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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desconhecer espiritismo não foi barreira para compor a trilha sonora de "Nosso Lar", diz Glass


Olá Amigos do Blog Trilhas, basta copiar o link:

http://www.radio.uol.com.br/#/album/philip-glass/nosso-lar---trilha-sonora/20696?cmpid=clink-rad-al

para curtir a trilha Sonoro do Filme Nosso Lar.

Fraterno Abraço,

Geraldo Valintim

ACESSE O SITE e ouça parte da trilha de NOSSO LAR:
http://www.biscoitofino.com.br/bf/cat_produto_cada.php?id=635
NOSSO LAR
Philip Glass é o autor da trilha sonora do filme
Nosso Lar, o longa-metragem dirigido por Wagner de Assis, inspirado no livro homônimo de Chico Xavier, já está entre os filmes brasileiros lançados em 2010 com o maior número de público. Em 2011 será exibido nas salas de cinema dos Estados Unidos. A trama usa efeitos especiais para mostrar a trajetória do médico André Luiz em um mundo espiritual, onde passa a viver após sua morte. Philip Glass, convidado para compor a trilha sonora do filme não se deixou intimidar com a temática espírita e o CD com sua música está sendo lançado agora pela Biscoito Fino.
O compositor norte-americano, um dos mais influentes do final do século XX, além de já ter feito música para vários filmes americanos e ingleses - foi indicado três vezes ao Oscar – por As Horas, Notas sobre um Escândalo e Kundun – é o autor da trilha sonora do filme brasileiro Jenipapo, de 1995, de Monique Gardenberg.
Mas Glass conheceu o Brasil há muito mais tempo, em 1980, quando participou de um festival de jazz no Rio. Gostou tanto que ficou por aqui um tempo, estudando português, assistindo aos desfiles das escolas de samba e conhecendo vários músicos. Anos depois trabalhou com o grupo Uakti, de Minas Gerais e fez um balé para o Grupo Corpo, também mineiro.
Nosso Lar ainda não estava pronto quando foi convidado para fazer a trilha sonora. Encontrou-se com os produtores em Nova York e assistiu uma boa parte do filme, o suficiente para que pudesse trabalhar. Ele diz que não é bom fazer a música com o filme pronto, nunca dá muito certo, pois o diretor fica sem tempo para inseri-la como deve.
Com os oito temas – divididos em 10 faixas - de Glass prontos, a produção concluiu que precisaria de uma orquestra e procurou a OSB - Orquestra Sinfônica Brasileira. O produtor musical Guto Graça Mello se encarregou da edição e os arranjos e orquestrações ficaram a cargo de Trevor Gureckis, com regência de Marcos Arakaki. É o maestro quem explica que Glass conseguiu captar bem o clima das cenas, contribuindo com sua música para a emoção do filme.
www.biscoitofino.com.br
Assessoria de imprensa Biscoito Fino
Sidimir Sanches
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FAIXAS

01 Abertura / Opening
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

02 Sombra / Shadow
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

03 Câmaras / Chamber's
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

04 Nosso Lar
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

05 Tema de André / André's Theme
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

06 Família de André / André's Family
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

07 Eloísa / Eloise
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

08 Guerra / War
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

09 Mãe de André / André's Mother
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)

10 Final / Ending
Autores: Philip Glass
Intérprete: OSB - regência: Marcos Arakaki
Editora: Dunvagen Music Publishers Inc.(EMI)
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FICHA TÉCNICA
em co-produção com
MIGDAL FILMES, GLOBO FILMES e FOX FILM DO BRASIL

apresentam
NOSSO LAR´
Renato Prieto
como André Luiz
com
Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno
Participação Especial
Ana Rosa, Othon Bastos e Paulo Goulart
Direção de fotografia Ueli Steiger, Asc
Direção de arte Lia Renha
Figurino Luciana Buarque
Produção de elenco Ruy Brito
Supervisão de pós produção Renato Tilhe
Edição Marcelo Moraes
Supervisão de efeitos visuais Geoff D. E. Scott (Intelligent Creatures)
Som direto George Saldanha
Edição de som Alessandro Laroca
Mixagem Armando Torres Jr.
Produção musical Vinicius França
Direção musical Guto Graça Melo
Produtor associado Harold Apter
Co-produção executiva Luiz Claudio Barbosa
Produtora executiva delegada Ilana Brakarz
Produção executiva Luiz Augusto de Queiroz e Elizabeth Marinho Dias
Trilha sonora original Philip Glass
Produzido por Iafa Britz
Roteiro e direção Wagner de Assis
Trilha sonora original Philip Glass
arranjos adicionais e orquestrações Trevor Gureckis
com Orquestra Sinfônica Brasileira
regência Marcos Arakaki
produção musical Guto Graça Mello
produção executiva Vinícius França
Assistente de produção musical Gustavo Modesto
Gravação e mixagem Marcelo Sabóia
Masterização Ricardo Garcia
Todas as músicas compostas por Philip Glass (Dunvagen Music Publishers Inc. -EMI)

Uma Realização Biscoito Fino
Direção Geral Kati Almeida Braga
Direção Artística Olivia Hime
Produção Sylvia Medeiros
Adaptação gráfica Antonia Ratto Design

ACESSE O SITE:http://www.biscoitofino.com.br/bf/cat_produto_cada.php?id=635
ACESSE O SITE:http://www.biscoitofino.com.br/bf/cat_produto_cada.php?id=635
Phillip Glass, responsável pela trilha sonora de filmes como "As Horas" e "Nosso Lar"
20/09/2010 - 07h00
THAÍS FONSECA
Da Redação
Phillip Glass, responsável pela trilha sonora de filmes como "As Horas" e "Nosso Lar"


A relação do compositor Philip Glass com o Brasil existe há anos, mas talvez seja mais fácil reconhecer seu nome a partir dos trabalhos musicais em filmes norte-americanos e ingleses, pelos quais chegou a ser indicado três vezes ao Oscar (por “As Horas”, “Notas sobre um Escândalo” e “Kundun”). Recentemente, se reaproximou do cinema brasileiro – ele já havia participado do filme “Jenipapo”, de 1995 - ao compor a trilha sonora de “Nosso Lar”, filme de Wagner de Assis inspirado no livro espírita homônimo assinado (ou psicografado) por Chico Xavier. Nas telas, a trama usa efeitos especiais para mostrar a trajetória do médico André Luiz em um mundo espiritual, onde passa a viver após sua morte na Terra.

A clara temática espírita não foi vista como barreira por Glass, que aceitou fazer parte do filme mesmo sem ter conhecimento sobre a doutrina. “Gostei das pessoas, gostei do que estavam fazendo e isto era bom o bastante para mim”, disse ao UOL Cinema em entrevista exclusiva por telefone (o compositor mora em Nova York, nos EUA). No início da conversa, Glass quis deixar claro, num tom preocupado, que seu desconhecimento não seria desrespeito. Aos poucos, na medida em que outros assuntos surgiram, a espontaneidade foi tomando conta da conversa, especialmente quando seu contato com o Brasil veio à tona.

Além de falar algumas frases em português, o músico citou alguns de seus trabalhos feitos por aqui e revelou que, apesar do seu currículo extenso em trilhas sonoras, não tem como hábito ir ao cinema. “Prefiro ver filmes em casa”, disse, sorrindo. A seguir, leia os principais trechos.

VEJA O TRAILER DE "NOSSO LAR"
Como foi o seu contato com os produtores e diretor de “Nosso Lar” e como você entrou para o projeto?

Eu não os conhecia. Eles entraram em contato e nos conhecemos em Nova York. Então me mostraram um pouco do material, fiquei interessado e, apesar de o começo ter sido um pouco atrapalhado - acho que eles ainda estavam trabalhando no filme -, depois foi bem tranquilo. O filme ainda não estava pronto, mas vi boa parte dele, o suficiente para que eu pudesse trabalhar. Depois que terminei, a música foi gravada no Brasil. Na verdade eu não vi o filme pronto, mas eu vi bastante dele antes que estivesse pronto.

O fato de ser um filme espírita te encorajou a aceitar?

Não, não sei nada sobre a religião, mas há muitas coisas que não sei. Então não é uma crítica, de forma alguma, pelo fato de não conhecer. A doutrina é bem conhecida aí no Brasil, mas aqui [nos EUA] não, eu não conhecia. Mas achei que o trabalho era bem sincero e fiquei feliz de fazer parte. Não é meu trabalho fazer julgamentos, eu gostei das pessoas, gostei do que estavam fazendo e isto era bom o bastante para mim.

A trama é relacionada à morte do protagonista. Isto fez alguma diferença no momento de compor?

Eu já tinha feito trabalhos relacionados à morte (risos). “As Horas”, por exemplo, tem a ver com o assunto. Já fiz óperas sobre isto também. Então não é tão estranho para mim. Eu não tenho ideia do que acontece após a morte, mas não tem problema, eu não preciso saber. A história que eles me contaram [sobre “Nosso Lar”], achei que tivesse uma moral por trás, algo positivo.

VEJA O MAKING OF DE "NOSSO LAR"
Como costuma ser seu método para trabalhar em filmes?

Normalmente eu começo olhando o roteiro. E entro em algum ponto antes de o filme ficar pronto. No caso do “Nosso Lar”, eu estava trabalhando no filme antes de ele terminar, o que é a melhor maneira, aliás, pois ajuda a música estar pronta. Não é muito bom ter o filme pronto e só depois fazer a música. Não dá muito certo. Os produtores e os diretores não têm muito tempo de inseri-la direito.

Antes de “Nosso Lar”, o senhor já tinha contato com o Brasil. Qual a sua relação com país?

Fui ao Brasil em um festival de jazz nos anos 1980 e gostei do país de cara. Eu queria ir para um lugar onde o inverno não fosse tão frio, pois Nova York pode ser muito fria. E fiquei no Brasil por um tempo, comecei a estudar a língua, fui para o Carnaval, conheci pessoas e músicos. Meu filho [Zack Glass] foi também e chegou a morar no Brasil por cerca de três anos. Ele é um bom compositor e a música brasileira o influenciou bastante. Não influenciou muito a minha música, pois eu já tinha uma formação estabelecida, mas gostei muito.

Você fala português?

Sim, falo português (fala em português). Fui muitas vezes ao Brasil. Mas não posso fazer a entrevista em português, pois ficaria muito sério (risos), prestando atenção. Meu filho é muito bom em português. Já fiz várias coisas no Brasil. Recentemente dividi espaço com Carlito Carvalhosa, que mora em São Paulo, trabalhei com o grupo Uakti, de Minas Gerais, fiz um balé para o Grupo Corpo e até fiz uma ópera em português [Corvo Branco], que vi em Portugal. Mas, apesar de ter uma relação mais do que casual com o país, há ainda várias coisas que eu não sei, como, por exemplo, as religiões.

Qual a freqüência com que você vê filmes? Vai bastante ao cinema?

Não vou muito ao cinema, mas trabalho bastante em filmes (risos). Compus para vários filmes, entre eles “Jenipapo”, da diretora Monique Gardenberg [co-produção entre Brasil e EUA], que é um belo filme. Mas não vou muito aos cinemas, prefiro ver filmes em casa.

Há compositores de filmes que você admira?

Há ótimos compositores, como Nina Rota, de filmes italianos, George Delerue, o compositor francês. Entre os americanos, gosto de Danny Elfman e Tom Newman, que é um dos melhores.

E dos filmes que você fez, há trabalhos que gosta mais?

Achei “As Horas” e “Sob a Névoa da Guerra” bons filmes, mas filmes como “Koyaanisqatsi” e “Powaqqatsi” me tocaram profundamente, apesar de serem filmes mais esotéricos, não muito populares. Fizemos as músicas nos anos 1980 e ainda toco nos concertos.

Para você, qual a preocupação que o cineasta tem que ter com a trilha sonora do seu filme?

A música não só dá a emoção, mas também articula a estrutura do filme. Ajuda o espectador a mergulhar na história. Eu trabalhei com ótimos diretores, como Martin Scorsese e Woody Allen, que sabiam muito bem como usar a música. As pessoas [cineastas] que não souberem usá-la perdem uma excelente oportunidade.

FONTE:http://cinema.uol.com.br/ultnot/2010/09/20/desconhecer-espiritismo-nao-foi-barreira-para-compor-a-trilha-sonora-de-nosso-lar-diz-glass.jhtm

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