesmo verdade cada pequena descrição da colônia? E se a ela tem mesmo a forma de estrela e todos os Ministérios citados por André Luiz estão mesmo lá, até hoje – em que exatamente isso nos ajuda em nossa evolução espiritual?

Nosso Lar é apenas uma das muitas colônias espirituais a beira do Umbral, onde espíritos de elevada moral e caridade tentam a todo custo auxiliar aqueles que perambulam nas trevas de sua própria consciência… Que nos importa saber o perímetro da colônia? Ou em quanto tempo podemos atravessá-la em um aeróbus? Ou se ela tem restaurantes e casas noturnas? Certamente, se um dia estivermos por lá, essas serão nossas últimas preocupações.

Lendo alguns dos livros de André Luiz, percebi que eles nunca se trataram apenas de descrições – fictícias ou não – de colônias do plano espiritual da Terra. Ora, começando pelo “Nosso Lar” e passando por todos os outros, eles tratam principalmente da tão falada reforma íntima, da reforma de nós mesmos; Do caminho das trevas da consciência egoísta para as campos ensolarados da consciência amorosa, conectada ao Cosmos que pulsa e vibra com vida, em cada partícula e em cada plano de existência.

É possível que os espíritos nos inspirem descobertas e idéias para novas tecnologias. Mas é igualmente possível que estejam mais preocupados em nos inspirar o amor e o auto-conhecimento. Em todo caso, cada ser está onde seus pensamentos o sintonizam.

André Luiz (ou Chico Xavier, caso você seja cético) perderia fácil numa comparação com autores de ficção científica como Arthur C. Clarke… Mas André Luiz não pretendeu nos trazer aulas sobre a tecnologia ultra-avançada dos espíritos, e sim ensinamentos sobre a moral avançada dos seres de luz. Se ele recorreu a histórias que ocorriam ao mesmo tempo na Terra e no plano espiritual, e acaso tenha se preocupado em descrever como é a vida enxergada do lado de lá, foi porque reconheceu o tempo perdido em sua encarnação prévia – um grande neurologista e médico sanitarista do Rio de Janeiro, que tinha muito conhecimento, mas pouca sabedoria.

Em seus livros, não encontramos batalhas fascinantes entre “o bem e o mal”, mas sim relatos sinceros e perturbadores da ignorância e falta de caridade de grande parte dos seres; A começar pelo próprio André Luiz, que passou anos no Umbral, e mesmo depois de socorrido em Nosso Lar custou a perder os vícios e a pompa de “grande médico”. Custou a vencer o próprio ego e reconhecer que a luz que vem de cima é sempre maior do que a nossa própria. Custou, mas venceu, e depois dedicou alguns de seus anos a ditar livros para um dos maiores médiuns de que se tem notícia. E o resto é história.

(*) O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Autoria do escritor Rafael Arrais

FONTE:http://dalhemongo.com/categoria/textos-para-reflexao
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terça-feira, 24 de agosto de 2010

-> NOSSO LAR O FILME (CRÍTICAS E OPINIÕES DE QUEM JÁ VIU)


"A CIDADE "NOSSO LAR"

P – O Espírito de André Luiz descreveu experiência de sua vida na condição de
desencarnado,numa cidade espiritual em seu livro, exatamente este que aqui está,traduzido para o japonês ("Nosso Lar"). Como médium o senhor pode atestar cidades como esta, fora do plano terrestre?


Resposta de Chico Xavier :


Eu não posso transferir a minha certeza àqueles que me ouvem, mas posso dizer que, em 1943, quando o espírito de André Luiz começou a escrever por nosso intermédio senti grande estranheza com o que ele ditava e escrevia.
Certa noite, tomadas as providências necessárias, segundo a orientação de Emmanuel, ele próprio e André Luiz me levaram a determinada parte, a determinado bairro da cidade de “Nosso Lar”. Posso dizer que fui em desdobramento espiritual na chamada zona hospitalar da cidade. Foi para mim uma excursão espiritual inesquecível, como se eu desfrutasse os favores de um espírito liberto.
Mas, eu preciso explicar aos telespectadores que fui em função de serviço, naturalmente, assim como um animal – no tempo em que não tínhamos automóvel, locomotiva e avião – um animal que servia a professores para determinados tempos de viagem.

Vi muita coisa maravilhosa sem compreender tudo ou entender muito pouco, porque fui em função de serviço, não por mérito.

Fonte: Livro Instruções Psicofônicas - F. C. Xavier - Espíritos Diversos
ANDRÉ, O MUNDO PRECISA DE HISTÓRIAS FELIZES
por Weber Malcher - webermalcher@hotmail.com

André Luiz, o espírito presente na obra psicografada de Chico Xavier.

André Luiz, o espírito que passou oito anos no umbral, nas penumbras da multidimensionalidade.


André Luiz, pseudônimo de um médico. Foi ele Dr. Faustino Esposel ou Oswaldo Cruz? (recorde-se que Oswaldo Cruz desencarnou em 1917, vítima de insuficiência renal, sendo que André Luiz desencarnou em decorrência de oclusão intestinal e, tendo passado "mais de oito anos" nas regiões umbralinas, estava ainda se adaptando à vida em Nosso Lar, para onde acabara de ser levado, quando recebeu a notícia de que era agosto de 1939. Portanto, deve ter desencarnado por volta de 1929 ou 1930.)

Não importa quem tenha sido ele na vida terrestre, o essencial é que André Luiz está presente entre nós. Está presente na história desenvolvida na obra monumental de Chico Xavier "Nosso Lar", no filme que vai estrear dia 3/9, está presente nas páginas do nosso cotidiano, onde a humanidade vive no umbral terreno, voltada para o consumismo desenfreado.

O grande recado para o mundo vem da espiritualidade no momento quando André é liberado para voltar a reencarnar na nave Terra: "ANDRÉ, O MUNDO PRECISA DE HISTÓRIAS FELIZES"

Qual é a história que o nosso André interior está contando para nossos filhos? Qual é o recado que estamos dando para a comunidade? Qual é o poema que estamos escrevendo para o mundo?

Há 2.000 anos o meigo Nazareno esteve na terra contando uma história feliz de Amor. O que fizeram com Êle?

Vamos ver o que relata Emanuel no prefácio do livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier:

"O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é a sua oportunidade, a sua ferramenta,
o seu livro.

O intercâmbio com o invisível é um movimento sagrado, em função restauradora do Cristianismo puro; que ninguém, todavia, se descuide das necessidades próprias, no lugar que ocupa pela vontade do Senhor.

André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior

surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com

própria consciência, onde edificamos o céu, estacionamos no

purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, e que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração.

Guarde a experiência dele no livro dalma. Ela diz bem alto
que não basta à criatura apegar-se à existência humana, mas
precisa saber aproveitá-la dignamente; que os passos do cristão, em qualquer escola religiosa, devem dirigir-se verdadeiramente ao Cristo, e que, em nosso campo doutrinário, precisamos, em verdade, do ESPIRITISMO e do ESPIRITUALISMO, mas, muito

mais, de ESPIRITUALIDADE.

EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 3 de outubro de 1943.

Um recado para você, para mim e para toda a humanidade. A Mãe Terra está dando um salto quântico na espiritualidade. E nós, será que estamos acompanhando esse salto? Lembre-se:
ANDRÉ, O MUNDO PRECISA DE HISTÓRIAS FELIZES.

FONTE: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=23225

PROGRAMA ESPECIAL BASTIDORES - FILME NOSSO LAR



Crítica: Nosso Lar

Filme sobre espiritismo

23 de Agosto de 2010 às 18:54 | (241) Leituras | (0) Comentários | (0) Votos | Publicada por: Rosemar Schick

Fonte: Rosemar Schick/SaladaCultural

André Luiz, médico e pai de família, tem uma vida regada a bebidas e extravagâncias, o corpo não resiste e ele morre jovem deixando mulher e filhos... incorformado, ao chegar no 'nosso lar', quer voltar e rever sua família... passam-se anos até que ele compreenda... e resolve, então, escrever um livro que foi psicografado por Chico Xavier.
Filme interessante para quem é espiritualizado ou espírita - ou, pelo menos, acredita no espiritismo-, a comunidade que lotou teatros com espetáculos sobre o tema e os atores tb acreditam, pois é preciso muita fé para dar veracidade a todos os momentos vividos pelos personagens.
Eu fiquei emocionada em vários momentos e creio que este filme marca pontos em muitos aspectos, com excelente direção e atuação de atores como Paulo Goulart, Ana Rosa, Othon Bastos entre outros.
A direção e roteiro é de Wagner de Assis, que merece elogio.

Produção Globo Filmes-caprichada. Nosso lar parece uma espaçonave do futuro com computadores e telas por todo lado.

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POR:RBN BLOG

Nesta segunda-feira aconteceu uma exibição para imprensa do filme Nosso Lar, baseado no livro homônimo psicografado por Chico Xavier. Estivemos presentes no lançamento e conferimos o que o filme vai mostrar para todos os leitores e ouvintes da Rádio Boa Nova a partir do dia 3 de setembro.

Se você quer ter surpresa ao ver o filme, pare por aqui!!! Ou melhor, dê uma olhada nas fotos abaixo e depois chega. rs



Veja Galeria de Fotos Inéditas sobre o filme NOSSO LAR:http://radioboanova.com.br/rbnblog/nosso-lar-o-filme/?nggpage=2

O filme começa com André Luiz diante de uma grande muralha, e então somos jogados junto com ele num estranho e obscuro lugar (ou estado?) onde o sofrimento é praticamente matéria, não fosse o fato de que nada ali é matéria como conhecemos enquanto vivos. André Luiz está sofrendo no umbral, em meio a criaturas assustadoras e suas próprias lembranças de encarnado. Julgado como suicida, é perseguido por espíritos das sombras, até que pede por perdão, e o espírito Clarência vem em seu auxílio.

Aí é que somos apresentados a Nosso Lar, uma das diversas colônias espirituais que ‘flutua’ sobre a superfície da Terra. É para lá que André é levado para seu tratamento e jornada – como ficaremos sabendo depois. As imagens são incríveis! Mesmo quando ainda estamos dentro do hospital espiritual já temos a sensação de que muito está para ser mostrado nas telas. E esse ‘muito’ vem de forma incrível.

Quando André, sempre curioso, passa a ser guiado pelas terras de Nosso Lar passamos a ver o exemplo de uma das maravilhosas estruturas espirituais para onde somos encaminhados após a morte, de acordo com nosso merecimento. Os pavilhões, suas funções, os espaços de confraternização e contemplação… Tudo nos é mostrado com cores lindas, harmônicas, e aquela boa sensação de calor e vida que temos nos dias mais bonitos de sol. A transposição da imagem que qualquer um cria ao ler é ainda mais perfeita no cinema.

Aos poucos André vai mergulhando no real sentido da vida, ou na vida real. Aprendendo seu propósito e a lidar com seus sentimentos – nosso maior desafio. Quer trabalhar para poder conseguir visitar sua família. Erra, aprende e segue, enquanto vai registrando tudo pelo que tem passado. Parece até um blogueiro espiritual, daqueles que nada publica, apenas salva. Isso até ter conteúdo o suficiente para apresentar aos outros.

Sua relação com outros espíritos o coloca em contato com suas próprias dúvidas e medos. Vai aprendendo a ser maior. Mas sua verdadeira lição vem ao visitar seus parentes encarnados. Descobre que o ‘inferno’, que nunca existiu, está mesmo é dentro da gente. Junto a nossos sentimentos mais obscuros e tristes. Doma suas emoções e aprende mais sobre o amor. Se entrega aos novos fatos da verdadeira vida e assim consegue colaborar ainda mais, como o final deixa a entender.

Quem sabe não teremos mais filmes com o personagem, além de Nosso Lar.


VÍDEO SHOW

ENTREVISTA COM O ATOR Werner Schünemann QUE INTERPRETA EMMANUEL EM NOSSO LAR


Estimados confrades gaúchos:

Estivemos no dia 12 de agosto de 2010, na reunião extraordinária do CFN, na Bienal do Livro em São Paulo, onde tivemos a benção de assistir em sessão especial no Cinemark do Shopping Zona Norte, o filme Nosso Lar.

Tenho poucos adjetivos para qualificá-lo com justiça. Nossa linguagem é pobre para expressar a grandeza da produção. Ela utiliza os meios conhecidos do cinema atual, mas seu efeito é de uma força incomparável e provoca uma emoção inigualável nos que o assistem. Ele é ímpar, cativante, encantador, extraordinário. Estavam lá presentes dirigentes de 18 federativas estaduais, Presidente, Vices, Diretores e colaboradores da FEB, além de outros convidados. Todos, sem exceção, verbalizaram a emoção incontida que aflorou ao assistirem cada cena, diálogo, música ou efeito especial do filme.
Por certo, amigos, vivemos um momento especial.

A Doutrina que será o futuro das religiões ganha um aliado vigoroso para o combate ao materialismo, a tecnologia e a força da comunicação representada pela sétima arte.
Transformemo-nos, cada um, em multiplicador da propaganda do filme e por certo, milhões de pessoas que não leram o livro e vivem na terra como se a vida espiritual fosse apenas um produto da imaginação de místicos, acordarão e começarão a ressignificar suas atitudes acelerando a transição para o estágio de mundo regenerador.

Divulgue, vá ao cinema, leve seus familiares, amigos, vizinhos, colegas. Forme grupos em sua casa espírita ou instituição ou na família e vamos agendar sessões de pré-estreia, comparecer á estréia, voltar ao cinema na segunda, na terceira... enfim, façamos a nossa parte, porquanto aqueles que acolheram do Alto a intuição abençoada de levarem as telas a notícia trazida pelo “peixinho vermelho” estão fazendo, magistralmente, a sua.

Ligue para a FERGS. Fone. 32241493

Mande email para assessoria@fergs.org.br ou decom@fergs.org.br

Vamos empenhar nossos esforços para que a Doutrina que nos felicita a alma, também dessedente milhares de outras que ainda não a conhecem.

Um abraço fraterno da irmã

Beth Barbieri
(Presidente da FERGS)

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DEPOIMENTO DOS ARTISTAS



Nosso Lar *
Depoimentos sobre o filme!

Atriz Samara Felippo:
"Depois desse filme, só consigo pensar nos meus valores, no bem q posso fazer pelo proximo, minha família. Mt emocionada!!! #NossoLar" 15 ago (4 dias atrás) Nosso Lar *

Da atriz Marina Ruy Barbosa:
"O filme é incrível.." 15 ago (4 dias atrás) Nosso Lar *

Do ator Daniel Del Sarto:
"A pessoa acaba o namoro, acorda cedo num sabado chuvoso, vê um filme tocante, chora a sessão inteira e acaba num almoco com criancas lindas. melhora ou sucumbe, ne não?! o filme emocionante: @NossoLarOFilme - recomendo, estréia em breve. Pra assistir de coração aberto." 15 ago (4 dias atrás) Nosso Lar *
Do ator Paulo Vilela: Parabéns toda equipe e pra @RoMulholland pelo "Nosso Lar" - emociona!" 15 ago (4 dias atrás) Nosso Lar *

Da Atriz Aparecida Petrowky:
"O filme "O nosso lar" é maravilhoso!! Várias mensagens de amor, reflexão e esperança. Recomendo a todos! 15 ago (4 dias atrás) Luiz Fernando

Da atriz Nivea Stelmann:
"Adorei ver esse filme. Lindo!!! Não paro de pensar... Soco no estômago". 16 ago (3 dias atrás) Nosso Lar*

Do ator Luigi Baricelli,
nos bastidores do Criança Esperança, contou para a imprensa que foi "chorar no banheiro" ao assistir ao filme Nosso Lar. "O filme mexeu comigo, vivi uma experiência".


Em reunião extra foi realizada em SP, na quinta feira dia 12, o filme NOSSO LAR foi apresentado em pré-estreia, para a diretoria da FEB, comovendo a todos pela beleza e elevada concepção com que o livro foi adaptado para chegar às telas.
Vários esclarecimentos foram prestados pelo Nestor e por outras pessoas.

Foi enfatizado o seguinte:

IMPORTANTE
Para a FOX, que produziu o filme, o que interessa é a bilheteria. Se esta for um sucesso o filme será levado para o exterior. E para que isto se concretize o MAIS IMPORTANTE É A PRIMEIRA SEMANA, a segunda será a continuidade
da primeira, mas para fins de estatística o que prepondera é a PRIMEIRA.
Portanto foi recomendado que os espíritas divulguem isto:

VAMOS LOGO NA PRIMEIRA SEMANA EM MAIOR NÚMERO POSSÍVEL.

Outro ponto importantíssimo são as sessões extras, que é o seguinte:
Um grande grupo de pessoas combina com a direção de um dos cinemas uma sessão extra, por exemplo, domingo pela manhã. Se isto acontecer chama a atenção e repercute muitíssimo.

Às vezes a gente pensa em não ir à primeira semana devido às filas, mas devemos fazer um esforço.

Vamos aos cinemas, enfrentemos as filas, afinal Chico Xavier atendeu às filas por mais de 50 anos, de pé enquanto suportou, depois sentado, e assim foi, como sabemos.
Estamos incumbidos de preparar o reino do céu, na Terra - diz Joanna, este é um dos motivos pelos quais é
importante comparecer.

Abraços.
Suely Caldas Schubert



ficha técnica:
título original:Nosso Lar
gênero:Drama
duração:01 hs 50 min
ano de lançamento:2010
site oficial:http://www.nossolarofilme.com.br
estúdio:Cinética Filmes e Produções
distribuidora:Fox Filmes do Brasil
direção: Wagner de Assis
roteiro:Wagner de Assis, baseado em livro de Chico Xavier
produção:Iafa Britz
música:Philip Glass
fotografia:Ueli Steiger
direção de arte:Lia Renha
figurino:Luciana Buarque
edição:Marcelo Moraes
efeitos especiais:Intelligent Creatures
29-07-2010 ////////
NOSSO LAR
FILME DE WAGNER DE ASSIS, QUE ESTREIA EM SETEMBRO, INVESTE EM EFEITOS VISUAIS

Como você imagina que é a vida após a morte? O filme “Nosso Lar”, baseado no best-seller homônimo de Chico Xavier, descreve em detalhes a vida em uma colônia espiritual através de relatos do espírito do médico André Luiz. Para criar estes ambientes desconhecidos, contou com uma direção de arte grandiosa e efeitos especiais jamais vistos em produções brasileiras. O longa leva às telas mais de 350 imagens com efeitos visuais desenvolvidos pela empresa canadense Intelligent Creatures, responsável pelo mesmo trabalho em filmes como “Babel” e “Watchmen”.
A soma de cenários, figurinos, maquiagem e efeitos especiais leva o espectador aos três universos retratados no filme: o planeta Terra, a onírica colônia Nosso Lar e o sombrio umbral, uma espécie de purgatório. A responsável pela tarefa de criar visualmente a história contada no livro de Chico Xavier foi Lia Renha, diretora de arte do filme, que iniciou o trabalho ainda no período de pré-produção. Como o Nosso Lar é uma colônia, ela precisou construir uma cidade fictícia. Para isso, trabalhou com uma equipe grande de arquitetos e cenógrafos para montar os ministérios, vias, prédios, casas e tudo o mais que existe no lugar.
Para diferenciar o Nosso Lar do umbral, Lia brincou bastante com as cores e com a luminosidade: “Por estar em uma dimensão elevada, a cidade precisava ser luminosa, fluídica. Tinha que passar para o espectador toda a energia positiva que permeia o lugar. Já o umbral tem sofrimento, é denso, sem luz. Trabalhamos com muito cinza, cor de ferrugem e fumaça para criar um clima sombrio”. Os figurinos também foram criados nesta mesma linguagem. As roupas são cheias de camadas, translúcidas e leves.
Para marcar a passagem do protagonista pelo umbral, foi preciso mudar a fisionomia do ator Renato Prieto usando técnicas de caracterização. Foram criadas feridas no corpo com o auxílio da maquiagem; com o látex, foi improvisada uma barriga falsa e uma longa barba foi acoplada ao rosto do ator. Completam o visual de Prieto gosmas, poeira e um líquido que lembra sangue coagulado.
No início do projeto, Wagner de Assis não imaginava que “Nosso Lar” seria tão grandioso e revela que a realização de cada cena era repleta de aprendizado e descoberta: “Queria poder dar à história tudo o que ela merece, então precisava investir nos efeitos para que o filme tivesse credibilidade. Usamos todas as técnicas de efeitos visuais disponíveis no mercado”. Isso pode ser percebido, por exemplo, na cena em que o protagonista André Luiz caminha por um imenso e sombrio vale situado entre montanhas pontiagudas criadas por computação gráfica, assim como as árvores mortas e nuvens de fumaça. Já na colônia, as construções de arquitetura ousada e futurista também são fruto do trabalho da Intelligent Creatures, empresa responsável pela pós-produção que, de acordo com o diretor, unia a estrutura, a experiência e a capacidade de lidar com imprevistos necessárias para a tarefa. Flores, animais e outros elementos também foram acrescentados virtualmente em diversas cenas.
A equipe brasileira viajou diversas vezes para Toronto e enfrentou temperatura de 33° C negativos no rigoroso inverno canadense para acompanhar o trabalho de pós-produção, que levou nove meses. Geoff Scott, supervisor de efeitos visuais, chegou a liderar uma equipe de 90 profissionais trabalhando no filme. Ele conta que Wagner tinha uma ideia formada sobre o que queria ver em seu filme e coube à Intelligent Creatures trabalhar para ajudá-lo a realizar essa visão: “Nós trabalhamos juntos para criar centenas de conceitos de imagem que definiam o ‘Nosso Lar’ antes de criar os efeitos finais do filme. Ficamos muito orgulhosos com o resultado. Foi um imenso prazer trabalhar neste projeto”.
Mesmo contando com toda essa tecnologia em seu filme, Wagner diz que a história é o grande atrativo de “Nosso Lar”, que estreia nos cinemas em 3 de setembro: “A gente sempre teve em mente que todos esses efeitos são secundários, apenas ajudam a contar a história. O que importa de verdade é o drama”.
Fonte: http://paginadocinema.com.br/reportagens/index/92/0/Nosso_Lar
Cartaz Oficial


23/07/2010 - 07h02
Rosanne Mulholland explora outras facetas em
"Nosso Lar"
EDU FERNANDES
Da Redação

Atriz Rosanne Mulholland em cena do filme "Nosso Lar", interpretando uma jovem que não acredita que sua vida terrena acabou

De carona na onda espírita que tomou conta do cinema brasileiro com o sucesso de "Chico Xavier", “Nosso Lar” leva para as telas o romance de mesmo nome psicografado pelo médium mineiro.
É a história do médico André Luiz (Renato Prieto), que "desencarna" e vai "para o plano espiritual". O filme tem estreia prevista para 3 de setembro.
O elenco conta ainda com Werner Schünemann, Ana Rosa, Othon Bastos e Paulo Goulart. A atriz Rosanne Mulholland faz o papel de uma jovem inconformada com a própria morte. Ela falou ao UOL Cinema sobre o seu trabalho.
UOL Cinema - Você fez "Araquaya" em 2004. Como é voltar a fazer filmes de época?
Rosanne Mulholland - É muito bom. Nesse filme a imersão é mais intensa do que nos outros, porque a gente vai para uma outra dimensão. Tudo é tão diferente, as roupas, os objetos...
UOL Cinema - Nos filmes que você participou mais recentemente, como "Falsa Loura", a temática era bem diferente, com violência ou cenas sensuais. Como encara esse trabalho mais pacífico?
Rosanne Mulholland
- No meu trabalho, eu gosto de explorar todas as facetas humanas e a violência e o sexo também fazem parte da vida. Acho bom ir para esse lado mais inocente, ou mais puro. Penso que foi mais tranquilo. “Nosso Lar” explora uma faceta muito importante, que é a morte, o destino do qual ninguém escapa. É necessário discutir esse assunto também.
UOL Cinema - As produções com teor espírita estão em alta, a começar pelas telenovelas e, de uns anos pra cá, com filmes. Você usou algo desse material para entrar no clima de "Nosso Lar"?
Rosanne Mulholland - Não vi esse material. Quando a gente filmou “Nosso Lar”, esses filmes não tinham sido lançados. Eu lembro das novelas espíritas, mas não fiz uma pesquisa para o filme com elas. Eu me dediquei mais à história em si do “Nosso Lar” e ao projeto do Wagner de Assis, o diretor.
UOL Cinema - Qual era sua relação com o tema espiritismo antes de começar a trabalhar em "Nosso Lar"?
Rosanne Mulholland - Eu não tinha uma relação com a doutrina. No set de filmagem, eu era uma das poucas no elenco e na equipe que não segue o espiritismo. Talvez por isso que eu tenha sido escalada para a personagem que não acredita que morreu, que quer voltar para a Terra de qualquer maneira. Eu admiro duas coisas no espiritismo, pelo o que já vi. Acho que, especialmente entre as diferentes formas da fé cristã, os espíritas são os que menos julgam os outros e os mais preocupados em ajudar o próximo.
UOL Cinema - "Nosso Lar" tem muitos efeitos visuais para criar o mundo espiritual. Isso influenciou no seu trabalho?
Rosanne Mulholland - Em alguns momentos, sim [risos]. É estranho, pelo menos no Brasil, ter de fazer as cenas com um fundo azul no meio da cidade cenográfica. Mas eu acho que foi bom também, traz uma nova experiência para minha carreira.
Fonte: http://cinema.uol.com.br/ultnot/2010/07/23/rosanne-mulholland-explora-outras-facetas-em-nosso-lar.jhtm

ELENCO DE NOSSO LAR
Renato Prieto
... André Luiz
Fernando Alves Pinto
... Lísias
Rosane Mulholland
... Eloisa
Inez Viana
... Narcisa
Rodrigo dos Santos
... Tobias
Werner Schünemann
... Emmanuel
Clemente Viscaíno
... Clarêncio
Helena Varvaki
... Zélia
Aracy Cardoso
... Dona Amélia
Selma Egrei
... Luisa
Othon Bastos
... Governador
Ana Rosa
... Laura
Paulo Goulart
... Genésio
Lu Grimaldi
... Veneranda
Chica Xavier
... Ismália
Nicola Siri
... Ernesto
Amélia Bittencourt
... Judite
Lisa Fávero
... Clarice
César Cardadeiro
... Mariano
Anna Cotrim
... Eloisa's Mom
Vânia Veiga
... Iolanda