SEGUIDORES

sexta-feira, 6 de março de 2009

-->NOVAS UTOPIAS: Dom Helder Câmara (Psicografia)


Novas Utopias
Dom Helder Camara, arcebispo de Recife e Olinda, retorna através do médium Carlos Pereira para continuar sua missão. Novas Utopias é um livro instigante porque traz ao debate a temática da imortalidade do ser, da dimensão transcendental e da relação intermundos, a espiritual e a física, independentemente da crença religiosa.
Pereira, Carlos (autor)
Helder Camara (Espírito)

"NOVAS UTOPIAS"
>
> Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito
> Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1.999 em Recife, Pernambuco.
>
> É do conhecimento geral, principalmente dos católicos brasileiros: Dom Helder Câmara foi um dos fundadores da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do
> Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro, cuja luta, nesse processo político da nossa história, o notabilizou no mundo todo, como uma das figuras mais expressivas do século XX, na defesa dos fracos contra a tirania dos fortes e dos pobres contra a usura dos ricos. Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não-violência.
>
> Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz.
>
> Por isso, o livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos.
>
> O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom
> Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1.966
> a 1.975 e tem 30 livros publicados.
>
> Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também,
> pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da
> comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano.
>
> É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento.
>
> No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados a Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.
>
> A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.
>
> Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:
>
> - Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?
> Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo
> como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo,
> mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.
>
> - Do outro lado da vida, o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?
> Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se
> reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
>
> - Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?
> Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai
> liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam
> semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.
>
> - Como é sua rotina de trabalho?
> A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as
> quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma
> colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.
>
> - Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?
> Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais
> devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.
>
> - O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos centros espíritas?
> Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente.
> Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.
>
> - O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?
> Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.
>
> - Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?
> Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão
> possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.
>
> - Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?
> Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o
> grande esforço de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a
> criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas
> semelhantes.
>
> - Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?
> Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso
> para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
>
> - Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo?
> Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam
> dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, sentir a necessidade de me expressar por um médium, quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.
>
> - Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país?
> Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro
> preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.
>
> - Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?
> Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus
> interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha
> última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.
>
> - O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?
> Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.
>
> - É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?
> Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.
>
> - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.
>
> - Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?
> Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme
> para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração.
> Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter
> uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão
> ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira
> Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.
>
> - O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?
> Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão
> mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma
> conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática. Espíritas no futuro? Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais? Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.
>
> - Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?
> Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou de outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.
>
> - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora depois da morte?
> Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo
> dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora
> da humanidade.
>
> - Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?
> Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.
>
> - Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?
> Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor. Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar.
>
> Livro: Novas Utopias / Autor: Dom Helder Câmara (espírito) /Médium: Carlos Pereira
__________________________________________________________________________
OUTROS DESTAQUES DO LIVRO NOVAS UTOPIAS
Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?

Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de
voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo
como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica
permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo,
mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que
me seja possível, para o bem da humanidade.

Do outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar
seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra muitas barreiras
com o preconceito religioso?


Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem
o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se
reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento,
porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados
pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com
a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas
podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar
aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?
Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam
fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai
liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos;
todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam
semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o
melhoramento da humanidade.

Como é sua rotina de trabalho?

A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque
aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as
quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são
organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma
colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que
faço com muito prazer.


Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?


Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria
de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais
devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é
uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.

O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos Centros
Espíritas?


Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as
casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente.
Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos,
principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa
espírita.

O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?

Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto
um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que
o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a
sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é
buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a
ter novas experiências, isso será um processo natural.
Mediunidade – Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?
Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da
vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão
possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.

Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?

Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito
interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao
médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito
grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos
intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma
mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram.. Outros
(médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.
Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?
Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam
isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso
para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.

Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever
mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual.
Por que Dom Helder é quem está escrevendo?


Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da
Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam
dentro de um caixão e nos dizem “acabou-se”. Eu já pensava que continuaria a
existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas
vezes. Então, senti a necessidade de me expressar por um médium quando
estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu
estou fazendo.

Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso País?

Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para
poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro
preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as
suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de
desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas
suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que
na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram
nas suas atividades.

Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?

Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição
para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus
interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar, foi muito
fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha
última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que
fizeram o livro.

O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela
mediunidade?


Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia,
inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é
demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa
Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis
admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.

É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?

Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só,
já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano
físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas
não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter
negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em
quando, experiências íntimas espirituais.

Igreja – Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?

Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram
responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral
muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua
hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na
Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais
transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui
não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena,
mas, sobretudo, pelo avanço moral.

Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?

Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o
pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme
para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de
fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração.
Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas
materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter
uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi
isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão
ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar
merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira
Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária
para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.

O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?

Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero
apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão
mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem
não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma
conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não
devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que
possível, colocá-los em prática.

Espíritas no futuro?

Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja,
ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais
cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual,
a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros
princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.

Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?

Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades.
Então, dizer um nome ou outro seria uma referência pontual porque há muitos,
que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um
trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao
próximo.

Amor – Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora,
depois da morte?


Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer
um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo
dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor,
conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora
da humanidade.

Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?

Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou
qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por
nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos
de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática
do amor, pois devemos unir os nossos esforços.

Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?

Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor Ela é a única e
principal mensagem que se pode deixar. “

Livro: Novas Utopias

Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira

4 comentários:

Gabi disse...

Olá!
Em primeiro lugar, parabéns pelo blog de excelente qualidade.
Este livro de D. Helder Câmara chega em boa hora e só vem acrescentar mais em prol do cristianismo! Que bom que a mediunidade já não sofre mais tantos preconceitos, não é mesmo?

Aproveitamos para agradecer a inclusão do blog da Mocidade União e Luz nos seus favoritos.

Abraços!

Anônimo disse...

Lí e adorei o livro. Recomendo-o a todos, independente da sua religião, ele nos transmite muito amor, é muito reconfortante saber que somos
eternos e Dom Helder continua sua missão de amor.
Leiam e tirem suas próprias conclusões.

Anônimo disse...

Fico muito contente em ver que as pessoas estão começando a se renderem ao Plano espiritual. Com este Livro, confirma-se que os tabús Religiosos estão acabando e abrindo espaço para as pessoas perceberem que a Reencarnação não é uma Utupia, porém uma realidade.
Parabens pela obra.

Anselmo Fernandes

Livro Digital de Luiz Domingos de Luna disse...

A Psicografia em Aquarius

A Psicologia em Aquarius*
Por Luiz Domingos*

Outro dia fui convidado a retornar ao meu planeta Natal Aquarius como de sempre, passei pelos procedimentos, já devidamente, relatados na Série Aquarianos; em minha cadeirinha ao entrar na galáxia de Atenas, e em segundos de Anos luz o meu querido berço natal Aquarius, tudo do jeito que deixei, visto em Aquarius o tempo real não existir.
Como de sempre entrei na fila para a grande conferência, o tema já devidamente exposto em 3 dimensões A Psicografia em Aquarius.
O Palestrante abriu a conferencia mostrando os gastos onerosos a manter estas viagens Terra Aquarius – Aquarius Terra, ainda bem que a nossa moeda é virtual do contrário Aquarius já seria um depósito de notas e cartões virtuais.
Os peritos foram convidados para fazer um relato da possibilidade técnica da aplicação da psicografia entre Aquarius e a Terra, assim, a relação entre estes dois planetas ficaria mais próxima, mesmo sendo de uma distância física impensável ao possível do pensar dos humanos.
Já comecei a desconfiar que este tema terminasse sobrando para mim, baixei a cabeça e o colega desconfiou que eu estivesse suando muito, embora em Aquarius isto não exista apenas uma didática para compreensão dos humanos.
Quando levantei a cabeça no telão, a minha foto e no código de Barra a indicação para eu fazer a psicografia entre os terráqueos e os Aquarianos.Senti uma dor imaginária que quase queimou o meu chip Aquariano.
Mandei pelo meu computador a indagação de como faria isto, visto lá em Aquarius todos tem o direito de resposta automático.
Colocaram uma luz bem forte em minha frente e disseram: será instalada uma antena de dupla hélice, em cada base púrica a pirimídica será instalada uma base de transmissão do pensamento que entra em nosso equalizador, assim quando você estiver psicografando nós estamos copiando e quando você estiver copiando nós estaremos psicografando.
O Filósofo pediu a palavra e disse: Quem está psicografando quem afinal?
O Projetista disse: Os dois- Que dois?!
A Nave terrestre e a nave aquariana - O Filosofo riu muito e afirmou como é que é feito este contato hoje?Via nossa tecnologia que é super avançada, via energia escura, via matéria escura, via nossa....
Queridos Aquarianos seria mais simples se vocês dissessem: Via Psicografia pura!
O Resto é vaidade abaixo do sol ?
- Que sol?
O Sol da psicografia.