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sexta-feira, 9 de abril de 2010
--> RICHARD SIMONETTI ADVERTE REVISTA SUPERINTERESSANTE
Senhor Sérgio Gwercman
Diretor de redação da revista Super Interessante
Sou assinante dessa revista há muitos anos. Sempre a encarei como publicação séria, fonte de informações a oferecer subsídios para meu trabalho como escritor espírita, autor de 49 livros publicados.
Essa concepção caiu por terra ao ler, na edição de abril, infeliz reportagem sobre Francisco Cândido Xavier, pretensiosa e tendenciosa, objetivando, nas entrelinhas, denegrir e desvalorizar o trabalho do grande médium.
Isso pode ser constatado já na seção “Escuta”, com sua assinatura, em que V.S. pretende distinguir respeito de reverência, como se reverência não fosse o respeito profundo por alguém, em face de seus méritos.
Podemos e devemos reverenciar Chico Xavier, não por adesão de uma fé cega, mas pela constatação racional, lúcida, lógica, de que estamos diante de uma personalidade ímpar, que fez mais pelo bem da Humanidade do que mil edições de Superinteressante, uma revista situada como defensora do bom jornalismo, mas que fez aqui o que de pior existe na mídia – a apreciação superficial e tendenciosa a respeito de alguém ou de uma notícia, com todo respeito, como pretende seu editorial, como se fosse possível conciliar o certo com o errado, o boato com a realidade, o achincalhe com o respeito.
Para reflexão da repórter Gisela Blanco e redatores dessa revista que em momento algum aprofundaram o assunto e nem mesmo se deram ao trabalho de ler os principais livros psicografados pelo médium, sempre com abordagem superficial, pretendendo “explicar” o fenômeno Chico Xavier, aqui vão alguns aspectos para sua reflexão e – quem sabe? – um cuidado maior em futuras reportagens.
De onde a repórter tirou essa bobagem de que “toda essa história começou com as cartas dos mortos?”
Se as eliminarmos em nada se perderá a grandeza de Chico Xavier. A história começa bem antes disso, com a publicação, em 1932, do livro Parnaso de Além-Túmulo, quando o médium tinha apenas 22 anos.
A reportagem diz: “Ele dizia que não escolhia os espíritos a quem atenderia, só via fantasmas e ouvia vozes. Mas parecia ser o escolhido por celebridades do céu. Cruz e Souza, Olavo Bilac, Augusto dos Anjos e Castro Alves lhe ditaram versos e prosa.”
Afirmativa maliciosa, sugerindo o pastiche, a técnica de copiar estilo literário. O repórter não se deu ao trabalho de observar que no próprio Parnaso há, nas edições atuais, 58 poetas desencarnados, menos conhecidos e até desconhecidos, como José Duro, Alfredo Nora, Alma Eros, Amadeu, B.Lopes, Batista Cepelos, Luiz Pistarini, Valado Rosa… Poetas do Brasil e de Portugal que se identificam pelo seu estilo, em poesias personalíssimas enriquecidas por valores de espiritualidade.
Não sabe ou preferiu omitir a repórter que Chico psicografou poesias de centenas de poetas desencarnados, ao longo de seus 75 anos de apostolado, na maior parte poetas provincianos, conhecidos apenas nas cidades onde residiam no interior do Brasil. Pesquisadores constatam que esses poemas não são “razoavelmente fiéis ao estilo dos autores”. São totalmente fiéis.
Não tem a mínima noção de que a técnica do pastiche, a imitação de estilo literário, é extremamente difícil, quase impossível. Pastichadores conseguem imitar uma página, uma poesia de alguém, jamais toda uma obra ou as obras de centenas de autores.
Afirma que Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida, sempre insinuando o pastiche. Leitor voraz? Passava os dias lendo? Só quem não conhece sua biografia pode falar uma bobagem dessa natureza, já que Chico passava a maior parte de seu tempo atendendo pessoas, psicografando, participando de reuniões e atendendo à atividade profissional. Não conheço um único documentário, uma única foto mostrando Chico lendo “vorazmente”. Ah! Sim! Para a repórter Chico certamente escondia isso.
Fala também que Chico teria 500 livros em sua biblioteca e que “a lista inclui volumes de autores cujo espírito o teria procurado para escrever suas obras póstumas, como Castro Alves e Humberto de Campos”.
E as centenas de poetas e escritores que se manifestaram por seu intermédio. Chico tinha livros deles? E de poetas que sequer publicaram livros?
Quanto a Humberto de Campos, cuja família tentou receber na justiça os direitos autorais pelas obras psicografadas por Chico, o que seria ótimo acontecer, o reconhecimento oficial da manifestação dos Espíritos, esqueceu-se a repórter de informar que Agripino Grieco, o mais famoso crítico literário de seu tempo, recebeu uma mensagem do escritor, de quem era amigo. Reconheceu que o estilo era autenticamente de Humberto de Campos, mas que o fato para ele não tinha explicação, já que, como católico praticante, não admitia a possibilidade de manifestação dos espíritos.
Esqueceu ou ignora que Chico, médium psicógrafo mecânico, recebia duas mensagens simultaneamente, com ambas as mãos sendo usadas por dois espíritos. Desafio Superinteressante a encontrar um prestidigitador capaz de fazer algo semelhante.
Uma pérola de ignorância jornalística está na referência sobre materialização de Espíritos: “seria necessário produzir um total de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela hidroelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por especialistas exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70.” Seria superinteressante a repórter ler sobre as pesquisas de Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge, Lord Rayleigh, William James, William Crookes, Ernesto Bozzano, Cesare Lombroso, Alexej Akzacof e muitos outros cientistas respeitáveis que estudaram o fenômeno da materialização e o admitiram. Leia, também, sobre quem eram esses cientistas, para constatar que não agiam levianamente como está na revista.
A repórter reporta-se às reuniões mediúnicas das quais Chico participava como shows que o tornaram famoso e destila seu veneno. Cita o sobrinho de Chico que, dizendo-se médium, confessou que era tudo de sua cabeça, o mesmo acontecendo com o tio. Por que passar essa informação falsa, se o próprio sobrinho de Chico, notoriamente perturbado e alcoólatra, pediu desculpas pela sua mentira? Joga penas ao vento e espera que o leitor as recolha? Omitiu também a informação de que ele confessou que pessoas interessadas em denegrir o médium pagaram-lhe pela acusação.
Eram frequentes nas reuniões a ocorrência de fenômenos como a aspersão de perfumes no ambiente, algo que, deveria saber a repórter, costuma ocorrer com os médiuns de efeitos físicos. No entanto, recusando-se a colher informações mais detalhadas sobre o assunto, limitou-se a dizer que em 1971 um repórter da revista Realidade, José Hamilton Ribeiro, denunciou que viu um dos assessores de Chico Xavier levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar. Sugere que havia mistificação, aliás, uma tônica na reportagem. Por que não foram consultadas outras pessoas, inclusive centenas que tiveram seus lenços inexplicavelmente encharcados de perfume ou a água que levavam para magnetizar, a exalar também um olor suave e desconhecido que perdurava por muitos dias?
Na questão das cartas, milhares e milhares de cartas de Espíritos que se comunicavam com os familiares, sugere a repórter que assessores de Chico conversavam com as pessoas, anotando informações para dar-lhes autenticidade. Lamentável mentira. E ainda que isso acontecesse, Chico precisaria ser um prodígio para ler rapidamente as informações e inseri-las no contexto de cada mensagem, de cada espírito, mistificando sempre.
E as mensagens dirigidas a pessoas ausentes? E os recados aos presentes? Não eram só mensagens. Eram incontáveis recados. A pessoa aproximava-se de Chico e ele, sem conhecer nada de sua vida, transmitia recados de familiares desencarnados, na condição de um ser interexistente, que vivia simultaneamente a vida física e a espiritual, em contato permanente com os Espíritos.
Lembro o caso de um homem inconformado com a morte de um filho. Ia toda noite deitar-se na sepultura do rapaz, querendo “ficar com ele”. Não contava a ninguém, nem mesmo aos familiares. Em Uberaba recebeu mensagem do filho pedindo-lhe que não fizesse isso, porquanto ele não estava lá.
Durante muitos anos Chico psicografou receituário mediúnico de homeopatia. Perto de 700 receitas numa noite. Ficava horas psicografando. E os medicamentos correspondiam à natureza do mal dos pacientes, sem que o médium deles tivesse o mínimo conhecimento. Na década de 70 tive uma uveíte no olho esquerdo. Compareci à reunião de receituário. Escrevi meu nome e idade numa folha de papel. Não conversei com ninguém. Após a reunião recebi a indicação de dois medicamentos. Tornando a Bauru, onde resido, verifiquei num livro de homeopatia que o dois medicamentos diziam respeito ao meu mal. Curaram-me.
Concebesse a repórter que, como dizia Shakespeare, há mais coisas entre a Terra e o Céu do que concebe nossa vã sabedoria, e não se atreveria a escrever sobre assuntos que desconhece, com o atrevimento da ignorância.
Outras “pérolas” da reportagem:
Oferece “explicações” lamentáveis para o fenômeno Chico Xavier.
Psicose, confundindo mediunidade com anormalidade.
Epilepsia, descarga elétrica que “poderia causar alheamento, sensação de ausência, automatismo psicomotor”, segundo a opinião de um médico. Descreve algo inerente ao processo mediúnico, que não tem nada a ver com desajuste mental, ou imagina-se que o contato com o Espírito comunicante não imponha uma alteração nos circuitos cerebrais, até para que ocorra a manifestação? E porventura o médico consultado sabe de algum paciente que produza textos mediúnicos durante a crise epilética?
Criptomnésia, memórias falsas, lembranças escondidas no subconsciente do médium, ao ouvir informações sobre o morto. Inconscientemente ele “arranjaria” essas informações para forjar a “manifestação”.
Telepatia. Aqui o médium captaria informações da cabeça dos consulentes e as fantasiaria como manifestação do morto. Como dizia Carlos Imbassahy, grande escritor espírita, inconsciente velhaco, porquanto sempre sugere que é um morto quem se manifesta, não ele próprio.
Informa a repórter que “acuado pelas críticas na Pedro Leopoldo de 15 mil habitantes, Chico resolveu fazer as malas e partir para Uberaba, um polo do Espiritismo onde contaria com um apoio de amigos”.
Mentira. Ele deixou Pedro Leopoldo, onde tinha muitos amigos, não por estar “acuado”, mas simplesmente seguindo uma orientação do Mundo Espiritual, em face de tarefas que desenvolveria em Uberaba que, então sim, com sua presença transformou-se em “polo do Espiritismo”.
Na famoso pinga-fogo a que Chico compareceu, em 1971, na TV Tupi, um marco na história das entrevistas televisivas, com uma quase totalidade de audiência, diz a repórter que Chico foi “bombardeado por perguntas. Mas se safou.” Bombardeado? Safou-se? O que foi essa entrevista, um libelo acusatório contra um mistificador? Se a repórter se desse ao trabalho de ver a entrevista toda, o que lhe faria muito bem, verificaria que o clima foi de cordialidade, de elevada espiritualidade, e que em nenhum momento os entrevistadores “bombardearam” Chico. E em nenhum momento ele deixou de responder as perguntas com a sobriedade e lisura de quem não está ali para safar-se, mas para ensinar algo de Espiritismo.
Falando da indústria (?) Chico Xavier, há um box sobre “Dieta do Chico Xavier”, que jamais seria veiculada por Chico. Usaram seu nome. Por que incluí-la nas inverdades sobre o médium, simplesmente para denegrir sua imagem, aqui sugerindo que seria ingênuo a ponto de conceber semelhante bobagem? Se eu divulgar via internet que Superinteressante recomenda o uso de cocô de galinha para deter a queda de cabelos, seria razoável que alguma revista concorrente citasse essa tolice, mencionando a suposta autoria, sem verificação prévia?
Falando dos 200 livros biográficos sobre Chico Xavier, a repórter escreve: “Tem até um de piadas, Rindo e Refletindo com Chico Xavier”. Certamente não leu o livro, porquanto não conhece nem o autor, eu mesmo, Richard Simonetti, nem sabe que não se trata de um livro de piadas, mas um livro de reflexão em torno de ensinamentos bem-humorados do médium.
Não fosse algo tão lamentável, tão séria essa agressão contra a figura respeitável e venerável de Chico Xavier, eu diria que essa reportagem, ela sim, senhor redator, foi uma piada de péssimo gosto!
Doravante porei “de molho” as informações dessa revista, sem o crédito que lhe concedia.
A repórter Gisela Branco esteve em Pedro Leopoldo e Uberaba com o propósito de situar Chico Xavier como figura mitológica. É uma pena! Não teve a sensibilidade nem o discernimento para descobrir o médium Chico Xavier, cuja contribuição em favor do progresso e bem estar dos homens foi tão marcante que, a exemplo do que disse Einstein sobre Mahatma Gandhi, “as gerações futuras terão dificuldade para conceber que um homem assim, em carne e osso, transitou pela Terra.”
E deveria saber que não vemos Chico Xavier como um mártir, conforme sugere. Não morreu pelo Espiritismo. Viveu como espírita. E se algo se aproxima de um martírio em seu apostolado, certamente foi o de suportar tolices e aleivosidades como aquelas presentes na citada reportagem.
Finalizando, um ditado Zen para reflexão dos redatores da Super:
O dedo aponta a lua.
O sábio olha a lua.
O tolo olha o dedo.
Richard Simonetti
Bauru, 3 de abril de 2010.
Postado por jorgehessen às 05:34
FONTE
http://respostaasuperinteressante.blogspot.com/2010/04/richard-simonetti-adverte-revista.html
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POR:Simone Ivo de Sousa
Pres. da Associação dos Divulgadores do Espiritismo do Ceará
Prezado Sr. Sérgio Gwercman,
Foi com profundo pesar que li o infeliz artigo de autoria da repórter Gisela Blanco. Questiono-me até o presente momento, como que uma redação que sempre primou pela veracidade das informações veiculadas e publicação de artigos de cunho científico muitíssimo interessantes e enriquecedores, pôde deixar publicar um artigo tão desarrazoado, cheio de falhas e tencioso à maledicência.
Destituído por completo de investigação da vida do médium em questão, o artigo da repórter Gisela é uma sucessão de equívocos. Lamento que em seu corpo de repórteres haja espaço para alguém tão incapaz e inabilitado, que sequer deu-se ao trabalho de conhecer a rotina desgastante e excessiva em trabalho em prol do próximo que foi a vida de Chico Xavier. Uma vida de entrega e abnegação. Este homem sobre o qual a infeliz repórter almejou salpicar a lama da maledicência, foi indicado ao prêmio Nobel da Paz, acalentou e consolou milhares de pessoas, que desprovidas de esperanças após a perda de um ente querido, receberam o conforto e o alento através das cartas psicografadas por aquelas mãos de Chico, com detalhes íntimos que somente os que foram acalentados conheciam...
Como leitora dessa revista e que recomendava a leitura a meus filhos, amigos e parentes, passo a rever esta indicação, por considerar que ela não possui mais a credibilidade e isenção que até antes deste infeliz artigo da repórter Gisela eu acreditava existir.
Doravante, certamente não me darei mais ao trabalho de ir até uma banca de jornal para adquirir um exemplar da Superinteressante, pois que para mim, com a infeliz publicação, passou a ser Desinteressante.
Atenciosamente
Simone Ivo de Sousa
Pres. da Associação dos Divulgadores do Espiritismo do Ceará
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PRECONCEITOS E BOBAGENS
http://observadorespirita.blogspot.com/2010/04/preconceitos-e-bobagens.html
Essa semana foi desencadeada uma onda reacionária contra o Espiritismo e seus representantes encarnados. Fenômeno previsível, a onda deveria começar quando do lançamento do filme Chico Xavier , crescer quando fosse ao ar a novela Escrito nas Estrelas e aumentar significativamente quando o filme Nosso Lar chegasse às telas do cinema no final do ano. Nada a estranhar. É uma reação proporcional à difusão de uma filosofia tão aguardada numa sociedade reconhecidamente perturbada, ainda muito voltada para o mal e para a dissimulação. Ainda estamos mergulhados numa visão de mundo diametralmente oposta ao que é cultivado pelas pessoas de bem e que não mais aceitam sujar as mãos explorando o sofrimento e a ignorância alheia.
Não é somente o Espiritismo que anda mal falado na mídia marrom. A fúria também atinge outras propostas de vida verdadeiramente humanistas e igualitárias. Mas o momento é propício a todo tipo de ataques e a ordem oculta é atirar para todos os lados , semeando confusão e calúnia. Aliás, esse negócio de calúnia é um assunto que muito interessa aos psicopatas do baixo mundo espiritual e que possuem fartamente entre nós os seus médiuns vaidosos e problemáticos.
Nessa semana ouvimos de um jovem aluno de 16 anos as tolices mais absurdas sobre Espiritismo, certamente ouvidas por ele numa dessas igrejas típicas entre as populações pobres e lideradas por pessoas inseguras, sem nenhum preparo cultural bíblico e sem a devida formação ética. Chico Xavier foi o centro das críticas do jovem passional e eloquente. “É o maior picareta que já se viu nos últimos tempos”, vociferava o jovem, provavelmente repetindo as palavras do seu pregador-mestre. Apenas comentamos: “Ah!, essa semana estréia o filme do Chico Xavier, né?” E mudamos de assunto, para comparar o Maradona com o Pelé. Um outro aluno é fã do ex-craque portenho e sempre o provocamos com brincadeiras sobre seu ídolo. Dizemos a ele que nasceu em lugar errado, pois ele adora a Argentina, mas que um dia poderá retornar. Lembramos também que não vale comparar Pelé com Maradona porque, segundo o Pepe, antigo companheiro do Rei, o Pelé não era desse mundo, pois veio de Saturno. Sentimos momentos antes uma enorme vontade de polemizar, mas achamos que não valeria a pena. O ambiente só iria piorar e os adversários iriam ficar muito mais sentidos e magoados. Um colega professor, ex-seminarista e ainda ativista católico, convidou-nos para a assistir o filme de Daniel Filho. Queria conversar e compreender melhor o que eles – os católicos – denominam como “Santos”. Chico seria um bom exemplo para canonização, caso fosse católico. Esse colega lê regularmente esse blog e nos desafia sempre a explicar coisas que sinceramente ainda não consegue entender ou aceitar. Mas tem um coração aberto e muito bom. Seria um ótimo ativista espírita, mas ainda tem muitos “compromissos” com a Igreja.
Enfim, conhecemos bem, nesse meio onde damos aulas para alunos carentes e também em outros não tão carentes, como funciona o jogo da reação. Nossa escola fica exatamente no bairro de onde saíram alguns desses jogadores que hoje são ídolos populares e continuam com a mesma mentalidade da infância ou da adolescência. Um deles, filho de uma ex-faxineira que trabalhava no prédio onde moramos é um exemplo do que estamos falando. “Não é má pessoa”, lembra o nosso vizinho e ex-patrão da mãe do jogador. “ É só um menino que ainda nem sabe direito o que aconteceu com ele”, justifica. O vizinho é um senhor de 84 anos, antigo estivador do Porto de Santos e que toda semana nos conta histórias fantásticas sobre suas aventuras no cais. Ele sabe a ideologia que cultivamos e finalizaria nossa conversa dessa forma: “Deixa pra lá!”
Postado por Dalmo Duque dos Santos às 13:40
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