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sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Wagner de Assis -Diretor de “Nosso Lar” revela curiosidades sobre o filme e o desejo de levar para as telas outro livro de Chico Xavier
O best-seller “Nosso Lar”, psicografado pelo médium Chico Xavier, acaba de ganhar uma versão cinematográfica. A obra já foi traduzida para mais de dez idiomas e soma mais de 16 milhões de leitores. Quem assina o roteiro e a direção é Wagner de Assis, grande fã do livro que conta a história de André Luiz, um médico que, após sua morte, inicia uma jornada de autoconhecimento e transformação, passando por dor e sofrimento no umbral, uma espécie de purgatório, até ser resgatado e levado para a cidade espiritual Nosso Lar, localizada nas camadas mais altas da atmosfera terrestre.
Para descrever a trajetória de André Luiz no umbral e na colônia espiritual, Wagner não economizou nos detalhes e nem poupou a imaginação. Com o objetivo de dar ao filme tudo o que ele merece, o diretor contou com uma direção de arte grandiosa e efeitos especiais jamais vistos em produções brasileiras. O longa, que estreia nessa sexta-feira em 435 salas de todo o país, leva às telas mais de 350 imagens com efeitos visuais desenvolvidos pela empresa canadense Intelligent Creatures, responsável pelo mesmo trabalho em filmes como “Babel” e “Watchmen”.
O protagonista de “Nosso Lar” é Renato Prieto, que divide a tela com nomes como Fernando Alves Pinto, Inez Viana, Werner Schünemann, Othon Bastos, Ana Rosa e Paulo Goulart. Prieto se preparou durante seis meses para esse trabalho. O ator emagreceu cerca de 18 quilos e chegou ficar cerca de sete horas na sala de maquiagem para filmar principalmente as cenas do umbral.
Nesta entrevista, Wagner de Assis conta por que quis adaptar a obra para o cinema, fala sobre a grandiosidade da produção e revela seu próximo projeto cinematográfico.
Por que você quis levar “Nosso Lar” para o cinema?
Li o livro na adolescência e achei muito interessante. Acho importante que a história mostra como a gente pode se libertar, seguir adiante, mesmo que você esteja em uma nova realidade, que nesse caso é a vida depois da vida. Reli a obra de Chico Xavier várias vezes e dava o livro de presente como uma forma de ajudar o próximo. Depois que terminei “A Cartomante”, fiquei pensando qual seria meu próximo projeto no cinema e logo me veio à cabeça “Nosso Lar”. Fui atrás dos direitos com a Federação Espírita Brasileira com duas ideias principais na cabeça: dar à história tudo o que ela merece e fazer um filme universal, ou seja, que atinja a todos independente da religião. O próximo passo foi adaptar o roteiro para as telas do cinema.
Como foi feita a escolha do elenco?
Na verdade, não houve um pré-requisito. Eu já tinha os personagens, então pensava qual ator se encaixaria melhor no papel. Para fazer o protagonista, não queria um rosto muito conhecido do grande público, mas que fosse conhecido pelos espíritas. Convidei o Renato Prieto para interpretar André Luiz, que precisava perder entre 15 e 20 quilos para o papel. Ele conta todo orgulhoso que conseguiu emagrecer 17, 18 quilos. Prieto se entregou completamente ao personagem. Além da preparação de elenco, ele fez um trabalho emocional intenso. Ficou meses sem cortar o cabelo e sem fazer a barba para as cenas do umbral.
“Nosso Lar” é o filme brasileiro com o maior número de efeitos visuais. É uma responsabilidade?
Nunca pensei nisso, só soube dos 350 efeitos depois que o filme já estava pronto. Foi uma surpresa muito bacana para mim. A história pedia isso, precisava do acréscimo dos efeitos visuais para ser contada melhor. Esse tipo de produção abre espaço para que outros cineastas brasileiros ousem mais.
O trabalho do diretor de fotografia e da direção de arte foi fundamental para o filme?
Completamente. Sem o trabalho de Ueli Steigler, Lia Renha e da equipe da “Intelligent Creatures”, responsável pelos efeitos visuais, não conseguiria manter a minha promessa de dar à história tudo o que ela merece. O roteiro tinha muita demanda de trabalho e eles não deixaram passar um único detalhe, fizeram tudo sem pestanejar.
Muitos atores se emocionaram no set de filmagens. Por que você acha que isso acontecia?
É que conseguimos reunir no mesmo filme pessoas de diferentes religiões e crenças. Os atores estavam sentindo a força da história, que fala sobre amor, saudade, esperança. Todos os envolvidos respeitam as diferenças independente de acreditar ou não no que o outro tem fé.
Quais são seus próximos projetos no cinema?
Eu estou pensando em adaptar “Os Mensageiros”, livro psicografado por Chico Xavier, que conta a vinda do André Luiz à Terra após a sua morte.
FONTE:http://paginadocinema.com.br/entrevista/index/81
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4 comentários:
Espero conseguir que o Diretor Wagner leia minhas considerações sobre seu filme:
http://maturidadedivagando.blogspot.com/2010/09/nosso-lar-de-hoje-nosso-lar-de-amanha.html
Por favor, façam chegar a ele. Ficarei feliz.
Maria da Graça Marçal - Porto Alegre - RS
Achei o filme NOSSO LAR uma porcaria,li o livro umas dez vezes ADOREI!!! Porém o filme deixou muito a desejar: Roteiro fraco,interpretação dos atores muito ruím,etc...
Acho que o Sr Wagner de Assis se perdeu completamente. A idéia que ele teve de colocar o Emmanuel,como governador da colônia NOSSO LAR,foi pior ainda. Creio que foi uma forma de deturpar o livro,ao inves de adaptar.
Talvez ele tenha ficado muito preso aos efeitos especiais,e visuais do filme.
Sai do cinema decepcionado.
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