JORGE HESSEN
jorgehessen@gmail.com
Brasília, Distrito Federal (Brasil)
jorgehessen@gmail.com
Brasília, Distrito Federal (Brasil)
Esta frase foi
dita em novembro
de 1868, na
Sociedade
Parisiense de
Estudos
Espíritas, por
Allan Kardec, o
Codificador do
Espiritismo
Circula pela
internet, e
também em alguns
periódicos
espíritas,
absurdas
críticas à
literatura de
Emmanuel.
Trata-se, sem
dúvida, de
improfícua
tentativa de
desmerecer a
extraordinária
obra do excelso
médium Chico
Xavier e de
entronizar-se a
hegemonia
ideológica
desses agentes
da perturbação.
Não é preciso
fazer um grande
esforço para
identificar
nesses irmãos a
carência de
sensatez, pelo
fato de se
encontrarem
inteiramente
distanciados da
Doutrina dos
Espíritos,
engolfados nas
malhas do
fascínio
obsessivo.
Melancólicos críticos de Chico Xavier, Emmanuel e André Luiz, tais confrades permanecem no torpor hipnótico, delirando no interior de uma composição descarrilada que culminou na tolice apontada como "emmanuelismo", patrocinada por “espíritas” que não têm mais o que fazer de útil. Essa ojeriza a Emmanuel há muito existe no movimento Espírita, da mesma forma a aversão a André Luiz, desde a publicação do livro Nosso Lar. Recentemente, deliberamos assistir a uma apresentação em vídeo sobre o que apelidam de “Emmanuelismo”. Vimos; contudo, não suportamos a mutilada pseudopesquisa e paramos de assistir para não obliterar nosso mundo cerebral. Entre as “preciosidades” do conteúdo, afirma-se que até para os próprios “espíritas” Emmanuel é um “pseudossábio”. Não sabemos em qual fonte bebericaram para afirmação tão incoerente.
Emmanuel: um
pseudossábio?
A fundamental
descrição de
Emmanuel que
fazemos é: ele
nem enaltece,
nem recrimina.
Demonstra,
conscientiza. É
veemente, faz
notar que os que
se recuperam são
incólumes aos
horrores do
amanhã. Por isso
exorta-nos à
reforma íntima.
Nós que o
interpretamos, e
consentimos em
admirá-lo,
deixamos escapar
um grito de
conforto: "Sim,
nós somos
capazes!” Isso é
meio poético,
mas é assim que
sentimos o
benfeitor
Emmanuel.
É evidente que para um espírita consciente o assunto cheira a discussão estéril, sem lógica. Retrucá-lo pode ser perda de tempo, mas, mesmo assim, vamos utilizar um tempinho para escrever sobre essa doideira, lembrando que teremos o cuidado para não esbarrarmos na mesma faixa de sintonia. É risível o esforço dos confrades (reencarnações tupiniquins dos ex-científicos do século XIX) que consideram Emmanuel um pseudossábio. Quem consideram sábio? Afonso Angeli Torteroli? Ou eles mesmos? irrisão!! Escrevemos com o propósito de alertar os leitores, pois “conforme as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser um dever, pois é melhor que um homem caia do que muitos sejam enganados e se tornem suas vítimas". (1) Esses irmãos, sob o guante de fértil imaginação e desnorteados no raciocínio, reverberam que o jovem “católico” Chico Xavier, quando teve a visão mediúnica daquele que teria sido o padre Manoel da Nóbrega em pretérita encarnação, e que passou a ser identificado como Emmanuel, certificou-se de que este seria o seu mentor espiritual. Com isso, todo o processo mediúnico do extraordinário médium mineiro teria sido plasmado por um “misticismo católico”. (!?...)
Espiritismo: uma
academia de
expoentes do
“saber”?
Destarte, os
atuais idólatras
de Torteroli
(aquele
“científico” que
abusava da
resignação do
“místico”
Bezerra de
Menezes, no
século XIX)
andam dizendo
que, por ter
sido jesuíta,
Emmanuel impôs
um viés
catoliquizante
ao Movimento
Espírita. Ora,
se esses
companheiros
estudassem com
inteligência os
princípios
espíritas,
identificariam
que o
Espiritismo não
precisou se
catoliquizar com
as sublimes
mensagens do
grande arquiteto
do catolicismo,
o Doctor Gratia,
Aurélio
Agostinho,
ex-bispo de
Hipona, que
ditou dezenas
mensagens
insertas no
Pentateuco
Kardeciano. O
importante é a
essência de suas
orientações, que
em nada ferem a
Terceira
Revelação; ao
contrário,
contribuem para
clareá-la ao
fulgor do
Evangelho. "O
Espiritismo é
uma doutrina
moral que
fortalece os
sentimentos
religiosos em
geral, e se
aplica a todas
as religiões; é
de todas, e não
pertence a
nenhuma em
particular. Por
isso não
aconselha
ninguém que mude
de religião.”
(2)
A rigor, o que está escamoteada na retórica desses aventureiros da ilusão, sob o tema “Emmanuelismo”, é, nada mais nada menos, uma restrição velada ao aspecto religioso da Doutrina Espírita sustentado dignamente no Brasil pela FEB e abrilhantado por Chico Xavier na prática mediúnica. Esses kardequeólogos “PhD’s de coisa nenhuma”, longe do uso do bom senso, insistem em divulgar a “progressista” tese de que se é preciso fugir do “Cristo Católico”, do religiosismo, do igrejismo no Espiritismo e transformá-lo numa academia de expoentes do “saber”, sob a batuta deles, obviamente! Isso só pode ser chacota!
Jesus: o tipo
mais perfeito,
nosso guia e
modelo
Sob o império
dessa compulsiva
tendência
filosófica, vão
para a internet,
redigem livros,
artigos,
promovem
palestras
inócuas,
aguilhoados às
diretivas
telepáticas das
“inteligências”
sombrias do
Umbral. Mas,
gostem ou não,
queiram ou não,
o Cristo é o
modelo de
virtudes para
todos os homens,
e não foi
Emmanuel que o
disse, mas os
imortais que
participaram da
codificação do
Espiritismo e o
próprio Kardec.
Não nos custa
lembrar aqui o
que lemos na
questão 625 d´O
Livro dos
Espíritos: “Qual
o tipo mais
perfeito que
Deus tem
oferecido ao
homem, para lhe
servir de guia e
modelo?”
Resposta:
“Jesus”.
Comentando a resposta, Kardec anotou, em seguida: “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava”. (L.E., item 625.) Tais confrades têm-se colocado como vítimas da pecha de afugentadores do Mestre Jesus das hostes doutrinárias. Trôpegos, cavalgam sem norte, suspirando a falácia de que peregrinam o calvário do xenofobismo contra eles. Talvez porque, numa entrevista cedida a confrades de Uberaba, Chico advertiu: "Se tirarem Jesus do Espiritismo, vira comédia. Se tirarem Religião do Espiritismo, vira um negócio. A Doutrina Espírita é ciência, filosofia e religião. Se tirarem a religião, o que é que fica? Jesus está na nossa vivência diária, porquanto em nossas dificuldades e provações, o primeiro nome de que nos lembramos, capaz de nos proporcionar alívio e reconforto, é Jesus". (3)
Jesus: Messias
divino, o
enviado de Deus
Atacam, com o
mesmo propósito,
até a figura do
pioneiríssimo
Olympio Teles de
Menezes,
alcunhando-o de
espiritólico.
As hordas das
regiões densas
são poderosas e
se "organizam",
uma vez que têm,
como meta, a
proscrição de
Jesus dos
estudos
espíritas.
Confrades esses,
aprisionados por
astutos
cavaleiros das
brumas
umbralinas,
atestam que
Kardec escreveu
o Evangelho para
apaziguar os
teólogos,
tentando uma
aproximação com
a Igreja (pasme,
leitor, e
acredite se
quiser!).
Ficam rubros de fúria quando leem Kardec, que afirmou: "O Espiritismo é uma religião e nós nos ufanamos disso". (4) Além disso, o Espírito São Luís adverte que "os Espíritos não vêm subverter a religião, como alguns o pretendem. Vêm, ao contrário, confirmá-la, sancioná-la por provas irrecusáveis. Daqui a algum tempo, muito maior será do que é hoje o número de pessoas sinceramente religiosas e crentes".(5) O mestre lionês assevera com todas as letras que o "Espiritismo repousa sobre as bases fundamentais da religião e respeita todas as crenças; um de seus efeitos é incutir sentimentos religiosos nos que os não possuem, fortalecê-los nos que os tenham vacilantes". (6) Para os arautos da antirreligião que afirmam ser "Jesus somente o emergir de um arquétipo plasmado no inconsciente coletivo", lembramos que o Mestre da Galileia foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade. E para Kardec, o célebre pedagogo e gênio de Lyon, o Cristo foi um Espírito superior, dos de ordem mais elevada e colocado, por suas virtudes, muitíssimo acima da humanidade terrestre: “Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento de seus desígnios. Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto seria um Messias divino”. (7)
Referências
bibliográficas:
(1)
Kardec, Allan. O
Evangelho
segundo o
Espiritismo, RJ:
Ed. FEB, 2000,
cap. X, 20:21
(2) Kardec, Allan. Revista Espírita, fevereiro de 1862 - Resposta dirigida aos Espíritas Lionenses por ocasião do Ano-Novo, Brasília: Edicel, 2001 (3) Entrevistas com Chico Xavier disponíveis em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/religiao/espiritismo-sem-jesus.html e http://www.meumundo.americaonline.com.br/eespirita/espiritismo_sem_jesus.htm (4) Kardec, Allan. Revista Espírita, dezembro de 1868, discurso de Kardec em reunião pública realizada na noite de 01/11/1868, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Brasília: Edicel, 2001 (5) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed. FEB, 2002, perg. 1.010 (a) (6) Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns RJ: Ed. FEB, 2000, Capítulo III, Do Método, Item 24, (7) Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 1998, XV, item 2. |
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