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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

NOSSO LAR - O FILME atinge a marca de 1 milhão de espectadores em tempo recorde para filme nacional


por Nosso Lar - O Filme (Oficial) facebook, quarta, 8 de setembro de 2010 às 18:03

O longa Nosso Lar quebra recorde ao levar às salas de cinema mais de um milhão de espectadores em apenas 5 dias – os recordes anteriores são de “Se eu fosse Você 2” (maior filme nacional da Retomada), em seis dia, e Chico Xavier (maior abertural de filme nacional da Retomada), em 8 dias.

Desde sua estreia na última sexta-feira, 03 de setembro, 1 milhão, sete mil e quinhentas pessoas já assistiram ao filme, lotando as sessões em várias partes do País.

“Nosso Lar” conta a história de um médico que acorda no mundo espiritual após a sua morte e acompanha sua jornada, desde os primeiros dias, numa dimensão de dor e sofrimento até ser resgatado para uma cidade espiritual cujo nome intitula o filme.

“Nosso Lar”, escrito e dirigido por Wagner de Assis e produzido por Iafa Britz, tem produção executiva de Luiz Augusto de Queiroz e Elizabeth Marinho Dias. A distribuição é da Fox Film do Brasil. No elenco estão: Renato Prieto como André Luiz, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno e ainda participações especiais de Othon Bastos, Ana Rosa e Paulo Goulart.


FONTE:http://nossolar-ofilme.blogspot.com/


segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Por Lauro Jardim
15:24 \ Cultura


O filme espírita Nosso Lar bateu um bolão no fim de semana: as bilheterias registraram 580 000 espectadores entre sexta-feira e ontem. Em números absolutos, é a segunda melhor estreia do cinema nacional desde 1995 em termos de público. Perde somente para a outra fita espírita, Chico Xavier, que levou 590 000 pessoas aos cinemas em seu fim de semana de estreia, em abril.
Quando se considera apenas a bilheteria, porém, Nosso Lar é o número 1 entre os filmes nacionais dos últimos quinze anos: foram arrecadados 6,2 milhões de reais.

Em números relativos, é uma excelente estreia, mas não se pode esquecer que Nosso Lar está passando em 435 salas. Chico Xavier e Se Eu Fosse Você 2 estrearam respectivamente em 377 e 330 cinemas ( a propósito, Se Eu Fosse Você 2 levou 570 000 espectadores aos cinemas nos primeiros três dias de exibição).

FONTE:http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/cultura/o-espirita-nosso-lar-bate-recorde-de-bilheteria/

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VÍDEO COM DEPOIMENTOS DOS ARTISTAS

NOSSO LAR*
Depoimentos sobre o filme!

Atriz Samara Felippo:
"Depois desse filme, só consigo pensar nos meus valores, no bem q posso fazer pelo proximo, minha família. Mt emocionada!!! #NossoLar" 15 ago (4 dias atrás) Nosso Lar *

Da atriz Marina Ruy Barbosa:
"O filme é incrível.." 15 ago (4 dias atrás) Nosso Lar *

Do ator Daniel Del Sarto:
"A pessoa acaba o namoro, acorda cedo num sabado chuvoso, vê um filme tocante, chora a sessão inteira e acaba num almoco com criancas lindas. melhora ou sucumbe, ne não?! o filme emocionante: @NossoLarOFilme - recomendo, estréia em breve. Pra assistir de coração aberto." 15 ago (4 dias atrás) Nosso Lar *

Do ator Paulo Vilhena: Parabéns toda equipe e pra @RoMulholland pelo "Nosso Lar" - emociona!" 15 ago (4 dias atrás) Nosso Lar *

Da Atriz Aparecida Petrowky:
"O filme "O nosso lar" é maravilhoso!! Várias mensagens de amor, reflexão e esperança. Recomendo a todos! 15 ago (4 dias atrás) Luiz Fernando

Da atriz Nivea Stelmann:
"Adorei ver esse filme. Lindo!!! Não paro de pensar... Soco no estômago". 16 ago (3 dias atrás) Nosso Lar*

Do ator Luigi Baricelli,
nos bastidores do Criança Esperança, contou para a imprensa que foi "chorar no banheiro" ao assistir ao filme Nosso Lar. "O filme mexeu comigo, vivi uma experiência".

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CENAS DE NOSSO LAR
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ANDRÉ LUIZ RETORNA AO SEU LAR TERRESTRE
Quando André Luiz retorna ao seu lar terrestre, sua filha Clarisse executa a música “ SONATA AO LUAR “ de Beethowen (Um dos momentos mais emocionantes do filme).
Estou postando três versões da música pra vocês curtirem.
Fraterno abraço,
Geraldo Valintim




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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

‘Nosso Lar’, uma súplica espiritual


A câmera avança sobre as nuvens até chegar às portas de uma cidadela, depois desce chão adentro até encontrar o personagem principal, André Luiz, metido na lama de mundo de purgação – é o Umbral. Lá, almas aparentemente confusas rememoram sem cessar suas dores e ficam aprisionadas nesse universo interior. O Umbral, descrito no filme, é quase como um mundo apocalíptico, sem água, comida, luz e mergulhado numa completa insanidade.

Assim, André Luiz começa a narrar sua história em off, desde criança até o momento em que morreu e acordou nesse mundo de trevas, onde mesmo depois de morto ainda sentia fome, medo, sede... A idéia por si só já é magnífica. É como se ouvíssemos do próprio Chico Xavier, não dá para dissociar as palavras de André Luiz com a profissão de fé de Chico, que os espíritos têm fome e sede. É como se ele dissesse: os espíritos (com certeza nem todos) mantêm um lado instintivo bem aguçado.

Assim começa o filme ‘Nosso Lar’. Com transições de cenas sofisticadas, em flashbacks, vai sendo introduzida a história de André Luiz. Wagner Assis, o diretor, consegue condensar belamente toda a história do médico, um homem seco, descrente e um pai de família distante. A reconstituição de época é primorosa e realmente nos transporta para um Rio de Janeiro dos anos 20. André Luiz não é personificado como um homem mal, apenas inconsciente. Uma inconsciência construída numa vida abastada. O médico é bem sucedido, tem suas noitadas regadas a uísque e mulheres, mas também faz o bem, quando é dissuadido a isto. Não antes de demonstrar alguma resistência.

É bela uma passagem em que o médico olha para a família que se mostra feliz no jardim – os filhos, a esposa e os empregados – e o André Luiz do Umbral diz que as às vezes as trevas podem se esconder numa paisagem de uma família aparentemente feliz. É como se ele dissesse: tudo está bem na superfície, mas há algo que se esconde no interior de todos ali torna falsa essa premissa de felicidade.

Essa visão deixa uma dúvida: seria o Umbral uma realidade concreta, ou apenas a descrição das trevas interiores de André Luiz, seus tormentos e pecados. Talvez ali pulsem as imagens da mente do médico, acima de tudo. Antes de qualquer idéia de um pedaço concreto do mundo espiritual.

André Luiz fica ali (no Umbral) um tempo incontável e só depois de proferir uma súplica, uma oração de perdão, ele consegue receber ajuda. Um homem desce para resgatá-lo. É o ministro da Regeneração, Clarêncio, que vem com Lísias e Tobias carregando uma maca. Eles acolhem André Luiz e o levam para a cidade hospital Nosso Lar. Na cidade o médico irá descobrir que foi parar no Umbral porque é considerado um suicida. Clarêncio lhe explica que os seus atos numa vida desregrada acabaram levando-o a somatização do câncer de estômago. “É o feito da ação e reação”, ele diz. Para o mundo espiritual ele poderia ter evitado a morte prematura.

Ainda que não se concorde com a idéia de que viver inconscientemente, mergulhado no orgulho, vaidade, raivas, prepotência, medos interiores, paixões e prazeres egóicos pode levar ao surgimento de doenças e essas doenças seriam uma forma – inconsciente – de deixar esse mundo. A idéia é interessante, e assustadora.

Num outro momento André Luiz quer se comunicar com a Terra e para obter uma autorização vai até um dos ministérios – são 72 ministérios encravados numa estrela de seis pontas que é a própria cidade. Lá o atendimento é feito em duplas e antes de colocar sua questão ouve uma mulher com a mesma solicitação. O ministro Genésio, interpretado por Paulo Goulart, pergunta se a mulher tem algum bônus que possa apresentar como merecimento. Ela diz que não. André Luiz entende que é preciso merecer para alcançar algumas, digamos, graças.

Afinal, estamos falando da interseção entre encarnados e espíritos, é a graça divina vista por um outro ângulo. O médico entende que tem que trabalhar ajudando no mundo espiritual para conseguir a permissão, mas demora para perceber que não adianta trabalhar pelo propósito, mas sim ter o propósito do trabalho de doação, sem o objetivo da recompensa...o fim não justifica o meio.

Assim somos inseridos no universo espírita e apresentados a cidade Nosso Lar. André Luiz percorre a cidade ciceroneando por Lísias e o mundo espiritual vai sendo descortinado, mas não espere para descobrir respostas do tipo: porque os espíritos ainda se alimentam? Como acontece a reencarnação? E que tipo de matéria é aquele que aparece no mundo espiritual? O foco é outro.

É possível ver que a idealização da cidade Nosso Lar é uma mistura de futurismo e sonho. Uma mistura de Shangri-la – aquela cidade do Horizonte Perdido onde ninguém envelhece, com a cidade de Padme Amidala, rainha do planeta Naboo, de Guerra nas Estrelas. A cidadela é quase a imagem de uma história de contos de fadas de reinos perfeitos. “A vida na Terra é uma cópia daqui”, diz Lísias em certo momento, revelando que o mundo espiritual adianta descobertas e uma ordem que ainda virá. Ao ouvir isso, não dá para não desejar que aquele mundo realmente desça do céu e essa sentença seja verdade, assim na terra como no céu...

Os efeitos especiais são convincentes. Mostram camas suspensas, energias que saem das mãos e do hálito dos espíritos, um ônibus que transita pelo espaço aéreo da cidade e materializações e desmaterializações de espíritos.

A trilha sonora de Phillip Glass é boa, sóbria, minimalista mesmo, como se Glass retornasse as origens do filme Koyaanisqatsi, sem o mesmo brilhantismo, é verdade. Apesar disso, a música casa completamente ao propósito do filme. Não se sobressai, mas embala a viagem. O elenco está correto. Sem grandes arroubos de interpretação – André Luiz é interpretado de forma comedida, às vezes até demais, pelo ator Renato Prieto.

Em relação ao roteiro, primeiro devo afirmar que não conheço a obra de Chico Xavier. Não sou espírita. Tenho apenas algumas noções sobre o espiritismo e, devo dizer, Wagner Assis acertou muito mais que errou ao dar explicações sobre as leis do lugar e as concepções espíritas. Faz parte da coerência interna do filme.

Com essa desculpa, alguns personagens assumem um tom professoral. Em alguns momentos fica um pouco forçado. Mas não é nada que realmente comprometa a obra. O filme também é um pouco arrastado, mas entendo que essa foi uma opção de Wagner Assis. É preciso tempo para entrar na atmosfera de Nosso Lar.

Outro aspecto criticado no filme é a menção a várias religiões na sala da governadoria. Além dessa menção, durante a cena da 2ª Guerra Mundial há também a chegada de judeus ostentando a estrela de Davi no peito. Alguns entenderam isso como se o Espiritismo quisesse se sobressair sobre as demais religiões. Vou dizer o que entendi. O Espiritismo é, antes de ser uma religião, uma espécie de ciência que esclarece como é o mundo espiritual no plano da Terra. Um plano que não é católico, protestante, judeu, muçulmano ou espírita. Um plano espiritual que apenas é para todos. Sob esse aspecto, o ecumenismo é válido e salutar. Mas seria bom que a interpretação das várias religiões, e das crenças das pessoas a cerca das suas religiões, no plano astral fosse melhor explicado no filme.

Bem, um lembrete: aquele que conseguir deixar de lado os defeitos e se deter mais nos feitos do diretor carioca pode ter uma experiência única: conforto. E até paz. O filme funciona como numa meditação.

Assistindo Nosso Lar lembrei-me de filmes como Manika, Paixão, Além da Vida, Um Visto Para o Céu, Noturno Indiano, Encontro Com Homens Notáveis, Muito Além do Jardim, A Última Tentação de Cristo, Kundun, O Fio da Navalha, Felicidade Não Se Compra, Jesus de Nazaré... tantos filmes que tratam de uma forma ou de outra sobre conceitos abstratos e ao mesmo tempo tão concretos sobre as relações humanas, nossos dissabores, dramas e redenções. Filmes que falam de uma relação sublime que vai além do mundo material e físico. Muito além da razão.

Para mim o mais importante em Nosso Lar é que ele faz uma súplica espiritual. E, por favor não venham me dizer que um filme não pode defender uma idéia. Pode sim, vários cineastas já fizeram ou fazem isso. Nos entregam uma obra, com uma idéia subjacente. A questão é o resultado, se é bom é cinema, se é ruim é propaganda. No caso de Nosso Lar, para mim é cinema num novo estágio: quase uma experiência sensorial. Podem chamar isso de auto-ajuda, eu chamo de cinema que não está preocupado em convencer, apenas em tocar.

Nosso Lar faz uma súplica: não se matem, porque viver uma vida sem sentido é o mesmo que cometer suicídio. Não se percam: porque o mundo material não é real. Não se aprisionem: todo prazer físico, mental e emocional é uma forma de aprendizado, mas também de laço, ou nó. Depende da evolução dessas relações. Fazia tempo que eu não via essa arte (o cinema) – que serve tanto ao ego - sendo usada para um propósito mais edificante. Não posso dizer que concordo com tudo, mas não posso deixar de ver a beleza no trabalho.
Postado por mastigada às 10:09
Marcadores: cinema, espiritismo
1 comentários:

Anônimo disse...
Paulo, concordo com tudo que escreveu. Diferentemente do crítico Maurício Sycer, blogueiro do Uol, que derrapa feio quando compara a cidade colônia espiritual Nosso Lar, como um possível projeto de Oscar Niemyer sob, segundo palavras dele, sob efeitos de uma viagem de LSD. Ridículo.
Na verdade Nosso Lar confere com o texto do livro, obra de Chico Xavier. Nos dá inclusive a consolação de que logo alí, será possível o reencontro com nossos amigos e parentes, as pessoas mais caras de nossas vidas. Afinal, espíritos são pessoas que afastaram do corpo carnal para sobreviver apenas através do corpo sutil etéreo, como nos ensina a ciência e a filosifa espírita cristã. A cidade, aí cabe lembrar, mereceria uma explicação ao telespectador, é montada sob um plano magnético, capaz de tornar possível plasmar todo o contexto que alí está, semelhante a cidades terrenas que eles dizem ser pobre imitação, porém com desenvolvimento hiper tecnológico, científico, astral, transcedendo assim, a todo e qualquer projeto cá entre nós. Lendo as obras espíritas da coleção André Luiz/Chico Xavier, é possível compreender um pouco mais. De forma que agradecemos a serenidade com que coloca sua crítica a nos convidar para reflexão maior. Parabéns! Gil Sabino - Jornalista - MKT - Recife - PE.
9 de setembro de 2010 11:19
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FONTE: http://mastigada.blogspot.com/2010/09/nosso-lar-uma-suplica-espiritual.html

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