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quinta-feira, 30 de junho de 2011

ELES ESTÃO ENTRE NÓS, AKIANE.



AMIGOS, reparem este é um dos Mistérios maravilhosos desta vida que nos escolheu para vivê-la.
Abençoada é a nossa vida !!
OBRIGADO SENHOR.

- Há um bom tempo que se fala nas reencarnações de espiritos mais avançados
objetivando a consolidação da Terra como mundo de regeneração.

Esse fato vem sendo comprovado através de informações advindas por
intermédio de médiuns responsáveis em várias partes do planeta, além da
simples observação do comportamento diferenciado de muitas cranças e jovens
na atualidade. Como Kardec escrevera na sua obra A Gênese, a troca de uma
geração mais atrasada moralmente por outra mais desenvolvida se daria
paulatinamente. Verificamos esta ocorrência na atualidade.

Boriska, na Rússia, vem impressionando os jornalistas com seus conceitos
filosóficos morais, apesar de ser uma criança ainda. No México, um garoto
vem impactando os médicos com os seus conhecimentos científicos e dizendo
que uma de suas tarefas no mundo é conseguir a cura para diversos tipos de
cãncer. Vários outros estão deixando perplexos os que lhe ouvem ou com eles
partilham a convivencia, pelos tesouros morais que apresentam. Gostaria, no
entanto, de me referir, especificamente, a uma
menina chamada Akiane. Desde os quatro anos que desenha de maneira
encantadora, inclusive, seu primeiro desenho foi o rosto lindo que ela
afirmou ser a de um anjo que a levou para um mundo muito belo de cores e
luzes deslumbrantes. A partir daí, Akiane começou a retratar espiritos e
paisagens maravilhosas. Ela afirma, ainda, que tem uma tarefa especial nesta
vida. Escreve poemas extraordinários, de uma pureza deslumbrante.
Muito doce, hoje Akiane está com doze anos Mora em Idaho, EUA.

A garota seria o que alguns estudiosos definem como uma criança cristal, ou
seja, uma alma evoluída, que veio contribuir para a mudança de nível
espiritual do nosso mundo. Divaldo diz que Akiane pintou o que seria o rosto
mais próximo do que tinha Jesus. Assisti um vídeo e fiquei realmente
impressionado com os seus quadros e, particularmente, o de Jesus. No
YouTuube há vários vídeos sobre ela. Recomendamos.

Como se vê, eles ja´estão entre nós para fazer a diferença. Façamos a nossa
parte.
fonte: http://amorperfeitovcf.blogspot.com/2011/06/eles-estao-entre-nos-akiane.html

terça-feira, 28 de junho de 2011

A adoção constitui o maior exemplo prático da máxima cristã


A adoção constitui o maior exemplo prático da máxima cristã que diz: “faça aos outros o que gostaria que lhe fizessem”. Mas engana-se aquele que acha que a adoção se resume a um simples gesto caridoso. Existem comprometimentos espirituais entre adotado e adotante e a providência divina se encarrega de colocar esses espíritos novamente em um convívio salutar para o adiantamento moral de cada um.

Se a união dessas almas não é possível através dos laços de consangüinidade, serão aproximadas por intermédio da adoção, como nos ensina várias obras mediúnicas, entre elas o livro “E a Vida Continua”, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.

Segundo Richard Simonetti, “há Espíritos que reencarnam para serem filhos adotivos. Esta situação faz parte de suas provações, geralmente porque no passado comprometeram-se em relação aos deveres familiares. Voltam ao convívio dos companheiros do pretérito sem laços de consangüinidade, destinados a valorizar a vida familiar”.
É preciso uma dedicação ainda mais intensa por parte dos pais, enquanto educadores e evangelizadores desses espíritos que lhes foram confiados por meio da adoção, a fim de diminuir os efeitos de eventual trauma que o adotado possa desencadear quando do conhecimento de sua situação. Os pais adotivos questionam-se se devem ou não contar ao filho sobre sua origem.
As dúvidas giram em torno de como contar, porque contar e quando contar...
O melhor modo de se falar sobre a adoção é ter esse tema como um assunto que deve ser discutido naturalmente pelos pais desde o início do relacionamento com o filho.

Nunca fazer desse assunto um segredo a ser protegido.
A curiosidade da criança se acentua aos 3 anos de idade quando ela pergunta sobre o mundo que a circunda. Perguntando se são adotadas, têm necessidade de saber sobre a sua origem.
Portanto, o período infantil é o mais propício para se contar a verdade.
A revelação tem que ser feita com muito amor, com muito carinho.
Contar à criança que ela é adotada evitará que ela saiba por terceiros, de forma distorcida e equivocada.
O importante é salientar que ela foi escolhida; que dentre todas as crianças os pais optaram por ela. Que o sentimento de amor por ela os cativou.

Mesmo tendo sido esclarecida sobre a adoção, a criança ainda perguntará inúmeras vezes sobre isso.
É igualmente importante não expor aspectos negativos da família de origem, pois a tendência, quando se expõe os aspectos negativos, é a criança sentir-se desvalorizada, inferiorizada.

Uma tese de doutorado da Faculdade de Medicina da USP acabou de vez com um mito que por anos tem assombrado as pessoas interessadas em adotar crianças: filhos adotivos, segundo a tese, não têm mais problemas psicológicos do que os naturais.

Ao contrário do que sempre se acreditou, não é o fato de ser adotado e sim a forma como se dá a adoção e o ambiente familiar que determinam o comportamento das crianças.
Na avaliação, percebeu-se também que as crianças apresentam mais problemas quando ficam sabendo da adoção mais tarde.

À medida que ela vai perguntando, deve-se ir respondendo.
O importante é que os pais não fiquem tensos, que estejam tranqüilos e seguros.
O espiritismo é muito claro quanto à questão da adoção de filhos: é um ato de amor incondicional.
"O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito" (Evangelho Segundo o Espiritismo - Kardec, A.)

Somos todos adotados, pois que ninguém é propriedade de ninguém. Nosso filho de hoje poderá ser nosso pai amanhã, assim estabelece a lei da Reencarnação.
Um dos medos mais comuns das famílias adotantes é de que o filho adotivo venha a se tornar revoltado, porque já teve a rejeição materna.

Ora, um filho biológico pode ser um espírito que reencarnou para resgate naquela família, causando-lhe muitos problemas; ao passo que o filho adotivo, poderá ser um espírito afim, que vem para trazer felicidade. Ou vice-versa.

Desta forma, ter um filho adotivo ou biológico sempre será para a família um meio de ressarcir débitos pretéritos, direta ou indiretamente, e sejam esses débitos dela (família) ou dele (filho).
Adotar um filho, um amigo, um pai, uma mãe devem ser tarefas diárias para quem quer conquistar a sua própria evolução espiritual. Mas a adoção deve ser de coração, pois esse é laço indestrutível, permanente.
Nossos filhos não são nossos filhos, são antes, irmãos.

Os corpos que têm, são filhos dos nossos corpos, nada mais.
Os chamados filhos adotivos são os filhos do coração; estão unidos a nós por indestrutíveis laços espirituais.

Lições de Sabedoria - Marlene Nobre
Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas

http://angielis.blogspot.com/2011/06/adocao.html

O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL


Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos.

Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.

Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.

Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

9. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO- 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é 1º maior mercado de jatos e helicópteros executivos do mundo.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando..

É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!

Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser brasileiro.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ESPIRITISMO, CIÊNCIA E LÓGICA


Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará (A Gênese).

O tempo passou. O século XX foi pródigo em destruir paradigmas, a começar pela Física clássica. Da constatação de que ela não explicava satisfatoriamente certos fenômenos surgiram dois novos campos: a Relatividade de Einstein e a menos famosa ao grande público, mas igualmente revolucionária, Mecânica Quântica. Os elétrons, prótons e nêutrons não podem ser imaginados como pequenas coisas independentes do mundo restante. O mundo quântico nada tem a ver com essas coisas, que podem ser apalpadas. Apenas permite aos cientistas relacionar diferentes observações dos átomos entre si ou em matérias ainda menores, como procedimento para harmonizar suas observações. O átomo se converteu num simples código para um modelo matemático, não em parte da realidade. A Mecânica Quântica é aceita até hoje devido ao seu pleno êxito, não por ser intuitiva e bela. Muito pelo contrário: os paradoxos que seu sistema geraria no mundo macroscópico desafiam o senso comum e intrigaram até seus criadores. Sua modelagem probabilística acabou com o sonho de ser prever qualquer evento, desde que fossem dadas as condições iniciais. O acaso entrou definitivamente na Ciência, pelo menos no microcosmo. Muita gente não gosta disso. O próprio Einstein não gostava disso exclamou: “Deus não joga dados”. Mas parece que Ele joga, sim.

Até a Matemática que se achava acima das crises de paradigmas das demais disciplinas também teve seu choque. Os matemáticos se empenhavam na busca de um conjunto finito de axiomas do qual se pudesse deduzir toda a Matemática. O banho de água fria veio quando o Gödel demonstrou que qualquer sistema lógico é incompleto. Sempre haverá sentenças em que não se poderá decidir se são verdadeiras ou falsas e a inclusão de mais axiomas apenas retarda o surgimento dessa questão. Em suma, há verdades que nunca serão atingidas. Longe de ser desesperador, isso é bom. É sinal de que a Matemática nunca se esgotará. Podemos criar álgebras e geometrias tão malucas quanto queiram nossa imaginação; só uma coisa é exigida: coerência. A Lógica libertou-se totalmente das amarras ao mundo real.

O olhar que as ciência lançam sobre o homem também mudou. Não somos mais o produto acabado da evolução, não estamos à testa de uma fila indiana das espécies. Somos apenas um ramo de uma árvore ramificada, que é constantemente podada pela tesoura da extinção. Não somos os mais evoluídos; pois evolução não significa progresso, mas adaptação. Uma ervinha é mais autossuficiente que nós e toda nossa inteligência não é garantia de vida eterna.

As causas primárias e finais voltaram. A busca por uma “teoria final” que unifique em um só campo a Relatividade e a Mecânica Quântica prossegue. Dela se espera poder se descobrir o que levou o Universo a ser do que jeito que é e qual o seu destino.

E o Espiritismo nessas mudanças? O fosso entre as metodologias da “ciência espírita” e as demais “ciências” do mundo material foi progressivamente aumentando:

Ciência / Espiritismo

Comum novas gerações de cientistas refutarem trabalhos anteriores. Aversão a critérios de “autoridade”. Medo de se distanciar da ortodoxia kardequiana. Culto à autoridade contido no espírito da Verdade ou Kardec. Há exceções, óbvio.
Obras de grandes mestres (Principia Mathematica, Origem das Espécies, etc.) ainda lidas como referência, fontes de valor histórico e como uma forma de adentrar no raciocínio do autor. Os estudantes, porém, usam bibliografia recente, expandida e corrigida. Livros de Kardec ainda utilizados sem alterações, mesmo no que há de errado. Notas de rodapé corrigem alguns erros
A lógica é usada como ferramenta apenas. O raciocínio precisa estar corroborado evidências. A lógica é utilizada como meio de prova ou refutação de hipóteses, não havendo verificação de se a natureza pensa igualmente.
O bom senso e a experiência usual nem sempre são seguidos (Relatividade e Mecânica Quântica que o digam. Idem para a “ação à distância” de Newton). Opta-se por soluções pragmáticas, ainda que esdrúxulas. O senso comum, ao lado da lógica, é superestimado.
Há grande discussão em torno da filosofia da ciência quanto à questão da melhor metodologia para o estabelecimento de novos conhecimentos (refutabilidade, crise de paradigmas, etc.). O conhecimento espírita ainda é majoritariamente indutivo, baseado em moldes científicos do século XIX (positivismo).
Teorias inverificáveis, mas belas, são postas de lado. Persiste a presença de hipóteses “ad hoc” inverificáveis para sustentar pontos nebulosos da doutrina. (ex: vida “invisível” em outros planetas)
Apropriações entre ramos da ciência (malthusianismo no darwinismo, biologia na sociologia – darwinismo social, eugenia) hoje são vistas com reservas. Apropriações correntes são feitas sem garantia de que são válidas (ação e reação, noções de mecânica quântica, etc.)
Ciências que não têm acesso direto ao seu objeto de estudo (astronomia, história, etc.) lançam mão da análise indireta dos efeitos que chegam até nós. (espectro de luz, documentos históricos). Pede um lugar “especial” entre as ciências por não ter acesso direto ao seu objeto de estudo (espíritos).
Orações, Meditação e estados alterados de consciência são passíveis de estudo, mas isso não significa que seja verdade aquilo que seus praticantes dizem. Verdades podem ser extraídas de “estados alterados de consciência”, vulga mediunidade. Contudo, nenhuma proposta rigorosa para a separação do joio e do trigo foi apresentada.
Não faz afirmações morais. Descobertas podem, inclusive, entrar em choque com a moral vigente. Produz cartilhas de certo e errado. Eufemismos são usados para se alegar que “não é bem assim…”

Bem, vamos por partes. Há espíritas importantes no movimento (ex.: Carlos Imbassahy) que já atentaram para o risco de considerar Kardec infalível, um verdadeiro receio em se distanciar da obra original. Ocorrem controvérsias mesmo em questões mais simples, como nomenclaturas inapropriadas: “fluidos”, “vibrações” e “magnetismo” são palavras cujo sentido se modificou tanto a ponto de o uso que é dado a elas na codificação se encontrar totalmente defasado. Há quem proponha mudanças por conta própria, outros preferem se apegar a uma espécie de tradição ou de consagração pelo uso. É defendido que parte da “atualização” está sendo feita por meio de livros complementares, até como uma forma de não descaracterizar o espiritismo. Muito questionável devido ao fato de a primeira leitura recomendada continuar a ser o Pentateuco kardecista, e não as supostas correções e complementações. “A Origem das Espécies”, de Darwin, ainda é uma obra de referência para estudantes de biologia, nem que seja para analisar o raciocínio do autor a partir da base que tinha. Entretanto, a apresentação ao darwinismo em seu estado original é apenas introdutória e logo são apresentados ao que há de mais atualizado no campo de pesquisa. Stephen Jay Gould desenvolveu interpretações diferentes dos neodarwinistas de como se dava o processo evolutivo. Era um grande fã de Darwin! Seus ensaios são permeados por citações de seu mestre, mas Gould corria caminhos alternativos quando a interpretação convencional não era suficiente para ele. Nem por isso foi menos biólogo ou evolucionista de araque. Nem foi taxado de “gouldista”. A possibilidade de pensamentos dissidentes em um campo científico é algo que falta ao espiritismo. Tudo bem que certas correntes trazem divergências bem destoantes, como os ramatistas; mas não é isso que está em jogo: é o medo de discordar do “mestre lionês” que faz dele uma espécie de Aristóteles moderno do espiritismo.

Kardec depositava fichas demais na lógica. Ela é importante sem dúvida e tê-la é um requisito mínimo. Mas quem a estuda não demora a descobrir que ela não tem tanto poder assim como dizem. Não pode ser usada para atestar a falsidade ou verdade de um fato natural. A validade de uma proposição depende do sistema de axiomas que se tem como ponto de partida. Assim, o que é falso num sistema pode ser verdadeiro em outro. E você não sabe, a priori, quais são os axiomas que a Natureza “adota” em determinado campo, sem falar nas proposições indecidíveis que todo sistema axiomático fatalmente carrega (Teorema de Gödel). Nas palavras do filósofo da ciência, Karl Popper:

Contudo, há não muito tempo sustentava-se que a Lógica era uma Ciência que manipula os processos mentais e suas Leis — as leis do nosso pensamento. Sob esse prisma, não se podia encontrar outra justificação para a Lógica, a não ser na alegação de que não nos é dado pensar de outra maneira. Uma inferência lógica parecia justificar-se pelo fato de ser sentida como uma necessidade de pensamento, um sentimento de que somos compelidos a pensar ao longo de certas linhas. No campo da Lógica, talvez se possa dizer que essa espécie de psicologismo é, hoje, coisa do passado. Ninguém sonharia em justificar a validade de uma inferência lógica, ou defendê-la contra possíveis dúvidas, escrevendo ao lado, na margem, a seguinte sentença: “protocolo: revendo essa cadeia de inferências, no dia de hoje, experimentei forte sensação de convicção”. (A Lógica da Pesquisa Científica)
A lógica é uma ferramenta, apenas. Com ela pode-se dizer se um raciocínio foi bem encadeado e se um sistema é consistente ou não, isto é, se não se contradiz. Mesmo que passem por este teste, ainda não está garantido que a Natureza não se comporte através de outro arranjo. Os gregos antigos fizeram inúmeras especulações acerca de como o universo funcionava. A maioria, palpites errados.

Bom senso é, de certa forma, uma redundância, pois ter senso já é muito bom. Situado em algum lugar entre um raciocínio linear e a intuição, também esconde suas armadilhas. O senso comum de um povo pode diferir de outro, assim como o juízo feito em determinada época se revelar equivocado na seguinte. Esta subjetividade, aliada às sutilezas da Natureza, faz do “bom senso encarnado” um contrassenso metodológico. Um exemplo:

A diversidade das raças corrobora, igualmente, esta opinião. O clima e os costumes produzem, é certo, modificações no caráter físico; sabe-se, porém, até onde pode ir a influência dessas causas. Entretanto, o exame fisiológico demonstra haver, entre certas raças, diferenças constitucionais mais profundas do que as que o clima é capaz de determinar. O cruzamento das raças dá origem aos tipos intermediários. Ele tende a apagar os caracteres extremos, mas não os cria; apenas produz variedades. Ora, para que tenha havido cruzamento de raças, preciso era que houvesse raças distintas. Como, porém, se explicará a existência delas, atribuindo-se-lhes uma origem comum e, sobretudo, tão pouco afastada? Como se há de admitir que, em poucos séculos, alguns descendentes de Noé se tenham transformado ao ponto de produzirem a raça etíope, por exemplo? Tão pouco admissível é semelhante metamorfose, quanto à hipótese de uma origem comum para o lobo e o cordeiro, para o elefante e o pulgão, para o pássaro e o peixe. Ainda uma vez: nada pode prevalecer contra a evidência dos fatos. (LE, cap. III, item 59)
Há um acerto na questão de que a cronologia é realmente curta demais para permitir variabilidades sensíveis entre as espécies. Porém, o encadeamento lógico desanda quando generaliza para todo caso e qualquer intervalo de tempo. Kardec usou o senso que tinha, mas a verdade subjacente à origem e diversidade das espécies precisa das noções de evolução e mutações, que não são intuitivas.

Especulações à parte, o espiritismo ainda possui problemas quanto à maneira de agregar o “conhecimento” que colhe. Ainda está impregnado pelo modismo intelectual do século XIX: o positivismo. Antes que se realce as características materialistas deste sistema filosófico que pretendia reformar a sociedade e terminou por querer criar a “religião da humanidade”, deve-se lembrar que também era uma teoria da ciência, e foi essa a parte que inspirou a metodologia kardecista. Em linhas gerais, pode-se dizer que o positivismo e suas escolas derivadas (empirismo lógico, Círculo de Viena, etc.) baseavam seus critérios na verificabilidade de uma teoria. Um enunciado seria científico se pudesse ser sucessivamente confirmado empiricamente. A não-ocorrência do enunciado estabeleceria sua falsidade. De fato, a noção de “Consenso Universal dos Espíritos” nada mais é que essa busca de contínua verificação. Quanto mais médiuns ao redor do mundo dessem a mesma resposta a uma pergunta, maiores as chances de esta ser verdadeira. Mas daí vêm alguns problemas — “quantas comunicações seriam necessárias para se dizer que ‘é suficiente’?”, “o que fazer com as respostas destoantes?”, “rejeitá-las, simplesmente?”, “se pode haver influências do médium na comunicação, não se deveria espalhar os questionários por diversos locais distantes do globo — não apenas no universo europeu — para garantir que não houve influência cultural?”.

Uma maneira simples de questionar a verificabilidade seria indagar se, pelo fato de todos os cisnes de um zoológico serem brancos, todos os membros da espécie também o são. Poder-se-ia sair numa busca frenética atrás de todos os cisnes do mundo, e cada novo animal branco reforçaria a hipótese, tornando-a mais “verdadeira”, mais “provável”. Simples engano, pois bastaria um único exemplar de cor diferente para derrubar a teoria. Infelizmente, o suposto caçador de cisnes brancos se desiludiria ao percorrer a Austrália, onde cisnes negros foram encontrados pela primeira vez…

Esta forma indutiva de fazer ciência recebeu dura crítica do filósofo da ciência Karl Popper que, divergindo dos neopositivistas dos quais fazia parte, propôs a falseabilidade (ou refutabilidade empírica) como novo critério para a demarcação da cientificidade de um enunciado. O que distingue uma ciência da pseudociência é a capacidade de a primeira ser refutada com base na experiência. Uma teoria é válida quando resiste à refutação, podendo, então, ser confirmada. Esta mudança de postura foi imensa e a atividade científica passou a buscar não a confirmação de suas próprias teorias, mas justamente o contrário: derrubá-las. Afinal, quem merece mais crédito: um cidadão que testou mil vezes os postulados da mecânica clássica ou um que lhes determinou um limite de validade? Lembra de Einstein?

Nessa parte, os continuadores de Kardec deixam a desejar. Há um receio, ou talvez temor, em se arrumar uma maneira de pôr à prova o que está escrito no Pentateuco. Enfoca-se mais a parte filosófica-doutrinária, que se mantém quase sem arranhões justamente por não ser passível de refutação, e se subestima os erros e equívocos que se revelam por serem minoria dentro do corpo doutrinário. Mas são estes “acessórios falhos” que englobam aquilo a que nós, seres materiais, podemos ter acesso e verificar por conta própria. São eles que lançam dúvidas sobre as partes referentes ao “lado de lá”. Por isso, penso que o pior lugar para se discutir o espiritismo é dentro de um centro espírita; o mesmo vale para debates dentro de igrejas, partidos políticos e times de futebol. Nesses locais sempre se busca um consenso, nem que seja à força. Embates que gerem novas ideias aparecem mais quando antagonistas se chocam. É irônico dizer isto, mas os detratores do espiritismo, desde os cristãos radicais até os materialistas (e muitos me incluiriam neste bojo, também), lhe prestam um grande favor. São eles que, por vias tortas, desempenham um papel que deveria ser dos próprios espíritas. “Ciência também erra”, diriam os críticos. Concordo, os cientistas erram e uns vão atrás dos erros dos outros, pois sabem que neles está a mola propulsora para o progresso. Uma atitude perante o erro melhor que uma postura defensiva.

Há críticas, porém, à aplicação da refutabilidade a ferro e fogo. Popper mesmo admitiu a possibilidade de se utilizar hipóteses auxiliares específicas para se contornar uma dificuldade prática (ad hocs). Um exemplo tradicional ocorreu na astronomia do século XIX: as observações da órbita do planeta Urano não batiam com o previsto pela teoria da gravidade de Newton. Cogitou-se que a presença de um outro planeta ainda não descoberto estaria interferindo em sua órbita e até se previu sua possível posição. Assim, Netuno foi descoberto e a confiança na Gravitação Universal restaurada. Baseado nesta e outras avaliações históricas, Thomas Kuhn postulou que boa parte do tempo é gasta pelos pesquisadores na avaliação das previsões de teorias e na reconciliação dos dados discrepantes. Somente quando a quantidade de remendos chegasse a um nível crítico, ocorreria a crise de paradigmas, na qual pressupostos antigos são postos em cheque e novos são criados. Voltando às órbitas planetárias, pela mesma época da descoberta de Netuno, tentou-se justificar as irregularidades na órbita de Mercúrio pela presença de um planeta entre ele e o Sol, que foi chamado Vulcano. Ninguém conseguiu encontrá-lo e o incômodo só foi resolvido com a introdução da Relatividade Geral de Einstein, uma nova teoria de gravitação que deu uma explicação satisfatória para este e outros fenômenos.

O problema da obra de Kuhn é que não há uma definição precisa para “paradigma” (o cerne de seu trabalho) e ele mesmo admitiu que perdeu controle do uso do termo. Mesmo questionando Popper, de forma alguma defende o retorno ao indutivismo lógico dos neopositivistas. E, afinal, seria possível reconciliar o espiritismo com o que diz a ciência por meio de hipóteses auxiliares?

Bem, vale lembrar que há critérios no uso de ad hocs. Eles também têm de ser passíveis de corroboração. Um caso emblemático ocorreu com Galileu, quando verificou em sua luneta que a superfície da Lua era irregular e cheia de crateras e montanhas. Isto contrariava as ideias de Aristóteles, ainda vigentes na época, segundo as quais a Lua seria perfeitamente esférica e lisa. Os neo-aristotelistas partiram em defesa do antigo mestre e disseram que o espaço entre as montanhas estava preenchido por uma substância invisível, que não podia ser detectável aqui da Terra. Com isso garantiam que qualquer chance de refutação seria impossível. Galileu, muito inteligentemente, endossou a presença de tal misteriosa substância, porém com uma diferença: ela se acumularia no topo das montanhas, tornando a superfície do satélite ainda mais irregular. Os seguidores de Aristóteles que provassem que estava errado! Ele mostrou que suposições ad hoc são capazes de provar quaisquer hipóteses, até as opostas. Este tipo de argumento pode ter até senso, mas pouco valor se não houver nenhuma maneira de testá-lo. Do contrário, haveria um verdadeiro jogo de desonestidade intelectual: se der cara eu ganho, coroa você perde.

Aí reside o erro de boa parte das defesas argumentativas do espiritismo: no abuso de ad hocs fracos. Podem até dar uma aparente capa de racionalidade, mas estão próximos demais de um comportamento pseudocientífico ou, no mínimo, de má-ciência. Um dos mais problemáticos consiste na justificativa dada para explicar a ausência, até o presente momento, de vida inteligente em outros planetas deste sistema solar, mesmo após a investigação de sondas espaciais: os habitantes desses mundos seriam feitos de uma matéria “sutil” e invisível aos nossos instrumentos. Não sei se há alguém brincando de esconde-esconde com os robozinhos que pousaram em Marte, se estes aterrissaram em cima de desertos, ou a civilização marciana se encontra no subsolo. Enquanto nossos vizinhos não mostrarem a cara, essa afirmação continuará digna de estar sobre o mesmo pedestal de outras pérolas do tipo: “a Terra tem apenas 6.000 anos, mas foi feita para parecer que tem 4,5 bilhões” ou “objetos inanimados possuem sentimentos, embora não sejam capazes de expressá-los”.

Outras afirmações especiais são um pouco mais sutis, dentro do cerne da metodologia. Informações disparatadas são desculpadas não como fruto de uma comunicação espiritual, mas do “psiquismo” do médium que colocaria ideias próprias como sendo de “outrem”. Kardec, supostamente, não soube separar uma coisa de outras. Tal alegação apenas resolve os problemas das comunicações presentes e futuras, mas nada pode dizer quanto às que foram feitas no século XIX. Como se sabe onde houve contaminação da mente do médium ou não? Parodiando Galileu, digo que as afirmações até agora não-refutadas foram feitas por cérebros encarnados, ao passo os erros pertencem apenas ao mundo espiritual. Provem que estou errado!

A separação do joio do trigo nas comunicações, por sinal, ainda depende de uma metodologia precária, que remonta a Kardec. Pode ser que se estude os efeitos de “estados alterados de consciência” do cérebro com o mesmo aparato tecnológico usado para se verificar os efeitos da oração ou meditação. Agora, o que se extrairá disso só o futuro dirá. Dizer que alguém está tendo acesso a uma verdade superior só de olhar uma tomografia pode ser ambicioso demais no momento. Os critérios adotados são indiretos e foram assim catalogados por Herculano Pires em quatro pontos principais:

Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual;
Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser justificado;
Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem;
Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto.
Acontece que:

Há um elevado grau de subjetividade aqui. Não há técnicas confiáveis para avaliar tais atributos em encarnados, que dirá da “assistência espiritual”.
Já foram ditas as deficiências da lógica em garantir se algo é verdadeiro ou não. Quanto a limitar o crédito apenas às mensagens que corroborem o conhecimento vigente, está se perdendo uma bela oportunidade de se colocar comunicações sob teste. Se um conjunto de relatos em meados do século XIX que fizesse menção aos paradoxos quânticos e relativísticos ou rejeitasse as teorias de superioridade racial fosse rejeitado segundo esse critério, uma oportunidade teria ido embora. Preferiu-se ficar à sombra do que já era conhecido como uma forma de provar uma mensagem, quando o mais interessante seria um conteúdo ainda desconhecido para justamente pô-la à prova algum dia. Uma crítica muito frequente é a falta de descobertas científicas através de mediunidade. Nenhuma cura de doença, dedução de um teorema difícil, sítio arqueológico relatado ou mesmo uma literatura digna de prêmio Nobel. Para isso existe mais um ad hoc: Os espíritos não trazem nenhum conhecimento pronto porque isso tira o nosso mérito em progredir pelo próprio esforço. Espere aí, não tire o corpo fora. Ninguém falou em seres astrais superprotetores transformando a humanidade encarnada em um bando de indolentes. Pede-se apenas que algumas joias sejam oferecidas para que se tornem “evidências extraordinárias para alegações extraordinárias”. E é bom que se diga que, ao relatar civilizações extraterrenas, expor teorias da Lua, defender abiogênese e afirmar que a medicina espiritual curaria doenças letais da época, se trouxe, sim, informações que deveríamos descobrir por nós mesmos; portanto, essa desculpa é muito furada.
Se falar bonito fosse sinal de idoneidade, então os 171 da vida seriam os melhores mentores da humanidade. Esse critério é por demais ingênuo. Farsantes deste (e quem sabe do outro) mundo usam palavreado florido e conceitos científicos pouco conhecidos do grande público como uma forma de dar pretensa autoridade. Magnetismo e mecânica quântica, então… isso me faz pensar se algum desse sábios espirituais seria ao menos capaz de resolver uma equação diferencial que se preze.
O “consenso universal”, além do problema de ser indutivista, se mostra cada vez mais regional. Diferenças já apareciam no século XIX (espiritismo inglês, roustaignismo e até em diferenças entre a primeira e segunda edição do LE). Isso aumentou no século XX com novos grupos Nova Era e espiritualistas (não-kardecistas) com suas doutrinas e interpretações próprias. Uma resposta dada a isso foi que estes relatos divergentes não são dados por espíritos que fizeram parte da original “Falange do Espírito da Verdade” (relativa), que auxiliou Kardec. Entretanto, é difícil definir — se é que isso não seria arbitrário — quem pertence a esta casta de “autorizados” ou não. As obras de Edgar Armond e Pietro Ubaldi, por exemplo, são controversas ainda, existindo quem os considere como continuadores e complementares à codificação, e aqueles que toleram estes autores apenas como fundadores de outras vertentes espiritualistas. Só para citar, em um exemplar da revista Visão Espírita (ano 2, número 20, pág. 20, Editora Seda) se encontra um anúncio dos livros de Ubaldi. Como diz o velho ditado: “filho feio não tem pai”.
Alguém pode estar pensando que toda a preleção feita acima se refere apenas às ciências experimentais, não tendo nenhuma relação com outros campos. De que maneira poderia um astrônomo analisar astros tão distantes, um paleontólogo tratar como ratinho de laboratório um animal morto a milhões de anos e um historiador voltar no tempo para assistir a uma importante batalha. Elas não estão sujeitas aos testes popperrianos de refutação.

Nada mais falso! Campos de estudo que se valem de análises indiretas podem (e devem), sim, ter suas teorias postas em xeque. Um astrônomo pode cogitar sobre os elementos que compõem uma estrela e verificar se está certo analisando o espectro de luz emitido por ela. A teoria da evolução pode ser refutada se se descobrir um ser vivo cuja origem não pode ser explicada ou se se encontrar um fóssil de humano moderno ao lado do de um dinossauro; tudo que se imaginava acerca de um evento histórico pode sofrer uma reviravolta com a revelação de um novo documento apresentando nova versão dos fatos. Ciências não-experimentais baseiam-se no controle criterioso de seus dados, na dúvida sistemática, na aplicação de dedução, eliminação de preconceitos baseados na autoridade ou no bom senso, na busca de contraprovas que possam ser previstas a partir das hipóteses formuladas. Em suma, tudo que já foi exposto acima e o espiritismo deixa a desejar. O fato de espíritos (se existirem) não serem acessíveis diretamente não dá ao espiritismo o direito de ter um tratamento especial.

Uma questão ainda pendente é a da “ciência com consequências morais”. Mesmo que o espiritismo fosse ciência, seria muito arriscado fazer juízos morais baseados em noções científicas. Nas palavras de Stephen J. Gould:

(…) a descoberta potencial pelos antropólogos de que o assassinato, o infanticídio, o genocídio e a xenofobia podem ter caracterizado muitas sociedades humanas, podem ter prosperado em muitas sociedades humanas e podem até ser benéficos para a adaptação a determinados contextos não oferece nenhum apoio à pressuposição moral de que devemos nos comportar dessa maneira. (Extraído de Pilares do Tempo, parte 2, Definição e defesa dos ministérios não interferentes).
Certo que o espiritismo não chega a propor as coisas do exemplo de Gould, mas há as conclusões quanto ao transplante de órgãos citadas na parte “Restauração de Dogmas”. Foram afirmações de cunho moral muito duvidoso, tanto que nem são (creio eu com minha experiência humilde no meio) aceitas pela maioria dos espíritas. Ficam como amostras do tipo de equívoco que pode acontecer.

Há um último comentário a ser feito que não se encontra na tabela do começo do tópico. Os espíritas se colocam fora do conjunto das demais religiões tradicionais por possuírem postulados, ao contrário das demais crenças cristãs que se baseiam em dogmas. Bem, até que ponto isso é verdade dependerá da maneira como se der nome aos bois.

Dogmas e postulados partilham entre si a qualidade de serem aceitos sem demonstração. Não vale a regra de que dogmas seriam os mistérios da fé mais esdrúxulos, ao passo que postulados seguiriam mais a intuição. Ambos podem ser pontos de partida para raciocínios lógicos, ainda que de conclusões duvidosas.

As definições são dogmas; somente as conclusões retiradas delas podem proporcionar-nos nova perspectiva. K.Menger, citado por Popper.
Então qual a diferença? A principal distinção se dá através do uso de cada um. Campos de estudo continuam existindo mesmo após uma profunda revisão de seus princípios. Por isso a física conseguiu fazer a mudança de seus paradigmas no começo do século XX, a biologia continuou existindo após descrença do “princípio vital” como motor da vida e a geometria alargou seus horizontes para muito além de Euclides. Já uma doutrina, não. O catolicismo sofreria um baque sem a virgindade de Maria antes e após o parto; o protestantismo, não. Ambas rejeitariam com veemência a descoberta de um hipotético cadáver de Cristo, comprovando que não ressuscitou, nem ascendeu aos céus. Elas perderiam a razão de ser sem este dogma.

Bem, você pode pensar que o espiritismo está livre desta porque a única maneira de refutá-lo é provar que a mente não sobrevive à morte do corpo, não é? Não, não é. Isso valeria para o espiritualismo no sentido mais amplo da palavra. O espiritismo tem uma quantidade maior de pressupostos, o que torna-o mais frágil. Uma prova da sobrevivência da mente ao fim do corpo apenas prova isto: a vida após a morte; não garante nada a respeito da existência de um deus ou regras de “ação e reação” (karma). Deuses podem muito bem continuar não existindo ou não dando a mínima para o que fazemos e até serem imperfeitos, que a vida após a morte não seria um contrassenso. O budismo theravada vive muito bem sem um deus. A reencarnação pode ser um fato, como muitos se esmeram em provar, mas tem mesmo de ser do jeito que Kardec diz? Poderia se dar por um processo aleatório, independente de um karma; mais de uma essência (ou alma) poderia se reunir em uma, ou então uma mesma essência se dividir em corpos distintos, possibilidade também aceita por vertentes budistas; novas almas poderiam ser geradas junto com o feto, sem nenhum karma passado. Deus, reencarnação, espíritos, karma: espíritas acham que esses conceitos formam um bloco monolítico e que a existência de um depende da dos outros, o que não é verdade. Há mais pressupostos que não foram ditos, mas apenas com esses eu pergunto: pode o espiritismo mudar ou até excluir algum deles sem ter que mudar de nome? Se a resposta for um estrondoso sim, quem sabe exista ainda um modo de mudar a atitude dos espíritas e dar-lhes mais rigor. Se a resposta possuir alguma espécie de “se”, então estamos diante de uma religião ou, com boa vontade, uma filosofia, nunca uma ciência. O espiritismo possui inspiração racionalista, mas isso não basta para fazer dele um campo de pesquisa.

fonte: Falhas do Espiritismo

http://ateus.net/artigos/critica/espiritismo-ciencia-e-logica/

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ESPIRITISMO E CIÊNCIA - UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA

Jorge Hessen

Embora o Espiritismo trate de assuntos que escapam ao domínio das ciências clássicas, que se circunscrevem aos fenômenos físicos, reconhecemos que o "Espiritismo e a ciência completam-se reciprocamente". (1) Lamentamos, porém, que, atualmente, grande parte dos pesquisadores seja céptica e materialista.
O objeto fundamental do Espiritismo não se pode comparar ao das ciências tradicionais, salvo nas interfaces ou nos pontos comuns. A Ciência, emancipada da fé, estabeleceu seus métodos de investigação, como meio de se aproximar da verdade, baseando-se em provas, princípios, argumentações e demonstrações que garantam a sua legítima validade. Com relação aos fatos espíritas, igualmente naturais, a Ciência demonstra uma relutante ortodoxia, que nada a dignifica. Porém, há algo de positivo nessa resistência: é que o rigor científico eliminou muita crendice e o sobrenatural (o milagre). Muita imprecisão, reinante na interpretação dos fenômenos da natureza, reduziu, consideravelmente, as indevidas intromissões religiosas nas questões de alçada específica da Ciência. É verdade que "o Espiritismo toca domínios até agora reservados às religiões. Mas em metodologia, o Espiritismo difere radicalmente das religiões tradicionais, porque rejeita a fé dogmática, a crença cega, as práticas rituais, o culto exterior ou esotérico". (2) Na Doutrina Espírita não há ninguém investido de poderes sensacionais nem de prerrogativas divinas, da mesma forma que não há uma organização filosoficamente verticalizada com títulos pomposos na sua estrutura de funcionamento.
Por outro lado, tentar forçar o ajuste da Doutrina Espírita às normas ou procedimentos de outras Ciências, certamente é descaracterizá-la do seu contexto original, uma vez que cada ramo do conhecimento científico tem sua atividade, disciplina e estudo específicos. Portanto, tal procedimento é desconexo em relação ao objeto da Doutrina Espírita. "A ciência investiga, a religião crê. Se não é justo que a ciência imponha diretrizes à religião, incompatíveis com as suas necessidades de sentimento, não é razoável que a religião obrigue a ciência à adoção de normas inconciliáveis com as suas exigências do raciocínio." (3)
Em 1962, Thomas Kuhn, introduziu o conceito de paradigma (4). Atualmente, paira um clima de inexatidão racional, compatível com o livre-exame e incompatível com todo princípio que se pretenda absoluto. O físico Fritjof Capra (*) é totalmente aberto à metafísica e crê ser capaz de fornecer a matéria-prima para a elaboração de hipóteses experimentais. Em 1975, declarou em seu livro "O Tao da Física", que "o método científico de abstração é muito eficaz e possante, mas não devemos lhe pagar o preço, pois existem outras aproximações possíveis da realidade". (5)
Querer misturar conceitos de outras ciências com princípios espíritas é temerário, não é científico. Consoante noção de paradigma, cada um deles deve ser entendido dentro de seu contexto de pesquisa (ambientação e hábitos mentais acadêmicos), não se acoplando enxertias e/ou fusões ainda que muito bem intencionadas. Com o advento do Princípio da Incerteza de Heisenberg, os raciocínios clássicos, baseados na exatidão, pouco a pouco cederam terreno aos raciocínios probabilísticos. Esta época marca, então, uma guinada de cento e oitenta graus na história das Ciências. Cremos que nenhuma lei teórica pode sair de um conjunto de fatos de maneira lógica e infalível. Sobre isso, Arthur Koestler assinala que "os inconcebíveis fenômenos da percepção extrasensorial parecem de certo modo menos absurdos, comparados aos inconcebíveis fenômenos da física". (6) O Espiritismo tem linguagem a respeito do mundo espiritual, criada e desenvolvida para transmitir conceitos sobre esse mundo. As ciências materiais utilizam termos distintos que tratam de outro cenário, embora o "palco" apresente áreas comuns ou contíguas que, no momento, não dispomos de terminologia adequada para descrever. Isto não eqüivale a afirmar que o Espiritismo não seja uma Ciência.
O Espiritismo é Ciência sim! Personagens notáveis reafirmaram o caráter científico da Doutrina Espírita, expressando, de modo claro, seu pensamento: "O Espiritismo deixa de parte as teorias nebulosas, desprende-se dos dogmas e das superstições e vai apoiar-se nas base inabalável da observação científica".(7) Nada tememos em afirmar o seguinte: quem declara que os fenômenos Espíritas não são objetos da Ciência, não sabe o que fala. Pois que "O objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual, (...) uma das forças da natureza, que reage incessante e reciprocamente sobre o princípio material." (8)
Apesar do ponto de vista da comunidade científica, o Espiritismo ainda não está incluído no acervo do conhecimento humano como Ciência, porém "o Espiritismo é uma Ciência cujo fim é a demonstração experimental da existência da alma e sua imortalidade, por meio de comunicações com aqueles aos quais impropriamente se têm chamado mortos" (9) O Espiritismo, sendo uma Ciência, distingue-se das disciplinas científicas já estabelecidas e estudadas nas academias pelo objeto de seus estudos: o espírito.
O magistral gênio de Lyon afirma que "a Doutrina não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os Espíritos lhe põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações."(10). A rigor, Espiritismo e Ciência se completam, reciprocamente. A Ciência, sem o Espiritismo, acha-se na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria. Ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. "Seria preciso alguma coisa para preencher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse; esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal (...) Essas relações, uma vez constatadas pela experiência, uma luz nova se fez: a fé se dirigiu à razão e a razão não tendo encontrado nada de ilógico na fé, o materialismo foi vencido". (11)
Culminamos nossos breves comentários com os registros de testemunhos de exponenciais nomes da Ciência, lembrando que foi William Crookes, notável físico inglês, que iniciou a era transcendente da Ciência Espírita com as suas célebres experiências realizadas de 1870 a 1874, com os médiuns Douglas Home, Kate Fox e Florence Cook, empregando método rigorosamente científico. Crookes, disse: "Estando certo da realidade dos fenômenos espíritas, seria uma covardia moral lhes recusar meu testemunho." (12) Após seis anos de experiência sobre o Espiritismo, Crookes reafirmou os fatos: "Não digo que isto é possível; digo: isto é real!". (13)
Atentemos para a opinião do senhor Oliver Lodge, físico inglês, "estou agora convencido, após 20 anos de estudos, não somente que a continuação da existência pessoal é um fato, mas que uma comunicação pode, ocasionalmente, mas com dificuldade e em condições especiais, nos alcançar através do espaço. Esse assunto não é daqueles que permitem uma conclusão fácil; as provas podem ser adquiridas por aqueles que consagram a isso tempo e um sério estudo."(14)
Ouçamos as palavras de César Lombroso, criminalista italiano da Universidade de Turin, "Sou forçado a formular minha convicção de que os fenômenos espíritas são de uma importância enorme e que é dever da ciência dirigir sua atenção, sem prazo, sobre essas manifestações (...) estou confuso por ter combatido a possibilidade dos fenômenos espíritas." (15)
O renomado naturalista Russel Wallace, presidente da Sociedade Inglesa de Antropologia, disse certa vez: "Eu era um materialista tão completo e tão convencido que não podia abrigar em meu espírito nenhum lugar para uma existência espiritual. Mas os fatos são coisas teimosas e eles me venceram. Os fenômenos espíritas são tão provados quanto os fatos de todas as outras ciências." (16)
Destacamos o testemunho de Camille Flammarion, célebre astrônomo francês: "Não hesito em dizer que aquele que declara os fenômenos espíritas contrários à ciência, não sabe do que fala. De fato, na natureza não há nada de oculto, de sobrenatural, há o desconhecido; mas o desconhecido de ontem se torna a verdade de amanhã". (17) No terceiro volume de sua grande obra, "A Morte e o Seu Mistério", ele conclui nesses termos: "A alma sobrevive ao organismo físico e pode se manifestar após a morte". (18)
O Codificador lembra que "O Espiritismo, caminhando com o progresso, não será jamais ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro sobre um ponto, ele se modificará sobre esse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará." (19) Kardec sempre priorizou o método experimental como reveladora da verdade. Porém, o movimento espírita sofre quando idéias prematuras, ingênuas, pseudo-científicas são divulgadas dentro do espírito do "ôba-ôba" como verdades e que, ainda, são ditas comprovar o Espiritismo. Por fortíssimas razões, vamos tomar mais cuidado com relação aos tópicos ligados, não só à Física, mas à Ciência como um todo. Cremos que o Espiritismo não tem a necessidade absoluta da ciência, porém a colaboração científica é sempre útil quando precede da consciência esclarecida e da sinceridade do cientista. (*) Em "O Tao da Física", de Fritjof Capra, o autor faz um paralelo entre o misticismo oriental e a Física Moderna. Divide-se em três partes principais ("O caminho da física", "O Caminho do Misticismo Oriental" e os "Paralelos"). Em "O Caminho da Física", é traçado uma evolução cronológica da Física, mostrando como o mundo era visto de maneira estática e finita, desde o pensamento aristotélico, até Newton, e passa a ser compreendido, a partir do Século XX, como em constante movimento e em expansão. É analisado o quanto a teoria da relatividade e a teoria quântica foram importantes para esta mudança de paradigmas. Em "O Caminho do Misticismo Oriental", são mostradas algumas correntes do misticismo: Hinduísmo, Budismo, O Pensamento Chinês, O Taoísmo e o Zen, mostrando de maneira geral e didática, sem cair no simplismo, as principais características de cada uma dessas correntes, como: a noção de que o mundo está em permanente mudança; a idéia de que existe uma unidade geral no universo de maneira tal, que todas as coisas estão interligadas, etc. No capítulo Os Paralelos, são mostradas as semelhanças entre essas características do misticismo, citadas acima, com as novas descobertas da física. Que cada vez mais concordam em vários pontos. Por exemplo, a física atual já concorda com o pensamento oriental quanto a permanente mutabilidade do universo.


Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
FONTES:
1 Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 2003, Cap. 1, parágrafo 16,
2 Ruyer ,Raymond. A Gnose de Princeton, São Paulo: 1 ª edição , Editora Cultrix ,1989
3 Xavier, F. Cândido, Segue-me, ditada pelo Espírito Emmanuel, SP: 7.ed. Matão, Editora O CLARIM, 1994
4 Os paradigmas são descobertas científicas universalmente reconhecidas que, por um tempo, fornecem a uma comunidade de pesquisadores problemas típicos e soluções
5 Cf. Kempf Charles, artigo O Espiritismo é uma Ciência? traduzido por : Paulo A. Ferreira, revisado por : Lúcia F. Ferreira, disponível acesso em 07-04-08
6 Koestler , Arthur. As Razões da Coincidência, RJ: editora Nova Fronteira,1972
7 Delanne, Gabriel. O Espiritismo Perante a Ciência, RJ: Ed. FEB, 1990.
8 Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 2003, Cap. "os milagres e as predições segundo o Espiritismo", item 16
9 Delanne, Gabriel. O Fenômeno Espírita, RJ: Ed. FEB, 1999,
10 Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 2003, Cap. 1, página 19, número 13
11 Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, RJ: Ed. FEB, 1984, p. 37
12 Fonte: ABC do Espiritismo, de Victor Ribas Carneiro e Personagens do Espiritismo, de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy, disponível 13 idem 14 Disponívelacesso em 22-03-08
15 Disponívelacesso em 30-03-08
16 A História não Contada da Seleção Natural, publicado pela revista Universo Espírita, número 7, março 2004, página 28 e transcrito por Julia Adalgisa
17 Flammarion, Camille. A Morte e o seu Mistério, RJ: Editora FEB, 2004, vol. 3 Edição 6
18 idem
19 Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 2003, cap. 1, item 5

FONTE:

terça-feira, 7 de junho de 2011

02/06/11 - Juiz rejeita recolher Livro Espírita (Obras Póstumas)


Olá pessoal, matéria veiculada na NET....
A decisão judicial está anexa.
Abaixo, há uma matéria escrita por Jorge Hessen sobre Racismo.
Fredo
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Livro espírita não deve ser recolhido, decide juiz

Os exemplares do livro “Obras Póstumas de Allan Kardec”, editado pelo Instituto de Difusão Espírita, não devem ser recolhidos. O juiz federal Marcelo Freiberger Zandavali, substituto da 3ª Vara Federal de Bauru, negou pedido de liminar feito em Ação Popular.
Pedro Valentim Benedito entrou com a ação, com pedido de antecipação de tutela, sob o argumento da obra ser lesiva ao patrimônio histórico e cultural e por veicular conteúdo racista. Ele baseou o pedido, dentre outros documentos, na Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, tratado internacional cujo cumprimento, em território nacional, foi objeto do Decreto nº 65.810/69.
O juiz Marcelo Zandavali destacou trecho da convenção sobre discriminação racial. “Entende-se discriminação racial qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência fundadas na raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por fim ou efeito anular ou comprometer o reconhecimento, o gozo ou o exercício, em igualdade de condições, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais nos domínios político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública”.
De acordo com o juiz, o Instituto não teve a intenção específica de anular ou comprometer o reconhecimento, o gozo ou o exercício dos direitos humanos e liberdades fundamentais dos negros. Ao contrário, em “nota explicativa”, ao final do livro, expressa o “mais absoluto respeito à diversidade humana, sem preconceito de nenhuma espécie”. Ele ressaltou, ainda, que a obra traz a opinião de uma pessoa que viveu no século XIX, época em que era comum este tipo de pensamento com relação aos negros, tanto que em boa parte dos países ainda havia a escravidão.
Assim, de acordo com ele, “fica clara como água da rocha a intenção dos editores de divulgar, sem mutilações, o pensamento kardecista, sem, para tanto, elevar a distinção baseada na cor da pele em ideologia discriminatória”. Com informações do Núcleo de Comunicação Social da Justiça Federal de primeiro grau em São Paulo.
Ação Popular nº 0003015-78.2011.403.6108


O juiz federal Marcelo Freiberger Zandavali, substituto da 3ª Vara Federal de Bauru, negou pedido de liminar para recolher os exemplares do livro “Obras Póstumas de Allan Kardec”, editado pelo Instituto de Difusão Espírita. A ação popular foi ajuizada por Pedro Valentim Benedito, com pedido de antecipação de tutela, sob o argumento da obra ser lesiva ao patrimônio histórico e cultural e por veicular conteúdo racista.

O autor popular fundou seu pedido, dentre outros documentos, na Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, tratado internacional cujo cumprimento, em território nacional, foi objeto do Decreto n.º 65.810/69.

Em sua decisão provisória, Marcelo Zandavali destacou trecho da convenção sobre discriminação racial. “Entende-se discriminação racial qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência fundadas na raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por fim ou efeito anular ou comprometer o reconhecimento, o gozo ou o exercício, em igualdade de condições, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais nos domínios político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública”.

De acordo com o juiz, o Instituto não teve a intenção específica de anular ou comprometer o reconhecimento, o gozo ou o exercício dos direitos humanos e liberdades fundamentais das pessoas de cor negra. Ao contrário, em “nota explicativa”, ao final do livro, expressa o “mais absoluto respeito à diversidade humana, sem preconceito de nenhuma espécie”.

Ressalta, ainda, o magistrado que a obra traz a opinião de uma pessoa que viveu no século XIX, época em que era comum este tipo de pensamento com relação aos negros, tanto que em boa parte dos países ainda havia a escravidão.

Sendo assim, de acordo com o juiz, “fica clara como água da rocha a intenção dos editores de divulgar, sem mutilações, o pensamento kardecista, sem, para tanto, elevar a distinção baseada na cor da pele em ideologia discriminatória”.

Você encontra este texto aqui > http://www.jcnet.com.br/detalhe_geral.php?codigo=208667
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FONTE: http://visaoespiritabr.com.br/tag/pedro-valentim-benedito

KARDEC, RACISMO E ESPIRITISMO - UMA REFLEXÃO

Autor: Jorge Hessen.

http://2.bp.blogspot.com/_PfGa2w2TFsg/SjP6zNaEZoI/AAAAAAAAAPY/BOyILyvHPRQ/s320/97+-+Braque,+Cesta+de+frutas,+1908.jpg






Não fales e nem escrevas
Algo que fira ou degrade;
Racismo é uma chaga aberta
No corpo da Humanidade
(Cornélio Pires) (1)






O racismo(2) é um tema pouco abordado nas hostes doutrinárias. A bibliografia é escassa. Os escritores e estudiosos espíritas brasileiros ainda não se debruçaram com maior profundidade sobre o assunto. Para alguns, as poucas análises sobre a questão do segregacionismo e da escravidão do negro, no Espiritismo deixam transparecer as influências da teoria arianista (3), da visão positivista e idealista da história, desconsiderando os fatos nos seus relativismos e contradições.
Para a investigação kardequiana, a respeito do negro, torna necessário ser considerado o contexto histórico em que foi discutida a temática. Incidiria em erro, sob o ponto de vista histórico, considerar Allan Kardec contaminado de preconceitos ou de índole racista. Essa palavra detém uma carga semântica muito forte, inadequada para definir os ideais do mestre lionês. Não há nenhum indício de que ele tenha discriminado algum indivíduo ou grupo de origem negra ou quaisquer indivíduos, sejam no movimento espírita ou fora dele. A jornalista Dora Incontri, com mestrado e doutorado em Educação, pela USP, em seu livro Para entender Kardec, nos trás um fato interessante que muito bem nos dará uma idéia de quem era o senhor Rivail. Vejamos: "É bom lembrar que, na Sociedade de Estudos Espíritas de Paris, havia um Camille Flammarion, astrônomo, e um calceteiro (operário braçal que fazia as calçadas de Paris, de quem Kardec noticia a morte) e ambos eram membros da Sociedade".(4)
Os contraditores de Kardec se valem de textos insertos na Revista Espírita e principalmente em Obras Póstumas, 1ª parte, capítulo da "Teoria da Beleza". A rigor não consideramos essa teoria um ponto doutrinário e muito menos consta das Obras Básicas. Trata-se de uma pesquisa de Kardec que não chegou a publicá-la. Veio a público após o seu desencarne, quando algumas anotações deixadas foram reunidas no livro citado, donde se infere que aquele pensamento ainda não estava perfeitamente consolidado.
Por justeza de razões importa lembrar que Kardec não compilou o Espiritismo em seu próprio nome. Ele atribuía a Doutrina como sendo dos Espíritos. Destarte, urge se faça distinção entre o que revelaram os Benfeitores Espirituais sob o princípio do consenso universal dos Espíritos e o que escreveu e pensava particularmente Kardec, inclusive na Revista Espírita.No bojo da literatura basilar da Terceira Revelação, o Codificador ressalta que, "na reencarnação desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade."(5) Ante os ditames da pluralidade das existências, ainda segundo Kardec "enfraquecem-se os preconceitos de raça, os povos entram a considerar-se membros de uma grande família."(6)
Como se observa, idéias essas que descaracterizam radicalmente um Kardec preconceituoso. (grifei) Entretanto, apesar da atitude (para alguns preconceituosas) atribuída a Kardec em relação ao negro, fruto do contexto em que viveu (repetimos) sobre discriminação e preconceito a determinada etnia, sua obra sai indene de todas as críticas no sentido ético. Até porque para abordagem do tema é imprescindível contextualizá-lo de acordo com teorias de superioridade racial muito em voga na época. A frenologia, por exemplo, advogava uma relação entre a inteligência e a força dos instintos em um indivíduo com suas proporções cranianas. Uma espécie de "desdobramento" pseudocientífico da fisiognomonia.
Num artigo na Revista Espírita de abril de 1862, "Frenologia espiritualista e espírita - Perfectibilidade da raça negra", Kardec faz uma espécie de releitura dessa "ciência" com um enfoque espiritualista, demonstrando que o "atraso" dos negros não se deveria a causas biológicas, mas por seus espíritos encarnados ainda serem relativamente jovens. (7)Indagamos: existem povos mais adiantados que outros? É possível desconhecer a discrepância entre silvícolas e citadinos? Se não é a diferença da evolução espiritual, o que os torna desiguais, então? É evidente que podemos adequar as terminologias para culturas "complexas ou simples" no lugar de "avançado ou atrasados", o que na essência não altera a situação de ambos. Sabemos também [isso é incontestável] que a antropologia e a sociologia surgem eurocêntricas. E a antropologia foi uma espécie de sociologia criada para estudar os povos primitivos.(8) Contudo, a Doutrina Espírita tem mais amplitude do que toda essa questão.
Para nós "não há muitas espécies de homens, há tão somente cujos espíritos estão mais ou menos atrasado, porém, todos suscetíveis de progredir pela reencarnação. Não é este princípio mais conforme à justiça de Deus?"(9)·No livro Renúncia, monumental obra da literatura mediúnica, identificamos trecho que nos chamou a atenção para reflexão sobre o assunto. Robbie, filho de escravos e irmão adotivo de Alcione, ao desencarnar disse-lhe "desde que mandei os gendarmes (10) libertar o cocheiro, por entender que me cabia a culpa (...) sinto que não tenho mais a pele negra, que tenho a mão e a perna curadas (...) veja Alcione (...) e esta lhe explica: São estas as provas redentoras, meu querido Robbie! Deus te restitui a saúde da alma, por te considerar novamente digno." (11)(grifei) Dá para imaginar o Espírito Alcíone racista...?E por que teriam os negros sofridos tanto com a escravidão? Segundo Humberto de Campos os escravos seriam "os antigos batalhadores das cruzadas, senhores feudais da Idade Média, padres e inquisidores, espíritos rebeldes e revoltados, perdidos nos caminhos cheios da treva das suas consciências polutas".(12)
A concepção de que o homem possa encarnar na condição de branco, negro, mulato ou índio, estabelece uma ruptura com o preconceito e a discriminação raciais. Não esqueçamos, porém, que na Grã-Bretanha, ainda hoje, muitos adeptos do Neo-espiritualismo rejeitam a tese da reencarnação, por não admitirem a possibilidade de terem tido encarnações em posições inferiores quanto à raça e à condição social. Com essa visão, um Espírito, reencarnado num corpo de origem negra, estará sujeito à discriminação e isso lhe será uma condição, uma contingência evolutiva a ser superada. Para uns pode ser uma expiação, para outros uma missão.Com os princípios espíritas se "apaga naturalmente toda a distinção estabelecida entre os homens segundo as vantagens corpóreas e mundanas, sobre as quais o orgulho fundou castas e os estúpidos preconceitos de cor". (13) Como se observa, uma doutrina libertária , como o Espiritismo, não compactua, sob quaisquer pretextos, com nenhuma ideologia que vise a discriminação étnica entre os grupos sociais.
A verdade é que nos grandes debates de cunho sociológico, antropológico, filosófico, psicológico etc, o Espiritismo provocará a maior revolução histórica no pensamento humano, conforme está inscrito nas questões 798 e 799 de O Livro dos Espíritos, sobretudo, quando ocupar o lugar que lhe é devido na cultura e conhecimento humanos, pois seus preceitos morais advertirão aos homens a urgente solidariedade que os há de unir como irmãos, apontando, por sua vez, que o progresso intelecto-moral na vida de todos os Espíritos é lei universal, tomando, por modelo, Jesus, que ante os olhos do homem, é o maior arquétipo da perfeição que um Espírito pode alcançar.(14)

Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net/

FONTES:1- Xavier, Francisco Cândido. Caminhos da Vida, Ditada pelo Espírito Cornélio Pires, São Paulo: Ed. CEU, 1996.2- O racismo, segundo a acepção do "Novo Dicionário Aurélio" é "a doutrina que sustenta a superioridade de certas raças". O Conde de Gobineau foi o principal teórico das teorias racistas. Sua obra, "Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças Humanas" (1855), lançou as bases da teoria arianista, que considera a raça branca como a única pura e superior às demais, tomada como fundamento filosófico pelos nazistas, adeptos do pan-germanismo.3- Entre os teóricos do racismo alemão, dizia-se dos europeus de raça supostamente pura, descendentes dos árias.4- Incontri, Dora. Para Entender Kardec, Grandes Questões, São Paulo: Publicações Lachâtre, 20015- Kardec, Allan. A Gênese, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2002, pág. 31.6- Idem págs. 415-4167- Kardec, Allan. Revista Espírita de abril de 1862.8- Primitivo era todo aquele povo que não havia chegado ao grau de cultura e tecnologia do europeu. Sem dúvida que era uma visão do europeu da época, que considerava os negros e os latinos selvagens.9- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, texto escrito por Allan Kardec, e Constitui o Capítulo V item 6º, Rio de Janeiro: Editora FEB, 200110- Soldado da força incumbida de velar pela segurança e ordem pública, na França.11- Xavier, Francisco Cândido. Renúncia, 7 ª ed. Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1973, pg 412.12- Xavier, Francisco Cândido. Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho, Ditado pelo Espírito Humberto de Campos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1980.13- Kardec, Allan. Revista Espírita de abril de 1861 297-298). 14- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2003, parte 3ª, q. 798 e 799, cap. VIII item VI - Influência do Espiritismo no Progresso.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Chico Xavier e Nosso Lar premiados pela Academia Brasileira de Cinema



Na 10ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, evento produzido pela Academia Brasileira de Cinema, os filmes Chico Xavier e Nosso Lar, que abordam o médium mineiro e a vida na colônia espiritual, respectivamente, foram premiados. Nosso Lar foi indicado em duas categorias (edição de som e efeitos visuais) e venceu em “Melhor Efeitos Visuais”.

Concorrente em 16 categorias, “Chico Xavier” levou os prêmios de “Melhor Roteiro Adaptado”, “Melhor Maquiagem” e “Melhor Atriz Coadjuvante”. Confira mais sobre a premiação em http://academiabrasileiradecinema.com.br

sábado, 4 de junho de 2011

Suécia - Vídeo censurado no Brasil. Porque será??


'A TERRA É UM PLANETA EM REFORMA'' EMMANUEL

ESTE VÍDEO DA SUÉCIA, FOI "CENSURADO" NO BRASIL.
PODE ACESSAR,

VERINHA

http://sergiobernardi.posterous.com/fw-suecia-video-censurado-no-brasil

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O CONGRESSO NÃO QUER QUE VOCÊ VEJA ISTO.
SE FOSSE NO BRASIL IRIA SOBRAR VAGAS NO CONGRESSO NACIONAL, SERÁ QUE AINDA TEM COMO TRAZER ESTA IDÉIA PARA CÁ ,RSRS.

TODOS OS PAÍSSES DEVERIAM SER ASSIM.


Como seria bom se as pessoas colocassem amor ao próximo antes do dinheiro.

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O dinheiro MATA e SUJA o homem que não tem o mínimo de princípios morais.
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Fantástico, só precisamos saber a origem do vídeo, alguem sabe quem gravou a reportagem?
alessandrochies 1 semana atrás

Se isso fosse no Brasil ja seriamos um pais de 1ºmundo, não em desenvolvimento a anos.
luizjustvn 1 semana atrás

quem dera si no brasil fosse assim seria bem melhor do q hoje
ricardozila 1 semana atrás

"Não vejo razão nenhuma para o dinheiro do contribuinte ser usado para dar a eles uma vida de luxo." ISSO MESMO
Alexanderoots 2 semanas atrás

Qual será o deputado que não gostou? 
Afonso2001br 2 semanas atrás

Tem gente que não gostou do vídeo. Deve ser um deputado.
artesarantes 4 semanas atrás 2
Isso foi sinalizado como spam mostrar
rafaelsilvamachado 1 mês atrás
Comentário removido
rafaelsilvamachado 1 mês atrás

senti vergonha de morar no Brasil.
vpcitizen 1 mês atrás

O presente vídeo NÃO foi censurado.

Apesar de ser muito bom, esta reportagem circulou na tv.

porra isso é exemplo!
seeeeeeeeeer 1 mês atrás

@vcscomplicamdemais kkk, deveriam mesmo, esse bando d sanguessugas iriam ter motivos a menos para querer 'governar o país com democracia e transparencia', rsrs
JesusChristusDominus 1 mês atrás

Quão seria bom se esses caras aqui do Brasil tivesse isso!
vcscomplicamdemais 1 mês atrás

@floraquario Não se iluda, lá tem facístas vigiando a vida dos cidadãos.

Observe e verás onde isso irá parar.

Abraços.

: )
atrelho 1 mês atrás

Seria maravilhoso se o  Brasil enquadrasse nesse sistema político da Suécia,

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Telescópio fotografa galáxia espiral parecida com a Via Láctea



Esa
Galáxia espiral NGC 6744 tem praticamente o dobro do diâmetro de 100 mil anos-luz da Via Láctea


O ESO (Observatório Europeu do Sul, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira a imagem de uma galáxia que se assemelha muito a nossa pelo seus "braços" espirais.
A chamada NGC 6744 tem, porém, um diferencial no tamanho: possui praticamente o dobro do diâmetro de cem mil anos-luz da Via Láctea. Outra característica é o seu brilho, comparável a 60 bilhões de vezes ao do Sol.
A NGC 6744, localizada a cerca de 30 milhões de anos-luz da Terra --é uma das maiores e mais próximas galáxias espirais--, situa-se ao sul da constelação de Pavão, no hemisfério sul.
Na foto tirada pelo telescópio MPG, a partir do deserto de Atacama, no Chile, os pontos em vermelho representam regiões onde há estrelas em formação.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/923760-telescopio-fotografa-galaxia-espiral-parecida-com-a-via-lactea.shtml
Acesso em: 01 jun. 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cinco dias sem Nora




Cinco dias sem Nora
Este fim-de-semana assistimos Cinco Dia sem Nora, filme intrigante da diretora mexicana Mariana Chenillo. Tratado pela crítica como humor negro, o filme é mais do que isso; é desconcertante porque trabalha com o delicado tema dos preconceitos, o preferido dos diretores de obras “Cult”. Aliás, assistimos no Telecine Cult, que agora não é tão chic e sim mais acessível à classe média brasileira, por enquanto. Dizia que era desconcertante porque trata de temas desagradáveis como morte, velório, enterro, adultério (esse é picante!), brigas de família e finalmente conflitos de religião. O protagonista é um judeu espanhol que perde a ex-mulher, também judia, e não consegue enterrá-la por vários motivos religiosos, entre eles a constatação de que a morte dela foi por suicídio. No judaísmo os suicidas e criminosos são enterrados em locais discriminados nos cemitérios israelitas e isso deu um tremendo quiprocó, entre muitos outros rolos que vale a pena conferir vendo o filme. O assunto não é absurdo e é só lembrar o caso brasileiro do jornalista da TV Cultura Wladimir Herzog, morto sob tortura durante a ditadura em 1976. Vlado, com o era conhecido, era judeu e a família não aceitava a versão de suicídio dada pelos responsáveis por sua morte e pelo seu corpo enquanto estava vivo (o Estado). Enfim, problemas para os generais e para o regime militar. No filme acontece a mesma coisa e a religião é o cerne da questão, com todos os seus preconceitos, sempre amenizados pela corrupção e pela simonia. Nos lembramos novamente do Reverendo anglicano Chad Varah, que teve que cavar com as próprias mãos nos arredores de Londres, na década de 1930, a sepultura de uma menina de apenas 14 anos que cometera suicídio ao achar que tinha contraído uma doença venérea. A partir desse fato, para Chad, sexo e suicídio deixaram de ser tabus religiosos e entraram na sua lista de prioridades sociais e debates na sua igreja. Disso resultou os Samaritanos, pai do CVV no Brasil. Chad contou essa história dentro do Centro Espírita Aprendizes do Evangelho, na rua Genebra em São Paulo em 1977. Ele viera ao Brasil incentivar as pessoas a trabalhar na prevenção do suicídio, incluindo os espíritas. Saiu do centro contente com a adesão de alguns freqüentadores e uma edição em francês do Evangelho Segundo o Espiritismo que a diretoria do Centro lhe deu de presente. Sua falta de preconceito conquistou amigos e ele voltou várias vezes ao Brasil para acompanhar o progresso desse trabalho.

FONTE: http://observadorespirita.blogspot.com/2011/05/cinco-dias-sem-nora.html
sSINOPSE
O filme começa com o suicídio de Nora por overdose de comprimidos. O ex-marido José, de quem ela está divorciada há vinte anos, entra em cena, descobre o corpo e aos poucos vai percebendo que a ex-mulher orquestrou detalhadamente a própria morte. Dona de um senso de humor macabro, ela até mesmo teve o cuidado de deixar instruções para o preparo de bolinhas de matzá e gefilte fish para a festa de Pessach.
Cinco Dias Sem Nora
Titulo Original: Cinco Días Sin Nora

Gênero: Comédia e Drama
Duração: 92 min.
Origem: México
Estreia: 06 de Maio de 2011
Direção: Mariana Chenillo
Roteiro: Mariana Chenillo
Distribuidora: Filmes do Estação
Censura: 14 anos
Ano: 2008