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sexta-feira, 1 de outubro de 2010
RESPOSTA Á REVISTA SUPERINTERESSANTE SOBRE CHICO XAVIER
AOS SENHORES
REDATORES DA REVISTA SUPERINTERESSANTE
Na carta de 15 de julho de 2010, enviada a essa redação, refutei a reportagem sob o título “Uma Investigação: Chico Xavier”, publicada na edição nº 277 de abril, dessa revista, 2010, na qual taxou o médium Francisco Cândido Xavier de impostor, ao dizer que ele, ao receber cartas dos parentes desencarnados que se comunicavam com seus familiares, mandava primeiramente seus assessores conversarem com as pessoas, anotando informações, datas, nomes etc., para inseri-las no contexto da mensagem do espírito comunicante. Disse também naquela carta, que se Chico recebesse, preliminarmente, todas as informações para mistificar, precisaria ser um prodígio para ler todas elas rapidamente e memorizá-las para inseri-las nas referidas mensagens.
Porém, uma pergunta que não se cala: como o médium mineiro poderia imitar a caligrafia e as assinaturas dos mortos, a ponto delas serem confirmadas pelo perito em Grafoscopia, Dr. Carlos Augusto Perandréa, conforme relato publicado no livro de sua autoria - A Psicografia à Luz da Grafoscopia (Editora Fé)?
Além disso: se a Grafoscopia é uma técnica reconhecida e aceita para solucionar questões criminais e para verificação da autenticidade ou a determinação da autoria de um documento, como questionar sua credibilidade, quando se refere à autenticação das psicografias?
PROVAS CIENTÍFICAS
No livro citado, o Dr. Perandréa apresenta um trabalho científico inédito no mundo, publicado na Revista Científica Semina da Universidade Estadual de Londrina. O autor prova a comunicação psicográfica comparando
a letra (padrão) do indivíduo antes e depois da morte, em mensagens mediúnicas (pela psicografia), analisando em laudo técnico e chegando à conclusão de autenticidade gráfica.
Perandréa é professor da Universidade estadual de Londrina Paraná, Criminólogo, Perito Judiciário em Documentoscopia; Professor Universitário, na Universidade Estadual de Londrina, desde 1972 (Medicina Legal - Identificação Datiloscópica e Grafotécnica - Curso de Direito), e confirma a autoria gráfica de mais de 400 psicografias (mensagem de "Espíritos") recebidas através do médium Chico Xavier, quando comparadas com a grafia das pessoas enquanto ainda vivas (o que se constituiria também, posteriormente, em uma prova da sobrevivência da consciência humana ao fenômeno da morte física).
É importante ressaltar que, da análise das 400 psicografias, 398 foram confirmadas por outros peritos da área, ou seja, uma confiabilidade de mais de 99,5%. A autenticidade deste trabalho, além de publicada na Revista Científica da Universidade de Londrina, em 1990, foi igualmente apresentada, em outra oportunidade, em um Congresso Nacional, diante de mais de 500 Profissionais e Peritos da área, sem que houvesse uma única contestação.O método grafoscópico empregado por esse Perito é totalmente aberto a investigações, sendo amplamente utilizado pela Justiça, em casos de âmbito geral, de todo o mundo há muito tempo (tanto para condenar um réu, como para o absolver). A metodologia utilizada por Perandrea é a padrão em Grafoscopia Judiciária, que tem sólido respaldo científico há muitas décadas.
O CASO ILDA MASCARO SAULLO
Chico psicografou centenas de cartas consoladoras dirigidas a familiares saudosos, enviadas pelos parentes domiciliados no mais além. Muitas delas, revelando nomes totalmente desconhecidos pelo médium, porém grafadas com a mesma letra dos falecidos.
Dentre os casos examinados pelo grafotécnico Perandréa, um dos que despertou mais interesse foi o da mensagem psicografada por Chico Xavier no dia 22 de julho de 1978, em italiano (Chico não dominava o idioma Italiano), pelo espírito de Ilda Mascaro Saullo, desencarnada em Roma, em
20 de dezembro de 1977, dirigida aos seus familiares residentes no Brasil. Nessa altura, é bom esclarecer que o médium mineiro nunca aprendeu a falar e a escrever a língua italiana. Após os exames efetuados com base nos estudos técnico-científicos de grafoscopia pôde, a perícia, comprovar sem dúvidas a sua veracidade, chegando aos seguintes resultados categóricos:
“A mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, em 22 de julho de 1978, atribuída a Ilda Mascaro Saullo, contém demonstração fotográfica, em “número” e em “qualidade”, consideráveis e irrefutáveis características de gênese gráfica, suficientes para a revelação e identificação de Ilda Mascaro Saullo como autora da mensagem questionada”.
SOLICITAÇÃO DE RESPOSTA
Diante de todos esses evidentes argumentos, aguardo resposta da Direção dessa Revista, para as questões levantadas na presente carta.
Atenciosamente,
Gerson Simões Monteiro - Economista - Colunista do JORNAL EXTRA - Diretor Vice-Presidente da RÁDIO RIO DE JANEIRO
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