"...A Doutrina Espírita muda inteiramente a
maneira de encarar o futuro. A vida futura não é mais uma hipótese, mas
uma realidade; o estado das almas após a morte não é mais um sistema,
mas um resultado da observação. O véu está levantado; o mundo invisível
nos aparece em toda a sua realidade prática. Não foram os homens que o
descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, mas foram os próprios
habitantes desse mundo que nos vieram descrever sua situação. Nós aí os
vemos em todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da
felicidade e da desgraça. Nós assistimos a todas as peripécias da vida
de além-túmulo. Aí está para os espíritas a causa da calma com que
encaram a morte, da serenidade de seus últimos instantes na Terra. O que
os sustenta não é somente a esperança, é a certeza. Eles sabem que a
vida futura é apenas a continuação da vida presente em melhores
condições, e a esperam com a mesma confiança com que esperam o nascer do
sol após uma noite de tempestade. Os motivos dessa confiança estão nos
fatos de que são testemunhas e na concordância desses fatos com a
lógica, a justiça e a bondade de Deus e as aspirações íntimas do
homem..." (Allan Kardec, Revista Espírita de 1865-O temor da morte)
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