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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Novo signo do zodíaco altera o horóscopo


Um astrónomo do Estado do Minnesota, nos Estados Unidos, descobriu um novo signo e afirmou que o horóscopo atual sofreu alterações nas datas devido às mudanças no alinhamento da Terra. Qual é agora o seu signo? Como fica o passado?
No passado, 13 de maio de 1998, no opúsculo "Esclarecendo Dúvidas"(*), do Núcleo Espírita Universitário o professor Luiz Carlos Formiga escreveu assim:
ASTROLOGIA: SIM OU NÃO? Você acredita em horóscopo?
Como Kardec se posicionou frente à Astrologia? O codificador manifestou-se contrário em “A Gênese”, o livro final da codificação que possui teses de ciência.
Sendo a ciência o conhecimento ordenado do mundo em que vivemos o seu objetivo termina na satisfatória exploração desse conhecimento.
O Jornal Espírita, novembro de 1991, coloca uma “charge”que mostra dois homens sob um dia ensolarado, onde um deles diz: “você já percebeu como as previsões estão na moda? Numerologia, tarô, búzios, etc ? É por causa da crise, claro! Quer maiores explicações?“.
O papel da ciência na sociedade é libertar o homem da ignorância, medos, superstições, etc.
A revelação espírita possui duplo caráter. Não é o resultado da iniciativa do homem, mas não o dispensa da pesquisa científica. Esta última possui seu método, que em oposição ao acaso, consiste no uso sistemático e organizado das faculdades mentais no sentido da compreensão coerente do fenômeno investigado.
A ciência também é obra coletiva o que determina comportamentos que precisam estar respaldados por uma escala de valores ético-morais. A ciência sem valores é risco de destruição. Um exemplo é o sofrimento das crianças hemofílicas contaminadas pela comercialização criminosa do sangue contendo vírus HIV. Se não compreendem porque são hemofílicas, como explicar-lhes porque têm AIDS?
Esta escala de valores ético-morais, este código de ética científica estão no Evangelho, no entanto, a sua melhor apreensão se faz mais satisfatoriamente na infância, vale o esforço de evangelização-espírita infanto-juvenil. Ver artigos “Vacinação – Desafio de Urgência” e “Suicídio Infantil” in: Reformador, 1823, fevereiro e 1833, dezembro de 1981.(*)
Com a Doutrina Espírita, a humanidade deve entrar numa fase nova, a do progresso moral, que lhe é conseqüência inevitável.
A coexistência pacífica entre a ciência e a religião surge através da aplicação do método científico. Os homens de ciência se dividem em três classes: os egoístas e os vaidosos, que com desdém recusam-se a revisar suas estruturas ideológicas cristalizadas, e os corajosos. Estes últimos, como Kardec, aplicaram o método científico, descobriram e não temeram proclamar que a morte do corpo não destrói a individualidade, nem impede a comunicabilidade mediúnica ou tecnológica.
Estas e outras descobertas são perniciosas para muitos religiosos ou não, e precisam ser negadas, abafadas ou confundidas. Para manter o “status quo”, estes membros da sociedade precisam de consumistas. Quando o homem toma verdadeira consciência do que vem a ser a sua morte e passa a compreender o verdadeiro sentido da vida, seu consumismo vai caindo a zero, o que não convém a este sistema.
Nesse tipo de sociedade, “religiosa”, materialista e consumista o indivíduo sente a angústia e medo da morte e passa a ter medo da vida. Na realidade são pessoas que não tem consciência nem de uma nem de outra. Seus inconscientes costumam devolver essas angústias em forma de tabagismo, alcoolismo, obesidade, úlcera, etc. Da noção de imortalidade, base da Doutrina do Cristo, depende toda a nossa conduta. Por isso é que Jesus e outros espíritos superiores a demonstraram.
Como explorar este conhecimento?
Os mais crédulos caem facilmente nas mãos das inescrupulosas “videntes espíritas” que não são videntes e de espíritas não têm nada. Usam e abusam do neologismo criado por Kardec porque no Brasil a palavra espírita lhe confere uma máscara de idoneidade moral. Médiuns espíritas verdadeiros não vivem às custas da mediunidade.(**)
“você já percebeu como as previsões estão na moda? numerologia, tarô, búzios, etc, etc ? é por causa da crise, claro!”.
A Astrologia já foi examinada cientificamente?
o físico Shawn Carlson da Califórnia, Universidade de Berkeley, resolveu examinar as previsões astrológicas. Shawn testaria o mapa astral como indicador de traços gerais da personalidade humana, das tendências de temperamento e comportamento e ainda como indicador dos principais acontecimentos que iriam marcar a vida dos indivíduos.
A diferença desta de outras pesquisas feitas no passado, que também obtiveram os mesmos resultados, foi que este estudo realizou-se com a colaboração de uma organização de astrólogos, o National Council for Geocosmic Research (NCGR).
A NCGR escolheu conselheiros que auxiliaram o físico Shawn na definição dos passos da pesquisa concordaram com o ensaio duplo cego, isto é, separação dos sujeitos em grupo de teste e grupo de controle, sem que os experimentadores, os sujeitos ou os astrólogos soubessem quem estava num ou outro. a construção dos mapas astrais contou com o trabalho do próprio presidente e do secretário da organização.
Os cientistas cuidaram para que os testes fossem definidos de forma a permitir uma interpretação estatística inquestionável dos resultados.
Antes da realização das experiências os astrólogos colaboradores afirmaram que obteriam no mínimo 50% de respostas corretas. Os estatísticos que participaram do projeto indicaram o percentual de 33% de acertos que poderiam ser obtidos pelo acaso. Um percentual em torno de 33% colocaria a astrologia em sérias dificuldades, uma vez que os astrólogos teriam sua tese refutada.
O resultado da ainda recente pesquisa pode ser encontrado na revista científica britânica “Nature” de 5 de dezembro de 1985.
Os resultados obtidos pelos astrólogos se mantiveram estatisticamente compatíveis com as respostas ao acaso, isto é, predições erradas. Seus resultados excluíram qualquer influência astral.
Pode-se concluir que uma pesquisa onde foram asseguradas todas as possibilidades de resultados satisfatórios, realizada de forma correta e imparcial, contando ainda com a própria participação dos astrólogos, levou-os a uma posição extremamente desconfortável. Eles não conseguiram ir além do índice de acerto previsto pelo puro acaso.
Não sabemos se os astrólogos e principalmente seus clientes ficaram convencidos, mas certamente outros interesses devem estar envolvidos.
É verdade que cabe ao cientista analisar os fundamentos reais ou apregoados por determinadas práticas, no entanto o que se observa é que não é feita a socialização dos seus resultados e os interesses comerciais envolvidos são engenhosos na contra-informação.
Hoje, no bojo de diversos, encontramos um movimento que se coloca contra a própria ciência. Como interesses pouco transparentes trazem de volta crendices e superstições, estimuladoras de um mercado consumidor, aceito até entre aqueles de escolaridade superior.
Esperamos que o veículo de comunicação espírita continuem a desfazer confusões com essas práticas estranhas, confusões muitas vezes provocadas por incrédulos ou fanáticos religiosos com objetivos escusos.
Com relação à astrologia achamos que o método científico vem oferecendo excelente contribuição desde Laplace com seu cálculo das probabilidades matemáticas.
Com relação à Doutrina Espírita relembramos que não são passivos os verdadeiros espíritas e, apesar da existência da revelação divina, não estamos dispensados da científica.

(*) http://www.zap.to/neurj
(**) http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo344.html

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