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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O espiritismo e os alienígenas

 

 Coluna Releituras kardecistas com Marcio Sales Saraiva

Um dos pilares do espiritismo é a convicção de que existe uma pluralidade de mundos habitados e não somente o planeta Terra, onde atualmente vivemos. Isso é inequívoco em “O livro dos espíritos”, na questão 55:

Todos os globos que circulam no espaço são habitados?

Sim, e o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Creem que Deus criou o universo somente para eles.

Orgulho e vaidade é achar que o universo é todo nosso. Esta é a resposta dos espíritos.

Não se trata, é óbvio, de mundos iguais à Terra. Os espíritos dizem que “eles absolutamente não se assemelham” (questão 56, LE) com o nosso planeta azul.

Os seres que habitam estes outros mundos também não são iguais aos humanos terráqueos, da mesma forma que “os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar” (questão 57, LE). Kardec explica que “As condições de existência dos seres nos diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio em que têm de viver”. Nada mais lógico do que isso.

Jesus de Nazaré disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito” (João 14:1,2).

Casa de Mozart em Júpiter, publicada na Revista Espírita, ano 1858.

Allan Kardec, em “O evangelho segundo o espiritismo” (OESE), capítulo 3, está consciente de que há possibilidades diferentes de interpretação desta passagem, mas o fundador sinaliza para a primeira leitura:

A casa do pai é o universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento” (OESE 3:1).

Sendo o universo a morada da divindade, nele encontramos pluralismo de populações. A Terra é apenas uma delas. Há diversidade de mundos habitados e cada um tem desenvolvimento cognitivo e espiritual distinto, pois

[…] há os que são ainda inferiores à Terra, física e moralmente. Outros estão no mesmo grau, e outros lhe são mais ou menos superiores, em todos os sentidos. Nos mundos inferiores a existência é toda material, as paixões reinam soberanas, a vida moral quase não existe. À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de maneira que, nos mundos mais avançados, a vida é por assim dizer toda espiritual” (OESE 3:3).

E nessa diversidade de mundos inferiores à Terra e outros que lhes são superiores, há os mundos intermediários, mais ou menos como o nosso, “o bem e o mal se misturam, e um predomina sobre o outro, segundo o grau de adiantamento em que se encontrarem” (OESE 3:4).

A convicção espírita sobre a pluralidade de mundos habitados é bem anterior aos modismos ufológicos do século XXI e ainda não encontra uma resposta positiva na ciência, apenas indícios ou razoabilidade filosófica. Em outras palavras, a ciência humana ainda não tem fatos concretos que corroborem essa convicção espírita que nasce com as comunicações dadas pelos espíritos, alguns inclusive de outros planetas.

Ainda sem o respaldo da ciência, o espírita poderá deixar essa convicção “pendurada” até que o tempo possa ou não confirmar. É uma hipótese válida, mas não sendo o espiritismo dogmático, ele não poderia exigir de seus adeptos uma crença cega nesse ponto, apenas uma abertura mental e uma confiança no que dizem os espíritos sobre o assunto.

É importante compreender isso porque o tema caiu no ridículo e não faltam médiuns dispostos a psicografar sobre coisas de outros planetas, incluindo naves estelares de Júpiter, que não encontram respaldo nas ciências deste mundo e nem no bom senso, na razoabilidade.

Sendo assim, façamos como Allan Kardec e tenhamos sempre um pé atrás quando alguém diz falar em nome de “espíritos de outros planetas” ou que já testemunhou comunicações com “extraterrestres”. Não vamos confundir as pesquisas sérias neste campo, como o Paradoxo de Fermi e a hipótese do zoológico —e é com elas que o espiritismo deve dialogar—, com algumas viagens alucinógenas sobre espíritos de supostos comandantes de frota intergalácticas. “Tudo temos de ter cautela”, disse Titão Passos em “Grande sertão: veredas” de Guimarães Rosa. E assim deveria ser no espiritismo que leva a sério o legado de Allan Kardec.

https://espiritasaesquerda.com.br/o-espiritismo-e-os-alienigenas/ 


Visão Espírita e Fenômenos Ufológicos

 Gilberto Schoereder

Já é sabido de muita gente que pesquisadores espíritas e ufólogos apresentam muitos interesses em comum, ainda que nem sempre eles sejam colocados claramente. Apesar disto, o tema ufologia ainda encontra alguma resistência no meio espírita e, para sabermos mais sobre o assunto, conversamos com o médium, escritor e pesquisador Pedro de Campos.

Pedro de Campos, que se diz particularmente interessado no tema da evolução humana, conheceu o Espiritismo aos 13 anos, desenvolvendo sua mediunidade. Tornou-se um dos importantes pesquisadores do Espiritismo científico e de Ufologia da atualidade, psicografando três livros sobre o tema: Colônia Capella – A Outra Face de Adão (EspíritoYehoshua Bem Nun), Universo Profundo – Seres Inteligentes e Luzes no Céu (Espírito Erasto) e UFO – Fenômeno de Contato (Espírito Yehoshua Bem Nun).

 (separamos as perguntas em negrito, e as respostas em texto normal)

Você entende que devia haver uma aproximação maior entre o Espiritismo e a Ufologia, no sentido de se estudar melhor e com mais profundidade os eventos e fenômenos que ocorrem em cada um deles?

Do meu ponto de vista, acredito que a primeira coisa que se deva procurar é um entendimento mais amplo do que seja a pluralidade dos mundos habitados de que fala a Doutrina Espírita, com todas as suas variações, sem preconceito algum. E isso é algo que nós, espíritas, devemos fazer.

Do ponto de vista científico, podemos dizer que no universo há bilhões de planetas; uma infinidade deles pode ter condições semelhantes às nossas. A vida neles pode ter surgido e evolucionado até o patamar inteligente, com realizações técnicas tão avançadas que talvez sejam difíceis até de imaginar.
Contudo, do ponto de vista físico, por ter evolucionado num mundo semelhante ao nosso, o ser extraterrestre, por mais adiantado que seja, ainda seria uma criatura de corpo sólido, denso como o nosso, para não dizer de carne e osso.

Mas além dele, a Doutrina Espírita fala também de um ser menos material que habita os planetas do sistema solar, vivendo ali num regime de encarnação e desencarnação, por assim dizer. E a nossa ciência diz que não há vida de carne e osso neles, nem tampouco detectou seres alados volitando de um lado para o outro do orbe. Então, essa criatura menos material de que fala o Espiritismo deve ter um corpo muito diferente do nosso, postado em outra dimensão do espaço-tempo. E deve ter evolucionado de uma maneira que nos seria totalmente desconhecida. Para considerar a existência dessa criatura, com características assim tão impalpáveis, precisamos dar a ela um outro nome, para não misturar as coisas. O espírito Erasto chamou de ultraterrestre essa criatura e registrou isso no livro
Universo Profundo.

Os Espíritos da Codificação falaram desse tipo de vida. E quando ela for entendida de modo filosófico, então vamos aceitar que os seres ultraterrestres vivem em esferas sutis, evolucionando num regime de pluralidade de existências. E por estarem vivos, a reprodução da espécie deve ser coisa normal, para que haja continuidade da vida. Normal também seria o estudo e o desenvolvimento da tecnologia, a qual poderia já ter atingido um patamar bem avançado. Se considerarmos isso, então vamos ver que os objetos voadores não identificados, os ÓVNIs, poderiam ser a expressão técnica dessas civilizações mais adiantadas, vibrando numa faixa totalmente desconhecida da nossa ciência.

O conceito filosófico do Espiritismo e suas práticas experimentais podem dar uma nova base de sustentação para entendimento dos fenômenos ufológicos. E a investigação científica desse tipo de vida poderia aproximar Espiritismo e Ufologia.

Como poderia ocorrer essa aproximação?

Primeiro teria de haver a leitura das obras de Kardec e a dos bons livros de Ufologia. Em termos de investigação prática, quem leu o livro Uni
verso Profundo viu que o nosso querido Erasto deu uma visão espírita mais ampla dos fenômenos. E, no final do livro, o autor espiritual deixou um Projeto Contato, com o qual o tema poderia ser articulado de modo científico, pois os tempos atuais exigem novas abordagens, com técnicas refinadas de pesquisa. A Ufologia não é uma atividade para ser feita num recinto fechado, como no do Centro Espírita. Os fenômenos acontecem lá fora, no aconchego da natureza terrestre. Por isso é preciso ir a campo e investigar com metodologia apropriada.


Seu livro Universo Profundo: Seres Inteligêntes e Luzes no Céu é apresentado como “uma visão espírita da ufologia”. Trata-se de um tema delicado no meio espírita, uma vez que muitas pessoas não gostam de tocar em questões ligadas a OVNIs e extraterrestres. Como você vê essa questão? Foi difícil para você chegar até essa abordagem?

Por que será que o assunto é delicado? Por que será que as pessoas não gostam de tocar essa questão? Há de se ter motivos para isso. Comigo acontecia o mesmo. Para falar do assunto com a devida propriedade eu me ressentia da falta de um livro-suporte que me desse os fundamentos doutrinários.

Lembro-me de certa ocasião em que Jether Jacomini, em seu programa de rádio, na Rede Boa Nova, perguntou-me nos bastidores se eu poderia falar sobre abdução, um tema intrigante que não poderia mais ser adiado. Foi nesta ocasião, dentro das Casas André Luiz, que senti a disposição da espiritualidade em resolver isso. A resposta veio de Erasto, posteriormente. Então, a questão toda ficou fácil de entender, mas ainda assim difícil de aceitar. Somente um estudo acurado e reflexivo da obra Universo Profundo, procurando os fundamentos na Doutrina Espírita, é que poderá resolver isso.

Se o encarnado não estiver preparado para entender a questão ufológica agora, isso se deve a ele próprio; a espiritualidade já se manifestou abertamente, não há mais razão para insegurança ao tratar o tema. O certo é que o público vai querer saber, e o divulgador espírita precisará explicá-lo. Para isso, é preciso encarar a situação, estudar o tema e formar opinião para divulgá-lo com segurança.

Quais você considera que são as mais importantes e evidentes conexões entre a Ufologia e o Espiritismo? Existem fenômenos comuns a ambos?

A maior de todas as conexões é que ambos os fenômenos, espírita e ufológico, procedem de um mundo invisível e têm como protagonistas seres inteligentes. Assim, casos como os de aparição, de materialização, de transporte, levitação, de telepatia e ainda de outros, são comuns a ambos. Mas o mais intrigante, para nós espíritas, é que em meio aos fenômenos comuns existem aqueles destoantes, ocorrências novas, não tratadas na época da codificação, tais como discos voadores, os contatos imediatos com seres humanóides, os eventos surpreendentes de abdução e os insólitos implantes e experiências alienígenas. Isso tudo, Erasto comenta e nos esclarece, mostrando as conexões, as diferenças e os porquês, sempre se posicionando fundamentado na Doutrina Espírita, desenvolvendo os temas com explicações racionais, capazes de aclarar os pontos obscuros.

Mensagens e comunicações


No que se refere ao contato entre os ultraterrestres e nós, é preciso destacar também as possíveis e prováveis diferenças entre as mensagens recebidas dos seres de outros mundos e aquelas recebidas dos Espíritos. Em seus livros, Pedro de campos também se referiu ao assunto, e nos esclareceu seus pontos de vista.

Você fez uma distinção entre as canalizações de mensagens dos ultraterrestres e as mensagens dos Espíritos. Quais seriam e de que forma seria possível detectar essas diferenças?

Quem ler o livro
UFO: Fenômeno de Contato, vai conhecer muita coisa nova. A canalização é tema abordado em capítulo específico. Numa curta definição, podemos dizer que “canalizar é recepcionar e interagir com um pensamento inteligente de natureza extrafísica”. Isso quer dizer que tanto o Espírito pode ser canalizado quanto o ser ultraterrestre. As diferenças entre as duas entidades são muitas. Elas também são tratadas no recente livro.

O conteúdo e o modo de transmissão das mensagens são algo diferente. Uma comunicação cujo conteúdo esteja recheada de termos expressivos, mas com muita fabulação sobre as energias e planos existenciais, denotando no fundo não sair do terra-a-terra, por lógica não poderia vir de uma entidade evoluída de outra esfera. Nesse caso, o mais provável é que seja um embuste espiritual. Nesse caso, o dirigente, amparado por seus guias, deve encaminhar o embusteiro à sessão apropriada, para doutrinação e afastamento. Espíritos podem fazer aparições e executar outras atividades, mas não usam naves espaciais estruturadas para se comunicar.

Os ultraterrestres não incorporam, mas se comunicam por telepatia. Tampouco o fazem por psicografia. Os que assim precedem estão na erraticidade, são Espíritos desencarnados, seja de que orbe for do infinito. Se um Espírito de outro orbe incorporasse o médium, ele teria de usar o aparato físico mediúnico para se comunicar. Para falar, teria de dominar a escrita. Como não sabe o idioma e tampouco nossa escrita, não poderia fazê-lo. Mas tanto um Espírito de outro orbe quanto um ser ultraterrestre, comunicando-se por telepatia, poderia passar a imagem mental ao médium, e esta não precisaria de idioma algum para ser entendido. Nessa condição, o médium interpretaria a mensagem segundo sua própria cultura, conforme sua intuição, seu sentimento e sua clarividência. Contudo, para fazer isso é preciso que o sensitivo tenha vários dotes mediúnicos bem desenvolvidos, além da ajuda de seu guia espiritual, para validar a mensagem. Caso a entidade denote característica ultraterrestre na comunicação, então a prova só pode ser aceita com a demonstração da nave nos céus, de modo que ela fique bem nítida para todos.

Diferente do Espiritismo, a Ufologia é estudo do objeto voador não identificado, o chamado OVNI ou UFO. Por isso, o que identifica sem equívoco o alienígena é a sua nave. Enquanto a criatura não materializar a nave e disser por si próprio a que veio, qualquer outra comunicação canalizada poderia ser considerada como vinda de Espírito errante. Sem a nave, não há fenômeno ufo. E sem ufo, não há certeza da criatura ser alienígena.


Você se referiu ao fato dos ultraterrestres poderem se comunicar por telepatia, mas que isso raramente ocorre nas Casas Espíritas. Não seria de se esperar que os médiuns tivessem mais possibilidade de receber essas mensagens telepáticas ou canalizações?
 
Os médiuns espíritas podem captar perfeitamente mensagens de ultraterrestres. Mas é preciso entender primeiro o porquê disso ser raro nos Centros Espíritas. É muito importante lembrar que a prova definitiva de uma canalização só pode ser dada com a aparição da nave em campo aberto. Caso contrário, a comunicação ficaria duvidosa para todos. Dentro de um ambiente fechado, não haveria como fazer isso, não daria para ver a nave nos céus. E dentro das cidades, isso seria uma atividade inviável, haveria pânico. Além disso, trata-se de fenômeno físico, para o qual há riscos. Uma pessoa não preparada poderia não suportar o choque emocional. Primeiro é preciso a permissão do plano espiritual maior para realização de qualquer atividade espírita conjugada à Ufologia.


Por se encontrarem em dimensões “mais sutis”, o contato entre ultraterrestres e Espíritos não seria mais fácil e simples de acontecer do que destes conosco, especialmente quando falamos dos ultraterrestres moralmente evoluídos?

Apenas por uma questão de lógica, seres evoluídos deveriam ter mais facilidade de comunicação entre si do que nós com eles; a nossa dificuldade para isso é grande. Mas no que respeita à comunicação entre Espíritos e seres ultraterestres, não me parece possível estabelecer uma regra geral e com isso dizer que seja mais fácil ou mais difícil o contato.

Entre os Espíritos há vários graus de refinamento. E cada qual estagia numa estratificação diferenciada do outro. O de peso específico maior não consegue subir a paragens mais rarefeitas. O peixe não respira fora da água, mas o homem submerso tem artifícios para fazê-lo. O Espírito mais evoluído pode descer a camadas de vibração inferior, enquanto que o de lá não conseguiria subir. Assim se compreende que numa certa dimensão espiritual há várias estratificações, como se fossem planos de uma extensa escada. Essa concepção ascendente é válida para todos os Espíritos ainda em estágio de depuração, seja de que orbe for do infinito.

No livro
Universo Profundo, o autor espiritual nos ensina que “uma outra dimensão é um outro mundo”. Para se ir a outra dimensão há de se ter condições para fazer isso, quer seja uma entidade, quer seja outra. A seu turno, cada classe de ultraterrestre estagia numa dimensão específica. As classes mais altas podem descer para níveis mais baixos. Mas isso não significa que essa movimentação dos ultraterrestres se faça na esfera dos Espíritos da Terra; a dimensão é outra. Um está encarnado, por assim dizer, e o outro, desencarnado. Quando a movimentação alienígena se faz no ambiente terrestre, acontecem os fenômenos luminosos, os fantásticos objetos voadores não identificados que vemos nos céus. É fácil o entendimento, mas a aceitação disso pelos encarnados pode ser muito difícil.

Os Ultraterrestres

Para explicar o que são exatamente os ultraterrestes e qual a diferença entre esses seres e os Espíritos aos quais se refere o Espiritismo, Pedro de Campos começa dizendo que primeiro é preciso entender o que é extraterrestre.

“Este seria uma criatura de fora do planeta Terra”, ele diz, “mas um ser de corpo sólido como o nosso, sem necessidade de ser igual na aparência e na constituição orgânica. Mas ainda assim uma criatura de natureza física material”.

“O ultraterrestre seria uma criatura também de fora do planeta Terra, mas um ser de corpo incomum, de corpo menos material que o nosso, como denomina o Espiritismo. Uma criatura de natureza extrafísica, invisível para nós, assim como o são os espíritos. Essa criatura seria habitante das esferas sutis de outros planetas do nosso sistema solar, como também das profundezas etéreas do universo. Seria um ser vivente de outra dimensão do espaço-tempo, cujo corpo constituído de antimatéria cresce, se reproduz, envelhece e morre. Como exemplo, citamos as criaturas encarnadas mencionadas por Kardec na nota de rodapé da pergunta 188 de
O Livro dos Espíritos”. (1)

“Os espíritos, por sua vez, são inteligências errantes, ou seja, seres que não estão revestidos de forma corpórea alguma, senão a forma perispiritual. Salvo os espíritos puros, que não precisam mais reencarnar, todos os demais, para evoluir, devem voltar a uma forma corpórea. Essa forma corpórea pode ser de matéria sólida, como a dos homens e a dos seres extraterrestres descritos, ou pode ser de antimatéria, a qual é sutil, etérea, como a dos seres ultraterrestres mencionados. O espírito quando desencarnado aguarda seu retorno à vida corpórea nas colônias espirituais, onde ali vive sem que haja procriação, porque espíritos não se reproduzem, são obras do Criador. No Apêndice do livro
Universo Profundo há um quadro sintético que mostra objetivamente as diferenças entre espírito e o ser ultraterrestre”.


1- Livro dos Espíritos – Questão 188


188. Os Espíritos puros habitam mundos especiais, ou se encontram o espaço universal, sem estarem ligados de modo particular a nenhum mundo?
“Habitam mundos determinados, mas não lhes ficam presos, como o homem à Terra; melhor que os outros, podem ir a toda parte.”(1)

 1) Nota de Kardec:

De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os Espíritos, a Terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente; Marte lhe seria ainda inferior, e Júpiter, muito superior, em todos os sentidos. O Sol não seria um mundo habitado por seres corpóreos, mas um lugar de encontro de Espíritos superiores, que de lá irradiam seu pensamento para outros mundos, que dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, com os quais se comunicam por meio do fluído universal. Como constituição física, o Sol teria um foco de eletricidade. Todos os sóis, ao que parece, estariam nas mesmas condições.

O volume e o afastamento do Sol não têm nenhuma relação necessária com o grau de desenvolvimento dos mundos, pois parece que Vênus está mais adiantado que a Terra e Saturno menos que Júpiter.

Muitos Espíritos que animaram pessoas conhecidas na Terra disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição e é de se admirar que num globo tão adiantado se encontrem homens que a opinião terrena não considerava tão elevados. Isto, porém, nada tem de surpreendente, se considerarmos que certos Espíritos, que habitam aquele planeta, podiam ter sido enviados à Terra em cumprimento de uma missão que, aos nossos olhos, não os colocaria em primeiro plano; em segundo lugar, entre a sua existência terrena e a de Júpiter podiam ter tido outras, intermediárias, nas quais se tivessem melhorado; em terceiro lugar, naquele mundo como no nosso, há diferentes graus de desenvolvimento, e entre esses graus pode haver a distância que separa entre nós o selvagem do homem civilizado. Assim, do fato de habitarem Júpiter, não se segue que estejam no nível dos seres mais evoluídos, da mesma maneira que uma pessoa não está no nível de um sábio do Instituto, pela simples razão de morar em Paris.

As condições de longevidade não são, por toda parte, a mesmas da Terra, não sendo possível a comparação de idades. Uma pessoa falecida há alguns anos, quando evocada, disse haver encarnado, seis meses antes, num mundo cujo nome é desconhecido. Interpelada sobre a idade que tinha nesse mundo, respondeu: “Não posso calcular, porque não contamos o tempo como vós; além disso, o nosso meio de vida não é o mesmo; desenvolvemo-nos muito mais rapidamente; tanto assim, que há apenas seis dos vossos meses nele me encontro, e posso dizer que, quanto à inteligência, tenho trinta anos de idade terrena”.

Muitas respostas semelhantes foram dadas por outros Espíritos e nada há nisso de inverossímil. Não vemos na Terra tantos animais adquirirem em poucos meses um desenvolvimento normal? Por que não poderia dar-se o mesmo com o homem, em outras esferas? Notemos, por outro lado, que de trinta anos, talvez não seja mais que uma espécie de infância, comparada ao que ele deve atingir. É preciso ter uma visão bem curta para nos considerarmos os protótipos da Criação, e seria rebaixar a Divindade acreditar que, além de nós, ela nada mais poderia criar.

Os ÓVNIS na Visão Espírita

Pedro de Campos lembra que Kardec não falou de objetos voadores que aparecem nos céus e se materializam, porque isso só ganhou destaque na sociedade humana depois da Codificação, iniciada em 1857.

Contudo, Kardec registrou que seres inteligentes se manifestam na Terra, que todos os orbes do infinito são habitados e que os Espíritos estão ali encarnados numa forma corpórea. Registrou que nesses mundos menos materiais o Espírito encarna, revestido de um corpo também menos material. Assim, nesses mundos a criatura nasce, cresce, se reproduz, morre e reencarna. Kardec citou Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, os orbes radiantes e as profundezas etéreas do cosmos. A conclusão, diz Campos, é que, assim como o homem não foi colocado pronto na Terra – mas nela evolucionou por longos períodos e aqui desenvolveu tecnologia avançada, como aviões, foguetes, etc. – nos outros mundos do universo deve ter acontecido processo semelhante, seguindo a mesma lógica de raciocínio. Assim, ÓVNIS que aparecem na Terra, com a visão evolucionista que nos dá o Espiritismo, seriam resultado da evolução tecnológica daqueles seres inteligentes.

Fonte: Livro dos Espíritos – Questão 188 / Revista Espiritismo & Ciência – Vida em Outros Mundos

https://www.espiritualidades.com.br/Artigos/S_autores/SCHOEREDER_Gilberto_tit_Visao_Espirita_e_Fenomenos_Ufologicos.htm

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

IRMÃS FOX - Em breve nos Cinemas

    

Com direção de Wagner de Assis, o longa é produzido pela Cinética Filmes com coprodução da Star Original Productions e distribuição pela Star Distribution

Fonte: Cinética Filmes

Começaram as filmagens da nova produção sobre as pioneiras do espiritualismo, as Irmãs Fox. Escrito e dirigido por Wagner de Assis, o filme conta a trajetória das três mulheres americanas que tiveram um importante papel na origem do Moderno Espiritualismo Ocidental. Katherine “Kate” Fox, Leah Fox e Margaret “Maggie” Fox são conhecidas, principalmente, pelas “mesas girantes” – um fenômeno da natureza mediúnica amplamente difundido na Europa e nos Estados Unidos e iniciado em 31 de março de 1848 por uma das irmãs.  

“Há uma relevância enorme em ver como, desde aqueles tempos, temos algumas coisas que não mudam: as mulheres pioneiras, um mundo em busca de respostas para suas questões mais profundas – de onde viemos, para onde vamos, qual o sentido de nossas vidas – assim como erros e acertos com questões espirituais”, comenta o diretor Wagner de Assis. “Vamos filmar o início do que o escritor Arthur Conan Doyle batizou de ‘uma invasão organizada’ dos espíritos. Só que essa invasão teve um preço que resulta na incrível história épica dessas mulheres. O filme é, também, uma retratação histórica que destaca o valor e esforço delas por uma causa humana e espiritual em função de um mundo melhor”, completa. 

Kate, Leah e Maggie Fox serão interpretadas pelas atrizes americanas Jamie Hughes, Sionne Elise e Marie Mchugh, respectivamente. As filmagens ocorrem nos interiores de casarões do Rio de Janeiro (RJ) que remetem à época do filme e os exteriores serão rodados em fazendas e cidades antigas dos Estados Unidos.

FONTE: https://febcinema.febnet.org.br/filme-sobre-as-irmas-fox-comeca-a-ser-rodado-no-rio-de-janeiro/

 

SINOPSE

Irmãs Fox é um longa-metragem sobre as três irmãs pioneiras do espiritualismo ocidental: Katherine "Kate" Fox (Jamie Hughes), Leah Fox (Sionne Elise) e Margaret "Maggie" Fox (Marie Mchugh). Em meados de 1848, a vida das três irmãs muda completamente quando a casa em que moravam com os pais em Hydesville, Nova York, começa a sofrer fortes barulhos e estrondos sem nenhuma explicação. Como os barulhos não findavam, Kate, decide se comunicar com os sons que ouvia e, para sua surpresa, obteve uma conversa com o espírito que causava todos aqueles barulhos e o mesmo revelou ser o antigo dono daquela propriedade.

Assustados com o que acontecerá, os pais, junto com as meninas, decidem se mudar para uma outra casa, dessa vez em Rochester. Para o espanto de todos, os mesmos barulhos continuavam a aparecer só que agora a conversa não se baseava em um espírito apenas, mas sim, em vários e a comunicação era feita entre Kate e Maggie.

Por conta desses acontecimentos que muitos achavam ser maldição, rapidamente as irmãs ganharam fama e foram procuradas pela imprensa e por cientístas curiosos para investigar o quê as meninas faziam e como. Elas contaram com a ajuda da irmã mais velha, Leah, que até o momento não havia apresentado sinais de mediunidade, e a mesma organizava as apresentações e sessões espíritas que as outras duas irmãs faziam. 

As irmãs Fox foram, por diversas vezes, ridicularizadas, descredibilizadas e submetidas a diversos tipos de provas inimagináveis para se provarem mulheres comuns e não charlatãs.

  Na foto, Jamie, Sionne e Marie reproduzem a clássica foto de Leah, Maggie e Kate Fox (Créditos: Ique Esteves)
 
Direção: Wagner de Assis
Roteiro Wagner de Assis
 
FONTE: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-326188/  
 


Wagner Moura será filósofo e educador Paulo Freire em novo filme histórico

 

O longa-metragem será baseado no experimento pedagógico do educador brasileiro

Por: Giovanna Camiotto

O ator Wagner Moura vai interpretar Paulo Freire no filme " Angicos", obra inspirada no experimento pedagógico do educador brasileiro. O filme dirigido por Felipe Hirsch ("Severina") será ambientada no sertão do Rio Grande do Norte, região onde o pensador alfabetizou 300 pessoas em 40 horas. As informações foram confirmadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

O filme receberá consultoria da família do patrono da educação brasileira, e conta com o apoio do Instituto Paulo Freire. Além disso, seu roteiro foi escrito em parceria com o dramaturgo Juuar ("DNA do Crime") e com o colunista Itamar Vieira Junior, também da Folha.

Já a produção de "Angicos" será assinada por Adriana Tavares ("A Menina Sem Qualidades"), da Café Royal, com coprodução de Cenya Productions e Reagent Media, enquanto a trilha sonora será realizada pelo compositor e multi-instrumentista Egberto Gismonti.

"Angicos" ainda segue em fase de desenvolvimento, sem previsão de estreia. Recentemente, Wagner Moura esteve nos cinemas com "Guerra Civil", longa distópico de Alex Garland, e encerrou nesta semana as filmagens de "O Agente Secreto", novo título de Kleber Mendonça Filho rodado entre Recife e São Paulo.

Sinopse

Angicos é a futura cinebiografia do educador brasileiro Paulo Freire, considerado o Patrono da Educação Brasileira. O título do filme é uma homenagem ao município do Rio Grande do Norte onde Paulo Freire utilizou o seu método de ensino pela primeira vez, alfabetizando cerca de 300 pessoas em apenas 40 horas. A sinopse oficial e data de lançamento ainda não foram divulgadas, mas o longa contará com Wagner Moura no papel principal, direção de Felipe Hirsch, roteiro de Felipe Hirsch, Juuar e Itamar Vieira Junior com consultoria da família do pedagogo e o apoio do Instituto Paulo Freire.

FONTES: 

https://www.adorocinema.com/filmes/filme-316048/

https://www.terra.com.br/diversao/entre-telas/filmes/wagner-moura-sera-filosofo-e-educador-paulo-freire-em-novo-filme-historico-veja-os-detalhes,913a184a9a23c545bf419036d6e4f0f7y8u19a6u.html#

 




quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Solidão Cósmica: A Jornada de uma Nave Errante

 

A música 'Nave Errante' de Guilherme Arantes é uma profunda reflexão sobre a solidão e a busca por conexão em um universo vasto e indiferente. A letra descreve a experiência de um viajante solitário em uma nave espacial, perdido no espaço sem contato com qualquer forma de vida. A metáfora da nave errante representa a sensação de isolamento e a dificuldade de encontrar um sentido ou um lugar no mundo, algo que muitas pessoas podem sentir em suas próprias vidas.

A jornada do protagonista é marcada por uma pane, simbolizando um ponto de ruptura ou crise que o impede de retornar ao seu ponto de origem. A travessia pela galáxia sem destino certo reflete a incerteza e a falta de controle sobre o próprio destino. A repetição do clamor 'Oh! Terra, oh! Terra, onde é que estou?' enfatiza a sensação de desorientação e a saudade de um lugar familiar e seguro, que agora parece cada vez mais distante.

Além disso, a letra aborda a indiferença do universo em relação à existência humana. Os 'milenares astros' são descritos como cruéis e indiferentes aos 'sêres mortais', destacando a insignificância do indivíduo diante da imensidão do cosmos. Essa visão pode ser interpretada como uma crítica à falta de empatia e conexão no mundo moderno, onde muitas vezes as pessoas se sentem perdidas e desamparadas. Guilherme Arantes, conhecido por suas composições introspectivas e poéticas, utiliza a metáfora espacial para explorar temas universais de solidão, busca de sentido e a fragilidade da condição humana.

https://www.letras.mus.br/guilherme-arantes/113556/significado.html

NAVE ERRANTE

Minha casa é uma naveE eu trafego sóSem contato com viv'almaNo silêncio frio das trevas
Na jornada, uma paneE eu não volto maisVou através da galáxiaSenão entrar nalguma órbita
Oh Terra!, oh Terra!Onde é que estou?Me sinto sempre mais distante
Oh Terra!, oh Terra!Onde é que estou?Fechado nesta nave errante, errante
Oh Terra!, oh Terra!São cruéis os milenares astrosCom seres mortaisEles não se importam muito comigoPorque são velhos demais
Oh Terra!, oh Terra!Onde é que estou?Me sinto sempre mais distante
Oh Terra!, oh Terra!Onde é que estou?Fechado nesta nave errante, errante
Oh Terra!, oh Terra!Oh Terra!, oh Terra!Oh Terra!, oh Terra!
 
Compositor: Guilherme Arantes

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Visão Espírita e Fenômenos Ufológicos

 

Gilberto Schoereder

Já é sabido de muita gente que pesquisadores espíritas e ufólogos apresentam muitos interesses em comum, ainda que nem sempre eles sejam colocados claramente. Apesar disto, o tema ufologia ainda encontra alguma resistência no meio espírita e, para sabermos mais sobre o assunto, conversamos com o médium, escritor e pesquisador Pedro de Campos.

Pedro de Campos, que se diz particularmente interessado no tema da evolução humana, conheceu o Espiritismo aos 13 anos, desenvolvendo sua mediunidade. Tornou-se um dos importantes pesquisadores do Espiritismo científico e de Ufologia da atualidade, psicografando três livros sobre o tema: Colônia Capella – A Outra Face de Adão (EspíritoYehoshua Bem Nun), Universo Profundo – Seres Inteligentes e Luzes no Céu (Espírito Erasto) e UFO – Fenômeno de Contato (Espírito Yehoshua Bem Nun).

 (separamos as perguntas em negrito, e as respostas em texto normal)

Você entende que devia haver uma aproximação maior entre o Espiritismo e a Ufologia, no sentido de se estudar melhor e com mais profundidade os eventos e fenômenos que ocorrem em cada um deles?

Do meu ponto de vista, acredito que a primeira coisa que se deva procurar é um entendimento mais amplo do que seja a pluralidade dos mundos habitados de que fala a Doutrina Espírita, com todas as suas variações, sem preconceito algum. E isso é algo que nós, espíritas, devemos fazer.

Do ponto de vista científico, podemos dizer que no universo há bilhões de planetas; uma infinidade deles pode ter condições semelhantes às nossas. A vida neles pode ter surgido e evolucionado até o patamar inteligente, com realizações técnicas tão avançadas que talvez sejam difíceis até de imaginar.
Contudo, do ponto de vista físico, por ter evolucionado num mundo semelhante ao nosso, o ser extraterrestre, por mais adiantado que seja, ainda seria uma criatura de corpo sólido, denso como o nosso, para não dizer de carne e osso.

Mas além dele, a Doutrina Espírita fala também de um ser menos material que habita os planetas do sistema solar, vivendo ali num regime de encarnação e desencarnação, por assim dizer. E a nossa ciência diz que não há vida de carne e osso neles, nem tampouco detectou seres alados volitando de um lado para o outro do orbe. Então, essa criatura menos material de que fala o Espiritismo deve ter um corpo muito diferente do nosso, postado em outra dimensão do espaço-tempo. E deve ter evolucionado de uma maneira que nos seria totalmente desconhecida. Para considerar a existência dessa criatura, com características assim tão impalpáveis, precisamos dar a ela um outro nome, para não misturar as coisas. O espírito Erasto chamou de ultraterrestre essa criatura e registrou isso no livro
Universo Profundo.

Os Espíritos da Codificação falaram desse tipo de vida. E quando ela for entendida de modo filosófico, então vamos aceitar que os seres ultraterrestres vivem em esferas sutis, evolucionando num regime de pluralidade de existências. E por estarem vivos, a reprodução da espécie deve ser coisa normal, para que haja continuidade da vida. Normal também seria o estudo e o desenvolvimento da tecnologia, a qual poderia já ter atingido um patamar bem avançado. Se considerarmos isso, então vamos ver que os objetos voadores não identificados, os ÓVNIs, poderiam ser a expressão técnica dessas civilizações mais adiantadas, vibrando numa faixa totalmente desconhecida da nossa ciência.

O conceito filosófico do Espiritismo e suas práticas experimentais podem dar uma nova base de sustentação para entendimento dos fenômenos ufológicos. E a investigação científica desse tipo de vida poderia aproximar Espiritismo e Ufologia.


Como poderia ocorrer essa aproximação?

Primeiro teria de haver a leitura das obras de Kardec e a dos bons livros de Ufologia. Em termos de investigação prática, quem leu o livro Uni
verso Profundo viu que o nosso querido Erasto deu uma visão espírita mais ampla dos fenômenos. E, no final do livro, o autor espiritual deixou um Projeto Contato, com o qual o tema poderia ser articulado de modo científico, pois os tempos atuais exigem novas abordagens, com técnicas refinadas de pesquisa. A Ufologia não é uma atividade para ser feita num recinto fechado, como no do Centro Espírita. Os fenômenos acontecem lá fora, no aconchego da natureza terrestre. Por isso é preciso ir a campo e investigar com metodologia apropriada.


Seu livro Universo Profundo: Seres Inteligêntes e Luzes no Céu é apresentado como “uma visão espírita da ufologia”. Trata-se de um tema delicado no meio espírita, uma vez que muitas pessoas não gostam de tocar em questões ligadas a OVNIs e extraterrestres. Como você vê essa questão? Foi difícil para você chegar até essa abordagem?

Por que será que o assunto é delicado? Por que será que as pessoas não gostam de tocar essa questão? Há de se ter motivos para isso. Comigo acontecia o mesmo. Para falar do assunto com a devida propriedade eu me ressentia da falta de um livro-suporte que me desse os fundamentos doutrinários.

Lembro-me de certa ocasião em que Jether Jacomini, em seu programa de rádio, na Rede Boa Nova, perguntou-me nos bastidores se eu poderia falar sobre abdução, um tema intrigante que não poderia mais ser adiado. Foi nesta ocasião, dentro das Casas André Luiz, que senti a disposição da espiritualidade em resolver isso. A resposta veio de Erasto, posteriormente. Então, a questão toda ficou fácil de entender, mas ainda assim difícil de aceitar. Somente um estudo acurado e reflexivo da obra Universo Profundo, procurando os fundamentos na Doutrina Espírita, é que poderá resolver isso.

Se o encarnado não estiver preparado para entender a questão ufológica agora, isso se deve a ele próprio; a espiritualidade já se manifestou abertamente, não há mais razão para insegurança ao tratar o tema. O certo é que o público vai querer saber, e o divulgador espírita precisará explicá-lo. Para isso, é preciso encarar a situação, estudar o tema e formar opinião para divulgá-lo com segurança.


Quais você considera que são as mais importantes e evidentes conexões entre a Ufologia e o Espiritismo? Existem fenômenos comuns a ambos?

A maior de todas as conexões é que ambos os fenômenos, espírita e ufológico, procedem de um mundo invisível e têm como protagonistas seres inteligentes. Assim, casos como os de aparição, de materialização, de transporte, levitação, de telepatia e ainda de outros, são comuns a ambos. Mas o mais intrigante, para nós espíritas, é que em meio aos fenômenos comuns existem aqueles destoantes, ocorrências novas, não tratadas na época da codificação, tais como discos voadores, os contatos imediatos com seres humanóides, os eventos surpreendentes de abdução e os insólitos implantes e experiências alienígenas. Isso tudo, Erasto comenta e nos esclarece, mostrando as conexões, as diferenças e os porquês, sempre se posicionando fundamentado na Doutrina Espírita, desenvolvendo os temas com explicações racionais, capazes de aclarar os pontos obscuros.


Mensagens e comunicações

No que se refere ao contato entre os ultraterrestres e nós, é preciso destacar também as possíveis e prováveis diferenças entre as mensagens recebidas dos seres de outros mundos e aquelas recebidas dos Espíritos. Em seus livros, Pedro de campos também se referiu ao assunto, e nos esclareceu seus pontos de vista.


Você fez uma distinção entre as canalizações de mensagens dos ultraterrestres e as mensagens dos Espíritos. Quais seriam e de que forma seria possível detectar essas diferenças?

Quem ler o livro
UFO: Fenômeno de Contato, vai conhecer muita coisa nova. A canalização é tema abordado em capítulo específico. Numa curta definição, podemos dizer que “canalizar é recepcionar e interagir com um pensamento inteligente de natureza extrafísica”. Isso quer dizer que tanto o Espírito pode ser canalizado quanto o ser ultraterrestre. As diferenças entre as duas entidades são muitas. Elas também são tratadas no recente livro.

O conteúdo e o modo de transmissão das mensagens são algo diferente. Uma comunicação cujo conteúdo esteja recheada de termos expressivos, mas com muita fabulação sobre as energias e planos existenciais, denotando no fundo não sair do terra-a-terra, por lógica não poderia vir de uma entidade evoluída de outra esfera. Nesse caso, o mais provável é que seja um embuste espiritual. Nesse caso, o dirigente, amparado por seus guias, deve encaminhar o embusteiro à sessão apropriada, para doutrinação e afastamento. Espíritos podem fazer aparições e executar outras atividades, mas não usam naves espaciais estruturadas para se comunicar.

Os ultraterrestres não incorporam, mas se comunicam por telepatia. Tampouco o fazem por psicografia. Os que assim precedem estão na erraticidade, são Espíritos desencarnados, seja de que orbe for do infinito. Se um Espírito de outro orbe incorporasse o médium, ele teria de usar o aparato físico mediúnico para se comunicar. Para falar, teria de dominar a escrita. Como não sabe o idioma e tampouco nossa escrita, não poderia fazê-lo. Mas tanto um Espírito de outro orbe quanto um ser ultraterrestre, comunicando-se por telepatia, poderia passar a imagem mental ao médium, e esta não precisaria de idioma algum para ser entendido. Nessa condição, o médium interpretaria a mensagem segundo sua própria cultura, conforme sua intuição, seu sentimento e sua clarividência. Contudo, para fazer isso é preciso que o sensitivo tenha vários dotes mediúnicos bem desenvolvidos, além da ajuda de seu guia espiritual, para validar a mensagem. Caso a entidade denote característica ultraterrestre na comunicação, então a prova só pode ser aceita com a demonstração da nave nos céus, de modo que ela fique bem nítida para todos.

Diferente do Espiritismo, a Ufologia é estudo do objeto voador não identificado, o chamado OVNI ou UFO. Por isso, o que identifica sem equívoco o alienígena é a sua nave. Enquanto a criatura não materializar a nave e disser por si próprio a que veio, qualquer outra comunicação canalizada poderia ser considerada como vinda de Espírito errante. Sem a nave, não há fenômeno ufo. E sem ufo, não há certeza da criatura ser alienígena.


Você se referiu ao fato dos ultraterrestres poderem se comunicar por telepatia, mas que isso raramente ocorre nas Casas Espíritas. Não seria de se esperar que os médiuns tivessem mais possibilidade de receber essas mensagens telepáticas ou canalizações?
 
Os médiuns espíritas podem captar perfeitamente mensagens de ultraterrestres. Mas é preciso entender primeiro o porquê disso ser raro nos Centros Espíritas. É muito importante lembrar que a prova definitiva de uma canalização só pode ser dada com a aparição da nave em campo aberto. Caso contrário, a comunicação ficaria duvidosa para todos. Dentro de um ambiente fechado, não haveria como fazer isso, não daria para ver a nave nos céus. E dentro das cidades, isso seria uma atividade inviável, haveria pânico. Além disso, trata-se de fenômeno físico, para o qual há riscos. Uma pessoa não preparada poderia não suportar o choque emocional. Primeiro é preciso a permissão do plano espiritual maior para realização de qualquer atividade espírita conjugada à Ufologia.


Por se encontrarem em dimensões “mais sutis”, o contato entre ultraterrestres e Espíritos não seria mais fácil e simples de acontecer do que destes conosco, especialmente quando falamos dos ultraterrestres moralmente evoluídos?

Apenas por uma questão de lógica, seres evoluídos deveriam ter mais facilidade de comunicação entre si do que nós com eles; a nossa dificuldade para isso é grande. Mas no que respeita à comunicação entre Espíritos e seres ultraterestres, não me parece possível estabelecer uma regra geral e com isso dizer que seja mais fácil ou mais difícil o contato.

Entre os Espíritos há vários graus de refinamento. E cada qual estagia numa estratificação diferenciada do outro. O de peso específico maior não consegue subir a paragens mais rarefeitas. O peixe não respira fora da água, mas o homem submerso tem artifícios para fazê-lo. O Espírito mais evoluído pode descer a camadas de vibração inferior, enquanto que o de lá não conseguiria subir. Assim se compreende que numa certa dimensão espiritual há várias estratificações, como se fossem planos de uma extensa escada. Essa concepção ascendente é válida para todos os Espíritos ainda em estágio de depuração, seja de que orbe for do infinito.

No livro
Universo Profundo, o autor espiritual nos ensina que “uma outra dimensão é um outro mundo”. Para se ir a outra dimensão há de se ter condições para fazer isso, quer seja uma entidade, quer seja outra. A seu turno, cada classe de ultraterrestre estagia numa dimensão específica. As classes mais altas podem descer para níveis mais baixos. Mas isso não significa que essa movimentação dos ultraterrestres se faça na esfera dos Espíritos da Terra; a dimensão é outra. Um está encarnado, por assim dizer, e o outro, desencarnado. Quando a movimentação alienígena se faz no ambiente terrestre, acontecem os fenômenos luminosos, os fantásticos objetos voadores não identificados que vemos nos céus. É fácil o entendimento, mas a aceitação disso pelos encarnados pode ser muito difícil.


Os Ultraterrestres

Para explicar o que são exatamente os ultraterrestes e qual a diferença entre esses seres e os Espíritos aos quais se refere o Espiritismo, Pedro de Campos começa dizendo que primeiro é preciso entender o que é extraterrestre.

“Este seria uma criatura de fora do planeta Terra”, ele diz, “mas um ser de corpo sólido como o nosso, sem necessidade de ser igual na aparência e na constituição orgânica. Mas ainda assim uma criatura de natureza física material”.

“O ultraterrestre seria uma criatura também de fora do planeta Terra, mas um ser de corpo incomum, de corpo menos material que o nosso, como denomina o Espiritismo. Uma criatura de natureza extrafísica, invisível para nós, assim como o são os espíritos. Essa criatura seria habitante das esferas sutis de outros planetas do nosso sistema solar, como também das profundezas etéreas do universo. Seria um ser vivente de outra dimensão do espaço-tempo, cujo corpo constituído de antimatéria cresce, se reproduz, envelhece e morre. Como exemplo, citamos as criaturas encarnadas mencionadas por Kardec na nota de rodapé da pergunta 188 de
O Livro dos Espíritos”. (1)

“Os espíritos, por sua vez, são inteligências errantes, ou seja, seres que não estão revestidos de forma corpórea alguma, senão a forma perispiritual. Salvo os espíritos puros, que não precisam mais reencarnar, todos os demais, para evoluir, devem voltar a uma forma corpórea. Essa forma corpórea pode ser de matéria sólida, como a dos homens e a dos seres extraterrestres descritos, ou pode ser de antimatéria, a qual é sutil, etérea, como a dos seres ultraterrestres mencionados. O espírito quando desencarnado aguarda seu retorno à vida corpórea nas colônias espirituais, onde ali vive sem que haja procriação, porque espíritos não se reproduzem, são obras do Criador. No Apêndice do livro
Universo Profundo há um quadro sintético que mostra objetivamente as diferenças entre espírito e o ser ultraterrestre”.


1- Livro dos Espíritos – Questão 188


188. Os Espíritos puros habitam mundos especiais, ou se encontram o espaço universal, sem estarem ligados de modo particular a nenhum mundo?
“Habitam mundos determinados, mas não lhes ficam presos, como o homem à Terra; melhor que os outros, podem ir a toda parte.”(1)

 

1) Nota de Kardec:

De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os Espíritos, a Terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente; Marte lhe seria ainda inferior, e Júpiter, muito superior, em todos os sentidos. O Sol não seria um mundo habitado por seres corpóreos, mas um lugar de encontro de Espíritos superiores, que de lá irradiam seu pensamento para outros mundos, que dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, com os quais se comunicam por meio do fluído universal. Como constituição física, o Sol teria um foco de eletricidade. Todos os sóis, ao que parece, estariam nas mesmas condições.

O volume e o afastamento do Sol não têm nenhuma relação necessária com o grau de desenvolvimento dos mundos, pois parece que Vênus está mais adiantado que a Terra e Saturno menos que Júpiter.

Muitos Espíritos que animaram pessoas conhecidas na Terra disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição e é de se admirar que num globo tão adiantado se encontrem homens que a opinião terrena não considerava tão elevados. Isto, porém, nada tem de surpreendente, se considerarmos que certos Espíritos, que habitam aquele planeta, podiam ter sido enviados à Terra em cumprimento de uma missão que, aos nossos olhos, não os colocaria em primeiro plano; em segundo lugar, entre a sua existência terrena e a de Júpiter podiam ter tido outras, intermediárias, nas quais se tivessem melhorado; em terceiro lugar, naquele mundo como no nosso, há diferentes graus de desenvolvimento, e entre esses graus pode haver a distância que separa entre nós o selvagem do homem civilizado. Assim, do fato de habitarem Júpiter, não se segue que estejam no nível dos seres mais evoluídos, da mesma maneira que uma pessoa não está no nível de um sábio do Instituto, pela simples razão de morar em Paris.

As condições de longevidade não são, por toda parte, a mesmas da Terra, não sendo possível a comparação de idades. Uma pessoa falecida há alguns anos, quando evocada, disse haver encarnado, seis meses antes, num mundo cujo nome é desconhecido. Interpelada sobre a idade que tinha nesse mundo, respondeu: “Não posso calcular, porque não contamos o tempo como vós; além disso, o nosso meio de vida não é o mesmo; desenvolvemo-nos muito mais rapidamente; tanto assim, que há apenas seis dos vossos meses nele me encontro, e posso dizer que, quanto à inteligência, tenho trinta anos de idade terrena”.

Muitas respostas semelhantes foram dadas por outros Espíritos e nada há nisso de inverossímil. Não vemos na Terra tantos animais adquirirem em poucos meses um desenvolvimento normal? Por que não poderia dar-se o mesmo com o homem, em outras esferas? Notemos, por outro lado, que de trinta anos, talvez não seja mais que uma espécie de infância, comparada ao que ele deve atingir. É preciso ter uma visão bem curta para nos considerarmos os protótipos da Criação, e seria rebaixar a Divindade acreditar que, além de nós, ela nada mais poderia criar.


Os ÓVNIS na Visão Espírita

Pedro de Campos lembra que Kardec não falou de objetos voadores que aparecem nos céus e se materializam, porque isso só ganhou destaque na sociedade humana depois da Codificação, iniciada em 1857.

Contudo, Kardec registrou que seres inteligentes se manifestam na Terra, que todos os orbes do infinito são habitados e que os Espíritos estão ali encarnados numa forma corpórea. Registrou que nesses mundos menos materiais o Espírito encarna, revestido de um corpo também menos material. Assim, nesses mundos a criatura nasce, cresce, se reproduz, morre e reencarna. Kardec citou Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, os orbes radiantes e as profundezas etéreas do cosmos. A conclusão, diz Campos, é que, assim como o homem não foi colocado pronto na Terra – mas nela evolucionou por longos períodos e aqui desenvolveu tecnologia avançada, como aviões, foguetes, etc. – nos outros mundos do universo deve ter acontecido processo semelhante, seguindo a mesma lógica de raciocínio. Assim, ÓVNIS que aparecem na Terra, com a visão evolucionista que nos dá o Espiritismo, seriam resultado da evolução tecnológica daqueles seres inteligentes.

Fonte: Livro dos Espíritos – Questão 188 / Revista Espiritismo & Ciência – Vida em Outros Mundos 

https://www.espiritualidades.com.br/Artigos/S_autores/SCHOEREDER_Gilberto_tit_Visao_Espirita_e_Fenomenos_Ufologicos.htm


Ufologia sob a ótica Espírita

 

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

Um respeitado autor de vários livros sobre este tema costuma usar os termos ser ultraterrestre ou ET de antimatéria. Gosto deles. São exatos para aferir base lógica a um sem-número de contatos e experiências neste terreno. Explico-me.

Não foi por uma nem duas vezes que houve a mesma coisa: entretida em palestra com alguém acerca do modo como visualizei OVNIs, via desprendimento do corpo físico, sobre vida intradimensões ou temas similares, me acontecia frequentemente, pouco tempo depois, avistar estes objetos nos céus, de abrupto, como se estivessem os seus tripulantes atentos ao que eu dizia ou pensava, e interessados nalgum tipo de exibição proposital e a propósito do assunto discorrido, assim como numa confirmação inopinada e extemporânea. E há pouco tempo, na minha varanda, altas horas da noite, durante uma conversa com meu filho, exatamente sobre a mesma coisa, tornou a acontecer.

Contava para ele sobre o início da minha trajetória no envolvimento com os assuntos espíritas, quando tinha anos menos da idade dele hoje, dezoito anos; relembrava as primeiras leituras e, de entremeio, aludíamos à exuberância da vida no universo e nos planos invisíveis; e, daí, as probabilidades de que muitos dos visitantes extraterrenos, provenientes de dimensões mais ricas e avançadas em recursos tanto quanto em evolução espiritual, nos surgissem, volta e meia, via materialização dos tais veículos não identificados nos céus.

Neste exato ponto da agradável conversa - e no silêncio de uma noite estrelada, embora iluminada pelo suave clarão do luar pleno - nos surge, para nosso pasmo, de inopino, mais um destes objetos, num trecho de céu bem acima da nossa rua. Alto. Absolutamente visível; alaranjado, como logo meu filho observou; circular; surgiu do nada, sem mais nem menos, descrevendo um trajeto que, tanto era lento demais para sugerir qualquer queda de asteroide, quanto rápido demais para admitirmos satélites ou outro veículo aéreo conhecido. Até porque via-se a luz meio desfocada, única, sem outras quaisquer piscando, como no caso de aviões e helicópteros, contida em uniforme desenho circular. Descreveu um trajeto visível e direcionado, oscilante, mais ou menos em linha reta; declinou ligeiro movimento em ziguezague e bandeou-se levemente para a esquerda, em curva suave, desaparecendo depois.

Custamos a abandonar o nosso estupor. Gastamos mais um tempo incontável com os olhos presos no escuro estrelado da abóbada celeste, na esperança de mais algum avistamento. Mas, com o avanço do horário, afinal nos recolhemos, por volta de uma hora da manhã - apenas para que me ocorresse, via desprendimento físico, como num outro tanto incontável de vezes, a continuidade da experiência - muito mais nítida, rica, onde mantive contatos visuais com uma série de luzes e objetos outros, do mesmo lugar da varanda onde estivera enquanto em vigília, inclusive com um realismo impressionante na identificação de detalhes e de impressões que descartava, de imediato, qualquer consideração em torno de sonhos comuns. Um me apareceu, inclusive, também alaranjado, gigantesco, mas sem contornos que o definissem como um objeto material, como o conhecemos propriamente, como se uma luz laranja difusa se visse claramente delimitada apenas pela própria forma um tanto fosca e elíptica deste objeto que se erguia, impressionante, de detrás dos prédios circunvizinhos.

Curioso é que, tempos atrás, um amigo me encaminhou um texto por e-mail, relatando coisas controvertidas acerca da crise dos controladores de voo. Houve rumores na internet, notícias girando em torno de um pandemônio nas torres de controle de todo o território brasileiro, já de longa data, por causa da incapacidade de se captar com precisão nos radares - somando-se isso, certamente, aos problemas em baila em torno de toda esta confusão - o que é ou não é avião ou espaçonave extraterrestre, tendo em vista que vinham aparecendo em grande número nos céus de todo o espaço aéreo nacional.

Lendo aquilo, fiquei imaginando se não poderia ter sido algo assim o problema ligado à mencionada falha no controle do voo da Gol. Mas isto é especulação. E, ainda que houvesse qualquer vestígio de veracidade, as autoridades não permitiriam a divulgação, assim como habitualmente agem, guardando em sigilo de Estado todo assunto relacionado ao tema UFO. Fato é que, recebendo há pouco tempo este e-mail, e me vendo ultimamente entretida com a produção de mais um livro, andava distanciada dos temas relacionados aos UFOs; e assim respondi a este amigo, um tanto displicente, que nutria dúvidas sobre o que havia lido, já que, habituada a viver olhando o céu à cata mesmo dos nossos visitantes, ultimamente, todavia, não vinha vendo nem mosquito...

Depois, todavia, lhe escrevi outro e-mail, no qual dizia: "Retiro o que disse. Acabei de ver mais um. Eles me deram um "cala boca"!"

Não nutro mais dúvidas, portanto, com base nestas inúmeras experiências repetidas, sobre o que já foi considerado nos artigos anteriores desta série:

- Os OVNIs (UFOs) - boa parte deles - nos surgem em caráter intradimensional, fazendo-se materializar à nossa percepção visual quando bem entendem (pois comprovadamente lidam com antimatéria), ou quando as condições o permitem, e com o propósito específico de serem vistos por algumas pessoas, enquanto que por outras não.

- Certamente nos entendem e acompanham os nossos diálogos e trabalhos associados ao tema via telepatia, respondendo-nos, ou interferindo nestas conversas prontamente, quando querem, e com intenção bem definida.

- A vertente do estudo da Ufologia atrelada aos conceitos espíritas está correta ao mencionar, como aludido acima, o ser ultraterrestre ou ET de antimatéria (vida num corpo menos material, em seres chamados dimensionais, vivendo em corpos de matéria mais rarefeita, mas ainda materiais).

Todas estas assertivas são baseadas em vivências que corroboram, neste momento evolutivo no orbe, o que Allan Kardec já nos sugeria na sua Codificação acerca da pluralidade dos mundos habitados (vide O Livro dos Espíritos, cap. III, item V).  

Resta-nos, então, em nos atendo a experiências que mais ainda aprimorem e esclareçam as nuances desta convicção, engajar-nos em estudo e em trabalho sérios e despojados de preconceitos (com ênfase ao movimento espírita e respectivos contextos dos seus ensinamentos), como já o faz um bom número de escritores e cientistas de vanguarda, empenhados para que um dia o assunto vida extraterrestre saia, definitivamente, do campo da especulação para o da certeza concludente. 

Talvez que então se inaugure uma era na qual - e sem perder de vista o devido merecimento de ordem evolutivo-espiritual - nos aconteça, enfim, a quebra da quarentena cósmica que nos cerceia o contato franco e a troca enriquecedora com os representantes de civilizações outras e mais avançadas do Universo em visita ao nosso planeta. 

FONTE:http://www.oconsolador.com.br/ano4/187/christina_nunes.html

QUEM SOMOS? DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?


Por: Geraldo Mota Valintim

O filósofo francês René Descartes (pronunciado "decárte") escreveu em latim: Cogito, ergo sum: Reflitamos que o pensar assegura à mente o fato da própria existência psicológica. Em outras palavras, quando nos damos conta de que estamos pensando, podemos ter a certeza de que existimos.

Explicações metafóricas, nos dá maior poder de assimilação, persuasão e ampliação aos horizontes do conhecimento: Platão e o Mito da Caverna, Shakespeare e célebres frasesser ou não ser, eis a questão”; "Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia."

A vida macro cósmica e micro cósmica são verdades absolutas até um novo cientista descobrir um equipamento de maior alcance ou a descoberta de novos planetas e galáxias ou ainda novas divisões atômicas.

O mundo vai acabar. Afirmação de muitos credos. O que é o mundo para você o que é mundo para mim? A maioria diria que a terra é o nosso mundo, mas a terra é um simples grão de areia, uma poeira cósmica pairando sobre o espaço sideral. Outros diriam que o mundo está dentro de cada um de nós e cada um cria o seu mundinho, outros ainda diriam que o mundo é o universo imensurável e infinito.

Se nos teletransportássemos a outras dimensões, planetas ou galáxias longínquas não saberíamos nem se a terra existiria no universo porque visualmente ela não existe. Há anos luz não teríamos nem tempo de concluir a viagem, porque não estaríamos vivos fisicamente ao retornar. O tempo é apenas uma convenção de acordo com o ponto de partida do qual nos encontramos. A nossa medida de tempo é limitada ao nosso planeta terra, ou seja, é um ponto de referência para medir o nosso tempo.

O Planeta terra está em ebulição: são as tecnologias avançadas mas ainda as guerras pairam sobre nós e a polarização global recai sobre a politização e os meios de comunicação. Nesse processo de transição ainda estamos atrasados com relação à nossa evolução moral e intelectual.

Os sinos já soaram e alertas já foram dados em encontros mundiais por apelos, para que salvemos o planeta do processo de devastação. O descongelamento das camadas glaciais torna-se frequente, mas os corações endurecidos e orgulhosos estão em defesa apenas do material. As potências mundiais não querem abrir espaço para novas negociações em que os mais ricos possam colaborar para redução de emissão de gases poluentes.

As
novas tecnologias, avançamos para um processo de vigilância em todos os níveis da sociedade. A globalização dos meios de comunicação aproxima gregos a baianos, abrindo um portal de esperança para que, apesar das diferenças religiosas étnicas e culturais, possamos nos aproximar de forma fraternal e pacífica, mundos tão equidistantes e desiguais. O espaço está aberto, ainda limitado é claro, mas com inúmeras possibilidades, a exemplo do que hoje podemos rapidamente nos comunicar com o mundo, criarmos nossos mecanismos e mesmo não sabendo uma nova língua, rapidamente consultamos um tradutor e expressamos nossa mensagem aos rincões do planeta.

Qual a nossa pretensão como seres humanos habitantes de um planeta que visivelmente falando é único no universo, se pensar limitado nosso raciocínio lógico?
Se ao
jogarmos um minúsculo papel ao solo, sem um mínimo de escrúpulos, porque todo mundo faz assim e eu serei o único que farei diferente, prefiro deixar tudo como está apesar de mais tarde verificar que a minha casa está inundada com a enchente por causa de milhões de papeizinhos que entupiram os esgotos, mas direi:” foram os outros, eu não fiz nada de errado”, eles poluem, eles sujam, eles picham e eu? Ah, eu não!

São muitas questões a se discutir e vários pontos a se examinar.
Somos simples mortais, materialmente falando, existem vários planetas em nosso sistema solar e muitas outras galáxias estão sendo descobertas, mas a maioria ainda acredita somente no que vê e é palpável, Recusam-se a admitir que exista vida inteligente em outros planetas e galáxias.

Voltemos ao passado: Muitos foram queimados vivos em fogueiras ou condenados à morte por não desistirem à quebra de paradigmas. Limitados à matéria, a maioria ainda admite que apenas haja vida em nosso planeta, porque estão limitados à visão terrena ou porque ainda não se provaram o contrário ou porque tentaram provar ao contrário, mas ainda não os convenceram.

Sobre a civilização egípcia, ainda hoje há muitas teorias sobre qual tecnologia fora aplicada para elevar as pirâmides, bem como sobre a inteligência desses povos que vieram apenas elevar os povos primitivos e desapareceram no tempo.

O que é verdade realmente para nós seres humanos? 

Na maioria das vezes, somos donos da verdade por achar-nos em condição de fazer julgamentos precipitados, diante do orgulho que nós mesmos não admitimos possuidores. Estamos limitados ao nosso estado evolutivo, digam-se de passagem, ainda primitivos em nossas conclusões, embora muitos queiram admitir que sejamos sábios e donos da verdade. A verdade está atrelada  à evolução de cada ser. Então, a verdade que eu defendo é apenas um ponto de vista momentâneo e que mais tarde eu poderei revogá-la ao ampliar os horizontes do conhecimento. 

Ao admitirmos que: As maravilhas do nosso planeta são apenas cópias mal elaboradas de outra dimensão bem mais evoluída e bela; que as músicas, as artes são apenas intuições e viagens atrais feitas por seres que já viveram em outras dimensões e que voltaram para lá, deixo um ponto de interrogação: Afinal, quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?